Foto: Peu Ricardo/Esp. DP
Antônio Cavalcanti explica que licitação da rodovia pedagiada está sendo encaminhada. Foto: Peu Ricardo/Esp. DP
Miniarco é solução alternativa
Rodovia pedagiada de 14,4 km deverá ser viabilizada por meio de concessão para permitir a circulação dos veículos que saem da fábrica em Goiana

Uma rodovia pedagiada com 14,4 quilômetros de extensão. É esta a solução encontrada pelo governo do estado para fazer fluir o congestionamento que se forma diariamente nas imediações de Abreu e Lima. O chamado “mini-arco” está orçado em R$ 160 milhões. A obra, que tem duração estimada em dois anos, será viabilizada por meio de uma concessão. Os primeiros passos já foram dados. Recentemente, a gestão pública publicou o projeto de lei que permite a operação. O próximo passo será o lançamento do edital para que as empresas apresentem projetos para a construção e operação do traçado.

“Após tornar público o edital, as empresas tem 30 dias para apresentar proposta. A comissão analisa os documentos que forem apresentados e autoriza, ou não, que os interessados realizem os estudos. Vence o processo quem apresentar a menor tarifa”, afirmou o secretário executivo de Transportes de Pernambuco, Antônio Cavalcanti Júnior. A contraproposta do governo do estado serão as desapropriações da área, estimadas em R$ 25 milhões.

Enquanto os trâmites para construção do mini-arco avançam, o projeto do Arco Metropolitano, considerado imprescindível para o desenvolvimento da região, segue a passos lentos. A rodovia ligará a BR-101 Norte, em Igarassu, no Grande Recife, à BR-101 Sul, no Cabo de Santo Agostinho, onde está localizado o Complexo Industrial Portuário de Suape. As obras que somarão 77 quilômetros estão orçadas em R$ 1,5 bilhão.

Desde 2013, o projeto está a cargo do governo federal e, no ano passado, passou a integrar o Programa de Investimento em Logística (PIL). A previsão é de que o leilão para operação da área seja realizado ainda este ano para que a construção inicie em 2017. Quando a obra for autorizada, serão necessários cerca de 36 meses para conclusão de todo o traçado.

Obras Complementares

O acordo fechado ainda na negociação da chegada da fábrica da Jeep ao estado foi o uso de rodovias complementares. Nesse caso são necessárias pelo menos 11 obras. Trata-se de restaurações e implantações que totalizam R$ 220 milhões em investimentos, recursos previstos no orçamento do governo do estado. A expectativa é de que todos os projetos estejam em operação no próximo ano.

“São projetos que estão com prazos diferentes. Inicialmente, demos prioridade a restaurar e depois a iniciar a implantação. Esta decisão de se restaurar antes foi tomada inclusive junto com a Jeep. São estradas que hoje já estão em uso, mas que precisam de melhoria”, afirmou o secretário executivo de Transportes de Pernambuco, Antônio Cavalcanti Júnior.

A cobrança por melhorias nas estradas da Zona da Mata Norte pernambucana não é apenas das empresas que formam o polo automotivo. Segundo estimativas da Associação das Empresas de Goiana (AEG), mais de nove mil pessoas trabalham nos municípios de Goiana, Igarassu e Itapissuma. “É preciso melhorar o acesso principalmente para o escoamento da produção. O deslocamento de pessoas é intenso naquela área. O Arco Metropolitano é essencial”, enfatizou a diretora executiva da AEG, Margarete Bezerra.

Segundo Antônio Cavalcanti Júnior, quando as obras das rodovias alternativas estiverem prontas e o mini-arco, em operação, o problema da mobilidade na área já terá um grande avanço. “Sabemos que neste momento a mobilidade é muito limitada. O plano viário que apresentamos contempla toda a Região Metropolitana e os principais polos produtivos. O mini-arco vai resolver o problema da Zona da Mata Norte”, enfatizou.

*As implantações só serão realizadas quando os processos de restauração forem concluídos
Fonte: Secretaria de Transporte de Pernambuco