Na manhã desta terça-feira (25) o deputado federal Pedro Campos (PSB) participou de uma entrevista no Programa Manhã na Clube na rádio Clube AM. Durante a entrevista o parlamentar falou sobre ter participado da comitiva do presidente Lula (PT) na China e sobre possíveis investimentos do país em Pernambuco. Ele também explicou algumas questões sobre a tarifa social da água e sobre o decreto que regulamenta o marco do saneamento
A comitiva do presidente chegou no dia 12 de abril no continente asiático. A visita ao país firmou contratos de muitos avanços para o Brasil.
“Foi uma viagem bastante positiva, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. Nós temos uma balança comercial em torno de 170 bilhões de dólares entre exportações e importações, e também muitas possibilidades de expandir e qualificar melhor essa balança. O Brasil hoje ainda exporta para China, principalmente soja, minério de ferro e o petróleo bruto. Importamos da China produtos com valor agregado, que tem tecnologia embutida e geram empregos mais qualificados. Acredito que exista essa necessidade de melhorar o equilíbrio em termos de investimento. Hoje a China tem diversos projetos de investimentos e infraestrutura no Brasil e o país não tem uma engenharia que acesse o mercado da China para também está fazendo projetos de infraestrutura’, explicou Pedro.
O deputado destacou que existe a possibilidade da China investir em Pernambuco, assim como em outros estados. Ele também informou sobre uma parceria antiga com o estado.
“Existe possibilidade de investimento sim. O que aqui chamamos de estado na China eles chamam de província parceira. Pernambuco tem parceria de longo prazo com a China. Inclusive durante a pandemia conseguiu doações de EPIS e equipamentos de proteção individual. Tendo o dialogo do governo do estado nós conseguiremos sim fechar acordos específicos para o estado. Porém, vale ressaltar que alguns acordos que foram firmados pelo governo federal tem impacto em Pernambuco.
Alterações o decreto que regulamenta o marco do saneamento
Sobre as mudanças no regulamento veja o que diz Pedro Campos:
“Lula promoveu importantes mudanças no decreto que regulamenta o marco do saneamento. Os principais pontos foram, destravar a questão dos investimentos através de PPP, o marco do saneamento em vez de pensar na universalização, pensava em como impor um modelo de concessão que na época era estruturado pelo BNDS. Segurança jurídica para empresas estaduais para empresas que prestam contratos. Permitir que as regiões de saneamento tenham prestação direta das empresas publicas de saneamento. Todas as mudanças foram positivas. O decreto abre um leque de possibilidades.
Tarifa social da água
A Tarifa Social da água é um projeto que tramita na Câmara desde 2018 e já passou por algumas melhorias, mas de acordo com o parlamentar alguns ajustes ainda estão sendo debatidos. A tarifa segue o mesmo esquema da de energia elétrica que oferece descontos para quem tem cadastro no Cadúnico.
“Temos no estado mais de um milhão de famílias sendo contempladas com a tarifa social da energia, já a de água de acordo com os últimos dados só tem 70 mil famílias. Mas porque existe tantas famílias em uma e outra não? Porque não existem os incentivos necessários para a tarifa social de água”, disse Pedro.
Ensino Técnico e Profissionalizante
Pedro preside o grupo de Ensino Técnico e Profissionalizante na Câmara de deputados. Ele afirma que busca melhorias na educação com um novo ensino médio com o ensino médio técnico o que seria um desatar de nó.
“O ensino técnico e profissionalizante tem que ser mais valorizado no Brasil é uma grande linha dentro na formação profissional que aumenta a empregabilidade dos jovens que consegue garantir muitas vezes que os jovens saiam do ensino médio já empregados e ganhando um salário superior ao que ele teria se tivesse só a formação do médio completo. Apenas 9% das matriculas no Brasil são de médio técnico, quando se faz o ensino médio e técnico ao mesmo tempo, a meta do governo federal é que consiga avançar nos próximos anos para 40% das matriculas. O estado tem hoje 60 escolas técnicas e tem possiblidade de avançar ainda mais. Iremos defender o ensino médio e técnico juntos”
CPIs
O deputado não votou a favor das CPIs do 8 de janeiro e do MST. Para ele uma é como se fosse para tirar atenção de algo e a outra como um espantalho.
“O requerimento da CPI do 8 de janeiro foi feito por um deputado investigado pela polícia, pelo supremo tribunal federal de ter incentivado o ato. Ele postou uma foto no mesmo dia da porta do ministro Alexandre de Moraes arrancada e escreveu “quem rir vai preso”. Eu acredito que uma pessoa como essa não tem legitimidade para querer ser presidente ou delator de um CPI. Eu acredito que ela foi criada mais para tirar o foco do que para dizer que não tem culpa no cartório. Já a do MST, eu acredito que temos no Brasil uma demanda enorme de fazer reforma agrária, visto que se comparar as reformas agrarias com o governo Lula anterior e com o Governo Bolsonaro podemos ver que precisamos de mais reformas”, explicou.
100 dias de governo
Sobre os 100 dias do Governo Lula e do Governo Raquel Lyra (PSDB) o parlamentar expos seu ponto de vista.
“Em relação aos 100 dias do Governo Lula, foram muito importantes para a retomada de programas sociais relevantes do país. Já recriamos tudo que tinha para ser feito e agora para de falar no governo anterior. Já no governo do estado não se desprende do governo anterior. Precisam mostrar as soluções”, finalizou.