Um bairro inteiro (Boa Vista), sete ruas (da Aurora, Barão da Vitória, Nova, Marquês de Olinda, da Imperatriz, do Imperador e do Livramento), uma avenida (a Central, atual Rio Branco), um convento (o da Penha), dois cais (do Porto e Alfredo Lisboa), uma ponte (Maurício de Nassau), três sedes de bancos (do Recife, Nacional Ultramarino, River Plate), a Associação Comercial, o prédio de um jornal (o Diario de Pernambuco), além de um rio (o Capibaribe).
No início da década de 1920, estes eram os lugares de maior interesse do Recife, de acordo com seis cartões-postais comercializados na capital pernambucana por uma empresa italiana. As singelas lembranças, em tons predominantes de azul ou marrom, serviam para apresentar ou lembrar a amigos e parentes distantes as belezas de uma cidade que se modernizava a olhos vistos. Dois dos postais têm data de carimbo dos Correios de 23 de janeiro de 1923 e 14 de agosto de 1924. Portanto, há quase 72 anos alguém estava endereçando Pernambuco em forma de arte e saudade.
As imagens que ilustram este blog integram o acervo da Fundação Joaquim Nabuco, detentora da coleção Josebias Bandeira. Mostram um Recife com arquitetura que lembra Paris e seus atrativos ligados ao rio e ao mar. Só não incluíam Olinda e Boa Viagem (nesta época um local de difícil acesso, não recomendável por só ter coqueiros e umas poucas habitações).
O Recife mudou muito nestas últimas sete décadas? Aceitamos postais como respostas…