Pernambuco conquistou a terceira posição entre os estados brasileiros na 12ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A cerimônia de encerramento do projeto aconteceu nesse domingo (22). Das 14 medalhas de ouro, prata e bronze que vieram para o estado, a metade foi conquistada por equipes do Colégio Núcleo, sendo uma de ouro, três de prata e três de bronze. As outras instituições medalhistas foram a Escola do Recife (com duas medalhas de ouro), o Colégio de Aplicação da UFPE (um ouro e uma prata), o Colégio Equipe (com uma medalha de prata), Colégio Cognitivo (uma medalha de bronze) e o IFPE (uma de bronze).
Ao todo, 34 equipes do Colégio Núcleo participaram da Olimpíada. Dessas, 20 foram premiadas, sendo sete com medalhas de ouro, prata e bronze. As demais receberam medalha de cristal. A equipe “Desconstruindo as mulheres de Atenas”, formada pelas alunas Ana Carolina Marques Gomes Moura, Suane Coelho Santos e Maria Clara Gouveia Maciel, conquistou a medalha de ouro.
Os times “Cuscuz com Sassissinha”, composto por Gabriel Baltar Pires, Vinicius Smith Cavalcante e Vítor Silva Braga; “Eu não sou de humanas”, formado por Guilherme Coimbra Araújo Gomes da Costa, Pedro Vítor de Oliveira Monte e Mateus De Freitas Leite; e “Jod’Arc”, com Júlia Brayner Sampaio Borba, Gabriela Haluli Asfora Prado e Isabella Pereira Feitoza, receberam medalha de prata.
Já as equipes “Necas de Pitibiriba”, formada por Maria Fernanda De Godoy Montenegro, Vítor Alves Barros e Heloisa Oliveira de Carvalho Pires; “Tengo Lengo”, com Lavínia Maranhão Faria da Silva, Nicole Maria Travassos dos Santos e Helena Muller Caraciolo Compasso Gonçalves; e “Os Rebeldes” composta por Bruno Gabriel Lins Mendes, Maria Luísa Michaello Macêdo Almeida e Poliana Alencar de Melo Freire, ficaram com medalhas de bronze.
A diretora Olímpica e de Intercâmbios do Colégio Núcleo, Thatiana Stamford, destacou que, apesar de a cerimônia de premiação da Olimpíada de História ter sido, pela primeira vez, online por causa da pandemia da Covid-19, a emoção foi grande entre alunos, professores, coordenadores e familiares dos estudantes. “É um evento muito bonito. Não vemos competição, mas um sentimento de união muito forte. Todos estavam vibrando pelas equipes. Saímos com metade das medalhas que vieram para Pernambuco, o que muito nos orgulha. Isso é um reflexo do envolvimento dos estudantes, que se dedicaram muito”, enfatizou.
Destaque
O Nordeste levou maior número de medalhas: do total de 90 distribuídas, 64 foram para a região. A final contou com 421 equipes de todos os estados brasileiros, um total de 1,6 mil participantes. Ao todo, foram entregues 40 medalhas de bronze, 30 de pata e 20 de ouro. A Bahia foi o estado com maior número de medalhistas: 18 equipes no total. Em seguida, estão São Paulo, com 16 grupos, Pernambuco (14), Rio Grande do Norte (13), Ceará (12), Minas Gerais (7), Sergipe (4), Piauí (2). Os estados de Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro e Roraima levaram uma medalha cada.
A Olimpíada de História teve início em setembro, com 69,8 mil inscritos de todo país, um total de 17,4 mil equipes. Com inscritos de escolas públicas e particulares, para participar são formadas equipes de três estudantes dos oitavo ou nono anos do fundamental e todos os anos do ensino médio, além de um professor de história da escola.
O evento, que ocorreria no primeiro semestre, foi adiado por causa da pandemia da Covid-19 e adaptado para uma versão totalmente online e mais acessível. A coordenadora da ONHB e professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, Cristina Meneguello, comentou sobre as adaptações necessárias para que a competição ocorresse. “A ONHB é uma oportunidade para conhecer melhor a História do Brasil, para pensar criticamente sobre a nossa realidade. Somos solidários nestes tempos que estamos vivendo, não só por causa da pandemia. Quisemos acolher a todos e que os participantes tivessem a certeza que da nossa parte estávamos fazendo uma prova interessante para a formação e espírito crítico”, afirmou.
Mudanças
Uma das mudanças realizadas nesta edição foi a criação da “fase zero”, que teve caráter experimental para que os participantes pudessem se adaptar à plataforma e novos prazos, além de conhecer o formato da competição. A plataforma da prova também foi adaptada para uma tecnologia que facilita a navegabilidade pelo celular e reduz, ao máximo, o uso de dados. Os participantes também puderam realizar a prova de forma offline e usar a internet somente para fazer o envio das respostas.
A Olimpíada de História possui seis fases online, com duração de uma semana cada. As questões de múltipla escolha e realização de tarefas foram respondidas pelos participantes por meio de debate com os colegas, pesquisa em livros, internet e orientação do professor.
Olimpíada
A ONHB é um projeto realizado pelo Departamento de História da Unicamp. Em 2020, em sua 12ª edição, consolidou-se com uma importante ferramenta de aprendizado do ensino de História. Tem apoio do Programa de Pós-Graduação em História da Unicamp, com a participação de docentes, mestrandos e doutorandos.
EQUIPES COM MEDALHAS POR ESTADO:
Bahia (6 de bronze, 8 de prata e 4 de ouro)
Ceará (6 de bronze, 2 de prata e 4 de ouro)
Minas Gerais (3 de bronze, 2 de prata e 2 de ouro)
Paraíba (1 de bronze)
Pernambuco (5 de bronze, 5 de prata e 4 de ouro)
Piauí (1 de bronze e 1 de prata)
Paraná (1 de prata)
Rio de Janeiro (1 de prata)
Rio Grande do Norte (10 de bronze, 1 de prata, 2 de ouro)
Roraima (1 de bronze)
Sergipe (3 de bronze, 1 de prata)
São Paulo (4 de bronze, 8 de prata e 4 de ouro)
Veja a cerimônia de premiação da 12ª Olimpíada Nacional de História do Brasil:
Comentários