O maior jogador de futebol de todos os tempos chega à marca, nesta sexta-feira, dos 75 anos de vida. Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, fez história jogando pelo Santos, pela Seleção brasileira e depois pelo Cosmos de Nova York. Tudo poderia ser diferente se, no dia 5 de novembro de 1957, o Sport tivesse aceitado aquele garoto de 17 anos oferecido pelo time da Vila Belmiro. A data é de um telegrama guardado pela família de Ademir Menezes, aquele que foi artilheiro da Copa de 1950. O diretor do Sport, José Rosemblit, disse não a Pelé com o argumento de que o jogador era “muito novo e desconhecido”.

Este “furo” histórico foi publicado no Diario de Pernambuco de 23 de janeiro de 2000 pelo repórter Sérgio Miguel Buarque, então setorista do rubro-negro. Os bastidores da sua descoberta e apuração estão narrados no blog (clique aqui). Ele contou ainda com a colaboração de Luis Fernando Veríssimo, Xico Sá e Raimundo Carrero, que embarcaram na brincadeira da realidade paralela de um Pelé jogando contra o Íbis e outros clubes pernambucanos.

No ano passado, nos cadernos especiais que antecederam a Copa da Mundo, Pelé voltou a vestir a camisa rubro-negra na página “E se…”, que imaginava situações que não ocorreram na vida real. O texto de Cássio Zirpoli foi publicado no dia 6 de março de 2014 fechando a edição da conquista da Copa de 1958, quando Pelé foi coroado o rei do futebol.

O Sport está envolvido indiretamente com outra história importante da vida de Pelé. Teria sido no estádio da Ilha do Retiro que o ídolo marcou o milésimo gol da carreira, na goleada de 4 a 0 sobre o Santa Cruz. O jogo aconteceu no dia 12 de novembro de 1969, diante de 34.123 torcedores.

Pelé marcou duas vezes na partida válida pelo torneio Roberto Gomes Pedrosa. Sete dias depois, no Maracanã, Pelé faria de pênalti, contra o Vasco, o gol 1.000 oficial, diante da imprensa nacional. Teoria da conspiração? A escolha do melhor palco para um fato histórico? A história foi contada em uma página dupla assinada pelo repórter de Superesportes João de Andrade Neto na edição do Diario de 7 de junho deste ano.

Outra goleada do time de Pelé sobre o Santa Cruz foi motivo de festa. Na noite de 10 de maio de 1967, o tricolor foi batido em pleno Arruda por 5 a 0 diante de 8.188 torcedores. Poderia ser uma tragédia, se o momento não fosse de festa. O Santa Cruz inaugurou com pompa a iluminação do seu estádio tendo como convidado de honra o melhor jogador do mundo, que marcou o primeiro tento do jogo.