O governador Paulo Câmara assinou, nesta segunda-feira (26), o contrato de arrendamento da Ilha de Cocaia, em Suape, para a construção, instalação e operação de um terminal de minério de ferro. O investimento da ordem de R,5 bilhão será feito pela Bemisa
Com previsão de início para 2025, a implantação do terminal deve gerar mais de 3 mil postos de trabalhos diretos e indiretos, além de viabilizar a conclusão da ferrovia Transnordestina. A solenidade de assinatura aconteceu no Palácio do Campo das Princesas.
Na modalidade de Terminal de Uso Privado (TUP), o empreendimento será operado pela empresa Planalto Piauí Participações, que pagará R.500.000,00 pelo arrendamento. O terminal terá capacidade de recebimento e embarque de 50 mil toneladas de minério por dia e volume máximo de 780 mil toneladas para estocagem no pátio. A estimativa anual é de que 13,5 milhões de toneladas de minério de ferro sejam movimentadas.
Conforme o contrato, o arrendamento tem prazo de 30 anos, e poderá ser prorrogado por até 70 anos, mediante Termo Aditivo. As trativas do acordo tiveram início ainda em 2021.
“Será mais uma opção logística fundamental, que vai baratear custos e dar uma condição de desenvolvimento para vários setores da economia de Pernambuco. Esse novo terminal também vai potencializar ainda mais a utilização de Suape, ou seja, outros estados e até países terão no porto um novo escoamento de produção, agora através da logística ferroviária”, observou o governador Paulo Câmara. A ferrovia vai viabilizar a exportação de minério de ferro que o grupo empresarial explora no município de Curral Novo, onde há uma jazida com 800 milhões de toneladas de ferro.
Diretor-presidente do porto, Roberto Gusmão destacou, por sua vez, que esta é uma importante alternativa para o escoamento de grãos no estado. “Somos o principal porto do Nordeste e concentrador de cargas, atualmente distribuídas pelo modal rodoviário e por cabotagem. Com a malha ferroviária, o porto poderá movimentar desde os grãos de soja de Matopiba, na região entre os Estados do Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão, até as frutas do São Francisco e a gipsita do Sertão do Araripe, além de interiorizar cargas como combustíveis, gás de cozinha, cargas conteinerizadas, veículos, entre outrasmercadorias, consolidando sua integração à rede logística da região”.