Trilogia do boca-suja

Como era de se esperar, um desconhecido torcedor do Petrolina, já popular no Youtube, também recebeu com “educação” o time do Santa Cruz no estádio Paulo de Souza.

Assim como já havia feito nas partidas contra Sport e Náutico, o tal torcedor se projetou na entrada do vestiário dos visitantes e xingou sem parar.

Boca-suja tanto na recepção das equipes quanto nas despedidas.

Agora, a trilogia está completa, ainda que o episódio mais engraçado tenha sido justamente o primeiro, assim como acontece na maioria das trilogias, diga-se…

Sobre o torcedor, cujo rosto não aparece nenhuma vez, uma dica: todos os seis vídeos foram postados no Youtube pelo perfil “Brunobuk” (confira AQUI).

Curiosidade: apesar da pressão do torcedor, o time do Petrolina somou apenas um dos nove pontos disputados em casa contra os grandes nesta temporada.

Assista abaixo aos vídeos com a recepção de tricolores, alvirrubros e rubro-negros.

Petrolina 0 x 3 Santa Cruz (veja o vídeo da despedida AQUI)

Petrolina 0 x 1 Náutico (veja a despedida AQUI)

Petrolina 1 x 1 Sport (veja a despedida AQUI)

Pós-carnaval, Fifa escolhe campos no Recife para 2014

Comitiva da Fifa avalia centros de treinamento em Manaus, na última visita antes do Recife. Foto: Fifa/divulgação

Domingo, dia 13 de março.

O primeiro fim de semana após o carnaval poderá até ser de descanso paa muita gente, mas para o comitê pernambucano da Copa do Mundo de 2014 será um período decisivo.

Uma comitiva da Fifa formada por seis pessoas vai desembarcar no Recife para realizar a vistoria local para a escolha dos Campos Oficiais de Treinamento (COT) do Mundial.

São técnicos como esses da foto acima, durante a visita em Manaus (veja AQUI).

Isolados do contato com a imprensa e reticentes até mesmo a diretores de clubes.

Das 12 subsedes, nove já foram visitadas. Ao todo, os integrantes da Fifa vistoriaram 52 locais que poderão servir como COT no Mundial do Brasil. O número deverá chegar a 69.

Aqui, quatro locais estão agendados: Arruda, Ilha do Retiro, Aflitos e Ademir Cunha.

A lista ficou mais enxuta a pedido da própria entidade. Inicialmente eram 10 campos.

Os estádios escolhidos contam com os requisitos básicos: dimensões oficiais do campo (105m x 68m) e, sobretudo, capacidade para pelo menos 15 mil pessoas, uma vez que os treinos oficiais serão abertos, em eventos promocionais, na véspera dos jogos.

Mas não é só isso. A avaliação será minuciosa. Estrutura, localização, acesso e até o tipo da grama serão catalogados… São 15 ítens no questionário da Fifa.

Nos bastidores a disputa já é grande, pois apenas dois serão escolhidos!

Haja lobby para convencer os engomadinhos da Fifa durante a inspeção…

Quais são os dois estádios locais favoritos para a escolha da Fifa como COT?

“Voltei, blog”

Homem-aranha no bloco "Enquanto isso na Sala da Justiça", em Olinda, em 2011. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Fim do carnaval… Quatro dias sem postagens no blog.

Até porque quase ninguém estava conectado. Um pouco de festa o dia inteiro não faz mal não. Folga merecida do futebol, do esporte!

Mas estamos de volta… A quarta-feira ingrata, que sempre chega depressa, já reserva a abertura da 15ª rodada do Campeonato Pernambucano (veja AQUI).

Relembrando o futebol local, então:

O Náutico segue na liderança isolada, invicto há 11 jogos no Estadual e classificado à segunda fase da Copa do Brasil. De moral elevado para fomentar o seu sonho.

No Arruda, o Santa Cruz se mantém firme na zona de classificação do certame local, mas à espera do São Paulo no mata-mata nacional e da verba estruturadora.

Vermelho e preto, as cores da incerteza. O Sport e a sua aceleração moderada no ano. Eliminado de forma precoce na Copa do Brasil, mas finalmente no G4. Até quando?

O Tricolor continua com a maior média de público do PE2011, com 23.423 pessoas.

O Leão corre por fora, com a maior média do torneio sem os clássicos, de 21.228…

Araripina, Santa Cruz e Central foram os clubes com mais pênaltis a favor: 5

O Petrolina foi o time que mais cometeu infrações na grande área: 6

O Clube dos 13 segue se desmanchando… Lionel Messi continua jogando muita bola.

Globo e Record travam a maior batalha da TV que se tem notícia no Brasil.

O título brasileiro de 1987 segue dividido entre Sport e Flamengo e a CBF ainda não se pronunciou sobre a medida cautelar da Justiça Federal. Mudará algo mesmo?

A Arena Pernambuco continua sem a assinatura de clubes do Recife para o “pós-2014”.

Ainda tem muita coisa para acontecer em 2011. Afinal, o ano só começa agora, né?

Caboclo de lança no carnaval pernambucano de 2011. Foto: Blenda Souto Maior/Diario de Pernambuco

Da arquibancada para as ladeiras

Carnaval

Quatro dias.

Deixe o futebol um pouco de lado, torcedor.

As cores do seu time seguem intactas.

Discussões, provocações, bate-papo… Tudo em outra atmosfera.

Hora de vestir as cores do seu bloco (blocos), de sair a procura de orquestras de frevo, de encontrar gente, de reencontrar… Hora de se divertir.

Sem o aperreio das arquibancadas de cimento, da superlotação.

Multidão, agora, só nas ladeiras de Olinda, sob sol forte, ou na noite do Recife Antigo.

Todos os ritmos, todas as raças, as crenças, todos os sorrisos.

Carnaval.

A pausa maior para o futebol de Pernambuco, onde o esporte realmente para por causa do período momesco, sem rivalidade.

Em outros cantos do país a bola até vai seguir rolando.

Aqui, as três torcidas vão se misturar… Durante quatro dias. Na paz.

Vetados nos estádios

Futebol e Cidadania. Imagem: Ministério Público de Pernambuco

Está publicado no site da CBF:

O Ministério Público de Pernambuco divulgou nesta quinta-feira a lista com os nomes dos torcedores afastados dos estádios de futebol pernambucanos.

Não há mais listas de outros estados no portal da Confederação Brasileira de Futebol…

Veja o ofício e os nomes dos torcedores clicando AQUI.

Ao todo, 76 pessoas foram notificadas. Além de multas em dinheiro, os torcedores sofreram uma pena com o afastamento dos estádios entre 90 e 120 dias.

Entre as infrações, o tipo de caso mais julgado foi o ato de ” Promover tumulto, praticar ou incitar violêncir ou invadir o campo”, com 51 casos desde fevereiro de 2009.

Demais infrações:

Lesão corporal leve
Exercício ilegal da profissão ou atividade
Atentado contra segurança contra outro meio de transporte
Atitude inconveniente
Adquirir, guardar ou transportar drogas sem autorização
Desacato

Você é a favor do afastamento de torcedores dos estádios como punição?

Penas de 90 a 120 dias para este tipo de infração são suficientes?

Próxima parada… Estação Bangu

Copa do Brasil 2011: Náutico 6x0 Trem/AP. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Nos trilhos…

Se no primeiro jogo o Náutico perdeu não só o voo para a Amazônia como o Trem, nesta quinta-feira o time alvirrubro acelerou para recuperar o bonde.

Sem espaços para zebras, o líder do Campeonato Pernambucano de 2011 arrasou o time amapaense na Copa do Brasil e garantiu um carnaval bem humorado em Rosa e Silva.

Goleada, classificação e gozação sobre o rival.

No primeiro jogo, o campo ruim teria sido o maior adversário da equipe pernambucana.

Após a derrota no Ampá, o técnico timbu, Roberto Fernandes, destacou que a maior qualidade técnica da equipe seria o grande diferencial nos Aflitos. Dito e feito…

Com apenas 35 minutos de bola rolando, o Trem descarrilhou. Rapidamente, Bruno Meneghel, duas vezes, e Airton, um lateral-esquerdo goleado, abriram uma larga vantagem, diante de 11.073 torcedores.

Na etapa final, a goleada continuou sendo desenhada, com muita facilidade, através de Ricardo Xaiver, Kieza e Sacconi. Diante da fragilidade, o triunfo incontestável: 6 x 0.

Com combustível, o “bonde sem freio” do Náutico chegará ao Rio de Janeiro.

No embalo do funk carioca, até a estação Bangu, em 16  de março. O vagão vermelho e branco tem tudo para seguir nos trilhos Brasil afora.

Na Linha Copa do Brasil, tranquilidade na locomotiva.

Na Linha Pernambuco, muitas paradas até o luxo…

Copa do Brasil 2011: Náutico 6x0 Trem/AP. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

“Uniforme discreto”

Camisa do São Paulo em 2011

Uniforme novo do São Paulo para a temporada 2011.

A camisa, produzida pela Reebok, ainda não foi confirmada pela diretoria tricolor, apesar da divulgação do padrão nos principais sites sobre o clube.

Porém, o que chama a atenção é a disposção do patrocinador master, oBMG.

Cada vez maior nas camisas, o logotipo do banco não colabora com a beleza dos uniformes. Já em relação às finanças, é mesmo a bola vez no futebol brasileiro…

O pior é que sempre quando um clube lança o uniforme aparece algum diretor do time ou da própria fornecedora de material esportivo para soltar pérolas como “Optamos por uma camisa mais sóbria”.

Sóbria? Discreta?! Não mesmo…

Confira um post sobre o grande número de clubes patrocinados pelo BMG clicando AQUI.

A contribuição para o luxo

Ao torcedor do Náutico, líder isolado do Campeonato Pernambucano de 2011 e invicto na competição há 11 rodadas, vale o incentivo ao time.

Envie o seu vídeo para a campanha “Juntos pelo Timbu”, através do e-mail relacionamento@nautico-pe.com.br. Os melhores vídeos serão escolhidos pelo departamento de marketing do clube e exibidos aos jogadores antes das partidas.

É uma forma pra lá de válida para ajudar na luta pela manutenção do luxo sobre o hexa.

Confira abaixo o vídeo institucional da campanha.

Para acessar o hotsite especial “Juntos pelo Timbu”, clique AQUI.

Uma liga com critérios

Filme: De volta para o futuro

Liga de futebol.

O mais perto que o Brasil chegou disso foi em 1987, quando os critérios técnicos adotados pelo recém-criado Clube dos 13 colocaram em xeque para sempre aquele ano.

Para se ter uma ideia do que representaria aquela ação, basta dizer que a Premier League da Inglaterra, a mais rica do mundo, só foi criada cinco anos depois…

Negociações em bloco, captação de recursos, organização profissional, agilidade em reformas… Tudo para transformar o esporte (futebol) em entretenimento.

Agora, com o racha C-13/CBF/Globo/etc, o tema voltou com força. Como “solução”.

É impressionante a quantidade de gente que apura nos bastidores a criação desta liga já para 2012, mas que é incapaz de sequer questionar a sua validade…

Partindo de uma premissa: critérios técnicos. Difere de receita, torcida… Vale o campo!

Na composição da sua “Copa União” em 1987, o Clube dos 13 tentou enxugar uma competição de 48 clubes no ano anterior para apenas 16 competidores.

Entre eles não estavam, por exemplo, o Guarani, vice-campeão de 1986, e o América/RJ, semifinalista. Sabemos o desfecho deste episódio…

Então, vale o questionamento sobre o direito adquirido. Está no Estatuto do Torcedor.

Capítulo III (Regulamento da competição), artigo 10. Confira AQUI.

Liga com 16, 18, 20 clubes… Ok. Mas é a ferramenta de acessos e descenso em 2011?

Nesta temporada, vão cair quatro para a Segundona e de lá subirão outros quatro.

Se a tal liga tão citada nos bastidores surgir, ela passará por cima disso?

Se for, é melhor avisar logo aos 20 times da Série B, pois um campeonato nacional sem possibilidade de acesso à elite não demanda investimento algum. Neste ponto, Sport e Náutico estão entre as maiores folhas, diga-se, com R$ 1,2 milhão e R$ 800 mil.

O choque de informações chega a apontar uma competição com vagas por mercado, indicando, inclusive, uma “vaga” para Pernambuco. Ainda que ninguém suba.

Não faz sentido. Creio que torcedor algum quer seu clube entrando pela “janela”.

A favor da liga, mas desde que sejam respeitados todos os critérios de classificação.

Caso contrário, seja bem-vindo “1987”…

Onde o dinheiro (não) circula no futebol

Dinheiro no futebol brasileiro entre 2006 e 2009

O ano de 2006 foi o primeiro no Brasil em que a receita dos clubes com origem das verbas de televisão se tornou a maior fatia do orçamento no futebol.

Com 29%, a verba chegou a R$ 987 milhões, somando todas as cotas de todos os times. Um dado que deixa claro o quanto o futebol atual é dependente das cifras da TV.

Acima, um gráfico com a evolução com as seis formas de receitas dos times do país. O estudo foi produzido pela consultoria Parker Randall.

A empresa realiza a pesquisa desde 2003, quase nunca com a colaboração de Pernambuco. Durante todo esse tempo, os times locais só cederam os seus dados de faturamento uma vez, com o Náutico, em 2007.

Qual é o grande mistério para manter a receita no Recife guardada a sete chaves?

Confira a reportagem completa, assinada por Lucas Fitipaldi, clicando AQUI.