A sétima classificação da elite nacional em 2013

Classificação da Série A 2013, na 7ª rodada. Crédito: Superesportes

Com mais uma goleada na conta, o Náutico segue na lanterna do Brasileirão. O time agora está a três pontos do 16º colocado, o primeiro fora da zona de rebaixamento. Só uma vitória timbu e uma derrota do Criciúma, combinadas com o saldo de gols, tirariam o clube do Z4 na próxima rodada.

Por causa de uma excursão do São Paulo à Europa, um jogo da da 11ª rodada do campeonato foi antecipado, São Paulo 1 x 2 Bahia.

A 8ª rodada do representante pernambucano
20
/07 – Botafogo  x Náutico (21h00)

Jogos no Rio pela elite: 1 vitória timbu, 2 empates e 6 derrotas.

Sem arrancada, Timbu expõe a sua limitação técnica na elite

Série A 2013, 7ª rodada: Cruzeiro x Náutico. Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press

Em um campeonato de 38 rodadas, 7 partidas representam só 18% da agenda. Ainda há muito a disputar. Tempo para reformular, treinar, repensar e reagir.

Ao Náutico, uma análise mais temerária sobre o nível técnico, agora, talvez seja relevada justamente pela baixa quantidade de partidas realizadas até aqui.

No entanto, os dados alvirrubros já assustam. Com apenas uma vitória, um empate e cinco derrotas, na lanterna do Brasileiro, o representante pernambucano repete a “arrancada” do América de Natal, em 2007.

Naquela Série A o time potiguar cravou a pior campanha dos pontos corridos no atual formato, com vinte clubes. Até aqui, o futebol timbu também não anima.

Na única vitória foi conquistada o time praticamente não atacou. É uma síntese do Náutico, já com Zé Teodoro, recheado de volantes – mas desfalcado de Elicarlos e Martinez – e com atacantes cansando de falhar nas finalizações.

A velocidade de Rogério já não vem sendo suficiente. A defesa, então, é uma calamidade, como na noite deste domingo, em mais uma derrota acachapante.

Com extrema facilidade, o Cruzeiro goleou por 3 x 0, na estreia de Berna. O goleiro saiu consciente da dura missão. A começar pelos zagueiros na sua dianteira, batendo cabeça, observando a bola de pé em pé com os adversários.

Em uma Série A o investimento é algo primordial. O planejamento estratégico não se resume a um colegiado formado a um mês do torneio. Hora de arrumar a casa, conter a pressão e voltar a fazer o dever básico na Arena. Sem os Aflitos.

Para que a estatística do Náutico não siga inspirada em outro alvirrubro…

Série A 2013, 7ª rodada: Cruzeiro x Náutico. Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press

A evolução dos distintivos recifenses

Evolução dos escudos de Náutico, Santa Cruz e Sport. Crédito: http://www.futbox.com

Além do nome, claro, o escudo é um dos principais símbolos de um clube de futebol, somado às cores e ao mascote. São aspectos definitivos para a caracterização de uma agremiação. No caso do distintivo, por mais que os emblemas sejam tradicionalíssimos, é comum uma leve transformação com o tempo, evoluindo com a moda. Não foi diferente com os três principais times do estado, desde os primórdios, ainda na era amadora.

Após ganhar o hexa, em 1968, o Náutico passou a ostentar um escudo redondo – com uma breve exceção no início da década de 1970. Assim como o Boca Juniors, o Timbu colocou as estrelas dentro do distintivo. No caso, as seis referente à maior conquista estadual – fato que permanece até hoje. Só durante dois anos desde 1901 o emblema não contou os dois remos, relembrando a origem alvirrubra. Do trio, é o que passou por uma transformação drástica há menos tempo.

No Arruda, o escudo do Santa passou diversos reajustes. É o time da capital com mais mudanças. Curiosamente, em 1959 o Tricolor atuou com um escudo semelhante ao do São Paulo. Além disso, a Cobra Coral chegou a contar com estrelas no entorno, simbolizando o tri-super e o pentacampeonato estadual. Recentemente, a diretoria “limpou” o distintivo presente no uniforme.

No Sport, à parte do primeiro escudo, com elementos do remo, um dos principais esportes do clube, o distintivo rubro-negro sofreu pouquíssimas mudanças. Obviamente, passou dos traços rebuscados para uma concepção mais arrojada, como os demais. É o único que conta com estrelas acima do escudo, as douradas do Brasileiro de 1987 e da Copa do Brasil de 2008, e uma pequena estrela de prata centralizada, pela Série B de 1990.

Confira a evolução gráfica de outros escudos brasileiros no www.futbox.com.

Camisas históricas do futebol pernambucano, do Recife ao Sertão

Colecionar camisas de futebol é o hobby de muitos torcedores. Além da camisa do próprio time, o armário costuma contar com padrões de outros clubes tradicionais, grandes ou pequenos, nacionais ou internacionais.

Mas e o que dizer de uma coleção de 120 camisas apenas com agremiações pernambucanas? Um tanto rara. Em seu perfil público no álbum Picasa, Manula Galo disponibilizou toda a coleção com uniformes de 35 times desde a década de 1980. Além dos três grandes da capital, raridades de times pequenos.

Abaixo, os uniformes em ordem da esquerda para a direita. Para conferir as camisas numa resolução maior e com as respectivas descrições, clique aqui.

AGA (2), América (3), Araripina (1), Arcoverde (1), Barreiros (1), Belo Jardim (1), Cabense (1), Carpinense (1), Central (7), Centro Limoeirense (1), Chã Grande (1) e Destilaria (2), Vitória (2).
Camisas históricas de cluebes pernambucanos. Crédito: Manula Galo/Picasa

Vitória (1), Estudantes (1), Ferroviário do Cabo (1), Flamengo de Arcoverde (1) e Íbis (5), Náutico (15).

Camisas históricas de cluebes pernambucanos. Crédito: Manula Galo/Picasa

Náutico (4), Olinda (2), Paulistano (2), Pesqueira (1), Petrolina (2), Porto (4), Primeiro de Maio (1), Recife (2) e Santa Cruz (6).

Camisas históricas de cluebes pernambucanos. Crédito: Manula Galo/Picasa

Santa Cruz (13), Salgueiro (3), Sera Talhada (1), Serrano (2), Sete de Setembro (2) e Sport (3).

Camisas históricas de cluebes pernambucanos. Crédito: Manula Galo/Picasa

Sport (20), Surubim (1), Unibol (1), Vera Cruz (1) e Ypiranga (1).

Camisas históricas de cluebes pernambucanos. Crédito: Manula Galo/Picasa

Torcida pernambucana por um alvinegro na final da Libertadores

Atlético Mineiro e Olimpia, finalistas da Taça Libertadores da América 2013. Crédito: montagem sobre fotos da Conmebol

Atlético Mineiro e Olimpia vão decidir o título da Taça Libertadores de 2013.

As datas já foram marcadas pela Conmebol.

17/07 – Olimpia x Atlético Mineiro (Defensores del Chaco)
24/07 – Atlético Mineiro x Olimpia (Mineirão)

A final da maior competição sul-americana terá uma fórmula diferente. O gol qualificado, fora de casa, não terá mais peso de desempate. Agora vale apenas o saldo de gols. Em caso de igualdade, prorrogação de trinta minutos em Belo Horizonte… Permanecendo a igualdade, pênaltis.

Galo e Decano, os alvinegros a caminho do Mundial de Clubes no Marrocos.

A torcida pernambucana tem um time preferido nesta decisão? A conferir.

Quem será o campeão da Libertadores 2013?

  • Rubro-negro - Atlético-MG (29%, 350 Votes)
  • Tricolor - Atlético-MG (22%, 263 Votes)
  • Rubro-negro - Olimpia (22%, 260 Votes)
  • Alvirrubro - Atlético-MG (17%, 209 Votes)
  • Alvirrubro - Olimpia (6%, 78 Votes)
  • Tricolor - Olimpia (4%, 47 Votes)

Total Voters: 1.207

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Dirigente remunerado com passagem fugaz no futebol recifense

Diretor remunerado do Náutico em 2013, Daniel Freitas. Foto: Yuri Lira/DP/D.A Press

Em quinze anos os grandes clubes pernambucanos contaram com doze dirigentes remunerados na gestão do futebol profissional.

O termo “remunerado” costuma causar asco nos dirigentes tradicionais, aqueles que emergiram do quadro de sócios até um lugar no alto escalão.

O cargo é quase um tabu no futebol local.

No contracheque, um salário equivalente ao de um executivo. Nos bastidores, de R$ 20 mil a R$ 50 mil. No Sudeste há quem ganhe mais de R$ 100 mil.

Nesta temporada, alvirrubros e rubro-negros iniciaram suas campanhas com dirigentes contratados, responsáveis pela procura de atletas, renovações de contratos e negociação de direitos econômicos.

Os perfis são bem diferentes. No Alvirrubro, Daniel Freitas, com passagem pelo Vasco, calejado na Série A. Demitido em julho. No Leão, Marcos Amaral, outrora diretor “tradicional” do clube, mas que acabou assumindo a função de forma exclusividade na carreira como homem de confiança do presidente.

Se tem algo em comum em todos eles é o tempo. No Recife, todos ficaram no máximo um ano. Na saída, a variação de motivos também é pequena.

Marcos Amaral, diretor remunerado do Sport em 2013. Foto: Brenno Costa/DP/D.A Press

Divergência de ideias, rusgas com outros diretores, jogadores e técnico, além do alto salário. Rescisão costurada quase sempre a partir da vaidade, lá e lô. E assim este modelo profissional nunca se firmou no estado.

Os dirigentes remunerados, claro, têm consciência de que são estranhos no ninho. Compreender a situação e saber agir de forma também é necessário.

Confira os nomes que já trabalharam nos Aflitos, na Ilha do Retiro e no Arruda.

Náutico
Sangaletti (2008)
Gustavo Mendes (2011)
Carlos Kila (2012)
Daniel Freitas (2013)

Sport
Rudy Machado (1999)
Cícero Souza (2012)
Marcos Amaral (2013)

Santa Cruz
José Luís Galante (1999)
Joel Zanata (2000)
José Carlos Brunoro (2001)
Antônio Capella (2008)
Raimundo Queiroz (2010)

Raimundo Queiroz, diretor de futebol remunerado do Santa Cruz em 2010. Foto: Nando Chiappetta/Esp.DP/D.A Press

Torcedômetro dos clubes pernambucanos

Ranking de sócios-torcedores da Ambev para clubes brasileiros em 9 de julho de 2013

O programa nacional de descontos para sócios-torcedores brasileiros foi lançado em 14 de janeiro deste ano, batizado de Por um futebol melhor.

Náutico, Santa Cruz e Sport estão inseridos na campanha há exatos 50 dias. No período, perfis bem diferentes nas três torcidas no “torcedômetro”, o ranking que engloba os 25 clubes cadastrados até o momento.

Em 21 de maio, quando o trio foi oficializado, o total de sócios era de 27.880.

Na primeira atualização, os dados eram os seguintes: Santa (13.174 / 10º lugar), Sport (10.673 / 12º) e Náutico (4.033 / 20º). Saiba mais aqui.

De lá pra cá, o número de associados pernambucanos no programa subiu para 29.560, registrando um acréscimo de 6%.

Confira a diferença nos números dos grandes clubes do Recife neste intervalo.

Sport aumentou em 2.846, ou 26%.
Santa Cruz aumentou apenas em 41, ou 0,3%.
Náutico reduziu em 1.207, com percentual negativo -29%.

Ao ultrapassar o rival, o Leão assumiu o posto de maior do Nordeste no ranking.

Ao todo, os 25 clubes contam com 510.021 sócios. Há 50 dias eram 465 mil.

Vale lembrar que esses sócios terão direito a benefícios em mais de 600 produtos e serviços de 37 marcas. Basta se inscrever no site e informar o CPF.

Todos com a Nota turbinado em São Lourenço

Cartão do Todos com a Nota. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O programa Todos com a Nota trabalha com valores diferenciados para o subsídio no futebol local de acordo as divisões do campeonato nacional.

Em 2013 começou assim em relação à quantidade de ingressos e valores:

Série A (Náutico/8.000): R$ 15
Série B (Sport/8.000): R$ 13
Série C (Santa Cruz/15.000): R$ 10
Série D (Salgueiro/9.000, Central/7.000 e Ypiranga/4.000): R$ 7

Mas agora surgiu um fato novo.

O Alvirrubro atuou duas vezes nos Aflitos com essa composição financeira antes de estrear na Arena Pernambuco, a sua nova casa no Brasileirão.

A carga timbu subiu para 15 mil bilhetes, o que já havia sido divulgado.

No entanto, além do maior número de ingressos, o valor pago pelo governo do estado na campanha promocional também aumentou.

Apesar de o torneio ser o mesmo, nas partidas em São Lourenço as entradas do TCN custarão R$ 20 ao governo, como mostra o primeiro borderô alvirrubro por lá, no duelo contra a Ponte, cuja arrecadação líquida foi de R$ 423 mil.

Ou seja, antes o Timbu arrecadaria até 120 mil reais nos Aflitos. Agora, o valor do Todos com a Nota saltou para R$ 300 mil, num aumento de 150%.

Mais um incentivo para atrair times interessados ao empreendimento…

Giampaolo Pozzo, o poderoso chefão de três clubes. De olho em Pernambuco

Giampaolo Pozzo, dono da Udinese

Formar atletas, garimar talentos e negociar percentuais. O grande vetor financeiro do futebol se tornou o único objetivo de empresários mundo afora.

Na Europa, é cada vez mais comum ver clubes tradicionais parando nas mãos de ricaços, mesmo de outras nacionalidades. A meta é quase sempre a mesma. Começam adquirindo ações até a fatia majoritária. Pois bem. Imagine então, um empresário dono não só de um clube, mas de três! Haja business.

O italiano Giampaolo Pozzo já era um homem rico aos 45 anos, nos idos de 1986, em Udine. Aí, teve uma ideia singular. Resolveu comprar o time da própria cidade, a Udinese. Comprou, investiu, tirou o clube do buraco e aos poucos montou uma superestrutura. Nada de centros de treinamento gigantescos. O seu plano foi criar uma verdadeira rede de contatos e olheiros nos continentes.

Passou a investir bastante em jovens atletas bem antes do boom vigente. Entre erros e acertos, o lucro. Surgiram nomes como Sensini, Oliver Bierhoff, Amoroso, Iaquinta, Pizarro, Quagliarella, Di Natale e Alexis Sánchez.

Watford, Udinese e Granada

O seu ideal diz tudo: “Buy low, sell high”. Compre barato, venda caro.

É verdade que denúncias de negócios suspeitos não passaram batidas. A mais grave delas em 1990, quando precisou se afastar da presidência – por mais que a canetada final tenha continuado. Dando sequência o tino nos negócios futebolísticos, Pozzo comprou o Granada da Espanha em 2009. Avançou nos flancos até o mercado inglês em 2012, comprando mais um clube, o Watford. De cara, a promessa de investimento de 15 milhões de libras esterlinas.

Com três times distribuídos nos maiores centros econômicos do futebol europeu, Giampaolo Pozzo, hoje com 72 anos, criou pontes de negociações. Atletas em início de carreira assinam por períodos mais curtos, para ganhar cancha. Em seguida vão para outra experiência, em outro time do “portfólio”.

Paralelamente a isso, os seus olheiros vão estendendo os campos de visão. Chegaram até Pernambuco. Com Douglas Santos, indo para o Granada, de olho na Udinese e sonhando com o Watford… Sob ordens de Pozzo.

Giampaolo Pozzo, dono da Udinese, do Granada e do Watford

Douglas Santos, a possível maior venda do Náutico. Saberemos no balanço

Lateral-esquerdo Douglas Santos, do Náutico, convocado à Seleção Brasileira em 2013. Foto: Simone Vilar/Náutico

Aos 19 anos, o lateral-esquerdo Douglas Santos parte para a Europa. O jogador, valorizado com a convocação para o time principal da Seleção Brasileira, foi negociado com o Granada da Espanha. Na coletiva que marcou o anúncio do negócio, a direção do Náutico não revelou o valor e ainda mandou um recado.

“O valor só será informado no próximo balanço oficial do clube”. 

A próxima auditoria deverá ser divulgada apenas em abril de 2014…

No entanto, na imprensa europeia foi comentada uma cifra: 2,35 milhões de euros. Assim, Douglas se tornaria o jogador mais valioso do Timbu, superando o atacante Anderson Lessa, negociado em 2010.

O ala tinha contrato com o Náutico até 2016, cujo percentual dos direitos econômicos era de 60%. Ou seja, o clube teria recebido 1,41 milhão de euros.

Há tempos o blog lista as maiores transações dos times do estado em valores absolutos. São dois critérios: o valor em dólar, para tentar uniformizar as transferências via taxas de câmbio, e o percentual recebido pelos clubes locais.

Portanto, a venda de Douglas Santos entraria com 60% do valor, ou US$ 1,815 milhão, abaixo apenas de Jackson (1998), Ciro (2012) e Rômulo (2012). Ele foi o 24º do futebol local a ser negociado por pelo menos um milhão de reais.

Ou possivelmente R$ 4.091.154… Desfalque no campo, reforço no balanço.

MiAs vendas milionárias do futebol pernambucano. Crédito: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press