No dia 18 de maio, o repórter Felipe Torres, do Viver, teve reportagem publicada na edição de domingo trazendo um apelo do ilustrador pernambucano Jô Oliveira. Aos 70 anos de idade, 60 livros publicados e muitos prêmios na estante, o autor da primeira graphic novel brasileira (A guerra do divino, 1976) tinha um sonho não realizado: transpor O auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, para o formato dos quadrinhos. Há dois anos, através de amigos em comum, ele já havia recebido um não do escritor paraibano radicado em Pernambuco. “Gibi” é coisa de americano”, teria dito Ariano. A reportagem do Diario reproduzia no título da página (esta aí embaixo) um novo apelo. Ilustrando a página, as primeiras imagens do que seria o trabalho.
Praticamente um mês depois, Ariano deu o seu sim. Avisado por Felipe Torres, Jô Oliveira, que vive em Brasília, comemorou e enviou novas imagens da sua adaptação. Ele agora vai buscar um parceiro de letras, de preferência da confiança de Ariano, para transporte o romance para a literatura de cordel. Bom para a cultura nordestina, que terá mais uma obra de arte de qualidade. Bom para o jornal, que funcionou como intermediário de toda esta história.