Francisco Saboya: “Quem quer crescer precisa inovar” – Foto: Peu Ricardo/Esp. DP
Investimento pensando no futuro
O que é essencial em tempos de crise? Para Francisco Saboya, presidente do Porto Digital, tudo se resume à inovação. Quem quer crescer precisa inovar. Não importa se o momento é de instabilidade ou não. Aquelas empresas que buscarem inovação agora estarão melhores posicionadas quando a retração passar”, afirma. Com a declaração, Saboya resume os dois focos do Porto Digital e do Portomídia para este ano, que são ajudar os pernambucanos a empreender e inovar. Para isso, a estrutura envolve desde cursos de certificação e especialização até a consultorias ou aceleração de negócios.
“A formação inovadora e empreendedora deve começar na faculdade. Por isso, em 90 dias iremos inaugurar o Pitch, escritório de coworking, capacitação e empreendedorismo, que será o braço do Porto Digital dentro da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)”, adianta. Nele, os estudantes poderão encontrar cursos, palestras e espaço para iniciarem seus projetos de startups.
“Para quem já está num estágio mais avançado do negócio, temos outro programa que abrirá sua segunda chamada ainda neste ano. É o Deep Dive, intercâmbio para empresas que querem refinar seu modelo de negócio”, detalha. Esta é uma parceria do Porto Digital com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “É algo inédito no Brasil, porque não é uma missão ou visitas técnicas. Essas empresas vivem por dois meses outra realidade, outro ambiente de negócios, outro mercado”. A chamada para o segundo grupo participante do programa, que será composta por oito empresas, deverá ser aberta em breve.
O Porto também oferece o Mind The Bizz, programa focado em jovens que ainda não têm um projeto finalizado de startup, mas têm uma ideia de estrutura de negócio. A agenda de inscrição é divulgada no www.portodigital.org, onde há também o calendário de programas mais tradicionais que oferecem qualificação em desenvolvimento gerencial, ISO 9001, certificação em linguagem de software, inglês e até uma especialização em sistemas e estratégias de inovação, que deverá formar sua primeira turma em maio. “Além disso, temos a incubadora Cais do Porto e a aceleradora Jump, que foi inaugurada em 2015, e oferece um ambiente de aceleração, exibição e coworking”, completa Saboya.
No campo da economia criativa, também não faltam programas para os empreendedores locais. “Temos o Portomídia, que é focado na pós-produção das áreas de games, música, design, fotografia, cinema e audiovisual. Lá existem laboratórios de pré-mixagem, mixagem de som, correção de cor, efeitos especiais, tudo de última geração. Até o final do ano, iremos inaugurar um cinema 4K, que será aberto para exibição de audiovisual local e, em 2017, iremos inaugurar o Portomídia Produção, com todos os equipamentos necessários e estúdios de gravação.”
Além disso, o Porto inaugurou, no final de 2015, seu primeiro Armazém da Criatividade, em Caruaru, espaço para empreendedores de economia criativa instalados no Agreste do estado. Para tantos projetos, o orçamento previsto, em 2016, é de R$ 12 milhões, destinado pelo governo do estado, prefeitura e parcerias com instituições federais e privadas e convênios internacionais.