Tomaz Silva/Agência Brasil

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O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral deve ser transferido para o Complexo Penitenciário de Gericinó, localizado em Bangu, ainda nesta segunda (2), depois que uma fiscalização, realizada pela PM, encontrou indícios de regalias na Unidade Prisional, onde ele é mantido desde setembro de 2021.
As denúncias, que foram ar no domingo (1) pelo Fantástico, da TV Globo, mostraram celulares, anabolizantes, cigarros eletrônicos e uma lista de encomendas para um restaurante na cela.
De acordo com Marcelo Rubioli, juiz da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro, as condições da cela de Cabral são “diferentes do que se espera para uma pessoa que está presa” e quando os fiscais da Vara de Execuções entraram na unidade prisional, um policial preso foi flagrado recebendo uma sacola com celulares, R$ 4 mil em dinheiro e cigarros de maconha. Ele tentou se livrar do pacote, interceptado pelas autoridades.
“Nesse momento que os fiscais entraram na galeria, vimos haver uma porta ao lado e, antes de eu entrar, eu vi esse policial preso recebendo uma sacola verde. Quando ele me viu, ele ficou sem ação e jogou a sacola por cima da cerca. Mas acho que ele se assustou e não jogou com tanta força. Ela caiu na unidade. E ao lado dessa área onde se encontrava esse policial, nós vimos, nas filmagens, que só se encontravam o senhor Sérgio Cabral e o coronel Claudio. Então há um indício de que esse material fosse deles”, afirma o juiz Marcelo Rubioli.
O coronel Cláudio ao qual o juiz se refere é Cláudio Luiz Silveira, condenado a 36 anos pela morte da juíza Patricia Acioli.
Ao Fantástico, a defesa de Cabral informou que não existiam irregularidades na cela dele e que “nenhum dos objetos encontrados em áreas comuns foi relacionado ao ex-governador”.

Texto por: Alana Taís e Yasmin Nascimento/Diario de Pernambuco

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