Tecnicamente, o Náutico precisava se superar bastante para seguir vivo na Copa do Nordeste. O time estava pressionado pelo calendário, com visível desgaste físico, e pela tabela, com risco de eliminação precoce em caso de revés diante do Bahia. Pois o alvirrubro conseguiu administrar o tamanho do jogo, numa atuação inteligente, com um sistema já conhecido do torcedor (e entenda isso como algo positivo). Claro, muita entrega também. Contando com a participação determinante do goleiro Bruno, a torcida timbu deixou a Arena Pernambuco comemorando a vitória no clássico regional, 1 x 0.
Nos vinte primeiros minutos de bola rolando, o Náutico conseguiu articular três boas chances. Já na primeira, Ortigoza brigou pela bola e Robinho abriu o placar. Vantagem com 9 minutos? Era a senha para um sistema defensivo ainda mais presente. Com o Baêa acusando o golpe, o timbu assustou com Breno Calixto (cabeçada) e Wendel (estreante, batendo por cima), após furada de Wallace Pernambucano. Depois, o ritmo caiu como se imaginava, com o visitante tendo mais posse de bola (58%), mesmo sem grandes chances.
No 2T, o Bahia – que vinha de seis triunfos seguidos – jogou com o time mais adiantado e criou boas oportunidades, mas deve ter lamentado mesmo logo o primeiro minuto, com Bruno fazendo duas grandes defesas. O técnico Roberto Fernandes só mexeu na equipe aos 19 minutos, tirando Wendel e Jobson e acionando Josa e Medina. Era necessário valorizar o placar, que seria definitivo – graças a Bruno. Com a vitória, a 20ª do clube na história do confronto, em vigor desde 1932, o Náutico respira no grupo C do Nordestão. Terá que secar bastante, mas é possível. A começar pelo Botafogo diante do Altos na segunda-feira… Será assim até o fim da chave.
Náutico x Bahia (todos os mandos) 69 jogos 20 vitórias alvirrubras (28,9%) 19 empates (27,5%) 30 vitórias baianas (43,4%)
Quantos campeões existem no Nordeste? 13, 8 ou 7? O blog já tocou no assunto algumas vezes, com a discussão seguindo devido ao impasse sobre a oficialização das competições – 38 ao longo de 72 anos. Volta e meia o debate reaparece pelo fato de o Vitória se considerar pentacampeão da Copa do Nordeste, somando a este contexto um título de outra competição, o Torneio José Américo de 1976, disputado 18 anos antes da primeira edição oficial do Nordestão. Entretanto, não deixa de ser um título de caráter regional. Por isso, o foco nesta publicação é voltado justamente para a visão dos próprios clubes acerca das conquistas – à parte do que eu acho, do que você acha ou do que a CBF acha. Como era de se esperar, não há padronização alguma.
Confira os detalhes de cada torneio de caráter regional realizado no NE aqui.
Uma polêmica clássica se refere à fase Norte-Nordeste da Taça Brasil, que correspondia a uma etapa regionalizada dentro do campeonato nacional. No entanto, na época os vencedores dessas chaves – que em alguns anos se classificavam às quartas e em outros à semi – se proclamavam “Campeões do Norte”, alcunha repercutida na imprensa e comemorada pela torcida. Embora oficialmente fosse uma fase. Para completar, alguns vencedores receberam troféus comemorativos, como o Bahia, e outros não, como o Náutico.
Pelos sites oficiais, entre os vencedores daquele zonal, e foram dez edições, Bahia (3), Náutico (3) e Ceará (1) consideram as conquistas como títulos regionais. Fortaleza (2) e Sport (1), não. A CBF nunca tocou no assunto.
Outra dúvida está pontuada no Torneio Norte-Nordeste, uma competição de fato, organizada pela CBD, a precursora da CBF. Ocorreu de 1968 a 1970. Em 1971, a entidade manteve a disputa sem os principais clubes da região, mas valendo pela primeira fase da Série B do Campeonato Brasileiro. No caso, na primeira edição da história da segundona, com a final Norte-Nordeste x Centro-Sul. Deu Remo, até então quatro vezes vice-campeão em torneios do Nordeste, mesmo sendo do Pará. Em 1972 foi ainda mais curioso, pois foi a única vez em que todos os times presentes na Série B eram do Nordeste. Neste caso, o Sampaio Corrêa se contenta apenas como “campeão da Série B”, excluindo o caráter regional, como fica claro em sua lista de títulos.
Sobre os outros campeões, Santa Cruz, Ypiranga, CRB e Campinense citam as suas conquistas com as denominações originais. Já o América de Natal esqueceu da Taça Almir na atualização de seu site, listando só a Lampions.
Quais títulos deveriam contar? Por que? Quais títulos faltaram na lista?
Os campeões do Nordeste/Norte-Nordeste de 1946 a 2017 (geral, 38 títulos) 7 – Bahia (1948, 1959, 1961, 1963, 2001, 2002 e 2017) 5 – Náutico (1952, 1965, 1966, 1966 e 1967) 5 – Vitória (1976, 1997, 1999, 2003 e 2010) 5 – Sport (1962, 1968, 1994, 2000, 2014) 4 – Fortaleza (1946, 1960, 1968 e 1970) 3 – Ceará (1964, 1969 e 2015) 2 – América-RN (1973 e 1998) 2 – Santa Cruz (1967 e 2016) 1 – Ypiranga (1951) 1 – Remo (1971) 1 – Sampaio Corrêa (1972) 1 – CRB (1975) 1 – Campinense (2016)
Por estado (geral, 38 títulos) 13 – Bahia 12 – Pernambuco 7 – Ceará 2 – Rio Grande do Norte 1 – Alagoas, Maranhão, Pará e Paraíba
Os campeões do Nordeste/Norte-Nordeste de 1968 a 2017 (oficiais, 17 títulos) 4 – Vitória (1997, 1999, 2003 e 2010) 4 – Sport (1968, 1994, 2000 2014) 3 – Bahia (2001, 2002 e 2017) 2 – Ceará (1969 e 2015) 1 – Fortaleza (1970) 1 – América-RN (1998) 1 – Campinense (2013) 1 – Santa Cruz (2016)
Por estado (oficiais, 17 títulos) 7 – Bahia 5 – Pernambuco 3 – Ceará 1 – Rio Grande do Norte e Paraíba
Observação 1: são 13 campeões considerando todos os torneios. Entre os oficiais, 8. Porém, se a lista considerar apenas a da ‘Copa do Nordeste’, o número cai para 7, excluindo o Fortaleza, campeão do Torneio N-NE de 70.
Observação 2: não entraram as edições da Taça Asa Branca, de 2016 (Ceará) e 2017 (Santa), devido ao caráter amistoso, numa disputa entre o campeão da Copa do Nordeste e um convidado de outra região. Naturalmente, o debate segue aberto – inclusive sobre a inclusão dessas competições.
Observação 3: caso você tenha chegado até aqui, a visão do blog sobre o imbróglio é a de que os clubes não precisam ‘converter’ as conquistas. Um título regional mantém o caráter, sem a necessidade de outro nome para tal.
A seguir, a lista de campeões e vices, torneio por torneio…
O Campeonato Pernambucano já teve inúmeros formatos, como pontos corridos, disputa de turnos e até supercampeonatos, com três times envolvidos na decisão. No entanto, em 2010 a competição passou a adotar uma fórmula fixa sobre a fase decisiva, com semifinal e final – embora a etapa classificatória tenha seguido com mudanças contínuas. Daí, a a cultura do ‘G4’, apelido dado à zona de classificação. Em 2018, a FPF ampliou o mata-mata, agora iniciado a partir das quartas de final (‘G8’). Aqui, portanto, um levantamento sobre todos os clubes que já terminaram entre os quatro melhores colocados – independentemente do regulamento. Em 103 edições contabilizadas, de 1915 a 2017, o trio de ferro aparece neste contexto em 283 oportunidades, o que corresponde a 68% do G4 – em termos de títulos a fatia dos grandes clubes é ainda maior, com as 91 taças, ou 88%.
Até hoje, sete clubes já levaram o título do futebol local, com 12 chegando ao menos ao vice-campeonato e 22 terminando pelo menos em 4º lugar. Ah, para este levantamento sobre a semifinal, foram somados os 3º e 4º lugares. E isso não significa exatamente a medalha de bronze, até porque em 2013 a federação criou a disputa oficial pelo 3º lugar, com o objetivo de definir as últimas vagas na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste – já asseguradas aos finalistas, claro. Em 2018, com a mudança no critério de classificação ao regional, o ‘bronze’ passou a valer apenas a vaga na copa nacional.
As quartas de final do Estadual de 2018 14/03 (20h00) – Central (2º lugar) x América (7º lugar) 14/03 (20h00) – Salgueiro (4º lugar) x Vitória (5º lugar) 14/03 (21h45) – Sport (3º lugar) x Santa Cruz (6º lugar) 18/03 (16h00) – Náutico (1º lugar) x Afogados (8º lugar)
Pitaco nas semifinais: Náutico x Vitória e Central x Sport. E na sua opinião?
Os sete clubes campeões pernambucanos entre 1915 e 2017:
Sport (101 participações) 41 títulos (40,5% sobre as participações) 23 vices 32 semifinais Entre os 2 melhores – 64 (63,3%) Entre os 4 melhores – 96 (95,0%)
Santa Cruz (103 participações) 29 títulos (28,1% sobre as participações) 30 vices 37 semifinais Entre os 2 melhores – 59 (57,2%) Entre os 4 melhores – 96 (93,2%)
Náutico (102 participações) 21 títulos (20,5% sobre as participações) 30 vices 40 semifinais Entre os 2 melhores – 51 (50,0%) Entre os 4 melhores – 91 (89,2%)
América (83 participações) 6 títulos (7,1% sobre as participações) 9 vices 20 semifinais Entre os 2 melhores – 15 (18,0%) Entre os 4 melhores – 35 (42,1%)
Torre (23 participações) 3 títulos (13,0% sobre as participações) 3 vices 9 semifinais Entre os 2 melhores – 6 (26,0%) Entre os 4 melhores – 15 (65,2%)
Tramways (8 participações) 2 títulos (25,0%) 1 vice 2 semifinais Entre os 2 melhores – 3 (37,5%) Entre os 4 melhores – 5 (62,5%)
Flamengo do Recife (32 participações) 1 título (3,1%) 0 vice 8 semifinais Entre os 2 melhores – 1 (3,1%) Entre os 4 melhores – 9 (28,1%)
Clubes que alcançaram no máximo o vice-campeonato:
Salgueiro (11 participações) 2 vices 5 semifinais Entre os 2 melhores – 2 (18,1%) Entre os 4 melhores – 7 (63,6%)
Porto (22 participações) 2 vices 5 semifinais Entre os 2 melhores – 2 (9,0%) Entre os 4 melhores – 7 (31,8%)
Central (56 participações) 1 vice 31 semifinais Entre os 2 melhores – 1 (1,7%) Entre os 4 melhores – 32 (57,1%)
Varzeano (4 participações) 1 vice 0 semifinal Entre os 2 melhores – 1 (25,0%) Entre os 4 melhores – 1 (25,0%)
Íris (9 participações) 1 vice 0 semifinal Entre os 2 melhores – 1 (11,1%) Entre os 4 melhores – 1 (11,1%)
Clubes que alcançaram no máximo a semifinal (3º/4º):
Vitória – 4 em 19 campanhas (21,0%) Ferroviário do Recife – 3 em 55 campanhas (5,4%) Ypiranga – 2 em 14 campanhas (14,2%) Manchete – 2 em 36 campanhas (5,5%) Itacuruba – 1 em 3 campanhas (33,3%) AGA – 1 em 4 campanhas (25,0%) Serrano – 1 em 6 campanhas (16,6%) Encruzilhada – 1 em 7 campanhas (14,2%) Auto Esporte – 1 em 8 campanhas (12,5%) Peres – 1 em 9 campanhas (11,1%)
Em um jogo marcado pela confusão, com uma ação desproporcional da polícia militar no setor de visitantes, resultando em dezenas de feridos, Sport e Santa Cruz quebraram o recorde de público do Estadual. Foram mais de 13 mil pessoas, superando o dobro do marca anterior – o que naturalmente depõe contra os números da competição, diga-se. Assim, a 11ª rodada do Pernambucano de 2018 teve a maior média: 3.329. A situação é tão curiosa – para baixo – que o leão assumiu o ranking de público mesmo com o rival tricolor tendo quatro dos cinco maiores públicos como mandante.
Ao fim desta primeira fase, a média foi de 1,7 mil, considerando pagantes e não pagantes, critério adotado pelo blog. Hoje, seria a pior desde que a federação passou a contabilizar essa estatística, há 29 anos. No entanto, há uma chance razoável de ficar superar o índice de 2.080, o tal recorde negativo estabelecido em 1997. A edição vigente precisa de pelo menos 39.320 torcedores girando as catracas nos nove jogos restantes – incluindo outro Clássico das Multidões e uma decisão em ida e volta. O blog volta a atualizar o quadro de público e renda após as quartas. Falando em arrecadação, vale lembrar que a FPF tem direito a 8% da renda bruta de qualquer jogo. Logo, já abocanhou R$ 113.499, superior à renda de 7 dos 11 clubes.
Abaixo, os rankings de público e renda, com ordem através das médias
Os 10 maiores públicos 13.218 – Sport 1 x 1 Santa Cruz (Ilha do Retiro, 07/03 – 11ª rodada) 6.015 – Santa Cruz 0 x 0 Náutico (Arruda, 17/02 – 7ª rodada) 4.292 – Santa Cruz 1 x 1 Vitória (Arruda, 18/01 – 1ª rodada) 4.090 – Santa Cruz 0 x 0 Pesqueira (Arruda, 25/02 – 9ª rodada) 4.035 – Santa Cruz 1 x 1 Central (Arruda, 25/01 – 3ª rodada) 3.724 – Sport 2 x 0 Pesqueira (Ilha do Retiro, 29/01 – 4ª rodada) 3.685 – Náutico 3 x 0 Sport (Arena PE, 24/01 – 3ª rodada) 3.601 – Central 1 x 1 Sport (Lacerdão, 03/02 – 5ª rodada) 3.563 – Santa Cruz 3 x 2 Belo Jardim (Arruda, 04/03 – 10ª rodada) 3.389 – Sport 2 x 0 Afogados (Ilha do Retiro, 20/01 – 2ª rodada)
A 11ª rodada do Pernambucano de 2018, realizada com todos os jogos no mesmo horário, registrou duas penalidades – e só. Ambas as marcações ocorreram no agreste. Em Belo Jardim, Jader (acima) abriu o placar o calango, que terminaria empatando e caindo. Perto dali, Leandro Costa (abaixo) também abriu o placar desa forma. Porém, a patativa venceu o seu jogo e encerrou bem o turno. Ao todo, 16 pênaltis foram marcados, média de 0,29 por jogo. Em relação às expulsões, com 17, o índice é de 0,31.
Como nas versões anteriores do ranking, o blog contabilizou apenas a fase classificatória. Embora seja necessário ficar de olho no trabalho da arbitragem a partir de agora, com os nove jogos programados para a fase decisiva.
Eis a atualização das listas levantadas pelo blog, após 55 partidas realizadas.
Pênaltis a favor (16) 3 pênaltis – Afogados e Náutico 2 pênaltis – América (perdeu 1), Belo Jardim (perdeu 1), Central e Vitória (perdeu 1) 1 pênalti – Salgueiro (perdeu 1) e Sport (perdeu 1) Sem penalidade – Flamengo, Pesqueira e Santa Cruz
Pênaltis cometidos (16) 3 pênaltis – Afogados (defendeu 1), América (defendeu 2) e Vitória 2 pênaltis – Belo Jardim (defendeu 1), Náutico e Salgueiro 1 pênalti – Central (defendeu 1) Sem penalidade – Flamengo, Pesqueira, Santa Cruz e Sport
O mata-mata foi instituído no Campeonato Pernambucano em 2010, excluindo a possibilidade de campeões por antecipação – como havia na disputa com turnos. Desde então, embora a fase classificatória tenha mudado bastante, no número de participantes e na quantidade jogos, sempre houve o G4, com semifinal e final. Em 2018, após deliberação no conselho arbitral, com os nove intermediários votando juntos, numa proposta diferente do trio de ferro, a fase foi ampliada. Pela primeira vez, o mata-mata começa nas quartas de final.
Após os 55 jogos da primeira fase, com oito dos onze clubes avançando, chegou a hora da disputa pelo título da 104ª edição. Para ser campeão, o clube terá que superar três fases, com quatro jogos em sequência. Vale lembrar que os três primeiros colocados, ao final da competição, garantem vaga na Copa do Brasil. Em relação ao Nordestão, apenas o campeão – as outras duas vagas locais serão definidas pelo Ranking da CBF.
Quartas de final* 14/03 (20h00) – Central (2º lugar) x América (7º lugar) 14/03 (20h00) – Salgueiro (4º lugar) x Vitória (5º lugar) 14/03 (21h45) – Sport (3º lugar) x Santa Cruz (6º lugar) – Globo 18/03 (16h00) – Náutico (1º lugar) x Afogados (8º lugar) – Globo * O mando de campo será definido pela melhor campanha na 1ª fase
Semifinal (datas: 17, 18, 24 ou 25 de março)* Náutico/Afogados x Salgueiro/Vitória Central/América x Sport/Santa Cruz * O mando de campo será definido pela melhor campanha na 1ª fase
Final (datas: 1 e 8 de abril)* Náutico/Afogados/Salgueiro/Vitória x Central/América/Sport/Santa Cruz * A única fase eliminatória em ida e volta. O segundo jogo será no campo do time com a melhor campanha na 1ª fase
Obs. Há disputa de 3º lugar, mas em jogo único, agendado para 31 de março, seguindo a mesma regra do mando a partir da melhor campanha na 1ª fase.
Todas as cinco partidas começaram às 21h45. Afinal, todos os onze times ainda tinham algo a disputar no turno do Campeonato Pernambucano de 2018, da liderança ao rebaixamento. Perto de meia-noite, após 13 gols marcados, com as redes balançando em todas os jogos, finalmente saiu a composição para a fase decisiva. Se o Náutico começou e terminou a rodada na liderança, o Sport caiu uma posição e o Santa subiu uma. E o Clássico das Multidões nas quartas foi confirmado do mesmo jeito, com 3º x 6º, em vez de 2º x 7º. Na última vaga do G8, o Mequinha não vacilou, empurrando Pesqueira e Belo Jardim para a Série A2 – desfalque grande na região agreste. Com a classificação definida, os oito times farão um cruzamento olímpico, com quartas, semi e final. Somente a decisão será disputada em ida e volta.
Em relação ao público, a média foi de 3.329 torcedores, a maior até aqui – embora baixíssima. Sobre a artilharia, Caxito (América) e Etinho (Afogados) terminaram a fase classificatória dividindo a liderança com 7 gols.
Sport 1 x 1 Santa Cruz – O jogo foi melhor no 1T, com o leão tendo mais ímpeto ofensivo. Após o seu gol, o tricolor voltou no 2T disposto a travar o jogo – e conseguiu. Um novo confronto não deve ter agradado ninguém
Belo Jardim 2 x 2 Náutico – O calango até tentou escapar da queda. Ficou em vantagem diante do líder em duas oportunidades. No entanto, teria caído mesmo vencido – rodada não ajudou. Apesar do tropeço, timbu líder
Central 2 x 1 Salgueiro – Leandro Costa marcou os gols da vitória alvinegra. Apesar da vice-liderança, o time ficou a um gol da ponta, num chave sem os grandes. Apesar do revés, o carcará se manteve no G4. Surpreendente
Vitória 0 x 2 Flamengo – O time de Arcoverde vinha ensaiando essa vitória em atuações equilibradas – contra Sport, Náutico e Santa, diga-se. Pois venceu justamente na derradeira rodada e se manteve na elite local
América 2 x 0 Pesqueira – Embora esquecido em Paulista, talvez tenha sido o jogo mais nervoso, com o visitante podendo cair ou se classificar. Caiu. Já no caso do Mequinha, valeu demais: classificação e vaga na Série D
Destaque – Leandro Costa. O atacante correspondeu à expectativa de principal contratação do Central. Com os 2 gols na noite, chegou a 5 no PE
Carcaça – Despreparo da PM. A reação na geral do placar, para conter um sinalizador, provocou um dano muito maior, com 60 tricolores feridos
As quartas de final 14/03 (20h00) – Central (2º lugar) x América (7º lugar) 14/03 (20h00) – Salgueiro (4º lugar) x Vitória (5º lugar) 14/03 (21h45) – Sport (3º lugar) x Santa Cruz (6º lugar) – Globo 18/03 (16h00) – Náutico (1º lugar) x Afogados (8º lugar) – Globo
A classificação final do turno (verde = quartas; vermelho = descenso).
No duelo entre o líder e o lanterna, o Náutico queria manter a posição, com todas as vantagens em termos de mando no mata-mata, enquanto o Belo Jardim dava a última cartada contra o descenso. Empate em 2 x 2 e situações mantidas. Embora tenha treinado com algumas formações alternativas, Roberto Fernandes colocou a linha de frente principal, com Wallace e Ortigoza – isso mesmo, lado a lado. Não havia motivo pra deixar a liderança em xeque. E os dois seriam importantes na noite no agreste, no primeiro jogo do calango no Mendonção – até então, perambulava em Pesqueira e Caruaru.
Na partida, o Náutico teve que reagir duas vezes, ambas na bola aérea. O primeiro gol da rodada cheia do Estadual saiu justamente lá, aos 5 minutos. E foi do mandante. O árbitro Gleydson Ferreira Leite enxergou um corte na bola com o braço de Breno Calixto. Na cobrança de pênalti, Jader – que havia marcado no domingo, no Arruda – voltou a balançar as redes.
A vantagem do calango durou apenas oito minutos, com o paraguaio Ortigoza escorando de cabeça – foi o 3º gol do jogador na temporada, somando todas as competições. Num primeiro tempo movimentado, Luan, ainda colocaria o alviverde outra vez à frente. No segundo tempo, num jogo mais amarrado, Wallace Pernambucano aproveitou uma desatenção num cruzamento para, livre, completar para o gol. Embora não tenha tenha vencido, o timbu conseguiu segurar a liderança, tendo agora o Afogados nas quartas de final. Quanto ao Belo Jardim, um rebaixamento diante da esteia de sua torcida.
Belo Jardim x Náutico (todos os mandos) 10 jogos 7 vitórias alvirrubras (70,10%) 2 empates (20,0%) 1 vitória alviverde (10,0%)
Após a realização da 10ª rodada do Pernambucano de 2018, a média de público voltou a cair. Também pudera, foram apenas 8.011 espectadores contabilizados nos jogos – incluindo os dois adiados da 8ª rodada. Assim, com 50 partidas disputadas desde janeiro, o índice do futebol local está em 1,5 mil – hoje, seria o pior desde que a federação passou a contabilizar essa estatística, em 1990. Seis clubes já disputaram os cinco jogos na condição de mandante, com o Santa tendo melhor desempenho, ainda assim pra lá de modesto. E isso nem é proporcional de renda, pois o tricolor lidera o ranking de público e é apenas o 4º entre as bilheterias na competição. Ainda sobre grana, vale lembrar que a FPF tem direito a 8% da renda bruta de qualquer jogo. Logo, já abocanhou R$ 92.798, superior à renda de 6 dos 11 clubes.
Abaixo, os rankings de público e renda, com ordem através das médias
Os 10 maiores públicos 6.015 – Santa Cruz 0 x 0 Náutico (Arruda, 17/02 – 7ª rodada) 4.292 – Santa Cruz 1 x 1 Vitória (Arruda, 18/01 – 1ª rodada) 4.090 – Santa Cruz 0 x 0 Pesqueira (Arruda, 25/02 – 9ª rodada) 4.035 – Santa Cruz 1 x 1 Central (Arruda, 25/01 – 3ª rodada) 3.724 – Sport 2 x 0 Pesqueira (Ilha do Retiro, 29/01 – 4ª rodada) 3.685 – Náutico 3 x 0 Sport (Arena PE, 24/01 – 3ª rodada) 3.601 – Central 1 x 1 Sport (Lacerdão, 03/02 – 5ª rodada) 3.563 – Santa Cruz 3 x 2 Belo Jardim (Arruda, 04/03 – 10ª rodada) 3.389 – Sport 2 x 0 Afogados (Ilha do Retiro, 20/01 – 2ª rodada) 3.000 – Flamengo 0 x 0 Sport (Áureo Bradley, 17/01 – 1ª rodada)
Atualização (05/03): a FPF cedeu e colocou os cinco jogos no mesmo horário, às 21h45. Acertou. A seguir, entenda a polêmica com o post original.
“Todos os jogos da última rodada da primeira fase do Pernambucano A1 de 2018 deverão ocorrer simultaneamente, exceto os que não estiveram relacionados com situações de classificação para as fases seguintes”
Em itálico, o texto presente no artigo 24 do regulamento oficial do Estadual, válido, naturalmente, para a 11ª rodada, marcada para 7 de maço. Entretanto, apesar do trecho (registro acima), a tabela prevê algo diferente (abaixo).
Por uma questão de grade televisiva, o Clássico das Multidões começará às 21h45, com exibição na Globo Nordeste, quase duas horas depois do início das outras quatro partidas, às 20h. Embora já estejam classificados às quartas de final, Sport e Santa não aparecem como exceção, uma vez que buscam melhores colocações visando a composição do chaveamento – com mando de campo nas quartas e na semi para os times com as melhores campanhas.
Ou seja, na prática, rubro-negros e tricolores entram no gramado da Ilha sabendo exatamente quais os rivais possíveis para cada resultado no clássico. E exatamente por este motivo o artigo 24 foi elaborado pela FPF, embora a mesma federação não tenha cumprido a própria norma na competição.
O olhe que os onze clubes podem mudar de colocação nesta rodada…
Há tempo para a uniformização da rodada? Há. Seria justo? Bastante.