Nathália Monte- Diario de Pernambuco
Os resíduos de óleo que surgiram em vários pontos do litoral do Nordeste brasileiro em agosto de 2022 não têm relação com o derramamento de óleo de 2019. Até agora, as análises químicas de amostras coletadas em praias de quatro estados comprovam se tratar de um novo “incidente”. É o que afirma nota oficial da Marinha encaminhada à imprensa.
Ainda de acordo com o documento, possivelmente o novo episódio com petróleo cru está relacionado ao descarte de água oleosa após a lavagem de tanques de navio petroleiro, em alto mar. As amostras foram recolhidas em Pernambuco (Casa Caiada, Cupe, Catuama, Maria Farinha, Rio Doce, Bairro Novo, Milagres, Boa Viagem, Paiva e Quartel), Paraíba (Pitimbu e Jacarapé), Alagoas (Carro Quebrado) e Bahia (Ondina).
BAHIA
No entanto, a nota aponta que ainda existem resíduos do derramamento de óleo de 2019 na praia de Itacimirim e Itapuã, na Bahia. Areia das praias, ou rochas e recifes de coral da região, podem ter retido.
“Em análise muito rápida, verifica-se a complexidade do problema representado pelos derramamentos de óleo no mar, cujo enfrentamento requer vigilância e esforços constantes, os quais vêm sendo continuamente empreendidos pela comunidade científica brasileira, em distintos laboratórios do país, juntamente com os órgãos governamentais envolvidos com o tema”, afirma a nota.
RELEMBRE
Pelo menos 779 locais do Nordeste e Sudeste foram atingidos por petróleo cru desde agosto de 2019. De acordo com matéria do portal G1, publicada no fim de setembro do mesmo ano, até o momento, as manchas haviam chegado a Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro.