Por Correio Braziliense
A decisão do presidente da República, Jair Bolsonaro, de nomear o terceiro colocado da lista tríplice para o cargo de reitor na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) gerou manifestações contrárias de entidades representativas.
A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (5/11). O professor Valdiney Veloso Gouveia foi empossado para ficar à frente da universidade durante quatro anos. A consulta à comunidade universitária da UFPB foi realizada em 26 de agosto de forma on-line.
Ao todo, concorreram três chapas que se classificaram, respectivamente, em primeiro, segundo e terceiro lugar nesta ordem: Inovação com inclusão, liderada por Terezinha Domician; UFPB em primeiro lugar, encabeçada por Isac Almeida; e Orgulho de ser UFPB, que tinha Valdiney Veloso como candidato a reitor.
Após a consulta popular, o passo seguinte foi a formação de lista tríplice pelo Conselho Universitário (Consuni), pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) e pelo Conselho Curador da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Isso ocorreu em 26 de agosto.
Na reunião, a chapa de Valdiney Veloso Gouveia não recebeu nenhum voto, enquanto as concorrentes ficaram com 47 e 45. No entanto, a derrota na consulta e no conselho não impediu a nomeação pelo presidente da República.
Esta não é a primeira vez que Bolsonaro nomeia como reitor um candidato não escolhido pela comunidade e pelos conselhos de uma universidade. Em setembro, ação semelhante ocorreu na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A União Nacional dos Estudantes (UNE) estima que chegue a 12 o número de nomeações que não levaram em conta a vontade da comunidade acadêmica.
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