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Ainda sob o impacto de três ataques seguidos de tubarão, dois deles acontecidos com menores de idade, em um período curto de tempo, entre os meses de fevereiro e março, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) promoveu, nesta terça-feira (21), uma audiência pública, auditório Sérgio Guerra, para discutir os incidentes com esses animais marinhos no litoral pernambucano. O evento foi aberto ao público. De acordo com o deputado Rodrigo Novaes, o parlamentar que pediu a audiência, há pesquisadores realizando um trabalho de qualidade no Estado. “Temos um trabalho realizado pelo Cemit (o Comitê de Monitoramento de Incidentes com Tubarões).Mas é preciso medidas mais concretas”, defendeu. Para ele, os estudos envolvendo o comportamento desses tubarões que visitam e se alimenta na Costa do estado precisa ser intensificado. “Os estudos devem voltar a acontecer, porque são indispensáveis. Há de se proporcionar locais seguros para banhos, nós vamos ver o que tem dado certo em outros países e vamos trazer aqui para Pernambuco”, afirmou. O governo do estado, recentemente, promoveu mudanças no Cemit e reatou parcerias com universidades estaduais, mas muitos pesquisadores das universidades do estado ainda resistem a soluções como telas de proteção, por exemplo. Já o uso de sinalizadores é um consenso e deve acontecer, assim que o dinheiro chegar. Inicialmente, o estado investiu apenas R$ 500 mil, vindos da secretaria do Meio Ambiente, mas há promessa de equipar as equipes, os barcos de pesquisa e até mesmo de realizar um concurso público para amplar o efetivo nas praias do Corpo de Bombeiros. Para a secretária de meio ambiente, Ana Luiza Ferreira, a questão deve ser tratada de forma preventiva e científica. “Precisamos da ciência para nos dar a certeza que não temos. Todas as ações específicas de tecnologia, todas essas ações, elas precisam ser analisadas com cuidado, e é isso que o Cemit está se propondo a fazer”, disse. Os ataques deste ano aconteceram em Jaboatão dos Guararapes e Olinda. Em Jaboatão, envolveu dois adolescentes de 15 e 14 anos, mordidos nas proximidades na Igrejinha de Piedade. Uma moça perdeu o braço no mar. Um jovem teve a aperna amputada. Em Olinda, houve ataque a surfista, em fevereiro, na Praia del Chifre. Ele não sofreu amputação e se recupera em casa. Desde 1992, o estado já sofreu 77 incidentes com tubarões.

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