A plástica ocular é uma subespecialidade da oftalmologia que trata tudo aquilo que envolve os olhos, como pálpebras, cílios, sobrancelhas e a região das vias lacrimais. Ou seja, tudo o que está ao redor dos olhos ou tem íntima relação com o órgão compete à plástica ocular. Apesar de ser comum a associação da cirurgia plástica aos objetivos estéticos, o oftalmologista Rubem Augusto Fontes de Lima destaca que o procedimento pode ser apenas funcional, quando o paciente precisa tratar de algo que está prejudicando a sua vista.
O médico explica que as patologias mais tratadas são a ptose palpebral, que é a pálpebra baixa; a adermatocalize, que é o excesso de pele na pálpebra superior; e os lacrimejamentos. Já as buscas estéticas costumam ser para levantar sobrancelhas, remover bolsas de gordura e tratar as rugas faciais.
“Tudo que está prejudicando a saúde ocular é de ordem funcional. Por exemplo, os cílios quando estão tocando os olhos, a pálpebra quando está baixa, atrapalhando o campo de visão e as vias lacrimais, quando estão obstruídas, causando um lacrimejamento. Já a procura estética, que hoje em dia é uma realidade, acontece quando as pessoas buscam melhorar a autoestima, o rejuvenescimento do olhar ou facial”.
O especialista destaca que é preciso cuidado na hora de realizar um procedimento cirúrgico ocular e que é necessário procurar um especialista. “Essas estruturas – pálebras, cílios, sobrancelhas – estão relacionadas intimamente com os olhos e o cirurgião plástico ocular, na sua formação original, é um oftalmologista, então, além da subespecialidade em plástica ocular, ele tem amplo conhecimento da parte anatômica e técnica relacionada aos olhos. Dessa forma, torna-se uma cirurgia mais segura, com uma observância dos conceitos técnicos maiores”, esclarece.
“Quando a gente procura um profissional correto, ele nos leva em consideração e faz com que melhoremos também nossa condição emocional”, desabafa a fisioterapeuta Marli Costa Rodrigues Barbosa. “Eu vim por conta de uma questão funcional, mas levantei um pouco a sobrancelha, porque havia uma queda do tecido que recobre os olhos. Ele (oftalmologista) fez o levantamento das pálpebras e retirou um pouco de gordura dos olhos.
Não chega a ser uma ptose palpebral, mas chegaria a isso, com o tempo e com a idade”, comenta. Palestrante e envolvida em movimentos sociais, Marli estava tendo dificuldades principalmente durantes as leituras. “Eu dormia ao ler, ao assistir TV, ao escrever. Então havia um problema funcional, que naturalmente vem junto com estética. Isso me trouxe benefícios excelentes de imediato”, comemora.