por Anamaria Nascimento | dez 4, 2020 | Notícias
Por Agência Brasil
Pesquisa Sindicato de Mantenedoras dos Estabelecimentos de Ensino Superior (Semesp), mostra que, após a conclusão do ensino superior, os alunos egressos têm um aumento de renda mensal da ordem de 182%, levando em conta aqueles que já trabalhavam durante a graduação. O levantamento, divulgado hoje (3), foi feito pelo Instituto Semesp e pela Symplicity.
A pesquisa contou com a participação gratuita e facultativa de 9.228 egressos e alunos da educação superior, entre os dias 13 de outubro a 16 novembro de 2020, por meio virtual.
Segundo o levantamento, apenas 2,5% dos entrevistados recebiam mensalmente um valor acima de R$ 5 mil antes de concluir o ensino superior. Já após o término, esse percentual salta para 31,5%. Entre os que responderam a pesquisa, 38,9% recebia até mil reais antes de se formar. Já 27,1% dos egressos de curso superior disseram que passaram a receber de cinco mil a dez mil reais após a conclusão do curso.
A pesquisa mostra também que há uma diferença significativa entre a renda mensal dos homens e das mulheres egressos do ensino superior: 17,4% dos homens, nessa condição, recebem mais de R$ 10 mil, enquanto apenas 6,1% das mulheres apresentam rendimento nessa faixa.
Na atividade principal, 58% dos egressos afirmaram trabalhar com carteira assinada, vínculo mais citado pelos participantes. Em segundo lugar (16,2%), aparecem os funcionários públicos. Os demais 25,8% citaram trabalhar com vínculos empregatícios como autônomos, com contrato temporário, sem carteira assinada, freelancer, serem empresários, ou outros.
De acordo com o levantamento, seis a cada 10 egressos entrevistados pagavam mensalidade durante a graduação, a maioria com o auxílio de bolsa ou financiamento estudantil. O restante (40%) estudou em uma instituição pública. Para 59% dos egressos dos cursos privados não seria possível concluir o curso de ensino superior se não tivessem bolsa ou financiamento para auxiliar no custeio das mensalidades. Na rede pública, esse percentual foi menor (46,1%), apesar de muitos estudantes citarem a necessidade de auxílios como moradia, alimentação, e transporte.
por Anamaria Nascimento | dez 4, 2020 | Notícias
Por Agência Brasil
O Tribunal de Contas da União (TCU) realiza, até hoje (4), o 4º Fórum Nacional de Controle que vai tratar sobre inovação e acesso às tecnologias na educação no país. O evento é virtual e os painéis com especialistas serão transmitidos pelo canal do TCU no Youtube.
Para o presidente Jair Bolsonaro, o evento é importante espaço de discussão para a formulação de políticas públicas. “Com fóruns como esse nós decidirmos de fato o futuro do nosso Brasil”, disse durante a abertura do evento.
Coordenado pelo ministro do TCU, Augusto Nardes, o fórum tem o objetivo de integrar as instituições de controle externo e interno da União, estados e municípios, das três esferas de poder, por meio de ações de capacitação e controle, compartilhamento de informações e disseminação de boas práticas de governança. Nessa edição, o evento visa integrar atores que trabalham com inovação e educação no Brasil e buscar soluções para a utilização da tecnologia nesse setor.
Para Nardes, a boa governança é capaz de criar o lastro adequado para a “construção das diretrizes que a nação precisa estabelecer”. “Tenho me dedicado muito nesses últimos anos a divulgar a importância da governança para o desenvolvimento do Brasil, porque tenho convicção que ela representa um dos pré-requisitos para colocar nosso país na rota do crescimento econômico. E eu considero o desenvolvimento fundamental e a base do desenvolvimento é a inovação”, disse.
Também participaram da abertura o procurador-geral da República, Augusto Aras, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, o presidente do TCU, José Múcio, e ministros de Estado.
Para Aras, o tema do evento revela a preocupação dos órgãos e pessoas públicas com a educação, “não apenas no aspecto das inovações tecnológicas, mas especialmente em tempo de coronavírus”. São muitos desafios. Um dos maiores é a complexa tarefa de capacitar e oferecer inclusão digital em todo o ensino público por meio de amplo acesso às tecnologias de informação e comunicação. A inclusão digital, sobretudo após o isolamento social pela covid-19, impele o Estado a uma união de esforços pela educação no país”, disse o procurador-geral.
A programação do evento está disponível na página do TCU.
Presidência
Durante a abertura do fórum, as autoridades agradeceram José Múcio e lembraram da sua atuação à frente do TCU nos últimos anos. O magistrado já anunciou que vai se aposentar do tribunal no fim desse ano. Para a vaga, o Senado aprovou o nome do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, indicado por Bolsonaro.
Múcio e Bolsonaro foram colegas na Câmara dos Deputados e, hoje, Bolsonaro convidou informalmente o ministro para integrar o governo. Para o presidente, a saída de Múcio do TCU é “muito precoce” e ele “ainda tem algumas décadas pela frente para bem ajudar a nossa nação”. “Se a saudade lhe bater, venha para cá, estará entre nós, pode ter certeza, no nosso primeiro time, para do outro lado aqui, no Executivo, traçarmos e bem fazemos política para o futuro da nossa nação”, disse o presidente.
Na quarta-feira (2), a ministra Ana Arraes foi eleita para comandar o TCU a partir de 2021, com mandato de um ano, renovável por mais um. O ministro Bruno Dantas foi eleito vice-presidente e corregedor do tribunal.
por Anamaria Nascimento | dez 3, 2020 | Notícias
Por Correio Braziliense
Durou poucas horas a determinação do Ministério da Educação de retomar as atividades presenciais nas instituições federais de ensino, a partir de 4 de janeiro de 2021, como definia uma portaria publicada ontem. A repercussão negativa e o desconforto junto à comunidade acadêmica obrigou a pasta a voltar atrás, algo que, na visão de especialistas e entidades do setor, arranhou ainda mais a já arranhada imagem do MEC no governo de Jair Bolsonaro, sobretudo no contexto da crise provocada pela pandemia da Covid-19.
A portaria, publicada ontem no Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, estabelecia o retorno às atividades presenciais nas universidades federais logo no começo do próximo ano. E determinava, ainda, a responsabilidade das instituições integrantes do sistema federal no desenvolvimento de planos de retomada, seguindo o protocolo de biossegurança instituído em 1º de julho passado.
Após a repercussão negativa, o MEC voltou atrás. Fontes consultadas pelo Correio confirmaram a intenção de revogar a portaria, mas que o alto escalão da pasta tem como intuito estabelecer uma data de retorno, seguindo orientações do Palácio do Planalto. Em entrevista, Milton Ribeiro disse que não esperava a enxurrada de reações contrárias e afirmou que será realizada uma consulta pública antes de novas decisões serem publicadas.
“Quero abrir uma consulta pública para ouvir o mundo acadêmico. As escolas não estavam preparadas, faltava planejamento”, explicou, completando que a liberação vai ocorrer quando as instituições estiverem “confiantes”.
Surpresa
A portaria do MEC foi recebida com surpresa pelas instituições e entidades ligadas ao ensino superior, que emitiram comunicados criticando a medida e, em alguns casos, adiantando que a determinação não seria acatada. “Chama a atenção a edição de um normativo como esse, específico para instituições federais, em um momento de aumento das taxas de contaminação pelo coronavírus em diversos estados e no Distrito Federal”, destacou a Universidade de Brasília (UnB), por meio de nota.
A UnB reiterou que a portaria, além de desconsiderar o fato que a pandemia não deu sinais de estar controlada, “ignora princípio da autonomia universitária, previsto na Constituição Federal”. “A Universidade de Brasília reitera que não colocará em risco a saúde de sua comunidade. A prioridade, no momento, é frear o contágio pelo vírus e, assim, salvar vidas. A volta de atividades presenciais, quando assim for possível, será feita mediante a análise das evidências científicas, com muito preparo e responsabilidade”, salienta, indicando que não haverá aula presencial sem que haja melhora no cenário de transmissão da covid-19.
Na mesma linha, uma nota conjunta entre a União Brasileira dos Estudantes (UNE), União Nacional dos Estudantes (Ubes) e a Associação dos Pós-Graduandos (ANPG) destacou o descontrole da pandemia e que a retomada presencial nas instituições de ensino superior significaria uma verdadeira migração de milhões de estudantes. “Somado à circulação cotidiana em ambientes fechados, nos campi e prédios das universidades, os riscos de contaminação e proliferação do vírus são altíssimos”.
As entidades ainda afirmaram que “em nenhum momento houve interrupção total de suas atividades, incluindo recentemente a retomada parcial de disciplinas práticas que exigem atividade presencial com os cuidados necessários” nas instituições de ensino. A nota classifica a portaria do MEC como “uma atitude irresponsável, equivocada e que atenta contra a vida do povo brasileiro”.
Já a reitora do Instituto Federal de Brasília (IFB), Luciana Massukado, considerou o retorno das aulas presenciais como inadequado e inoportuno, além de ferir a autonomia constitucional das instituições. “O IFB sempre colocará a proteção à saúde de seus servidores, estudantes e colaboradores em primeiro lugar”, destacou.
Presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão, criticou a falta de organização e planejamento do MEC. “Nem o próprio Conselho Nacional de Educação tem sido ouvido. Dificilmente as instituições terão condições de retomar as atividades durante a pandemia, porque isso demandaria investimento pesado. E o que temos visto é o contrário, redução de orçamento”, observou.
Na avaliação do especialista em políticas educacionais, João Marcelo Borges, todo esse imbróglio revela uma postura autoritária e desarticulada do MEC. “É autoritária porque o MEC toma determinações sem consultar a comunidades acadêmicas e acaba se isolando nesse processo. E desarticulada, já que sequer houve contato com outras instituições federais. O MEC, mais uma vez, se presta ao vexame ao baixar uma norma, ver a reação e desistir horas depois”, analisou.
por Anamaria Nascimento | dez 3, 2020 | Notícias
Por Agência Brasil
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) prorrogou novamente, agora para 30 de dezembro, o prazo para a renovação semestral dos contratos de financiamento concedidos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre de 2020. Os aditamentos dos contratos deverão ser feitos pelo sistema SisFies.
A Portaria nº 719/2020 que prorroga o prazo foi publicada hoje (3) no Diário Oficial da União. A medida vale para contratos simplificados e não simplificados. No caso de aditamento não simplificado, quando há alteração nas cláusulas do contrato, como mudança de fiador, por exemplo, o aluno precisa levar a documentação comprobatória ao banco para finalizar a renovação. Já nos aditamentos simplificados, a renovação é formalizada a partir da validação do estudante no sistema.
Os contratos do Fies devem ser renovados semestralmente. O pedido de aditamento é feito inicialmente pelas instituições de ensino e, em seguida, os estudantes devem validar as informações inseridas pelas faculdades no SisFies. Inicialmente, o prazo seria até 31 de outubro, para contratos assinados até dezembro de 2017. No mês passado o FNDE já havia prorrogado e agora novamente. Os contratos do Novo Fies, firmados a partir de 2018, têm prazos definidos pela Caixa Econômica Federal.
Os Documentos de Regularidade de Matrícula, emitidos pelas instituições de ensino, que tiveram os seus prazos de validade expirados, deverão ser acatados pelos bancos, para renovação do financiamento até a data estipulada com a prorrogação.
O Fies é o programa do governo federal que tem como meta facilitar o acesso ao crédito para financiamento de cursos de ensino superior oferecidos por instituições privadas. Criado em 1999, ele é ofertado em duas modalidades desde 2018, por meio do Fies e do Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies).
O primeiro é operado pelo governo federal, sem incidência de juros, para estudantes que têm renda familiar de até três salários mínimos por pessoa; o percentual máximo do valor do curso financiado é definido de acordo com a renda familiar e os encargos educacionais cobrados pelas instituições de ensino. Já o P-Fies funciona com recursos dos fundos constitucionais e dos bancos privados participantes, o que implica cobrança de juros.
por Anamaria Nascimento | dez 2, 2020 | Notícias
O Calendário Acadêmico da Universidade de Pernambuco (UPE) para a conclusão do ano letivo de 2020 obedecerá o sistema híbrido, com aulas presenciais e remotas, em virtude da pandemia da Covid-19. Caberá a cada unidade de educação e seus respectivos Plenos de Curso definir o formato da oferta dos componentes curriculares, de acordo com as diretrizes curriculares, seus projetos pedagógicos e os protocolos de retomada das atividades acadêmicas.
O primeiro semestre letivo de 2020 começará no dia 8 de fevereiro de 2021. As aulas referentes a 2020.1 seguirão até 22 de maio, totalizando 14 semanas de duração. O período correspondente a 2020.2 será de 14 de junho a 16 de setembro. Oficialmente, o primeiro semestre de 2021 começará no dia 13 de outubro. Os vestibulandos que ingressarem na UPE no próximo ano via Enem/Sisu terão que esperar até esta data para se tornarem universitários.
De acordo com a resolução número 093/2020 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), aprovada em 26 de novembro, não serão contabilizados na retomada das atividades do semestre 2020.1 os dias letivos vivenciados antes da suspensão das atividades em virtude da quarentena.
As aulas síncronas serão vivenciadas no mesmo turno de matrícula efetuado pelos estudantes.
A resolução possibilita também a substituição de atividades presenciais relacionadas à avaliação – como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), Estágio Supervisionado obrigatório, atividades práticas e aulas de laboratório – por atividades não presenciais, através da mediação de Tecnologias Digitais de informação e Comunicação.
Os estudantes dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Odontologia e Medicina que tiverem completado 75% dos estágios supervisionados obrigatórios/internato e cursado com êxito todos os demais componentes curriculares obrigatórios, previstos no PCC de suas graduações, poderão solicitar antecipação da colação de grau.
Em função do aproveitamento de componentes curriculares do Período Letivo Suplementar (2020.3), as coordenações dos cursos poderão ajustar os horários e as turmas no semestre 2020.1 desde que não haja prejuízos para os estudantes.
Os trancamentos de semestres realizados pelos estudantes para o ano letivo de 2020, enquanto perdurar a situação de emergência pública, não serão computados para a integralização dos cursos de graduação. Os estudantes egressos em 2020.1 terão a possibilidade de modificar a matrícula, podendo inserir ou excluir componentes curriculares, bem como realizar o trancamento do semestre.
Estudantes de graduação presencial sem equipamentos adequados, com conectividade restrita ou outras limitações técnicas poderão usar os laboratórios de informática/computação dos campi da UPE para desenvolver as suas atividades de ensino remoto, respeitando-se os protocolos sanitários e os rodízios instituídos por cada unidade.
Os docentes devem apresentar, para os semestres letivos 2020.1 e 2020.2, novos Planos de Atividades, com detalhamento dos conteúdos, da metodologia, da carga horária, do cronograma, dos exames de avaliação, das ferramentas digitais utilizadas e da bibliografia para a vivência do componente curricular, no formato definido nos Plenos de Cursos.
por Anamaria Nascimento | dez 2, 2020 | Notícias
Por Agência Brasil
O Diário Oficial da União publica, nesta quarta-feira (2), portaria do Ministério da Educação (MEC), determinando que instituições federais de ensino superior voltem às aulas presenciais, a partir de 4 de janeiro de 2021. Para isso, as instituições devem adotar um “protocolo de biossegurança”, definido na Portaria MEC nº 572, de 1º de julho de 2020, contra a propagação do novo coronavírus (Covid-19).
O documento estabelece ainda a adoção de recursos educacionais digitais, tecnologias de informação e comunicação ou outros meios convencionais, que deverão ser “utilizados de forma complementar, em caráter excepcional, para integralização da carga horária das atividades pedagógicas”.
O texto da portaria diz, também, que as “práticas profissionais de estágios ou as que exijam laboratórios especializados, a aplicação da excepcionalidade”, devem obedecer às Diretrizes Nacionais Curriculares aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), “ficando vedada a aplicação da excepcionalidade aos cursos que não estejam disciplinados pelo CNE”.
O documento estabelece que, especificamente para o curso de medicina, “fica autorizada a excepcionalidade apenas às disciplinas teórico-cognitivas do primeiro ao quarto ano do curso, conforme disciplinado pelo CNE”.
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