Localizados embaixo da arquibancada dos Aflitos, os três quartos têm capacidade para 18 pessoas. Um número baixo, já em condições apertadas e precárias. Falta higine.
Esse post não precisa de muito texto. As imagens dizem muito mais…
O blog sempre tratou a estrutura da base do futebol pernambucano como algo vital para o fortalecimento dos clubes, com a produção de jogadores de qualidade.
Por isso, as fotos do alojamento timbu mostram que existe apenas a torcida por dias melhores, pois ainda estamos muito longe. Nos rivais, a situação não é tão diferente.
Um centro de treinamento é o ponto-chave desse desenvolvimento, mas é importante oferecer boas condições aos jovens atletas…
Para completar o dia , a diretoria do Náutico ainda troca os pés pelas mãos, ao tentar censurar uma reportagem que retrata com fidelidade a nossa infeliz realidade.
Confira a reportagem assinada pelo repórter Rodolfo Bourbon no Superesportes.
Na porta de entrada, o aviso. Ninguém deveria entrar. Nem os jogadores…
Dia de Clássico. Dia de sair de casa, com destino à meca do futebol.
No caso, são inúmeras mecas. Varia de acordo com as cores da camisa. Um jogo desse porte muda a cidade, as pessoas, a rotina. Dia único…
Eis então o documentário “Dia de Clássico”, retratando uma visão local, recifense.
N ovídeo de 41 minutos, os diretores Rafael Travassos e Paulo Sano exploram o que acontece no Recife simultaneamente a um grande jogo de futebol na cidade.
A mudança na rotina ocorreu em um Clássico dos Clássicos, com Sport x Náutico, sob os olhares de quatro fotógrafos, desde a mobilização das torcidas ao vazio das ruas.
A produção foi o trabalho de conclusão da dupla no curso de Rádio e TV na UFPE. O filme será exibido neste domingo, as 20h, no programa Curta Pernambuco, na TV U.
Aaixo, aquele torcedor fora do estádio, apenas com o som da arquibancada…
Desde o seu primeiro mandato à frente da FPF, no já distante ano de 1995, Carlos Alberto Oliveira priorizou a interiorização do futebol pernambucano.
De fato, o projeto do dirigente era importante para o desenvolvimento local.
Até 1936, o Campeonato Pernambucano contava apenas com clubes da capital. Nos jornais, o torneio ainda na era amadora era chamado de “Campeonato Citadino”. Coincidentemente, em 1937, na primeira edição profissional, a competição incorporou também a participação do interior, com o pioneirismo do Central, de Caruaru.
Voltando ao presente, um contexto que já remete diretamente ao passado. Eis que em 2011 a estrutura local caminha para igualar uma marca de 16 anos.
Atualmente, a primeira divisão local conta com Sport, Santa Cruz, Náutico, América e Cabense – este ainda sub judice. Recife e zonas Norte e Sul representadas no mapa da bola. Na Segundona, Ferroviário do Cabo, Olinda e Atlético Pernambucano, de Camaragibe, disputam com mais cinco clubes as duas vagas para a elite do próximo ano.
Basta que pelo menos um desses três times consiga o acesso e a fatia da Região Metropolitana do Recife (RMR) será de 50% no próximo Estadual, com 12 times.
A última vez que isso ocorreu foi justo em 1995, num campeonato de 10 times. Além do Trio de Ferro, participaram América, em Jaboatão, e Destilaria (atual Cabense). Por mais que alguns desses clubes da capital sejam de “aluguel”, esse fortalecimento seria algum reflexo da disparidade no crescimento da economia na RMR sobre o interior?
O Grande Recife tem 41,9% da população do estado, de 8,7 milhões de habitantes, e mais de 64% do produto interno bruto pernambucano, de R$ 87 bilhões.
Pernambuco é o único estado do Nordeste sem um campeão do interior…
Quantos estádios de futebol existem em Pernambuco?
De acordo com o Cadastro Nacional de Estádios de Futebol (CNEF), elaborado pela CBF, são exatamente 33 praças esportivas no estado (páginas 50 e 51 do documento abaixo). No Nordeste, só a Bahia tem mais, com 44.
Em Pernambuco, portanto, existem 248.564 assentos. Média de 7.532 lugares.
Para cada 266 mil habitantes em Pernambuco (total de 8,7 milhões), um estádio.
Ao todo, a CBF catalogou 634 praças esportivas no país, das quais uma gama de 34% sequer tem sistema de iluminação. Os estádios particulares somam apenas 31%.
Em relação à capacidade de público, os locais com até 5 mil assentos representam 52%, enquanto arenas com mais de 50 mil lugares correspondem a 1,3%.
Em breve, a atualização da entidade com as arenas da Copa do Mundo de 2014…
Ituiutaba 0 x 0 Vila Nova. Somente às 23h a torcida do Salgueiro pode comemorar de fato. O clube encerrou a 3ª rodada no G4. Um feito e tanto para um estreante.
Segundo a matemática, a chance de acesso do Carcará subiu de 11% para 54%.
Já o Sport, líder isolado, tem 12% de chance de conquistar a estrela de prata desta temporada. Com 60%, o ABC é o “favorito”, mesmo fora do G4…
Somando pontos nas duas últimas rodadas, o Náutico ainda segue com incríveis 65% de chance de rebaixamento. Todos esses cálculos são do Chance de Gol.
O blog vai seguir publicando as projeções até a última rodada. Por enquanto, o Infobola não postou a sua, por causa do baixo número de rodadas.
Frio intenso no interior catarinense. Para os padrões pernambucanos, é claro.
Com o termômetro marcando 14 graus, somente se mexendo bastante para combater a baixa temperatura no estádio Heriberto Hülse.
O Criciúma vinha no embalo da comemoração dos 20 anos do seu título na Copa do Brasil, fato que movimentou 6.853 torcedores para buscar a vitória na Série B.
Ao Náutico, estava no script evitar a pressão inicial do time da casa.
Com um jogo duro, de pouca técnica e equilibrado, o Timbu até esboçou algumas jogadas neste sábado. Elicarlos, por exemplo, quase marcou um golaço por cobertura.
Eduardo Ramos, isolado na criação, ficou sobrecarregado com a forte marcação.
Depois, o Tigre assustou, principalmente na segunda etapa. Foram várias chances, em chutes de fora da área, dentro da área, bolas cruzadas, cabeçadas…
Mas não furou a meta alvirrubra. O solitário ponto conquistado fora de casa no empate em 0 x 0 teve no goleiro Glédson o personagem principal.
Se com o frio ele já teria que se aquecer durante o jogo, com o volume catarinense o frio foi embora… Uma merecida recuperação para Glédson.
Nas duas fotos desse post, a praia de Boa Viagem. Em 1930 e 2010.
Duas eras completamente distintas… Sobretudo no futebol.
Segundo o Futebol Finance, o português Cristiano Ronaldo tem o maior salário no futebol em 2011, com R$ 2,3 milhões mensais! Segundo a mesma publicação:
“O futebol deixou de ser apenas um jogo, transformando-se numa indústria global que envolve pessoas e empresas das mais variadas áreas de negócio”.
Agora, volte 75 anos no tempo. A uma época sem internet, de comunicação rasa, infraestrutura praticamente inexistente, comportamento bem diferente etc.
Nessa sociedade vista em registros em preto e branco, os jogadores pagavam para jogar. Isso mesmo. Na era do amadorismo, base de toda a paixão que o futebol desperta até hoje. O football era restrito aos sócios.
Aos poucos, esse tempo vai ficando apenas nos livros. As lembranças estão partindo. A morte de Haroldo Praça, há uma semana, aos 95 anos, deixou isso claro.
O rubro-negro jogou justamente no período da transição no futebol do estado, que se profissionalizou em 1937. Antes, nos velhos campos murados, só quitando a mensalidade de 10 mil réis. Muitos compravam os próprios uniformes. Como não aceitou a profissionalização, Haroldo abandonou os gramados. Muitos seguiram o caminho.
Naquele ano, a Federação Pernambucaa de Futebol registrou o primeiro contrato profissional de um atleta no estado. O clube pioneiro não foi do Recife, mas sim de Caruaru. O Central foi buscar no Atlético-MG o zagueiro central Zago.
Aquele ato marcou para sempre o nosso futebol, que já vivia uma amadorismo camuflado, pois vários atletas atuavam em troca de empregos em empresas no Recife. Clubes como América, Sport e Tramways já haviam flertado com o profissionalismo.
No caso do Sport, o primeiro episódio foi ainda em 1916, com o zagueiro Paulino, do América do Rio de Janeiro. Legalmente, não havia problema algum. Mas, para evitar arestas com os rivais, a diretoria leonina publicou um telegrama do jornal carioca Correio da Manhã, no qual Paulino exercia a função de linotipista.
Em todo o país, o processo transcorreu durante toda a década de 1930. Em vários estados, como Rio e São Paulo, ligas paralelas (amadoras e profissionais) realizaram campeonatos estaduais oficiais. Na contramão – ainda bem -, Pernambuco conseguiu evitar o desmembramento do certame.
Aquele afinco dos pioneiros, hoje presente nas torcidas, só vai evoluir com gestões responsáveis, atentas às constantes mudanças do futebol. E não são poucas…
Abaixo, os campeões estaduais nas duas eras. Entre parênteses, o último título.
Amador – De 1915 a 1936, com 22 edições.
7 – Sport (1928)
5 – América (1927)
4 – Santa Cruz (1935)
3 – Torre (1930)
1 – Flamengo (1915)
1 – Náutico (1934)
1 – Tramways (1936)
Profissional – De 1937 de 2011, com 75 edições.
32 – Sport (2010)
21 – Santa Cruz (2011)
20 – Náutico (2004)
1 – Tramways (1937)
1 – América (1944)
Confira a lista completa de campeões pernambucanos AQUI.
Especializada em consultoria esportiva, a empresa Sport+Market divulgou uma pesquisa nacional sobre a competição preferida dos torcedores dos 12 maiores clubes brasileiros.
No estudo, além da Série A, entraram o Estadual, a Copa do Brasil e a Taça Libertadores da América. A pergunta foi válida, inclusive, para clubes que não estejam disputando alguma dessas opções. Com a ideia, o blog fez a versão “local”, nos mesmos critérios.
No Campeonato Pernambucano, quem curtiu mais foi a torcida coral, atual campeã, diga-se. Na Copa do Brasil, maioria dos rubro-negros, campeões em 2008.
Na elite nacional, os alvirrubros ficaram à frente, com as lembranças de três anos seguidos (2007/2009). Na Libertadores, a maior porcentagem de toda a enquete. Votação expressiva dos leoninos, que estiveram lá pela última vez há dois anos.
Receita via web. Acredite, isso vai gerar cada vez mais receitas para os clubes…
No ano passado, 20% do faturamento do Manchester United (www.manutd.com) veio através de seu site oficial, que rendeu R$ 148 milhões. É o site de clube mais acessado do mundo, com cerca de 116 milhões de acessos (pageviews) por mês!
A visualização do portal do clube inglês supera a soma de todos os clubes brasileiros.
Abaixo, um raio x dos braços oficiais dos grandes clubes do Recife na internet. Os três times vão lançar novas versões (layouts) ainda neste ano, reforçando a participação nas redes sociais, fato cada vez mais presente nos sites de clubes mais lucrativos.
Observação sobre os pageviews: a distorção nos acessos do site tricolor sobre os rivais é justificada pelo fato de que o portal existe desde 1996, desenvolvidos por torcedores. Só foi oficializado em 2002 – o do Sport, por exemplo, surgiu em 2008.
Paralelamente a isso, o Leão e o Timbu também têm sites populares criados por torcedores, como SportNet e TimbuNet, com 3,9 milhões e 480 mil acessos mensais, respectivamente. Porém, essas páginas não entraram em acordo para a oficialização.
O que você acha do site oficial do seu clube? O que precisa melhorar? Opine!
Abaixo, os responsáveis pelos sites: Renato Arruda (Santa), Ana Campos (Náutico) e André Fontenelle (Sport). Veja um post com outros sites pernambucanos AQUI.
Apesar da vitória sobre o Goiás, o Náutico segue com o maior percentual sobre a probabilidade de rebaixamento na Série B desta temporada, com 80,7%.
A conta parce maluca. E talvez seja mesmo… Assim como apontar que o Criciúma tem 40,5% de chance de ser campeão da Segundona, mesmo com os mesmos quatro pontos de Portuguesa, Paraná e Sport após duas míseras rodadas!