A vereadora do Recife Liana Cirne (PT) participou na manhã desta terça-feira (18) do Programa Manhã na Clube, na Rádio Clube AM. Na ocasião ela falou sobre a preparação do Recife para receber as chuvas nosso próximos meses, o compromisso com a comunidade e a sua fiscalização junto as ações da prefeitura.
Sobre as chuvas ela lembro a tragédia de 2022 e explicou as medidas a serem tomadas decididas a partir de visitas nas comunidades afetadas.
“Nosso sentimento é de muita preocupação estamos há um mês e meio das chuvas intensas que estão previstas para esse ano. Não cabe mais ao poder público de um modo geral dizer que foi pego de surpresa ou desprevenido. Nós sabemos que as chuvas desse ano serão tão ou mais intensas do que as do ano passado. Então, nesse momento, todos aqueles que compõem o poder público seja do executivo, legislativo ou do judiciário tem que está desempenhando os seus papéis. O meu papel de vereadora é fiscalizar e sobretudo agora em que foram anunciados do governo federal para Pernambuco e para Recife em especial. Em especial no tocante de chuvas nós estamos que estar nas ruas, o vereador é um político que esta mais próximo da comunidade. Quando estamos na comunidade e voltamos para prefeitura trazendo todo feedback de todas as pessoas que a gente escuta é uma maneira de fazer a comunidade presente. Então, se nos temos um anuncio de 66 milhões de reais e exclusivamente para obras de contenção de de barreiras e etc, qual é nosso trabalho nesse momento? É garantir que esses 66 milhões de reais atendam as emergências. Temos que ter um objetivo, esse objetivo todo mundo tem que levar muito a sério e o propósito é terminar o inverno de 2023 com zero mortes”, disse a vereadora.
“Fizemos uma audiência pública sobre a preparação do Recife para as chuvas e é claro que todas as comunidades atingidas participaram dessa audiência. Desse encontro tiramos a necessidade de ira as comunidades, coisa que já temos feito desde primeiro de junho de 2022. Neste ano voltei as comunidades neste ano dessa vez com uma visita guiada pela própria comunidade e de todas as idas saí muito preocupada. Temos um mês e meio de trabalhos antes das chuvas mais intensas nos alcançarem”, concluiu.
Questionada sobre se a retirada das pessoas das áreas de risco como medida preventiva seria eficaz e como fazer para que novas famílias não façam casa nos mesmos locais. Ela afirmou: “Temos soluções de longo prazo e precisamos das de curtíssimo prazo. As soluções de longo prazo não vão evitar as mortes. É importante lembrar que tivemos só na região metropolitana do Recife 130 mortes por deslizamentos de barreiras. Isso sem contar as mortes por afogamento ou eletrocutadas, não se falaram muito sobre essas mortes, mas elas aconteceram. Então, temos que pensar a longo prazo o crucial é o poder público retomar o protagonismo planejamento urbano. Muitas vezes olhamos para o problema da falta de planejamento da ocupação desordenada e achamos que o problema é apenas dos pobres. Quando a urgência se sobrepõe ao planejamento isso é ruim para todo mundo, mas não é só a demanda de quem não tem onde morar que promove uma ocupação urbana desordenada, grandes construtoras também. Então, retomar a discussão do planejamento urbano, do direito a cidade com o protagonismo do poder público e participação popular, isso é crucial. E também ter o investimento em moradia, tivemos a entrega de cinco mil casas do programa “Pra Morar” e isso é muito bom, porque só aqui no Recife tivemos mil unidades, isso nos 100 dias do governo Lula. Porém ainda estamos longe de resolver tudo”.
João Campos
A vereadora fez questão de elogiar a gestão do Prefeito do Recife, João Campos (PSB), na prontidão para ajudar o Lar Paulo de Tarso.
“Quero elogiar a ação rápida da prefeitura no caso do Lar Paulo de Tarso, que foi muito comovente, o prefeito imediatamente anunciou um novo abrigo inclusive com o nome da cuidadora que morreu no incêndio. Esse é o tipo de sensibilidade que a gente precisa. Quis elogiar, pois o meu papel como vereadora é fiscalizar”, disse.
