Fies: Inscrições para financiamentos no ensino superior terminam hoje

Fies: Inscrições para financiamentos no ensino superior terminam hoje

Por Agência Brasil

As inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) 2021 terminam nesta sexta-feira (29). Neste ano, o programa que facilita o financiamento de cursos no ensino superior oferta 93 mil vagas. As inscrições podem ser feitas no portal do Fies. O resultado da pré-seleção será divulgado no dia 2 de fevereiro.

Em caso de pré-seleção para uma vaga na chamada única do Fies, o candidato terá o período de 3 a 5 de fevereiro de 2021 para complementar sua inscrição. Quem não for pré-selecionado vai automaticamente para a lista de espera. A convocação por meio da lista de espera ocorrerá de 3 de fevereiro até 18 de março de 2021.

A seleção para o Fies é feita com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na edição deste ano, pode participar quem realizou o Enem entre 2010 e 2019 e obteve média acima de 450 e não zerou a redação. As notas de 2020 não poderão ser utilizadas devido ao adiamento das provas, que foram aplicadas somente em janeiro de 2021. Outro pré-requisito é ter renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até três salários mínimos.

Criado em 1999, o Fies tem como meta facilitar o acesso ao crédito para financiamento de cursos de ensino superior oferecidos por instituições privadas. O programa é ofertado em duas modalidades desde 2018, por meio do Fies e do Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies).

O primeiro é operado pelo governo federal, com juros zero, para estudantes que têm renda familiar de até três salários mínimos por pessoa; o percentual máximo do valor do curso financiado é definido de acordo com a renda familiar e os encargos educacionais cobrados pelas instituições de ensino.

Já o P-Fies tem regras específicas e funciona com recursos dos fundos constitucionais e dos bancos privados participantes, o que implica cobrança de juros.

Segundo semestre

Nesta semana, o MEC publicou, no Diário Oficial da União, as regras para o processo seletivo do Fies referente ao segundo semestre de 2021. O cronograma de seleção, entretanto, ainda será publicado em edital específico.

Enem digital deverá mudar preparo para provas, dizem professores

Enem digital deverá mudar preparo para provas, dizem professores

Por Agência Brasil

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) digital, que começa a ser aplicado no próximo domingo (31) marcará o início de uma mudança no sistema. Neste ano, ele será aplicado pela primeira vez de forma piloto para 93 mil estudantes. A intenção é que o Enem se torne totalmente digital até 2026. Segundo professores entrevistados pela Agência Brasil, isso influenciará também o preparo para o exame. Os estudantes precisarão, por exemplo, ter mais familiaridade com o computador e com o sistema da prova

De acordo com o diretor de Ensino e Inovações Educacionais do SAS Plataforma de Educação, Ademar Celedônio, o uso de tecnologias nas salas de aula, que vem ocorrendo, poderá se intensificar ainda mais. “O Enem pode acelerar ainda mais, mas a gente tem dificuldades grandes, a gente sabe das desigualdades sociais que tem o Brasil”, diz.

Fazer a prova no computador, para quem já está familiarizado com o equipamento, é mais fácil, explica o professor. No Brasil, 22% das escolas de ensino médio não têm laboratórios de informática, de acordo com os dados do Censo Escolar compilados pela plataforma QEdu. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação (PNAD Contínua TIC) 2018, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o computador é usado por 50,7% dos brasileiros.

“Temos o desafio de, até 2026, mudar isso”, diz Caledônio, que elogia a iniciativa do Inep. A digitalização possibilitará mudanças no exame, que poderá, por exemplo, ser aplicado mais vezes por ano. Poderá também usar mais recursos como vídeos, GIFs, entre outros. “O Inep está trazendo uma vanguarda. Poucos países do mundo têm isso em um exame dessa escala”, afirma.

Para o professor de história do CEL Intercultural School, Rômulo Braga, o maior uso de tecnologias já é uma tendência, independentemente do Enem. “Depois de 2020, todo mundo está mais digital, ou pelo menos tentando estar. Ainda assim, temos um longo caminho até usarmos menos papel e livros físicos, se é que isso será interessante. De qualquer forma, a depender do formato das questões, não será o Enem digital que “puxará” a necessidade de novas experiências digitais”.

Preparo

O preparo para o Enem digital também é um pouco diferente do que para o Enem impresso e deve incluir aprender a manejar a plataforma. As questões objetivas serão respondidas no próprio computador, então os participantes não precisarão reservar um tempo para preencher o cartão-resposta. “Agora é preciso ter outras habilidades, inclusive para mensurar o tempo”, diz Caledônio.

Os professores estão ambos inscritos no Enem digital. A dica de Caledônio para o preparo é que os estudantes assistam ao vídeo que o Inep disponibilizou junto com o cartão de confirmação de inscrição, na Página do Participante. O cartão contém, entre outras informações, o local de prova. Para os inscritos no Enem digital há também um vídeo que explica como funciona o sistema. “Vai dar segurança para o candidato em relação a isso”.

Já Rômulo Braga sugere “o mesmo preparo que foi feito para o Enem impresso: muita calma e concentração. Junto a isso, tentar não cansar muito os olhos no dia anterior e na manhã da prova, já que serão algumas horas olhando para uma tela. E, caso haja tempo hábil, resolver as questões do Enem impresso, como forma de treinamento”.

O Inep disponibilizou na quarta-feira (27) os cadernos de prova e os gabaritos oficiais do Enem impresso, aplicado nos últimos domingos, 17 e 24.

Enem Digital

O Enem 2020 tem uma versão impressa, que foi aplicada nos dias 17 e 24 de janeiro, e uma versão digital, que será aplicada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Cerca de 2,5 milhões de estudantes fizeram as provas do Enem impresso, o que corresponde a menos da metade dos inscritos. Para o Enem digital, estão inscritos 93 mil participantes.

As medidas de segurança adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus são as mesmas tanto no Enem impresso quanto no digital. Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Candidatos com sintomas de covid-19 ou outra doença infectocontagiosa foram orientados a não comparecer ao exame. Eles devem notificar o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pela Página no Participante e terão direito a fazer o exame na data da reaplicação, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

O exame, tanto o impresso quanto o digital, foi suspenso no estado do Amazonas e o impresso foi suspenso em Rolim de Moura (RO) e em Espigão D’Oeste (RO) devido aos impactos da pandemia nessas localidades. Esses estudantes poderão fazer as provas também na reaplicação. Segundo o Ministério da Educação, foram cerca de 20 ações judiciais, em todo o país, contrárias à realização do exame.

Candidatos têm até hoje para pedir reaplicação do Enem

Candidatos têm até hoje para pedir reaplicação do Enem

Por Agência Brasil

Termina hoje (29) o prazo para inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 pedirem para participar da reaplicação das provas. Têm direito à reaplicação os candidatos que se sentiram prejudicados por questões de logística ou que tiveram sintomas de covid-19 ou outra doença infectocontagiosa.

O Enem impresso foi aplicado nos últimos domingos, dias 17 e 24. O exame teve recorde de ausências, mais da metade dos inscritos não compareceram às provas. Ao todo, cerca de 2,5 milhões de estudantes fizeram as provas.

Os pedidos devem ser feitos na Página do Participante. Eles serão analisados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O resultado será divulgado também na Página do Participante no dia 12 de fevereiro, quando os estudantes saberão se os pedidos foram aceitos ou não.

A prova será reaplicada nos dias 23 e 24 de fevereiro. Podem pedir para fazer o exame nesses dias aqueles participantes que foram prejudicados, por exemplo, por falta de água e luz nos locais de prova ou falha no dispositivo eletrônico fornecido ao participante que solicitou uso de leitor de tela.

Houve ainda candidatos que foram impedidos de fazer o exame por causa da lotação das salas. Devido à pandemia do novo coronavírus, foi preciso garantir o distanciamento entre as carteiras dos candidatos. De acordo com o Inep, isso ocorreu em pelo menos 11 cidades, em 37 escolas. Esses participantes também podem pedir a reaplicação.

Covid-19

Os candidatos inscritos no Enem que apresentaram sintomas da covid-19 ou outra doença infectocontagiosa não deveriam ir aos locais de prova. Esses participantes têm direito de participar da reaplicação. Além da covid-19, podem solicitar a reaplicação participantes com coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola, Influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola, varicela.

Segundo o Inep, para a análise da possibilidade de reaplicação, a pessoa deverá inserir, obrigatoriamente, no momento da solicitação, documento legível que comprove a doença. Na documentação devem constar o nome completo do participante, o diagnóstico com a descrição da condição, o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10), além da assinatura e da identificação do profissional competente, com o respectivo registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde (RMS) ou de órgão competente, assim como a data do atendimento. O documento deve ser anexado em formato PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2 MB.

De acordo com o Inep, até o último domingo (24), 18.210 candidatos solicitaram a reaplicação por causa de doenças infectocontagiosas. Desses pedidos, foram aceitos 13.716.

Enem digital

Para os participantes do Enem digital, que será aplicado nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro, os prazos são diferentes. Ao todo, cerca de 93 mil candidatos farão essas provas.

Assim como ocorreu no Enem impresso, aqueles que tiverem sintomas de covid-19 ou outra doença infectocontagiosa não devem comparecer aos locais de prova. Quem já tiver com laudo médico pode enviá-lo até amanhã (30). O sistema será novamente aberto para os pedidos de reaplicação, em data a ser definida pelo Inep.

Amazonas

As provas foram canceladas no estado do Amazonas, em Rolim de Moura (RO) e em Espigão D’Oeste (RO) por causa da pandemia. O Enem digital também foi suspenso no Amazonas. Esses estudantes deverão fazer o exame na data da reaplicação. Eles não precisarão solicitar a participação. Segundo o Ministério da Educação, foram cerca de 20 ações judiciais em todo o país contrárias à realização do exame.

Inep corrige duas respostas do gabarito oficial do Enem

Inep corrige duas respostas do gabarito oficial do Enem

Por Agência Brasil

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) alterou hoje (28) a resposta de duas questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A questão de Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias trazia um texto em inglês, trecho do romance Americanah, da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. O gabarito divulgado ontem afirmava que a resposta correta era a alternativa D. Hoje, o Inep fez a correção para a alternativa C.

A questão gerou polêmica. O texto mostra um diálogo entre uma mulher negra e sua cabeleireira. Na conversa, a cabeleireira pergunta porque a mulher não alisa o cabelo e a cliente responde “eu gosto do meu cabelo do jeito que Deus o fez”. A questão perguntava sobre o posicionamento da cliente. O primeiro gabarito divulgado dizia que a resposta correta era a letra D, em que se afirmava que a postura da mulher “demonstrava uma postura de imaturidade”.

Candidatos chegaram a chamar atenção nas redes sociais para a questão e um suposto cunho racista do gabarito. Pouco depois, o Inep divulgou a correção com a resposta correta: “[os argumentos da cliente] revelam uma atitude de resistência”.

Confira aqui o gabarito oficial das provas do primeiro dia do Enem

Outra alteração veio numa questão também de Linguagens. A questão apresentava um texto sobre um software que faz uma pré-seleção de pessoas que devem se submeter a uma entrevista para ingressar numa faculdade de medicina britânica. De acordo com o texto, esse software excluía pessoas do processo seletivo apenas pelo sobrenome e local de nascimento. Em seguida, o texto diz que ao buscar nomes de pessoas negras norte-americanas, há maior probabilidade de anúncios automáticos oferecerem checagem de antecedentes.

A questão perguntava qual alternativa era correta para completar a frase: “O texto permite o desnudamento da sociedade ao relacionar as tecnologias de informação e comunicação com o(a)”. A resposta divulgada no primeiro gabarito foi a alternativa C, “linguagem”. Hoje, o Inep corrigiu e a alternativa correta é a D, “preconceito”.

Em nota, o Inep explicou que após a divulgação dos gabaritos “foi identificada uma inconsistência no material” e que a modificação feita no gabarito antes da sua divulgação não havia sido salva no banco de dados. Os gabaritos corrigidos já estão disponíveis no site do instituto.

Unicef: 8 milhões de estudantes brasileiros têm fracasso escolar

Unicef: 8 milhões de estudantes brasileiros têm fracasso escolar

Por Talita de Souza

Indígenas, negros, nordestinos e nortistas são maioria entre os 2,1 milhões de estudantes de escola pública reprovados no país em 2019. Esses perfis também são a maior parte dos 620 mil registros de abandono escolar e dos 6 milhões de alunos com distorção idade-série nos ensinos fundamental e médio. No total, cerca de 8 milhões de alunos sofreram com desempenho precário em 2019.

Os dados são de estudo divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), na manhã desta quinta-feira (28), em entrevista coletiva feita por meio do aplicativo Zoom.

O documento “O enfrentamento da cultura do fracasso escolar”, lançado em parceria com o Instituto Claro e produzido pelo Cenpec Educação, tem como objetivo trazer à tona os dados de reprovação, abandono escolar e distorção de idade-série no país, tríade considerada pelo Unicef como cultura do fracasso escolar.

“Essa cultura se constitui numa ameaça severa para o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes em sua vida cotidiana, tanto no presente quanto na construção de seus futuros”, pontua o Unicef no estudo.

De acordo com a organização, o ciclo começa com a primeira reprovação. Sem incentivo e cuidado, o estudante pode reprovar novamente e uma terceira vez, até abandonar os estudos. Por fim, ele retorna à escola, com idade inapropriada para a série, o que já constitui novos motivos para não aprender ou desistir de vez.

Os dados demonstram que os mais afetados pelo fracasso escolar são aqueles que enfrentam desigualdades socioeconômicas, como indígenas, negros e pessoas com deficiência, assim como moradores da Amazônia Legal. A organização acredita que o estudo pode auxiliar os agentes responsáveis pela educação brasileira a criarem estratégias para reverter o cenário de fracasso.

“Esse é um desafio histórico da escolarização no Brasil e seu reconhecimento como uma obrigação do Estado pode resultar na elaboração e execução de políticas, programas e projetos coletivos, com o engajamento de diversos agentes, incluindo as crianças e os adolescentes”, relata trecho do estudo.

Pandemia aumenta desafios para evitar fracasso escolar

A pesquisa “Desafios das Secretarias de Educação do Brasil na oferta de atividades educacionais não presenciais”, feita entre abril e maio de 2020, pelo Unicef, com 3,9 mil redes municipais de ensino, 71% do total, mostrou que o cenário de fracasso escolar poderia aumentar.

Apenas 33% dos domicílios contavam com computador com acesso à internet, enquanto 46% tinham apenas um celular. Na época, 1,5 mil redes de ensino ainda não haviam produzido orientações para a continuidade das aulas.

O resultado da demora e da falta de recursos foi visto na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de outubro de 2020. Cerca de 1,3 milhão de estudantes de 6 a 17 anos não frequentavam a escola na modalidade presencial ou remota naquele mês.

Mais de 2 milhões de estudantes brasileiros eram repetentes em 2019

De acordo com o novo estudo do Unicef, do Instituto Claro e do Cenpec Educação, das 27,7 milhões de matrículas registradas nas redes públicas municipais e estaduais de educação básica em todo país em 2019, de acordo com o Censo Escolar, 2,1 milhões se referiam a alunos reprovados no ensino fundamental e médio, o que corresponde a quase 8% do total de matriculados.

O maior índice de reprovação está nos anos finais do ensino fundamental, em que há o registro de 901.445 reprovações; seguido de 609.346 nos anos iniciais; e 605.081 no ensino médio. O total é de mais de 2,1 milhões.

As taxas de reprovação mostram que o ensino médio está à frente, com 10% de reprovações, seguido pelos anos finais (9,2%) e iniciais (5,1%) do ensino fundamental.

Regiões Norte e Sul apresentam maiores taxas totais de reprovação

Em um cenário geral, a região Norte apresenta a maior taxa total de reprovação, com 9,1% (309.020 alunos), seguida de perto pela taxa de reprovação do Sul do país (8,9%). O Sudeste (6%) e o Centro-Oeste (6,6%) apresentam as menores taxas totais.

A tendência se mantém na análise de cada etapa educacional separadamente. Nos anos iniciais do ensino fundamental, o Norte apresenta a maior taxa, com 8,3%; já o Sudeste registra apenas 3,1% de reprovações.

Nos anos finais do ensino fundamental, o cenário mudou. A região Nordeste é a que tem mais alunos reprovados nessas séries (11,2%) e a região Sul a segunda com mais repetentes (11,1%).

O estudo alerta para a diferença na taxa de reprovação entre escolas pertencentes a redes municipais e estaduais. De acordo com os dados, nos anos finais do ensino fundamental, a média de alunos reprovados é mais alta em colégios municipais.

A região Sul e o Centro-Oeste brasileiro despontam no gráfico quando os dados se referem ao ensino médio. Mais de 106 mil (13,1%) estudantes matriculados em 2019 no Sul do país eram repetentes; enquanto 50,6 mil (11%) alunos estavam na mesma situação no Centro-Oeste.

Estudantes indígenas e negros são os mais reprovados

A diferença significativa no percentual de reprovação entre estudantes indígenas, negros e brancos é ressaltada pelo Unicef. Enquanto estudantes brancos são 5,9% dos reprovados no ensino fundamental e médio, alunos indígenas, pretos e pardos são 10,9%m 10,8% e 8,2% do total, respectivamente.

O dado é confirmado ao ser cruzado com a taxa de reprovação de estudantes que moram em terras indígenas: ela é de 10,8%, cerca de três pontos percentuais acima da médica nacional (7,6%). Alunos que residem em áreas remanescentes de quilombo também são parte de um alto índice de reprovação: 10,6%.

Pardos (8,2%) e amarelos (7,3%) são os grupos com maiores taxas de reprovação. O estudo também chama a atenção para o montante de estudantes que não declararam cor nos registros escolares: são 559,7 mil, o que representa 26,5% do total.

Meninos e estudantes com deficiência correspondem às taxas mais altas de reprovação
Mais da metade dos reprovados no ensino fundamental e médio eram meninos, o que corresponde a 1,3 milhão (64,2%) do total dos estudantes que não tiveram sucesso nas avaliações da educação básica.

A reprovação de alunos com deficiência também é representativa: 98,7 mil estudantes nessa situação, do total de 859,9 mil, não tiveram sucesso em 2019.