Os clubes populares no ‘twitter chinês’, com influência inglesa e força local

Ranking de curtidos no Sina Weibo. Fonte: Result Sports

Na China, as redes sociais são peculiares, com limitações impostas pelo governo. Assim, existem plataformas exclusivas no país, semelhantes ao facebook e ao twitter, por exemplo. No caso microblog, quem domina é o Sina Weibo, com 282 milhões de usuários ativos (20,7% da população). O Twitter, presente no restante do mundo, tem 313 milhões, segundo atualização recente.

A partir disso, o Result Sports fez um levantamento com os times de futebol mais populares na China. Afinal, trata-se de um dos principais mercados da atualidade – com o campeonato nacional exibido no Brasil, via Bandsports. A influência inglesa, via Premier League, é enorme, com cinco times entre os quinze primeiros. Entretanto, liderança dos rivais de Manchester à parte, os clubes chineses já se apresentam com força, com oito agremiações, sendo sete da Superliga Chinese, a elite, e da Liga 1, a segundona.

A grande surpresa neste Top 15 é a ausência do Real Madrid…

Os times chineses mais populares no Sina Weibo*
1º) 8.121.744 (Guangzhou Evergrande, 1ª divisão, 6 títulos)
2º) 5.128.767 (Shandong Luneng, 1ª divisão, 3 títulos)
3º) 4.964.909 (Beijing Guon, 1ª divisão, 1 título)
4º) 4.804.761 (Tianjin Teda, 1ª divisão, 1 vice)
5º) 4.670.608 (Shanghai Greenland, 1ª divisão, 3 vices)
6º) 2.557.643 (Hangzhou Greentown, 2ª divisão)
7º) 1.612.847 (Changchun Yatai, 1ª divisão, 1 título)
8º) 1.546.370 (Liaoning Whowin, 1ª divisão)
* Dados em 16/03/2016

O (novo) calendário da CBF para 2017, com Sul-Americana paralela ao Estadual

O calendário da CBF para 2017 revisado após as mudanças da Conmebol

Quatro meses após a divulgação do calendário oficial do futebol brasileiro em 2017, a CBF teve que lançar um novo cronograma, forçado pelas mudanças efetuadas pela Conmebol, aumentando a Libertadores e a Sul-Americana, em participantes e período de disputa. A confederação brasileira ressalta que ajustes ainda podem ser feitos, mas hoje a única lacuna é a ausência das datas da Copa do Nordeste, ainda numa negociação entre a Liga do Nordeste e as federações estaduais. Reflexo do poder descabido (e alertado pelo blog) dado às federações na versão anterior do calendário, reduzindo a Lampions de 12 para 8 datas, justamente para ampliar os estaduais de 14 para 18 datas.

Enquanto isso, uma certeza: a Copa Sul-Americana começará no primeiro semestre, paralelamente aos Estaduais. No cenário local, com participações recorrentes (6 vezes no período 2013-2016), trata-se de um ponto importante. Ainda mais no quesito “prioridade”, que costumeiramente inibe a campanha internacional durante o Brasileiro (na visão do blog, um erro dos recifenses).

Com a Sula partindo em 5 de abril, na reta final do hexagonal local, fica difícil imaginar um time reserva no torneio em detrimento do Campeonato Pernambucano – ainda mais com a facilidade que o trio tem em relação à classificação à semifinal. Pelo novo calendário da CBF, a fase final dos estaduais ocorreria nos dias 16, 23 e 30 de abril e 7 de maio. Já a primeira fase da Sul-Americana aconteceria nos dias 05/04 e 10/05, com a segunda fase apenas em 28 de julho, com o Brasileirão já na 10ª rodada.

Última rodada do hexagonal do título do Pernambucano
2014 – 30/03
2015 – 05/04
2016 – 10/04
2017 – a definir

Obs 1. Como campeão nordestino de 2016, o Santa Cruz tem direito à vaga na Sul-Americana de 2017. Já o Sport precisa ficar entre onze primeiros da Série A para participar pela 5ª vez. Caso termine em 12º ou 13º, poderia haver uma disputa judicial, uma vez que a Conmebol reduziu de 8 para 6 vagas, com o campeonato nacional em andamento (saiba mais aqui).

Obs 2. Finalmente acabaram, de forma oficial, o regulamento esdrúxulo de condicionar a participação na Sula à eliminação precoce na Copa do Brasil. A partir de agora, o clube poderá disputar os dois torneios simultaneamente.

Abaixo, a agenda até a final dos estaduais. Veja o documento completo aqui.

Calendário do futebol brasileiro em 2017. Crédito: CBF/divulgação

A evolução da venda online, chegando a 70% na Ilha em 2016. 100% ao alcance?

Ingresso vendido pela internet para Sport x Cruzeiro, pela 35ª rodada da Série A 2016. Imagem: Sport/site oficial

Dos 21 mil ingressos vendidos (público geral) e reservados (sócios) de forma antecipada para Sport x Cruzeiro, pela 35ª rodada do Brasileirão, mais de 14 mil foram solicitados pela internet. Com 70% de ação online, o Sport registrou um recorde particular que expõe um novo momento no futebol pernambucano. Quatro meses atrás, também na Ilha, o jogo entre leoninos e palmeirenses teve 26 mil pessoas, com 15% de venda online. Até então, era o recorde. Essa ascensão da venda digital, em detrimento da venda física, é uma realidade.

Como mudou tão rápido? No caso rubro-negro, o momento atual para os associados adimplentes, com acesso liberado. Desde que seja feita a reserva, cuja ação, chamada de “check-in”, ocorre inicialmente, durante dois dias, pela web. E assim foram três partidas seguidas (Vitória, Ponte Preta e Cruzeiro) com mais de 20 mil pessoas garantidas com antecedência. Com o ingresso pago, mesmo para o sócio, o percentual seria menor? Possivelmente. Mas o X da questão nesta postagem é a quantidade de gente em condições de compras online (desktop ou smartphones), evitando filas e correria de última hora. Ganha o torcedor (comodidade) e o clube (receita prévia), além de inibir o cambismo.

Ainda no Recife, em conjunto com a Arena Pernambuco, o Náutico também vem condicionando o seu torcedor à compra antecipada sem a necessidade de comparecimento na bilheteria. No mesmo palco em São Lourenço, o confronto entre Brasil e Uruguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, foi visto por 45 mil espectadores, com 100% de venda online, em questão de horas. Há tecnologia, há público e, pelo visto, há também um crescente engajamento…

Percentual de ingressos vendidos/reservados pela internet na Ilha

70%, Sport x Cruzeiro (14,8 mil ingressos, em 16/11/2016)
15%, Sport x Palmeiras (3,1 mil ingressos, em 06/07/2016)

6%, média do clube em 2015

A cabine móvel para testes de árbitro de vídeo em todos os clássicos do Estadual

Arbitragem de vídeo. Foto: CBF/site oficial

“É porque a gente não podia divulgar, mas já fizemos testes secretos…”

Sem dar maiores detalhes sobre onde ocorreram esses testes, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, revelou que a estrutura para a utilização de “árbitros de vídeo” no Campeonato Pernambucano já está quase pronta. O significa a aquisição de uma unidade móvel, que ficará fora do estádio do jogo em análise, num investimento de R$ 1 milhão, com R$ 300 mil saindo dos cofres da federação. A ideia é usar as imagens produzidas na transmissão oficial (cuja central também fica numa unidade móvel fora do estádio), com pelo menos sete câmeras. Nem todas as partidas contariam com o tira-teima, pois a cada rodada só dois jogos são exibidos na televisão, um na Globo e outro no Premiere.

Trata-se de um cenário semelhante ao dos principais torneios do tênis. As quadras centrais contam com o hawk-eye, o recurso tecnológico para a ver se a bola tocou na linha, ao contrário das quadras de apoio. E ainda que ocorram jogos paralelos não há problema. No Estadual, todos os clássicos teriam a consulta do “árbitro de vídeo”, assim como a fase final. O teste desta tecnologia está autorizada pela Fifa até 2017 – a aprovação, ou não, sai em 2019. A consulta de vídeo (um apelo antigo) foi aprovada pela International Football Association Board, em que organiza as regras do futebol, em 5 de março. Antes disso, a direção da FPF, através da CBF, tentou utilizar, em caráter experimental, na final da edição deste ano, mas acabou tendo o pedido negado.

Agora, com a CBF mediando e interessada em adotar o sistema no Brasileirão de 2017 (e já realizando testes na Suíça, foto), a FPF voltou ao assunto. Com o aval “verbal” da Fifa, aguarda a chancela oficial. Ah, ao contrário do tênis, não haveria pedidos de consulta por parte dos times. A decisão teria que partir do árbitro no campo ou da equipe a postos na unidade móvel, com a informação via ponto eletrônico. Pelo visto, deve haver um resquício de polêmica…

Para essa experiência, as dúvida seriam as seguintes:

a) Dúvida se a bola entrou ou não no gol.
b) Saídas da bola pela linha de fundo, quando na mesma jogada ou contexto for marcado gol ou pênalti.
c) Definição do local das faltas nos limites da grande área, para definir se houve ou não pênalti.
d) Gols e pênaltis marcados, possibilitados e evitados em razão de erro em lances de faltas claras/indiscutíveis, não vistas ou marcadas equivocadamente.
e) Impedimentos por interferência no jogo, caso na jogada haja gol ou pênalti.
f) Jogo brusco grave ou agressão física (conduta violenta) indiscutíveis não vistos ou mal decididos pela arbitragem.