Estudantes terão mais uma semana para inserir foto no sistema

Estudantes terão mais uma semana para inserir foto no sistema

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) prorrogou o prazo para que os candidatos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 possam inserir a foto pessoal no sistema. O prazo agora será até a próxima quinta-feira (8) às 23h59. A foto desse ser inserida pela Página do Participante.

Nessa quinta-feira (1°), os usuários relataram problemas para colocar a foto no sistema. Esta quinta era o último dia para fazer a atualização. O Inep exige que a foto mostre o rosto inteiro do participante, seja nítida, recente, em ambiente iluminado e sem acessórios, como óculos de sol, chapéu, boné ou touca.

De acordo com o Inep, o prazo foi prorrogado devido a quantidade acessos que a página recebeu em um único dia. Quem já fez a atualização não precisa fazer de novo.

O Enem 2020 está marcado para os dias 17 e 24 de janeiro de 2021 (versão impressa); e 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021 (versão digital).

Mobilização das redes sociais

Na tarde dessa quinta, a falha no sistema do Inep gerou irritação dos candidatos que tentavam enviar a foto pela Página do Participante. Muitos deles expressaram a indignação no twitter, o que levou o termo Inep aos assuntos mais comentados da rede social no Brasil. A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), que durante a tarde divulgou amplamente as reclamações dos estudantes, convocou um twittaço com a hashtag #ResolveInep às 19h desta quinta-feira.

No início da noite a União Nacional dos Estudante (UNE) e a Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG) se juntaram à Ubes e deram coro à reclamação dos inscritos por meio de nota em que solicitaram a prorrogação do prazo. “Quem tentou cadastrar sua foto na inscrição do Enem 2020 cansou de ver mensagens de falha, neste 1º de outubro, e não pode de forma alguma ficar de fora da principal avaliação do ensino médio devido à precariedade do sistema do órgão do Ministério da Educação”, exigiu.

“Nós, das entidades estudantis nacionais, recebemos uma série de relatos semelhantes sobre dificuldades no cadastro ao longo do dia e sabemos da angústia que estudantes vivem neste momento”, afirmaram as entidades em trecho. “O Enem é o principal acesso democrático ao ensino superior no Brasil e é revoltante que, desde maio, precisemos lutar pelo simples direito de fazer a prova em condições adequadas.”

Com o anúncio, a Ubes foi às redes sociais comemorar a decisão e atribui a mudança à mobilização dos estudantes.

Candidatos enfrentam dificuldades para atualizar foto no site do Inep

Candidatos enfrentam dificuldades para atualizar foto no site do Inep

Candidatos que vão realizar o Enem 2020 relatam nas redes sociais dificuldades para inserir foto no cadastro na página do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) nessa quinta-feira (1º). No início da noite, no entanto, o Inep prorrogou o prazo por mais uma semana.

Estudantes contam que, assim que tentam alterar a foto no sistema, surge o aviso: “Ops! Ocorreu uma falha de comunicação entre você e o INEP”.

O site DownDetector, que avisa quando uma plataforma on-line passa por instabilidade, mostra número maior de reclamações sobre o site do Inep a partir das 14h.

Candidatos temem não conseguir atualizar a foto no sistema ainda nesta quinta-feira, que é o último dia para realizar a troca da imagem, cumprindo os requisitos estabelecidos pelo instituto. O Inep exige que a foto mostre o rosto inteiro do participante, seja nítida, recente, em ambiente iluminado e sem acessórios, como óculos de sol, chapéu, boné ou touca. É preciso que a imagem também capte a partir da altura dos ombros do candidato.

Reclamações nas redes sociais

Com a instabilidade do site do Inep, internautas resolveram reclamar na página do Inep no Twitter. “Vamos melhorar a nossa comunicação, hein Inep!!! Preciso alterar minha foto!!!!!”, disse um usuário da rede social.

“Vocês colocam que o prazo é até hoje, mas o site está completamente instável! Precisam averiguar isso. Não importa a sobrecarga, se o prazo é até hoje as pessoas precisam trocar até hoje!”, queixou-se outra candidata.

Fuvest: Engenharia nuclear é novo curso da USP a partir de 2021

Fuvest: Engenharia nuclear é novo curso da USP a partir de 2021

O ano de 2021 trará novas oportunidades para quem busca cursar o ensino superior na Universidade de São Paulo (USP). Além do curso de ciência de dados, a universidade passará a oferecer também a habilitação em engenharia nuclear pela Escola Politécnica (Poli), no campus Cidade Universitária. Com duração de cinco anos em período integral, o ingresso poderá ser feito pelo vestibular da Fuvest ou pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Apesar do país possuir muitas atividades relacionadas à energia nuclear em aplicações industriais, biomédicas e agrícolas, há falta de profissionais com formação especifica no setor. Ou seja, existem poucas pessoas capacitadas para trabalhar na área e necessidade de se renovar a mão de obra qualificada. Por isso, surgiu a necessidade da criação de uma graduação capaz de suprir essa demanda em alguns anos, conforme destacou o coordenador do novo curso, professor Cláudio Schön.

A nova formação fará parte da carreira engenharia de materiais, metalúrgica e nuclear, que terá 55 vagas disponíveis no vestibular. Os estudantes terão grade curricular comum, podendo optar pela especialização em Engenharia Nuclear ao fim do terceiro ano. A partir desta fase, passam a estudar disciplinas específicas da área, “como processamento de combustíveis nucleares e experimentos no reator nuclear. Esta, oferecida pelo Ipen de maneira optativa para todos os cursos da USP”, explicou o professor, referindo-se ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), parceiro da Poli na criação do curso e cuja sede fica dentro da Cidade Universitária, no bairro do Butantã.

Segundo ele, a engenharia nuclear não é restrita à produção de energia elétrica ou à produção de bombas, como muitos acreditam. Muito além desses aspectos, ele explica que esse tipo de engenharia está relacionado à vida cotidiana em áreas biomédicas, industriais e agrícolas. “Pouca gente percebe que ao fazer um exame de imagem, por exemplo, está utilizando um equipamento que foi produzido em um reator nuclear. Boa parte da operação de reatores é dedicada à produção de radioisótopos para a medicina nuclear”.

Desse modo, os engenheiros formados nesta carreira poderão atuar em diversas áreas, tanto na indústria, como em setores governamentais. Atividades como projetar instalações nucleares, delinear processos de fabricação de combustíveis nucleares, operar e gerenciar reatores ou instalações que fazem uso de fontes radioativas, além de laboratórios de controle de qualidade com acesso a materiais radioativos, também especificar e selecionar materiais e efetuar a análise de falhas em equipamentos que estão em serviço num ambiente nuclear.

“Será um curso muito bom. Esperamos que os alunos interessados na área respondam ao nosso chamado. Eles não irão se arrepender, pois iremos nos dedicar muito à formação deles”, afirmou Cláudio Schön.

AGU assegura continuidade dos serviços gráficos do Enem

AGU assegura continuidade dos serviços gráficos do Enem

A Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou, no Tribunal de Contas da União (TCU), que os serviços da gráfica do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são de caráter continuado e de essencialidade, e, por isso, os contratos poderão ser estendidos para além do exercício financeiro. O Enem deste ano será aplicado nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021 na versão impressa e nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021 na versão digital, em virtude da pandemia da Covid-19.

De acordo com a análise da área técnica do TCU, os serviços deveriam ser fracionados, podendo ser licitados e contratados de acordo com a demanda de cada edição do exame. Para reverter essa posição, a AGU atuou no convencimento dos ministros de que os serviços de impressão de provas do Enem são extremamente complexos, de longa duração e precisam ser executados de forma continuada.

“A AGU teve o conhecimento de que, em um primeiro momento, haveria, no mínimo, divergências, votos contrários. Houve todo um processo de convencimento, por meio de memoriais, sustentações orais e conversas com os gabinetes dos ministros”, explica o procurador federal André Rufino, da Procuradoria Federal Especializada.

Por unanimidade, os ministros concordaram com a AGU e decidiram que os contratos de serviços gráficos do Enem são contínuos e podem ultrapassar o exercício financeiro. “Essa vitória, ao meu ver, foi histórica e é fundamental para a execução dessa boa política pública para todo o Brasil. No âmbito educacional, o Enem é hoje uma política pública fundamental e essencial, que precisa ser preservada”, afirma André Rufino.

Gráfica – O contrato com a gráfica que vai imprimir as provas do próximo Enem foi assinado em 31 julho e terá duração de um ano. O contrato inclui a impressão do material para o pré-teste de itens e as provas de reaplicação, realizada para casos específicos de participantes com problemas logísticos ou doenças infectocontagiosas. Também está prevista a tiragem destinada ao Enem para adultos privados de liberdade e jovens sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL). Foram confirmadas 5,8 milhões de inscrições para a edição do exame. O total representa um aumento de 13,5% em relação ao quantitativo do ano passado.

Habilidades socioemocionais na escola do pós-pandemia

Habilidades socioemocionais na escola do pós-pandemia

Por Estado de Minas

Não é de hoje que as discussões sobre o desenvolvimento de habilidades socioemocionais estão vivas na realidade da escola. O movimento, que já vem de um olhar atento desde os últimos 5 anos, ganhou força em 2020, principalmente, com a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em todo o país. Este documento, além de elencar 10 competências gerais para crianças e jovens estudantes, aborda com profundidade a necessidade de olharmos para os alunos de forma integral. Agora, mais do que nunca, aprendemos com a pandemia como é importante promover o acolhimento emocional dos nossos alunos e valorizarmos tais habilidades.

Os programas socioemocionais, entre diversas ações, buscam:

• Promover o autoconhecimento e protagonismo do aluno;
• Desenvolver o senso crítico e atuação ética na sociedade;
• Incentivar a inserção social a partir da construção de valores;
• Criar relações consistentes de maneira responsável.

No entanto, de março para cá, com os desafios que diversas instituições de ensino vêm enfrentando, desde sua organização estrutural e mínima para dar continuidade às aulas, até aqueles relacionados ao acolhimento da comunidade escolar, passamos a olhar o desenvolvimento socioemocional com foco na saúde mental. E isso é natural, afinal, a mudança brusca da forma como concebemos o espaço escolar gerou impactos emocionais que não podem ser negligenciados e que foram motivados, em especial, por alguns fatores: distanciamento, ruptura das relações humanas, incertezas e mudança no processo de ensino-aprendizagem.

Antes de mais nada, é importante considerar que a abordagem das habilidades socioemocionais no campo da escola deve promover a construção de valores de forma consistente, considerando que a inteligência emocional passa a ser desenvolvida quando o aluno se torna mais consciente de suas potencialidades e fragilidades. A partir disso, aqui vão algumas sugestões para desenvolver tais práticas em um contexto pós-pandemia, com cada segmento:

Educação Infantil
Uma das maiores preocupações com o público infantil é o impacto no desenvolvimento humano e social. As habilidades socioemocionais estão vivas neste segmento e a interação entre pares é fundamental para conhecer a si mesmo e ao outro. Além disso, é um espaço para construção de afetividade e criação de vínculos. Portanto, é muito importante que professores possam promover atividades de integração da turma, que retomem o quão prazeroso é quando estão juntos, e que também conscientizem de que mudanças na forma como nos relacionamos não diminui o cuidado o outro. Se, hoje, a professora não pode abraçar, por exemplo, como podemos promover um abraço virtual? Reúna seus alunos e incentive-os a escrever um cartão para enviar aos colegas como forma de demonstração de carinho e criação de vínculos.

Ensino Fundamental
Neste segmento, o desafio está na construção de laços e promoção da autonomia do aluno. Os alunos do Ensino Fundamental, geralmente, estão se descobrindo e criando grupos de afinidades com colegas, além de desenvolver valores mais consistentes que requerem responsabilidade. Por isso, é importante que a escola promova ações de união e espírito de time, para que eles reconheçam como os laços consistentes são fundamentais para que sejam cada vez melhores consigo e com o próximo. Procure promover atividades de reconhecimento dos pares e valorização das boas práticas disseminadas na turma.

Ensino Médio
Diferente dos outros dois segmentos, no Ensino Médio, o aluno passa a se questionar sobre seu propósito de vida e caminhos futuros, para além do cenário escolar. Especificamente na 3ª série, esse sentimento fica latente com a pressão frente ao vestibular e processos seletivos. Dessa forma, as atividades com foco em habilidades socioemocionais devem estar voltadas ao projeto de vida deste estudante, considerando habilidades necessárias para que ele projete o futuro e saiba fazer o autogerenciamento das incertezas. Vale considerar que, por viverem uma trajetória escolar marcada pelo ensino presencial, acabam sentindo dificuldades de se organizar com a quantidade de tarefas e atividades on-line, por mais que sejam nativos digitais e familiarizados com ferramentas tecnológicas. Portanto, promova atividades que deem voz a estes estudantes e relevância aos seus anseios, desenvolvendo ações de autoconhecimento, tomadas de decisões e inserção social, com olhar para objetivos pessoais e profissionais.

O mais importante é considerar que fortalecer o desenvolvimento de habilidades socioemocionais se torna essencial para preparar jovens estudantes para um futuro que ainda não conhecemos, mas que certamente vai requerer que eles saibam se conhecer para poder agir e gerar impacto na sociedade.