As bancadas de situação e oposição não se entenderam em relação à composição das comissões temáticas da casa e decidiram bater chapa, com isso a governadora Raquel Lyra (PSDB), enfrenta sua primeira dificuldade na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta terça-feira (28), o que pode impedir que ela consiga controlar as três principais comissões – Justiça, Finanças e Administração.
Na última segunda-feira (27), o que mais se falava na Alepe era sobre comissões. O presidente da Assembleia, Álvaro Porto (PSDB), propôs o consenso, porém, isso foi interpretado como a possibilidade do Governo ceder pelo menos uma das principais comissões para a oposição. O PSB – com a maior bancada e regimentalmente acobertado para ocupar a comissão de justiça – negociou com os líderes, declinando de Justiça e Finanças em nome da comissão de Administração. O líder do governo, deputado Izaías Regis (PSDB), e o vice líder, Joãozinho Tenório (PATRIOTA), foram ao Palácio defender o acordo, mas voltaram com a informação de que o Governo não abriria mão de nenhuma das três comissões principais.
O PSB realizou o lançamento da proposta de bate-chapa e agora todas as 17 comissões têm resultado imprevisível. Nas principais, o Governo, se mantiver pressão sobre sua base, ganha com um voto de diferença a não ser que a Federação PT/PCdoB/PV termine se juntando ao bloco governista. Os nomes cotados para disputar a presidência da comissão de Justiça são Antonio Moraes (PP) e Waldemar Borges(PSB), a de Finanças tem como pretendentes a deputada Débora Almeida (PSDB) e, possivelmente, o deputado Antonio Coelho (União Brasil) ou Alberto Feitosa (PL). Já a comissão de Administração tem, por enquanto, um pretendente, o deputado Elias Lira(PV) que faz parte da Federação PT/PCdoB/PV, mas é independente.