Por Guilherme Gatis*
No sábado, no mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda, ocorreu a prévia carnavalesca de um dos blocos mais concorridos do carnaval pernambucano. Encontrei o amigo Cassio, que me convidou, como alvirrubro que sou, a escrever um texto sobre o Clássico das Emoções, o primeiro do ano.
Foram quatro gols, com direito a ídolos balançando a rede. Bala, pelo Náutico, Marcelo Ramos, pelo Santa Cruz. Teve bola na trave. Teve a chuteira 44 de Eduardo protagonizando uma defesa espetacular.
Teve o dedo de Márcio Bittencourt, que conseguiu neutralizar a força ofensiva do Timbu, prejudicado pela contusão de Johnny (melhor jogador em campo).
Teve também um Wilson Souza confuso, omisso e atrapalhado. Sem critérios na distribuição de cartões e prejudicando o Náutico em um lance incrível em que a lei da vantagem – logo ele, tão atento ao regulamento – foi mandada para o espaço.
No final das contas, o empate acabou sendo um resultado justo – e nada bom para as duas torcidas. O Náutico continua invicto, mas com oito pontos a menos que o líder. O Santa mostrou mais uma vez que a vontade e a raça pode fazer a diferença. Vontade na mesma medida da limitação técnica de alguns jogadores.
O domingo só foi bom para o torcedor do Sport. Os rubronegros que acompanharam a partida Acham é Pouco.
E tanto para Santa, quanto para o Náutico, apesar de movimentado, o clássico foi sem dúvidas pouco, Pouco Demais.
*Guilherme Gatis é jornalista, trabalha na Fundarpe, e – agora – colaborador do blog