A Série B chegou a dez rodadas e encerrou a maratona de duas rodadas por semana – pausa nas “terça-feiras cheias”. E pela terceira rodada seguida, nenhuma vitória pernambucana. No sábado, à tarde, o Santa Cruz empatou com o Figueira, em seu primeiro jogo na Arena Pernambuco, de um total de cinco que o clube deve fazer neste Brasileiro. Com isso, o tricolor perdeu mais uma posição, terminando o dia em 8º lugar, a sua pior posição.
À noite, em Campinas, o Náutico perdeu do Guarani, aumentando a diferença em relação ao penúltimo colocado. Hoje lanterna, o timbu já está a sete pontos de diferença! Nesta 10ª rodada, troca de líderes, ambos alviverdes. O Bugre se aproveitou do empate do Juventude para tomar a ponta.
Resultados da 10ª rodada CRB 2 x 1 Paysandu Boa 2 x 1 ABC Criciúma 2 x 1 Paraná Luverdense 0 x 3 América Brasil 0 x 1 Internacional Goiás 0 x 2 Vila Nova Londrina 2 x 2 Juventude Ceará 3 x 0 Oeste Santa Cruz 1 x 1 Figueirense Guarani 2 x 1 Náutico
Balanço da 10ª rodada 5V dos mandantes (14 GP), 2E e 3V dos visitantes (13 GP)
Agenda da 11ª rodada 27/06 (19h15) – Juventude x Goiás (Alfredo Jaconi) 27/06 (21h30) – Figueirense x Londrina (Orlando Scarpelli) 30/06 (19h15) – Paysandu x Luverdense (Mangueirão) 30/06 (20h30) – Vila Nova x Criciúma (Olímpico) 30/06 (21h30) – Náutico x CRB (Arena Pernambuco) 01/07 (16h30) – Oeste x Santa Cruz (Arena Barueri) 01/07 (16h30) – Paraná x Ceará (Durival de Britto) 01/07 (16h30) – Internacional x Boa (Beira-Rio) 01/07 (19h00) – ABC x Guarani (Frasqueirão) 01/07 (19h00) – América x Brasil (Independência)
Qualquer lampejo de reação do Náutico nesta Série B, onde já entrou num buraco enorme, passa por um ajuste na ‘cozinha’. Hoje, é algo distante. Tanto na tabela, com apenas 6,7% de aproveitamento, quanto no rendimento do sistema defensivo. Em dez rodadas, o time foi o mais vazado, com 21 gols. Somando as falhas de posicionamento e postura, além da limitação técnica, chega-se a sete penalidades cometidas. O bizarro desempenho dentro da área – afobação, carrinhos, mão na bola, saída errada do goleiro etc – vai minando a campanha. Até porque algumas penalidades ainda vêm com “bônus”, como foi o caso da expulsão de Suelinton, em Campinas.
No Brinco de Ouro, o timbu somou a 8ª derrota diante do agora líder Guarani, numa noite com três pênaltis. Dois contra e um a favor, 2 x 1. O jogo seria difícil mesmo que a equipe estivesse bem ajustada, mas o que o deixou mais curioso foi o fato de o técnico alvirrubro, Beto Campos, ter escalado três zagueiros e três volantes. Ou seja, não basta colocar esse povo todo atrás da linha de bola. Sem qualidade e organização, as deficiências tendem a seguir em um campeonato em situação já dramática… Na lanterna.
Na 9ª rodada das Séries A e B, nenhuma vitória do Trio de Ferro. Na terça-feira, duas derrotas. Na Arena, o alvirrubro buscou o empate duas vezes, mas tomou o terceiro gol. No Independência, faltou fome de gol ao tricolor. Na noite seguinte, no mesmo estádio mineiro, um jogo bem mais movimentado, com o primeiro ponto do leão como visitante na elite deste ano. O podcast 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática, além de análises individuais. Ouça!
Nos balanços oficiais dos clubes brasileiros, uma missão costumeiramente complicada é o detalhamento das dívidas. Além da falta de precisão nos dados, ainda sem um modelo de relatório (que a CBF passará a exigir em 2019), os clubes costumam apresentar dados brutos. Ainda assim, a equipe do banco Itaú BBA analisou os balanços financeiros de 27 clubes em 2016, incluindo o Trio de Ferro. Ao todo, uma dívida de 6,2 bilhões (!), com 54,9% concentrado em impostos (haja Profut). Completam a lista dívidas bancárias (24,9%), com juros pesados, e dívidas operacionais (20,1%).
Abaixo, os comentários da equipe do banco sobre os clubes nordestinos presentes. Na sequência, o ranking de dívidas (em milhões de reais), numa compilação do estudo “Análise Econômico-Financeira dos Clubes do Futebol Brasileiro de 2017”, com o dado geral e quadro e quadro. Em alguns casos, a soma (bancária, operacional e impostos) não bate com o passivo, uma vez que entraram em ação recursos numa categoria chamada “disponibilidades”, como foi o caso do Bahia, com a venda de um terreno no último ano.
Bahia Todas essas movimentações teriam gerado impacto negativo (aumento) na dívida, mas houve entrada de R$ 12 milhões referentes à venda de um terreno e isso contribuu para que as dívidas fossem reduzidas. Desta forma, todas apresentaram queda, fato bastante positivo.
Náutico Vemos dívidas praticamente estáveis, o que foi positivo em mais um ano difícil.
Santa Cruz Positivamente, as dívidas bancárias foram zeradas, mas no lugar entraram recursos de terceiros, que na prática são dívidas. Não há esclarecimentos sobre isto. Dívida operacional em queda foi uma boa notícia, mas as dívidas com impostos cresceram bem. É preciso atenção nessa gestão, dado a pouca geração de caixa para fazer frente a estas dívidas.
Sport As dívidas cresceram, mas a bancária foi positivamente reduzida. O maior ofensor dese crescimento foi com impostos, cuja parte importante veio da correção do Profut.
Vitória Dívidas em forte queda, o que foi positivo. Bancárias e operacionais com queda expressiva e manutenção das dívidas com impostos. Além disso, manteve parte relevante das luvas em caixa, para uso em 2017.
O Ibope publicou a atualização das bases digitais dos clubes do país, somando os perfis oficiais nas redes sociais mais utilizadas no futebol. O levantamento de junho traz os 20 clubes da Série A e mais 20 clubes com os maiores quadros nas Séries B (13), C (4) e D (3). Além do quadro em cada plataforma, o percentual de avanço no semestre, No Nordeste, o Sport foi quem mais cresceu em volume, com 220 mil novos inscritos. Em termos percentuais, o Vitória teve o maior dado,com 12,8%, ou 179 mil inscritos.
Ao todo são dez nordestinos, com o rubro-negro à frente na soma geral. Das quatro redes quantificadas, o leão lidera em três, com o Baêa à frente no facebook, com 29 mil de diferença, a mesma margem de maio. Se no quadro nacional o Trio de Ferro aparece com o Sport em 12º, Santa em 22º e Náutico em 31º, no ranking regional as colocações são 1º, 5º e 9º, respectivamente.
Na briga pelo topo, o Corinthians vê a sua vantagem sobre o Fla cair mês a mês. Ambos já orbitam o patamar de 18 milhões de seguidores.
Diferença entre Corinthians (1º) e Flamengo (2º) 01/2017 – 1.008.259 pessoas 02/2017 – 879.730 pessoas (-12,7%) 03/2017 – 775.363 pessoas (-11,8%) 04/2017 – 704.300 pessoas (-10,0%)
05/2017 – 449.539 pessoas (-36,1%) 06/2017 – 352.891 pessoas (-21,4%)
Voltando ao cenário local, o Santa já começa a mirar o G4. Consolidado em 5º, o tricolor reduziu a diferença para o Vozão, de 164 mil para 129 mil. Já o Náutico, o único nordestino sem canal no youtube, segue atrás da dupla de Natal, com um crescimento muito abaixo dos rivais do Recife. A seguir, a evolução dos times da região a partir da lista levantada pelo Ibope-Repucom.
Os nordestinos com mais usuários nas redes e a evolução mensal 1º) Sport (2.723.157 seguidores) +54.426 (maior evolução no mês) 2º) Bahia (2.488.369) +51.123 3º) Vitória (1.572.406) +21.836 4º) Ceará (1.028.409) +6.923 5º) Santa Cruz (898.981) +41.739 6º) Fortaleza (841.884) +3.808 7º) América-RN (385.591) +2.752 8º) ABC (377.249) +3.048 9º) Náutico (359.110) +2.191 10º) CRB (237.426) +3.519
Uma equipe do Banco Itaú BBA produziu o estudo Análise Econômico-Financeira dos Clubes do Futebol Brasileiro de 2017, a nova versão do raio x atualizado há oito anos. O relatório conta com 27 times, incluindo o Trio de Ferro do Recife. Considerando faturamento absoluto em 2016, foram R$ 4,35 bilhões, num aumento de 20% sobre o ano anterior. Montante dividido em cotas de tevê (48,8%), bilheteria e sócios (13,9%), publicidade e patrocínio (12,6%), transações de atletas (11,9%), estádio (4,9%) e outras fontes (7,6%).
Todos os números foram colhidos nos balanços oficiais dos clubes, divulgados em abril deste ano. Além de “traduzir” as cifras, até porque os documentos não seguem um padrão (de informação), os especialistas deram o aval sobre a situação de cada um, projetando cenários em médio e longo prazo. Entre as equipes, cinco do Nordeste, Bahia, Náutico, Santa, Sport e Vitória. Abaixo, as conclusões sobre os times da região, além da íntegra do levantamento.
Bahia (da página 58 a 62) Colocando a casa em ordem
Operacionalmente conseguiu aumentar suas receitas, reduziu custos e despesas e assim gerou mais caixa, de forma consistente. Fez investimentos corretos, liquidou dívidas, aderiu ao Profut. O desafio agora é manter esta política de austeridade sem ter sucesso esportivo. Mas a persistência e paciência andam juntos com processos de ajuste, pois o resultado aparece apenas no longo prazo. Um clube saudável, equilibrado, tem mais chances de permanecer por mais tempo disputando a Série A.
Mais um ano complicado para o Náutico. Difícil se organizar quando não se aplica em mente a necessidade de manter custos compatíveis com as receitas. O clube vai além de suas possibilidades, mas ainda assim não obteve sucesso esportivo, conforme vemos no Índice de Eficiência. Ou seja, não está funcionando e não está ajudando o clube a ter um futuro mais tranquilo. Atenção aqui é fundamental. E cuidado também.
Santa Cruz (da página 143 a 147) Efeito bumerangue
O bom desempenho em 2015, com o retorno à Série A gastando pouco, não foi mantido em 2016. O Santa Cruz gastou mais para tentar se manter, mas não obteve o resultado esportivo esperado. Clube regional tem desafios como este, e o ano da volta é sempre de alto risco. É preciso ter cuidado na gestão para se fortalecer e, quando voltar, estar mais firme.
Gestão bem organizada do Sport. Conseguiu controlar os custos mesmo num ano de investimentos vultosos. Infelizmente há pouco detalhamento para entrar mais a fundo nos números do Leão. Mas o que vemos é positivo, e coloca o clube numa condição de solidez que permitirá permanência na Série A, desde que a gestão esportiva seja bem feita.
Contou muito com a ajuda das luvas para fechar o ano de 2016 em paz. No operacional trabalhou além das possibilidades, mas fez bom uso do recurso adicional, diferente de quase todos os outros clubes. Precisa agora fazer boa gestão esportiva e garantir sustentabilidade. O desempenho foi melhor em 2016, como mostra o Índice de Eficiência. Os sinais são positivos para o Vitória.
Confira o Índice de Eficiência do Futebol, criado pelo banco, clicando aqui.
Uma equipe de profissionais do Banco Itaú BBA realizou um relatório sobre as finanças de 27 clubes brasileiros, incluindo o trio recifense. No estudo há a atualização do “Índice de Eficiência do Futebol”, rankeando os resultados das gestões, a partir do cruzamento dos desempenhos esportivo (colocações nos campeonatos disputados) e financeiro (custos, investimentos e despesas).
Confira o gráfico em uma resolução maior clicando aqui.
Os resultados foram divididos em seis categorias (detalhes abaixo), de eficiente a perdulário. Entre os locais, acredite, o Náutico foi o melhor, com “bom trabalho”. Na visão do blog, isso ocorreu devido a uma falha no critério, pois a permanência na Série B (caso do alvirrubro) e até mesmo a queda à Série C (caso do Joinville) não geram punições, como ocorre no descenso da elite (-15). Já o Santa aparece na categoria “Não deu”, com outros rebaixados. Entretanto, a pontuação coral deveria ter sido maior. Em 2016 foram dois títulos, Estadual e Nordestão, ambos com 10 pontos segundo o índice. Logo, descontando a queda, deveria ter +5, e não -5. Porém, sem explicação, o regional foi excluído da tabela de pontuação. Enquanto isso, o Sport manteve a pontuação zerada. Nem levantou taça nem caiu. Contudo, devido à receita recorde no ano (R$ 121 mi), o gasto excessivo sem maiores resultados derrubou o clube de “bom trabalho” para “deixou a desejar”.
O clube mais eficaz no ano foi o Palmeiras, mesmo gastando mais que o campeão brasileiro anterior, o Corinthians (3,64 mi x 2,22 mi/ponto). E a gestão menos eficiente, segundo o Itaú, foi a do Inter, o único “perdulário” no ano – na lista anterior havia sido o Vasco. Também pudera. Apensar da receita de R$ 212 milhões, a 10ª maior do país, o colorado acabou no Z4, sendo rebaixado pela primeira vez em sua história. Na relação dinheiro/pontuação, cerca de R$ 3 milhões por cada ponto conquistado, sem sucesso.
Eficientes São os que conseguiram mais conquistas gastando menos por ponto. Eficiência é conseguir resultados ao menor custo.
Eficazes São os que conseguiram mais conquistas gastando mais por ponto. O resultado veio, mas a um custo excessivo
Bom trabalho Gastaram relativamente pouco e apesar de não conquistarem nada, permaneceram em suas Séries
Deixaram a desejar Estes também permaneceram em suas Séries, mas gastando muito mais. Ou seja, o gasto foi improdutivo.
Não deu Gastaram pouco, era o possível, e o resultado não só não veio como o clube ainda foi rebaixado de Série
Perdulários Gastaram muito e o resultado ao final da temporada foi negativo. Pode até ter conquistado um título menor, mas o rebaixamento de Série pôs tudo a perder.
Terça-feira cheia na Série B com duas derrotas pernambucanas. Numa rodada em que apenas um mandante venceu, pior para o Santa Cruz, derrotado pelo América Mineiro em Belo Horizonte. Com isso, o tricolor saiu do G4, caindo do 4º para o 7º lugar. Na Arena Pernambuco, numa partida de muitos erros, o Náutico perdeu do Goiás, chegando a sete derrotas na competição. Na lanterna, o timbu já está seis pontos atrás do penúltimo, o Figueirense, num situação já difícil de reverter. Nesta 9ª rodada caiu o último invicto. Jogando em casa, o líder Juventude perdeu o clássico do interior gaúcho para o Brasil de Pelotas, que subiu na tabela.
Resultados da 9ª rodada Juventude 1 x 2 Brasil América 1 x 0 Santa Cruz Náutico 2 x 3 Goiás ABC 1 x 3 CRB Figueirense 2 x 3 Luverdense Londrina 0 x 1 Criciúma Paysandu 0 x 0 Boa Internacional 0 x 0 Paraná Guarani 0 x 0 Oeste Vila Nova 1 x 1 Ceará
Balanço da 9ª rodada 1V dos mandantes (8 GP), 4E e 5V dos visitantes (13 GP)
Agenda da 10ª rodada 23/06 (19h15) – CRB x Paysandu (Rei Pelé) 23/06 (20h30) – Boa x ABC (Dilzon Melo) 23/06 (21h30) – Criciúma x Paraná (Heriberto Hülse) 23/06 (21h30) – Luverdense x América (Passo das Emas) 24/06 (16h30) – Brasil x Internacional (Bento FreitaS) 24/06 (16h30) – Goiás x Vila Nova (Serra Dourada) 24/06 (16h30) – Londrina x Juventude (Estádio do Café) 24/06 (16h30) – Ceará x Oeste (Presidente Vargas) 24/06 (16h30) – Santa Cruz x Figueirense (Arena Pernambuco) 24/06 (19h00) – Guarani x Náutico (Brinco de Ouro)
Em 2007, a segunda divisão pernambucana foi vencida pelo Salgueiro, numa final contra o Sete de Setembro, no Gigante do Agreste. Entretanto, o torneio acabou na justiça, com Petrolina e Centro Limoeirense, eliminados na semi, pleiteando as duas vagas. O presidente da FPF na época, Carlos Alberto Oliveira, tomou uma decisão sui generis. O dirigente promoveu o acesso dos quatro clubes, inchando a primeira divisão, que a partir de 2008 teria 12 clubes, apertando como nunca o calendário. Embora a federação tivesse sinalizado posteriormente, já sob comando de Evandro Carvalho, que o ideal era reduzir, emperrou na vontade dos clubes, contra a queda de quatro times.
Ao menos esta era a versão da entidade, que realizou dez edições sem mexer na lista de participantes. Mas, até que enfim, o cenário deverá mudar. Para isso, em vez de ampliar o número de rebaixados, a FPF irá reduzir o acesso. Ao blog, o diretor de competições da FPF, Murilo Falcão, confirmou que a segunda divisão estadual de 2017, a “Série A2”, só irá promover o campeão, numa decisão administrativa já comunicada aos clubes – são 14 interessados na disputa. De 1995 a 2016, os dois melhores colocados sempre subiram. Logo, o objetivo é reduzir o tamanho da elite, de onde caíram dois, Serra Talhada e Atlético Pernambucano. Conforme preza o Estatuto do Torcedor, o regulamento irá vigorar por duas temporadas. Ou seja, uma redução paulatina na primeirona, com 11 clubes em 2018 e 10 clubes em 2019.
Hoje, o calendário oficial da CBF disponibiliza 14 datas para os estaduais do Nordeste, que tem, paralelamente, a Copa do Nordeste de fevereiro a maio. Com menos clubes, espera-se que a competição local adote um novo regulamento – a ser decidido no conselho arbitral em novembro -, deixando de lado o insosso (e previsível) hexagonal do título. E ainda há a possibilidade de uma extensão da redução, até 2020, chegando a 9 clubes. Número ímpar? Sim, pois, segundo federação, possibilitaria a realização de triangulares, com o Trio de Ferro como cabeça de chave. A conferir.
Abaixo, a movimentação de participantes no Pernambucano…
Entre os clubes que subiram, um asterisco em 1995, com o Sete de Setembro. O campeão da segundona pediu licença antes da estadual de 1996.
O Náutico tem, de longe, a defesa mais vazada da Série B. Em nove rodadas, já sofreu 19 gols, num desempenho refletido na campanha, sendo o único time que ainda não venceu. Contra o Goiás, mais uma noite de corredores abertos nas laterais, zaga mal posicionada e goleiro sem tanta efetividade.
O time foi vazado logo no primeiro minuto da partida, num cruzamento concluído por Carlos Eduardo, livre na área. Apesar do péssimo cenário, o time, estreando o técnico Beto Campos, reagiu. Com o ataque formado por Gilmar (esquerda), Vinícius (centralizado) e Erick (direita), as oportunidades surgiram. A primeira aos 26, num pênalti desperdiçado por Gilmar. Pouco depois, em outra jogada pela ponta, gol contra de Everton Sena (aquele mesmo). O timbu seguiu melhor na volta do intervalo, criando e pressionando. Até tomar o segundo gol de um adversário mais tranquilo – tanto em qualidade quanto na tabela. Embora tenha chegado outra vez ao empate, com Vinícius, recebendo passe de Gerônimo (acionado no lugar de Gilmar), a cobertura dos laterais foi lamentável, com outro gol de bola cruzada, aos 41 minutos, 2 x 3. Aí, sem reação, com o visitante até acertando a trave duas vezes.
Ficou a sensação de que pode melhorar? Ofensivamente, sim. Insuficiente para o restante do Brasileiro, que pede uma defesa confiável. Até porque, num levantamento considerando as nove primeiras rodadas, o quadro já é crítico. Com dois pontos, tem a pior pontuação neste recorte. Dos onze lanternas anteriores neste recorte, seis seguiram na posição ao fim da competição e apenas três clubes escaparam do Z4, com Lusa, Vila Nova e ABC somando 37, 42 e 43 pontos nas 29 rodadas seguintes, respectivamente.
O lanterna da Série B após 9 rodadas (e a situação após a 38ª) 2006 – 8 pontos, Portuguesa (14º, 45 pts) 2007 – 6 pontos, Ituano (20º, 33 pts) 2008 – 5 pontos, CRB (20º, 24 pts) 2009 – 3 pontos, Campinense (19º, 37 pts) 2010 – 4 pontos, Vila Nova (16º, 46 pts) 2011 – 3 pontos, Duque de Caxias (20º, 17 pts) 2012 – 2 pontos, Barueri (20º, 30 pts) 2013 – 3 pontos, ABC (14º, 46 pts) 2014 – 2 pontos, Vila Nova (19º, 32 pts) 2015 – 3 pontos, Mogi Mirim (20º, 23 pts) 2016 – 4 pontos, Sampaio Corrêa (20º, 27 pts) 2017 – 2 pontos, Náutico