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Por Jorge Moraes
Editor do Vrum

Alguns amigos e centenas de fãs dizem que o jornalismo é o melhor emprego do mundo. No meu caso, conheço lugares, me relaciono com pessoas que geralmente são vistas por vocês nas páginas dos jornais, sites e televisões ou ouvidas pelas ondas dos rádios. Me tornei multimídia bem no começo da carreira, meio sem jeito, fiz rádio há exatos 21 anos e, no ano passado, voltei aos comentários sobre autos na CBN. Na televisão, há 15 anos venci o preconceito contra o “universo” dos automóveis na então TV Guararapes e hoje TV Clube.

Mas somando a tudo recebi do portal Jornalistas & Cia, o prêmio de ser um dos mais admirados profissionais do setor e no meio de tudo ainda virei comunicador antenado nas redes sociais e, como jornalista especializado, conquistei o posto de número 1 do Brasil no Instagram. Eis parte do meu currículo que apresento na abertura desse texto para o Diario da Redação.

Pelas estradas de alguns países já visitados, ao longo desses 22 anos de trajetória, encontrei no último teste global do Jaguar F-Pace, no último 25 de abril e publicado aqui no portal e nas páginas do Diario de Pernambuco, na semana passada, um lugar que sonhava em, no mínimo, passar perto. respirar a atmosfera da renovação.

Como estaria Montenegro, independente da Sérvia desde 2006, dez anos depois de se tornar o país mais jovem do Velho Continente? Será que o destino entrará na rota do turismo mundial que, assim como a Croácia, elegerá seus tesouros naturais, pouco explorados, como fonte de receita para os moradores da capital Podgorica ou das cidades muradas de Kotor e Budva. Essa penúltima, o ponto de largada do nosso test drive, que começou dentro de uma balsa para atravessar a baía com destino ao extremo sul do mar Adriático.

Com 288 quilômetros de costa e pouca gente pelas ruas, pessoas vistas em cafés e restaurantes e olhe que foi uma passada de pouco mais de dez minutos no novo SUV da Jaguar pelas ruas do centro. O lugar é incrível e distante 2h de voo de Milão, por exemplo, longe 12h de aéreo partindo de São Paulo e praticamente o mesmo tempo somado se for decolar direto do Recife para Lisboa e seguir em conexões.

Foram 48 horas intensas em solo local encarando as regiões montanhosas com um crossover completo, tipo primeira classe, impecável. E distante da tela do GPS, em uma parada para o lanche, o mapa auxiliar dizia que do outro lado de onde estava, naquele instante, era só imaginar a Bósnia e Herzegovina, também perto a Croácia e logo atrás a Albânia. A rica região dos Balcãs é no ditado popular: coisa de cinema.

No Leste europeu, fácil procurar lembrar dos conflitos nas antigas repúblicas Iugoslavas. Nunca vi tantos cemitérios floridos e compactos, como acessórios das belas paisagens nas encostas, nas montanhas. Na década de 1990, a região foi afetada pelo conflito armado que marcou o mundo.

Agora só um instante: não vou entrar no tema do personagem do mal, o carniceiro Slobodan Milošević, deposto em 2000 e condenado no Tribunal de Haia, na Holanda. Ele foi encontrado morto em 11 de março de 2006, no centro de detenção, onde respondia por crimes contra a humanidade. Uma guerra civil que matou milhares de pessoas por uma década.

A bordo do F-Pace testando as motorizações turbo/compressor V6 a gasolina e quatro cilindros 2.0 a diesel, passei por momentos de angústia e admiração, assim como foi conhecer o museu do 11 de Setembro em NYC. Nossa trip formada por dez jornalistas brasileiros sentiu na pele, nos momentos de reflexão, nas paradas do longo teste, o sentimento de dor de um povo em recuperação de vida e bem-estar. Paisagens, hospedagem, estradas bem conservadas, disciplina sem polícia nas ruas, dedicação e educação não faltam. Para se hospedar pode seguir as dicas de sites especializados e siga o que está previsto para a temperatura do período. Acho que quatro a cinco noites são suficientes demais. Passei apenas uma noite, dois dias.

Montenegro para os amantes dos carros é carente de supermáquinas. O que você vai ver muito por lá é Volkswagen Golf de todas as idades e gerações. Tem muito Renault e Nissan (com montagem francesa por perto) e, na parte mais capitalizada das cidades, outras marcas alemãs e inglesas. O F-Pace será vendido no Brasil a partir de agosto com preço inicial estimado de R$ 300 mil. Direito de pouca gente. Ah! Só para lembrar, vou voltar aqui outras vezes. Tudo bem?