No próximo domingo, dia 17, começam as aplicações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Neste ano, dois fatores transformaram as aplicações. A primeira, foi a inauguração do Enem digital. Nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro, acontecerão as provas nesse modelo. O outro fator que influenciou bastante, foi a pandemia da Covid-19.
Por conta dos cuidados relacionados, muitos estudantes acabam tendo semestres suspensos e, quando não o tinham, realizavam a distância, no modelo EAD. O problema é que 22,8% dos estudantes (mais de um quarto deles) acabaram sendo prejudicados por falta de infraestrutura para isso.
O dado vem de um levantamento do Quero Bolsa, plataforma de bolsas de estudos e vagas no ensino superior, utilizando dados referentes às respostas do questionário socioeconômico do Enem 2019.
Segundo as informações, 77,8% dos estudantes que se inscreveram no exame de 2019, responderam que têm internet em casa e smartphone ou computador. Assim, eles teriam a conexão e o aparelho para conseguir acessar o material desenvolvido para ensino a distância.
Quando a pergunta era unicamente se tinha internet, a taxa foi de 77,62%. Quanto ao celular, esse número sobe para 97,85%. Falando de computador, ele cai para 53,97%.
De acordo com o mesmo levantamento, alunos que não têm a estrutura necessária (internet mais celular e/ou computador) tendem a ter resultados piores na prova. Em 2019, a média geral de pontos (somando as 4 provas mais a redação, dividindo por 5) foi de 507,3 pontos. Quando o aluno tinha a estrutura básica, ela subiu para 518,8. Quando ele não tinha, ela caia para 465,5.
Isso se repete se analisarmos todas as provas individuais também. O maior déficit se dá em redação, quando a nota média é de 579,8 e cai para 515,9. A maior vantagem das pessoas com estrutura é na mesma redação, chegando a 597,3.
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