Cleyssilane começou vendendo sapatilhas de porta em porta e, com visão empreendedora e consultoria, montou uma loja. – Foto: João Velozo/ Esp. DP.
Virar pessoa jurídica traz vantagens
Após o profissional passar por todo o processo de qualificação e conseguir se estabilizar na atividade, o próximo passo é a formalização. Além de obter a “cidadania empresarial”, que possibilita a denominação efetiva de empresário, há outros benefícios em empreender formalmente.
Ter o próprio Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) oferece muitas vantagens. A possibilidade de contribuir ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com um valor bem menor, registrar os empregados e até a autonomia de oferecer notas fiscais, tanto comuns como eletrônicas, são itens que fornecem credibilidade ao negócio.
Como empreendedora, foi isso que Cleyssilane Lima, 42, administradora e enfermeira, percebeu a importância de fazer. Ela sempre trabalhou em hospitais de grande porte, mas foi desligada de um e após um tempo descobriu que estava grávida. Sen querer parar de trabalhar, pensou em algo que pudesse fazer sozinha. Começou a vender sapatilhas de porta em porta e em alguns locais na mala de seu carro a um preço baixo. “Fiz isso pensando também nas pessoas que perderam o emprego e podiam comprar os produtos para revender”, comenta Cleyssilane.
Quando percebeu que o negócio estava dando certo, abriu uma loja chamada Senhorita Palos, na garagem de sua casa, que contava com roupas e acessórios, além das sapatilhas. Um ano após a abertura e percebendo que poderia expandir, a empresária mudou de endereço e hoje tem uma loja grande e com muita variedade no bairro do Derby. Para o sucesso no empreendimento, conta que consultar especialistas foi essencial. Ela procurou o Expresso Empreendedor, que tem como objetivo fornecer orientações sobre a importância da formalização no negócio e auxiliar os empreendedores no processo.
Antes de ir ao Expresso, Cleyssilane participou de cursos e palestras no Senai, que a auxiliaram sobre os processos de compra e venda em um negócio. Lá ouviu também sobre os microempreendedores individuais (MEIs) e resolveu se formalizar. “Foi muito interessante porque gerei meu CNPJ, abri conta jurídica, hoje obtenho descontos nos fretes e tenho credibilidade no mercado”, comenta.
Como o Expresso Empreendedor disponibiliza contadores, Cleyssilane resolveu se planejar com o acompanhamento de um. Ela foi orientada a fazer análises de mercado, pesquisa de revendedores mais baratos, como fechar o caixa e anotar o capital que entra e sai. Hoje, está prestes a deixar de ser MEI e se enquadrar na categoria de Microempresa (ME), considerando-se realizada. “Ser orientada foi fundamental para meu sucesso profissional e também pessoal”, comenta.
De acordo com Evelyn Siqueira, gerente de apoio à micro e pequena empresa do Expresso Empreendedor, o empreendedorismo atual é movido por necessidade, principalmente em Pernambuco. Muitos que perdem o emprego veem como única saída investir em algo próprio, mas é preciso que se planejem. “No Expresso damos todas as informações essenciais para investir, desde quando a pessoa está no campo do pensamento, até a ação”, explica Evelyn. Após isso, trabalham com o registro formal, com a capacitação, orientação contábil e profissional.
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