Análise da semifinal pernambucana de 2015 – Sport

Pernambucano 2015, 9ª rodada: Náutico 0x2 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A busca pelo bicampeonato pernambucano teve uma campanha avassaladora no hexagonal, com 11 pontos a mais que o segundo colocado. Mesmo sem apresentar um grande futebol, mesmo escalando alguns times mistos. De toda forma, a superioridade técnica vista até aqui fica no passado a partir de agora. No mata-mata, com semifinal e final, a única vantagem possível é jogador a segunda partida em casa. Pouco. Mas é o regulamento, paciência.

Portanto, cabe a Eduardo Batista orientar um time já experiente (apesar das caras da base) sobre o espírito necessário. Funcionou no último ano, com a dupla conquista (Estadual e Nordestão), crescendo justamente nos mata-matas. E o primeiro exemplo deste ano foi duríssimo, contra o Fortaleza, pelo regional. Mesmo na Série C, o adversário só caiu nos pênaltis. Decisões de 180 minutos resultam num nivelamento natural. Será possível com o Salgueiro?

Outro ponto sobre a equipe é a obrigação de conciliar a agenda do time, dividida entre Pernambucano, Copa do Nordeste e Copa do Brasil. E com a Série A marcada já para 9 de maio, logo mais. A preparação física da equipe – algumas peças sentem bastante – será testada no limite. Em 2014 deu certo.

Desempenho na semifinal (2010/2014)
5 participações e 5 classificações

Formação básica do Sport no Estadual 2015. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Destaque
Diego Souza. Na prática, o meia-atacante não foi o melhor jogador do Leão no hexagonal. Vem aquém da sua qualidade técnica – a um valor salgado. Porém, tem a maior responsabilidade para ser o principal vetor ofensivo do time.

Aposta
Elber. Contratado junto ao Cruzeiro, o atacante chegou sem alarde, mas logo na estreia marcou dois gols contra o Santa Cruz. Rápido, o jogador é o artilheiro rubro-negro na temporada, mesmo sem a titularidade absoluta.

Ponto fraco
Vitor. A saída de Patric para o Galo deixou uma lacuna quase irreparável na lateral direita. Alex Silva e Vitor, os concorrentes neste ano, não agradaram, com o segundo assumindo a titularidade por falta de opção. Falta intensidade.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
25 pontos (líder)
8 vitórias (quem mais venceu)
1 empate (quem menos empatou)
1 derrota (que menos perdeu)
19 gols marcados (melhor ataque)
5 gols sofridos (melhor defesa)

Melhor apresentação: Santa Cruz 0 x 3 Sport, em 31 de janeiro, no Arruda.

Ilha cheia, jogo nervoso, Magrão pegando pênalti e Sport na semifinal do Nordestão

Nordestão 2015, quartas de final: Sport 1x0 Fortaleza. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Um confronto dificílimo, decidido apenas na implacável cobrança de pênaltis. Magrão, que defendera uma penalidade no Castelão, salvando o Leão de uma goleada no jogo de ida, brilhou novamente, desta vez na Ilha do Retiro. Além o fator sorte, com o chute de Cassiano por cima, logo o primeiro da série, o ídolo rubro-negro defendeu a cobrança de Corrêa, um dos especialistas do Fortaleza. Foi o 22º pênalti defendido pelo goleiro em uma década de Sport.

Alessandro Beti Rosa foi mesmo o nome da disputa, ajudando o time a chegar à semifinal do Nordestão para um embate entre os maiores clubes da região, Bahia x Sport. Esse clássico só foi possível após uma Ilha fervilhando, no apoio e no nervosismo. No gol de Samuel, solitário nos noventa minutos (1 x 0), e nos contragolpes perigosos do visitante alencarino. O Leão do Pici não abdicou nem mesmo após os dois jogadores expulsos nos minutos finais. Lutou demais.

Nordestão 2015, quartas de final: Sport 1x0 Fortaleza. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Com a bola nos pés na maior parte do tempo, 59%, o Sport tentou sufocar, mas encontrou um adversário consciente do regulamento a seu favor. Precisou de muita paciência para conseguir espaço. Com a noite já caindo na cidade, o time pernambucano acabou premiado pelo esforço e pelo goleiro que tem, decisivo no 4 x 2 na marca da cal. Com a classificação, o Leão somou mais R$ 275 mil em cotas, chegando a R$ 890 mil na competição. Vai por mais, pela glória.

Agora, uma pausa oportuna na Copa do Nordeste. Antes de pensar no Baêa, e aí decidirá a sua sorte lá na Fonte Nova, o Rubro-negro volta o foco para o Estadual. Mais do que isso. Precisa manter essa chama vista num domingo como nos velhos tempos no estádio Adelmar da Costa Carvalho…

Nordestão 2015, quartas de final: Sport 1x0 Fortaleza. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Sport se impõe outra vez sobre o Náutico e deixa o rival ameaçado no Estadual

Pernambucano 2015, 9ª rodada: Náutico x Sport. Foto: Marlon Costa/FPF

O Sport venceu o Náutico pela 4ª vez seguida. Somou os dois resultados da final do último campeonato estadual aos dois triunfos no hexagonal desta temporada. Neste domingo, na retomada do duelo Eduardo Batista x Lisca, o Rubro-negro contava uma senhora vantagem no elenco. Mais técnico, mais entrosado, mais confiante. Mesmo classificado e virtualmente líder, o Leão se impôs, 2 x 0.

O time mesclado não teve Rithely, Vitor, Elber e Mike, com nova chance para um meio-campo com Diego Souza e Régis, como boa parte da torcida deseja – em alguns momentos deram conta. Enfrentaram na arena (6.063 pessoas, pífio) um Timbu tendo a vitória como único objetivo, perigando ficar de fora da semi. Nem o empate servia, pois na última rodada não poderia perder do Salgueiro no Sertão, como no Nordestão. Pressão demais para uma equipe deficiente.

No jogo, um primeiro com mais reclamação que futebol. Aos 30 minutos, Joelinton recebeu vermelho direto – o jovem atacante já havia sido expulso em outro clássico, contra o Santa. No lance seguinte, os rubro-negros cobraram a expulsão de Guilherme em outro lance duro (amarelo). O jogo seguiu, com o árbitro Sebastião Rufino Filho repassando a sua tensão aos atletas.

Pernambucano 2015, 9ª rodada: Náutico x Sport. Foto: Marlon Costa/FPF

Numericamente à frente, Lisca adiantou o time, com o Sport apertando a marcação. A melhor chance foi de Guilherme, acertando o travessão ao aproveitar uma bobeira de Renê. Logo na volta do intervalo, o Leão marcou o primeiro gol, com Wendel. O volante teve a sua renovação contestada pelo futebol no Brasileirão. Curiosamente, após a assinatura, passou a atuar muito bem. Mandou de cabeça após cobrança de escanteio.

A situação se tornou quase irreversível quando Guilherme, afobado a tarde toda, derrubou Wendel, sozinho em direção à meta de Júlio César. Em campo, 10 x 10, com a bola nos pés dos leoninos (55%). Sem alternativas, o técnico timbu lançou-se ao ataque com as substituições possíveis. E aí o Leão tomou as rédeas, sem se expor. Aliás, isso é uma meia verdade, pois a zaga subiu inteira aos 33 minutos, com Durval de ponta esquerda, driblando e tocando para Páscoa, de centroavante. Um gol que diz bastante sobre a situação dos rivais.

Ao Náutico, ainda na 4ª colocação, será preciso segurar o Salgueiro. Se conseguir, terá justamente o Sport na semifinal…

Pernambucano 2015, 9ª rodada: Náutico x Sport. Foto: Marlon Costa/FPF

Com Diego Souza rendendo, Sport goleia o Socorrense em Aracaju

Nordestão 2015, 4ª rodada: Socorrense x Sport. Foto: JORGE HENRIQUE/FUTURA PRESS

O Sport teve uma atuação intensa nos primeiros 45 minutos no renovado Batistão, em Aracaju. Dominou por completo o Socorrense. E o nome foi, sem dúvida, Diego Souza. Antes da primeira meia hora de jogo, o meia já havia deixado os companheiros na cara do gol quatro vezes. Nenhuma resultou em gol. Friamente, o quadro de estatísticas no futebol só considera “assistência” o lance que resulta em gol. Tal contexto apagaria uma boa atuação do jogador.

Contudo, não seria mesmo por falta de gol, uma vez que no 5º passe, cruzando da esquerda, a bola foi para as redes, numa cabeçada de Mike. Atuando com a liberdade que o seu futebol demanda, o 16º jogador mais valorizado do país participou bastante da primeira etapa. No intervalo, se queixou de ainda não ter guardado o seu. O incômodo vai durar mais um pouco, pois foi substituído no segundo tempo sem marcar. Não fez falta esta noite. Diego Souza enfim rendeu.

Àquela altura, o Leão já havia diminuído o ritmo, inclusive na marcação, mas o mandante só criou uma chance. Instantes após a saída de Diego saiu o segundo gol rubro-negro, com o lateral-direito Vitor (que fez boa partida) cruzando para Felipe Azevedo marcar. Antes, o atacante havia desperdiçado uma chance de canhota. De pé direito não teve erro. Wendel entrou logo depois no lugar do próprio FA11 e definiu a goleada em Sergipe: 3 x 0.

O atual campeão nordestino abriu quatro pontos na ponta do grupo B. Além dos pontos, os leoninos festejaram a “estreia” de seu camisa 87…

Nordestão 2015, 4ª rodada: Socorrense x Sport. Foto: JORGE HENRIQUE/FUTURA PRESS

Transfermarkt avalia elencos de Náutico, Santa e Sport. Diego Souza é o 16º do país

Ranking dos 20 jogadores mais valiosos da Série A 2015. Crédito: http://www.transfermarkt.pt

O site alemão Transfermarkt foi criado em maio de 2000. Além estatísticas e notícias, o site, como o nome sugere, trata de negociações no futebol, sobretudo as transferências de jogadores. Após a criação da versão em inglês, em 2009, o site se popularizou, aumentando a lista de campeonatos avaliados.

Aqui, o ranking com os 20 jogadores mais valorizados em atividade no Brasil, considerando o euro como moeda. Na lista, somente um atleta no Nordeste. No caso, Diego Souza, do Sport. Os direitos econômicos do meia-atacante de 30 anos foram estipulados em 5,5 milhões (R$ 18,1 milhões), considerando idade, histórico e potencial técnico. Neste contexto, Paulo Henrique Ganso, do São Paulo, lidera a avaliação, com 11 milhões de euros.

Na Série B, o jogador mais valioso é o goleiro Jefferson, do Botafogo (4 milhões de euros). Entre os dois representantes locais na Segundona estão Alemão do Santa, em 9º (1 milhão), e Felipe Soutto do Náutico, em 16º (900 mil).

Os 10 atletas mais valorizados no trio da capital em março de 2015 (em euros):

Sport (todo o elenco: € 26,85 milhões)
1º) 5,5 milhões – Diego Souza (meia-atacante)
2º) 2,5 milhões – Renê (lateral-esquerdo)
3º) 1,5 milhão – Felipe Azevedo (atacante)
3º) 1,5 milhão – Samuel (atacante)
3º) 1,5 milhão – Rithely (volante)
6º) 1,25 milhão – Alex Silva (lateral-direito)
6º) 1,25 milhão – Rodrigo Mancha (volante)
8º) 1 milhão – Danilo (lateral-esquerdo)
8º) 1 milhão – Wendel (volante)
8º) 1 milhão – Ewerton Páscon (zagueiro)

Santa Cruz (todo o elenco: € 5,75 milhões)
1º) 1 milhão – Alemão (zagueiro)
2º) 800 mil – Biteco (meia)
3º) 500 mil – Tiago Cardoso (goleiro)
3º) 500 mil – Bruno (goleiro)
3º) 500 mil – Bruno Mineiro (atacante)
3º) 500 mil – João Paulo (meia)
7º) 300 mil – Anderson Aquino (atacante)
7º) 300 mil – Danny Morais (zagueiro)
7º) 300 mil – Diego Sacoman (zagueiro)
7º) 300 mil – Moisés (lateral-direito)

Náutico (todo o elenco: € 4,98 milhões)
1º) 900 mil – Felipe Soutto (volante)
2º) 600 mil – Ronny (atacante)
3º) 500 mil – Júlio César (goleiro)
4º) 425 mil – Gastón Filgueira (lateral-esquerdo)
5º) 400 mil – Elivélton (zagueiro)
6º) 350 mil – Josimar (atacante)
7º) 300 mil – Patrick Vieira (meia)
7º) 300 mil – Stéfano Yuri (atacante)
9º) 150 mil – Helder (meia)
10º) 100 mil – Gustavo (volante)

Sport encaminha a sua vaga no Estadual e agora busca a regularidade no Nordestão

Pernambucano 2015, 4ª rodada: Sport x Serra Talhada. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Sem aperreio, o Sport se manteve 100% no hexagonal. Antes dos 15 minutos, numa tranquila tarde de domingo, o Leão já vencia o Serra Talhada por dois gols de vantagem, com Joelinton, aproveitando um vacilo daqueles do goleiro Gleibson (o pior do jogo), e Rithely. O time sertanejo começou atordoado, mas aos poucos foi tocando a bola. Só não conseguiu evouir até a meta de Magrão.

O Serra terminou o primeiro tempo com 52% de posse. Uma aula do que não fazer com a bola nos pés, num falso domínio. Enquanto isso, o Sport se mostrava o mesmo time eficiente do campeonato pernambucano – não o do regional, frisando. Sem brilhar, mas sem vacilar.

Num ritmo mais lento no início da segunda etapa, o dono da casa viu o Cangaceiro diminuir, com direito à comemoração com selfie. Não houve reação, pois o capitão Durval e o meia Régis ampliaram na Ilha do Retiro. No fim, João Carlos ainda marcou de falta para os sertanejos. Sport 4 x 2.

Com quatro vitórias em quatro jogos, o Rubro-negro encaminha a já esperada classificação à semifinal e já aparece como franco favorito à liderança do hexagonal. Portanto, é possível dizer que o bicampeonato estadual passa pelo mata-mata e só. No Leão, é preciso que a campanha da Copa do Nordeste seja equiparada, ao menos com a vaga no mata-mata. Lá, o time ainda está aperreado. E já merece uma atenção maior, quase exclusiva.

Pernambucano 2015, 4ª rodada: Sport x Serra Talhada. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Polêmica no Clássico dos Clássicos do começo ao fim, com vitória do Sport

Pernambucano 2015, 2ª rodada: Sport x Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Um Clássico dos Clássicos marcado pela polêmica do começo ao fim. Primeiro, com a marcação na Arena Pernambuco, tendo o Náutico como visitante. Por mais que a situação não configure inversão, o conselho arbitral extraordinário convocado pela FPF, com o veto alvirrubro, foi desrespeitado.

Em São Lourenço, vitória do Sport pelo magro 1 x 0, mantendo a liderança do hexagonal do Estadual de 2015. Um jogo com ritmo intenso no primeiro tempo. Ea a polêmica do domingo foi o gol do Leão, ainda na primeira etapa. Aos 26 minutos, Diego Souza invadiu a área e chutou, Júlio César rebateu, Danilo dividiu com o goleiro e a bola sobrou para a Samuel. Os alvirrubros reclamaram bastante do lance, alegando mão de Danilo na confusão na área.

Em três ângulos exibidos na transmissão do PFC, não foi possível confirmar isso. Num quarto ângulo, da barra do Sport para a do Náutico,  exibido minutos depois, configurou a “dividida” como falta do rubro-negro no goleiro timbu.

Pernambucano 2015, 2ª rodada: Sport x Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Ainda que no intervalo Júlio César tenha confirmado a reclamação numa suposta mão, houve falta no lance. Não marcada pelo árbitro Emerson Sobral.

No segundo tempo, apenas duas chances claras de gol. Uma com Régis, raspando a trave, e no belo chute de Jeferson Nem, exigindo uma verdadeira ponte de Magrão. No geral, a partida esfriou, com o Sport mais precavido em campo (novo relaxamento?) após as mudanças do técnico Eduardo Batista. Na base da disposição, o Timbu insistiu bem mais, mas sem sucesso.

Aos 46 minutos, ainda houve outro lance polêmico, num gol anulado do Timbu. Neste, contudo, a marcação foi correta, com Patrick Vieira completando para as redes em posição de impedimento. De toda forma, após o apito final, na segunda vitória seguida do Leão em clássicos, ficou a discussão sobre a arbitragem. Polêmica antes, durante e depois.

Pernambucano 2015, 2ª rodada: Sport x Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A pré-temporada de amistosos para os clubes pernambucanos em 2015

A pré-temporada instituída no mês de janeiro faz a sua estreia no futebol brasileiro em 2015. Assim, pela primeira vez os grandes times pernambucanos foram beneficiados com um período considerado “adequado” para a preparação, física, técnica e tática. Além da apresentação de jogadores, entre reforços e remanescentes do elenco anterior, os rivais podem experimentar formações distintas antes da estreia oficial, em fevereiro, no campeonato estadual.

Portanto, vamos aos amistosos agendados na pré-temporada do trio, variando tanto na tradição dos adversários quanto no número de partidas preparatórias.

Náutico

Pré-temporada do Náutico no CT da Guabiraba. Fotos: Julio Jacobina/DP/D.A Press

17/01 – Náutico x Decisão (apresentação do elenco)
22/01 – Náutico x Vitória (Supercopa do Maranhão)
25/01 – Náutico x Sampaio Corrêa ou Moto Club (Supercopa do Maranhão)

O Alvirrubro será o primeiro a entrar em campo, num amistoso nos Aflitos. Devido à falta de ritmo, apesar da rotina puxada no CT Wilson Campos, a partida terá dois tempos de 30 minutos. Outra curiosidade é que inicialmente o adversário seria a Ágape, uma associação de atletas profissionais, mas a FPF vetou porque não é um clube filiado. Veio então o Decisão, da segundona local.

A preparação de fato ocorrerá em São Luís, com a Supercopa do Maranhão. A federação maranhense criou o torneio amistoso para abrir a temporada. Além dos dois grandes clubes locais, foram convidados mais dois, Náutico e Vitória. No sistema mata-mata, com semifinal e final, o torneio ainda conta com uma premiação acumulada de R$ 300 mil para os participantes. Em contrapartida, a receita gerada (bilheteria, televisão, publicidade) irá para a federação.

Santa Cruz

Início da pré-temporada do Santa Cruz, no Arruda. Fotos: Julio Jacobina/DP/D.A Press e Jamil Gomes/Santa Cruz

22/01 – Santa Cruz x Zalgiris Vilnius, da Lituânia (amistoso internacional)
25/01 – Santa Cruz x Campinense

Mesmo com a pré-temporada em Chã Grande, após o início dos trabalhos no Arruda, o Tricolor programou seus dois amistosos para o Arruda. Inicialmente, a diretoria coral tentou contato com o Shakthar Donetsk, da Ucrânia, que organizou um tour no Brasil. Porém, a agenda do rico clube do leste europeu já estava cheia, com cinco jogos. Mas o status internacional se manteve.

Os tricolores aproveitaram a excursão de outro europeu, o desconhecido Zalgiris Vilnius, atual bicampeão da Lituânia e que também jogará contra Goiás e Gama. Três dias após esta partida, os corais tem pela frente o Campinense, campeão da Copa do Nordeste de 2013 e de volta ao regional deste ano.

Sport

Pré-temporada do Sport no CT de Paratibe. Fotos: Sport/assessoria e Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press

24/01 – Sport x Nacional, do Uruguai (Taça Ariano Suassuna)

O Leão programou apenas um amistoso, à parte dos jogos-treino no CT José de Andrade Médicis. A ideia original era fazer um amistoso internacional contra o Boca Juniors, mas o poderoso clubes argentino enfrentará o maior rival, River Plate, em um amistoso numa data próxima. Assim, o Leão acertou com outro clube de tradição no continente, tricampeão da Libertadores.

Para aumentar a atratividade, foi criado um troféu em homenagem ao escritor Ariano Suassuna, torcedor do clube e falecido em 2014. Apesar do caráter amistoso, a organização incorporou o programa Todos com a Nota, com 15 mil ingressos. Obviamente, o fato de a disputa ser na Arena Pernambuco pesou na decisão, pois é do interesse do estado viabilizar o empreendimento.

Sport soma pontinho fora de casa, mas ainda sem agradar plenamente

Série A 2014: Botafogo 1x1 Sport. Foto: FERNANDO SOUTELLO/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO

Eram oito derrotas seguidas como visitante. Apenas um gol marcado, de pênalti.

Considerando isso, o empate do Sport com o Botafogo em 1 x 1 foi até bom.

Em Volta Redonda, neste domingo, o time pernambucano brecou a série de derrotas e aumentou de 6 para 7 pontos a margem sobre o Z4.

No entanto, vamos além disso. Vamos considerar o desempenho em campo. Aí, para quem assistiu ao jogo, o resultado foi ruim.

Sobretudo pela boa postura no primeiro tempo, quando o Rubro-negro, instigado pelo discurso do Bope, buscou o ataque, jogando no erro de um adversário em crise. Sim, era preciso usar a crise alheia ao seu favor. Atrás, a segurança de Rodrigo Mancha, enfim recuperado.

O gol saiu aos 21 minutos – Mancha já havia acertado o travessão -, Diego Souza marcou um belo gol. Recebeu, ajeitou de cabeça e finalizou com força.

A vantagem pressionou ainda mais o mandante. Mas o Leão seguia criando. Pena ter vacilado tanto nas finalizações. Em uma delas, é preciso admitir, o mérito foi do goleiro Jefferson, novamente com Diego Souza.

Manter o futebol do primeiro tempo era o mínimo a ser feito na volta do intervelo. Repetindo uma prática comum no futebol brasileiro, o time de Eduardo Batista optou por recuar.

Mesmo ruim – o time carioca cheira à Série B -, o Botafogo conseguiu encostar mais no ataque, aproveitando os inúmeros chutões do Sport. Sair com a bola rasteira foi algo escasso.

Seguiu assim até a falta boba cometida por Wendel (bem, mesmo improvisado na zaga). Bem na meia lua. Wallyson cobrou mal, no meio da barreia. Gol…

Somente após tomar o empate o Sport resolveu – pra surpresa de pouca gente – jogar bola novamente. Pressionou, mas não finalizou com perigo.

Mesmo com a partida se estendendo até o 49 minutos, o placar se manteve.

O Sport pontuou fora, mas também chegou a seis jogos sem vitória…

Série A 2014: Botafogo 1x1 Sport. Foto: FERNANDO SOUTELLO/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO

Noite infeliz de Eduardo Batista, com o Sport voltando à briga contra o Z4

Série A 2014: Sport x Vitória. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A preocupação com a parte de baixo da tabela é real. Um velho temor de volta.

Com a terceira derrota seguida, numa série de cinco jogos sem vitória, o Sport não pode mais fingir que não faz parte da enorme briga contra o descenso.

O revés por 2 x 1 neste domingo, diante do Vitória, foi o resultado de uma noite  bem infeliz de Eduardo Batista, na escalação, posicionamento e mudanças.

Após as derrotas nas arenas de São Paulo e Porto Alegre, ele mexeu bastante na estrutura da equipe, montando um time sem um atacante de origem. Havia apenas Diego Souza, mais uma vez saindo de sua função.

O objetivo era trabalhar a bola e aproveitar os erros dos baianos, desesperados no Z4. Porém, qualquer discurso do treinador pernambucano sumiu aos 40 segundos, quando Rithely desviou de cabeça uma bola cruzada pela esquerda e marcou um gol contra, um dos mais rápidos da história do Brasileiro.

Sem pegada dos volantes, o time não promoveu qualquer reação. A ideia de trocar passes também foi um fiasco, pois a equipe errou bastante.

Quem não errou foi o Vitória, que abriu 2 x 0, num bela virada de Dinei aos 27 minutos. No lance, a zaga do Sport teve duas chances para tirar a bola.

O desespero mudara de lado. E só não foi pior no intervalo por causa do gol de Diego Souza – terminando o jejum do time de 440 minutos sem gols. Veio a primeira mexida, com Felipe Azevedo no lugar de Vitor. Perderia os gols de sempre e diminuiria a precisão no lado direito.

Depois, a mexida incompreensível, com a saída de Diego Souza (que não estava cansado ou machucado) para a entrada de Neto Baiano. O camisa 9 só tocaria na bola uma vez – não finalizou.

Os gritos de “burro, burro” surgiram antes do apito final, deixando claro que o lastro alcançado pelo técnico no primeiro semestre está esgotado.

Uma sacudida é vital para não esgotar tambpem a gordura na classificação.

Série A 2014: Sport x Vitória. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press