Há 80 anos, o recifense se deslumbrava com uma maravilha da tecnologia. Os moradores da capital pernambucana já estavam habituados à passagem do Graf Zeppelin havia seis anos, mas naquele 3 de abril de 1936 o “charuto voador” era outro. Tratava-se do Hindenburg, a maior nave construída pelo homem a voar, com 245 metros de comprimento, 200 mil metros cúbicos de gás, quatro motores, velocidade de 131 km/h e uma autonomia de 12 mil quilômetros.

O orgulho da nação comandada por Adolf Hitler não passaria originariamente pelo Recife. Havia partido três dias antes de Friedrichshaffen com direção ao Rio de Janeiro. Como o governo francês não autorizou a passagem do aparelho pelo seu território e também em virtude de ventos contrários, a rota acabou sendo alterada.

O Hindenburg passou pelo Centro do Recife e chegou ao campo do Jiquiá por volta das 8h. Em voo circular, deixou cair uma pequena mala postal para uma firma alemã e seguiu o seu caminho. Os 50 passageiros a bordo tinham direito a cama e sala de refeições. Um luxo assistido por mais de 40 empregados e tripulantes.

Tudo se acabou no dia 6 de maio de 1937, quando o Hindenburg explodiu e incendiou-se, a 60 metros de altura, quando atracava em Lakehurst, nos Estados Unidos. O saldo trágico foi de 13 passageiros, 22 tripulantes e um técnico em solo mortos. A perda de 36 vidas deu fim a uma era. No dia 7 de maio de 1937, o Diario de Pernambuco estampou a tragédia na sua capa, trazendo foto onde aparecem o Hindenburg e o Graf Zeppelin amarrados na torre de sua base, na Alemanha. Este assunto já foi tratado no blog. Basta clicar aqui.