Crédito: Arquivo/DP – Remoção do antigo pavimento da Avenida Boa Viagem, inclusive os antigos dormentes e trilhos de bondes, para substituí-lo por concreto
Há 55 anos, Boa Viagem se despedia dos últimos resquícios das linhas de bonde que ligavam o balneário ao restante do Recife. Na edição do dia 12 de outubro de 1960, o Diario de Pernambuco publicou uma reportagem a respeito da nova pavimentação da avenida beira-mar. Na foto, operários do Departamento de Obras retiravam os velhos dormentes e trilhos de bondes, para substituí-los por concreto. A aventura dos motorneiros e passageiros na Zona Sul durou apenas 35 anos, já que as primeiras composições só começaram a circular pela Zona Sul em 1925.
Os carros iriam dominar a paisagem. Na matéria do Diario, o engenheiro Abdias de Carvalho – hoje nome de avenida – informava que a pavimentação em concreto da primeira faixa de rolamento da Avenida Boa Viagem até o circular (pracinha) seria concluída até dezembro de 1960. Durante a administração do prefeito Miguel Arraes, já haviam sido retirados 1.500 metros de extensão de trilhos.
A substituição em concreto do velho pavimento da Avenida Boa Viagem foi iniciada na gestão de Pelópidas da Silveira. Na época, o custo estimado da obra era de 60 milhões de cruzeiros. Ao todo, o recapeamento teria 2,5 quilômetros de extensão. Depois de concluída uma faixa, seria iniciada a outra, no sentido Boa Viagem- Pina.
Os bondes de Boa Viagem ficariam somente na lembrança e nos filmes, como Veneza Americana (1926), já abordado no blog. Quer ler? Clique aqui.
