Sem contundência, Náutico sofre a quarta derrota no Rio

Série A 2012: Fluminense x Náutico. Foto: Nelson Perez/Fluminense. F.C.

Nos Aflitos, o Náutico tem a quarta melhor campanha como mandante na Série A desta temporada, com 72% de aproveitamento. Longe de Rosa e Silva, tem o segundo pior desempenho como visitante, com um pífio índice de 12% dos pontos em disputa.

Dados antes da abertura da 26ª rodada. A mudança no perfil de acordo com o mando de campo indicava que o confronto contra o líder o Fluminense, no Rio, seria uma pedreira.

Enquanto o Alvirrubro atuaria desfalcado dos atacantes Kieza e Araújo, o Tricolor contou com a volta de suas estrelas, Deco e Fred. Aumentou de vez o desnivelamento técnico.

Da mesma forma em que ocorreu nas três apresentações anteriores n Rio de Janeiro neste Brasileirão, o Alvirrubro acabou derrotado. Na noite deste sábado, 2 x 1.

O revés, o 13º do Náutico, encerra a indigesta série de jogos na qual o time de Gallo enfrentou as quatro equipes mais bem colocadas. Nos dois próximos fins de semana o clube atuará em seu domínio, contra Atlético-GO (29/09) e Corinthians (06/10).

Para cumprir a meta absoluta de conquistar no mínimo mais quatro vitórias e aniquilar qualquer chance de descenso, o Náutico precisará adotar uma postura bem diferente em relação ao jogo no estádio Raulino de Oliveira, quando faltou contundência.

O Timbu até começou tentando encurtar os espaços. Após sofrer uma pressão inicial, equilibrou o jogo e criou boas chances. Se a tática de ficar nos contragolpes não vinha dando certo fora de casa, o jeito era partir para cima. A escalação mostrava isso.

Kim perdeu uma chance incrível aos 11. Depois, mais duas com Rogério, que formou o ataque ao lado de Rhayner, dois atletas de pontaria duvidosa.

No fim do primeiro tempo, o Flu voltou a acelerar e confundir a marcação visitante.

Diante de uma torcida já impaciente, com uma produção abaixo do esperado, a equipe de Abel Braga conseguiu marcar duas vezes antes do intervalo, com Leandro Euzébio e Fred. Lances com a assinatura clássica da zaga alvirrubra: falta de atenção.

No segundo tempo, o Náutico não encontrou os mesmos espaços no campo adversário. Até porque, francamente, estava diante do líder. Faltando dez minutos, um lampejo de reação. Kim diminuiu aos 35 e só não empatou aos 43 porque Cavalieri operou um milagre na cabeçada. Sem contar o pênalti claro não assinalado, cometido por Gum.

Infelizmente, além da bronca na arbitragem, o vacilo havia sido no primeiro tempo…

Série A 2012: Fluminense x Náutico. Foto: Nelson Perez/Fluminense. F.C.

Santa até jogou de cara feia, mas o resultado não foi bonito

Série C 2012: Paysandu x Santa Cruz. Foto: Marcelo Sebra/Futura Press

Paysandu e Santa Cruz fizeram um jogo tenso neste sábado.

Ambos começaram a rodada com 15 pontos no grupo A, a um da zona de classificação às quartas de final da Série C. Com a competição entrando na reta final, a vitória nesta tarde era questão de sobrevivência. Para os dois.

Com o campo do Mangueirão parcialmente pesado, devido às chuvas, esperava-se um duelo de muita pegada entre Papão e Cobra Coral. Pois o jogo foi franco o tempo todo.

Nos trinta primeiros minutos, dez finalizações!

Foram seis dos paraenses e quatro dos pernambucanos. Boas chances, diga-se. Por muito pouco Dênis Marques não abriu o placar logo aos seis minutos, numa cabeçada.

Se no Recife o técnico Zé Teodoro havia pedido um time de “cara feia” diante do mandante, lá em Belém Givanildo Oliveira pediu muita atenção nos contragolpes corais.

O Santa realmente jogou melhor, nos contra-ataques. A defesa, mesmo com três zagueiros, esteve um pouco confusa, mas o sistema ofensivo lutou bastante.

E não só com DM9 e Flávio Caça-Rato. Outros atletas encostaram no ataque. Basta dizer que na etapa complementar Renatinho e Vágner ficaram muito perto de marcar.

Faltou o último passe, a assistência. Faltou uma finalização mais caprichada.

Ou seja, faltou um jogo mais bonito…

No finzinho, o Paysandu acordou e ainda exigiu duas defesas do contestado Fred.

O empate em 0 x 0 no Pará foi o sétimo em treze partidas do bicampeoão pernambucano no Brasileiro. Por mais uma rodada, o clube continuará fora do G4, já afunilando.

Agora, é preciso manter a mesma atitude, mas com mais afinco nas conclusões. Na volta ao Arruda, com Zé no comando, nada de cara feia da torcida. Não agora.

Série C 2012: Paysandu x Santa Cruz. Foto: Marcelo Sebra/Futura Press

O pequeno escudo da CBF para Mano Menezes

Jogos da Seleção Brasileira sob o comando de Mano Menezes. Crédito: CBF/divulgação

Faltam menos de dois anos para a Copa do Mundo. Enquanto o país corre para não fazer feio na organização da competição, a seleção nacional segue num processo de montagem bem aquém do que se espera para a enorme tradição da Canarinha.

Eliminação precoce na Copa América, medalha de prata nos Jogos Olímpicos, resultados pífios diante de grandes seleções e um coro na arquibancada exigindo mudanças.

Paralelamente a isso, uma base jovem, com novos e milionários jogadores.

Desde agosto de 2010, quando assumiu o comando da Seleção Brasileira, Mano Menezes já trabalhou em 36 partidas. Atualmente, o técnico vem sofrendo uma enorme pressão.

A ponto de a própria CBF divulgar um material enaltecendo os resultados (veja aqui).

Desconsiderando o nível da maioria dos adversários, há a promoção do aproveitamento de 74%. O título da nota publicado no site oficial: “Seleção está no caminho certo”.

Confira um dos trechos:

“Equilibrado, sem se deixar empolgar nas vitórias, nem se abater nas derrotas, Mano Menezes vem conduzindo com coerência o trabalho de renovação da Seleção Brasileira que tem como objetivo a disputa da Copa do Mundo de 2014, passando pela Copa das Confederações 2013.”

Qual é a sua opinião sobre o atual momento da Seleção Brasileira?

A reformulação está mesmo no caminho certo, visando o Mundial de 2014?

Jogos da Seleção Brasileira sob o comando de Mano Menezes. Crédito: CBF/divulgação