Arranjos produtivos terão R$ 17 milhões

Em tempos de crise, um orçamento de R$ 17,7 milhões chega a ser um privilégio. É essa a verba do Programa de Produção e Difusão de Inovações para a Competitividade de Arranjos Produtivos Locais (Pro-APL), que será aplicada até dezembro de 2017 pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) em todo o estado. No projeto, serão diretamente beneficiados os produtores de vinho, uvas e derivados, no Sertão do São Francisco; do gesso, no Sertão do Araripe; e de confecções e laticínios, no Agreste pernambucano. Também haverá incentivos para empresas interessadas em energias renováveis, em Salgueiro, e projetos de inovação inclusiva (em qualquer área e que ajude pequenos produtores locais), em Serra Talhada.

Desse valor, R$ 10 milhões em financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) , R$ 5 milhões de parcerias com o Sebrae e a Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), e uma contrapartida de US$ 2,7 milhões do governo do estado, num total de R$ 17,7 milhões. Ao todo, são 18 municípios do interior que receberão ações do programa. Elas serão estruturadas dentro dos Centros Tecnológicos (CTs) já instalados pelo Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) nas cidades de Caruaru, Garanhuns, Araripina e Serra Talhada.

“Vamos reformar e atualizar esses equipamentos para aumentar sua atuação nessas regiões. Também estamos formando turmas de 30 empreendedores das quatro áreas: moda, gesso, vitivinicultura e laticínios, que receberão consultorias para o desenvolvimento de um plano de inovação e pesquisa que melhore sua competitividade”, explica Luciana Távora, superintendente de Difusão Tecnológica da Secti.

De acordo com ela, o dinheiro disponível irá subsidiar parte das consultorias e ainda comprar máquinas para renovação dos laboratórios dos CTs. “Vamos trabalhar também com parcerias nestas regiões para oferecer workshops e capacitações aos empresários locais.”

Segundo Luciana, as turmas já estão sendo montadas em Caruaru e Garanhuns e os empresários locais interessados podem procurar os CTs das cidades. “Já em Petrolina e Araripina, estamos estruturando os planos de ação e contratando equipes para organizar as consultorias. Os empresários interessados, neste
caso, devem procurar a Secti.”