Quem trabalha em redação de jornal impresso tem em cada mês pelo menos um fim de semana marcado em vermelho no calendário. É o plantão, onde se torce para nada de grave acontecer, de rebelião de presídio a desastres naturais. Desta vez se sabia com antecedência que o sábado e o domingo seriam de muito trabalho. Seria preciso escrever, fotografar e gravar em vídeo o velório e o enterro de Eduardo Campos. As mudanças aconteceriam primeiro na capa do Diario de domingo. Na sexta-feira, a edição preparada para o interior do estado e venda em bancas teria que ser concebida com uma foto de arquivo, para a troca programada pelo registro da chegada do caixão trazendo os restos mortais do ex-governador e de seus três assessores pernambucanos. No sábado à noite, quase madrugada de domingo, a nova capa ficou pronta para assinantes com duas imagens: o caixão carregado pelos filhos de Eduardo e a população já presente no Palácio do Campo das Princesas. Internamente, a editoria de Política atualizou quatro páginas, com informações e imagens novas. Para a segunda-feira, uma força-tarefa foi montada para preparar um novo caderno especial com detalhes da despedida de Eduardo. Mas isso é tema para outra postagem neste blog.