Foto: Peu Ricardo/Esp. DP

Ruy Pompeo investiu na ampliação da churrascaria, mas o movimento caiu 25%. Foto: Peu Ricardo/Esp. DP

Espera por dias melhores

Antônio Alves Ribeiro, 57, o Tonho Bora, tinha um pequeno bar à beira-mar de Ponta de Pedras há duas décadas. Os anos de trabalho renderam economias e, após o início das obras do Polo Automotivo, sentiu que os negócios podiam crescer. E cresceram, junto com os lucros, a uma velocidade assustadora, como conta.

“Em 2013, investi R$ 300 mil na compra de um terreno na beira-mar e mais R$ 15 mil para reformá-lo e torná-lo um restaurante. Até 2014, fornecíamos 350 refeições diárias aos funcionários do Polo Automotivo, um faturamento entre R$ 3,5 mil e R$ 7 mil por dia. Em outubro de 2015, as empresas terceirizadas começaram a ir embora, a queda no movimento foi de 80%. Hoje, quando o movimento é bom, faturamos uns R$ 4 mil mensais”, revela.

O empresário Ruy Pompeo Mendes Filho, 37, também acumula prejuízos após contabilizar um crescimento de 30% a 50% no movimento da Churrascaria Arreio de Prata, às margens da BR-101, próxima à entrada de Goiana, no estágio mais avançado das obras do Polo Automotivo. Ruy investiu R$ 80 mil na ampliação do estabelecimento, mas com a operação da fábrica e a queda dos clientes, a obra está parada.

“Vendi parte do patrimônio e investi na ampliação da churrascaria. Passamos a oferecer rodízio. Com a operação da fábrica e o fim das obras, os operários preferem comer no refeitório interno. Quando a infraestrutura de Goiana melhorar, é possível voltar a faturar mais”.