Estímulo à aprendizagem, colaboração entre colegas e integração de saberes. Mais do que entregar medalhas, as olimpíadas de conhecimento têm dinâmicas que instigam alunos a explorarem soluções. Mesmo em um ano atípico para a educação, como foi 2020, e com competições canceladas por causa da pandemia do novo coronavírus, estudantes pernambucanos têm se destacado nas edições que foram mantidas. Só em novembro e dezembro, o Colégio Núcleo, do Recife, ganhou o maior número de medalhas do país na Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) e também se tornou a escola privada pernambucana com mais estudantes convidados para a seletiva internacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).
Por causa da pandemia, a entrega das medalhas da ONHB, em vez de acontecer em Campinas, como tradicionalmente ocorre anualmente, foi realizada em dezembro nas escolas dos estudantes premiados. Como maior número de medalhistas do país, o Núcleo teve 60 alunos de 20 equipes na olimpíada realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Uma equipe recebeu medalha de ouro, três equipes foram prata, três levaram bronze e 39 ficaram com medalhas de cristal. O Colégio Poliedro, com sede em São José dos Campos (SP), com 12 alunos medalhistas de ouro e prata, e o Colégio Farias Brito, de Fortaleza (CE), com nove alunos medalhistas de ouro e bronze, ficaram no pódio com o Núcleo. De Pernambuco, a Escola do Recife, da UPE, e o Colégio de Aplicação da UFPE também se destacaram na ONHB.
Anualmente, o Núcleo costuma participar de 35 olimpíadas do conhecimento. Em 2019, conquistou 1.264 medalhas. Neste ano, com a redução no número de edições, o colégio já obteve 486 medalhas. “Começamos 2020, ainda em janeiro e antes da pandemia, com excelentes resultados em olimpíadas de Filosofia e Linguística. Agora, estamos finalizando o ano com mais resultados excepcionais. Isso nos orgulha e emociona porque são atividades que os estudantes fazem de maneira espontânea. Participar de olimpíadas não é obrigatório, mas temos visto os nossos alunos engajados e comprometidos com o conhecimento”, ressalta a diretora Olímpica e de intercâmbio do Núcleo, Thatiana Stamford.
No último dia 12, 39 estudantes do colégio foram convidados para participar da seletiva internacional da OBA, uma das principais olimpíadas de conhecimento do Brasil. Ao todo, o Núcleo conquistou 76 medalhas (43 de ouro, 16 de prata e 17 de bronze). O colégio também teve destaque na Olimpíada Brasileira de Educação Financeira (OBEF), projeto da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). As provas aconteceram entre os dias 23 e 27 de novembro. Dos 121 participantes inscritos de Pernambuco, 101 eram do Núcleo. Desses, 81 foram medalhistas, sendo 35 de ouro; 33 de prata e 13 de bronze.
Na Olimpíada Brasileira de Química (OBQ), o estudante do segundo ano do ensino médio do Núcleo Matheus Gama conquistou a maior média de Pernambuco. Na Mostra Brasileira de Foguetes, todos os 23 estudantes participantes do colégio foram medalhistas, sendo 13 com ouro e 10 com prata. Já na Olimpíada Internacional de Filosofia (IPO, do inglês International Philosophy Olympiad) o Núcleo foi ouro e prata, com Tomasina Melo e Mariana Wolmer, respectivamente.
“Os resultados mostram que o engajamento dos estudantes se manteve vivo mesmo em um ano adverso. A escola está concluindo o ano comemorando tantas conquistas, sendo recordista no estado e até no país. O mais importante é que são atividades que contam com a vontade do próprio aluno”, enfatizou o diretor do Colégio Núcleo, Gilton Lyra.
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