Foto: Jaqueline Maia/DP/DA Press

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Estratégias do governo do estado

Mesmo sendo considerado importante para a carreira, o planejamento da vida profissional não é muito comum entre os brasileiros. De acordo com Odilon Medeiros, especialista em psicologia organizacional, consultor e pós-graduado em gestão de equipes, historicamente essa prática não existe no nosso país.

“Apesar disso, com a concorrência acirrada no mercado de trabalho, hoje a procura por orientadores de carreira está cada vez maior”, comenta. O processo de se planejar não é algo estático, pelo contrário, varia de acordo com as necessidades de cada pessoa. “Não existe uma fórmula matemática”, comenta Medeiros. Mas, via de regra, há três passos a se seguir.

O primeiro é autoconhecimento. Nessa etapa, a pessoa deve descobrir o que gosta de fazer e com o que se identifica. Depois, o profissional deve analisar como está o mercado atual e futuro da atividade em questão, e se possível fazer uma pesquisa de média salarial. O terceiro e último passo, mas o mais longo, é fazer o planejamento de fato, com o acompanhamento de uma pessoa qualificada, que veja as necessidades e particularidades de cada um.

O que faz a procura pelo serviço de orientação ter aumentado é o fato de, ao contrário do que a maioria das pessoas imaginam, o profissional não tem as soluções de forma pronta. “Pelo contrário, ele organiza os pensamentos da pessoa e faz com que elas mesmas achem as respostas”, explica Medeiros. Nesse processo, são utilizados softwares e questionários, dentre outras ferramentas eficientes. “O consultor trabalha de uma forma racional e científica, por isso se diferencia de um terapeuta, por exemplo. O foco é o desenvolvimento da carreira”, comenta.

Em relação à procura dos orientadores de carreira, Medeiros diz que é muito importante que as pessoas busquem muitas informações sobre o profissional, e de preferência, seja fruto de uma indicação de alguém confiável. É bom lembrar que há um custo para isso, mas não deve ser um fator decisivo. “As pessoas precisam levar em consideração não apenas o preço, e sim o conjunto de todas as especificações que fazem um profissional ser considerado bom”, aconselha.