Podcast – Análise do empate do Santa Cruz e das derrotas de Náutico e Sport

Na 8ª rodada das Séries A e B, nenhuma vitória do Trio de Ferro. No sábado, dois jogos pela segundona. Num gramado em péssimas condições no Arruda, tricolores e colorados encontraram dificuldades para jogar bola. No interior mineiro, o timbu deu sequência à péssima campanha, já com reversão complicada. No domingo, o clássico entre os leões nordestinos, com atuação lamentável do pernambucano, sofrendo o primeiro revés como mandante. O podcast 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática, além de análises individuais. Ouça!

17/06 – Santa Cruz 0 x 0 Internacional (27 min)

17/06 – Boa 2 x 1 Náutico (30 min)

18/06 – Sport 1 x 3 Vitória (43 min)

Classificação da Série B 2017 – 8ª rodada

A classificação da 8ª rodada da Série B de 2017. Crédito: Superesportes

No Arruda, o Santa Cruz empatou com o Inter e se manteve no G4 da segunda divisão, deixando justamente o adversário colorada na colocação seguinte. Em Varginha, o Náutico perdeu do Boa Esporte e afundou na lanterna do Brasileiro, já com cinco pontos de diferença sobre o penúltimo colocado. Após oito rodadas, o líder Juventude é o único invicto e o timbu é o único time sem vitória. Na próxima rodada, mais uma “terça-feira cheia”.

Resultados da 7ª rodada
Criciúma 3 x 2 Guarani
Ceará 1 x 1 Luverdense
Paraná 1 x 0 Figueirense
Goiás 1 x 2 ABC
Santa Cruz 0 x 0 Internacional
Boa 2 x 1 Náutico
Paysandu 0 x 0 Juventude
CRB 0 x 3 Londrina
Brasil 3 x 0 Vila Nova
Oeste 0 x 0 América 

Balanço da 7ª rodada
4V dos mandantes (11 GP), 4E e 2V dos visitantes (9 GP)

Agenda da 8ª rodada
20/06 (19h15) – Náutico x Goiás (Arena Pernambuco)
20/06 (19h15) – Juventude x Brasil (Alfredo Jaconi)
20/06 (19h15) – América x Santa Cruz (Independência)
20/06 (20h30) – ABC x CRB (Frasqueirão)
20/06 (20h30) – Figueirense x Luverdense (Orlando Scarpelli)
20/06 (20h30) – Londrina x Criciúma (Estádio do Café)
20/06 (20h30) – Paysandu x Boa (Curuzu)
20/06 (21h30) – Vila Nova x Ceará (Serra Dourada)
20/06 (21h30) – Guarani x Oeste (Brinco de Ouro)
20/06 (21h30) – Internacional x Paraná (Beira-Rio)

Náutico perde mais uma vez de virada, agora para o Boa, e afunda na Série B

Série B 2017, 8ª rodada: Boa 2 x 1 Náutico. Foto: Premiere(reprodução)

Em 24 pontos disputados, o Náutico somou apenas 2. Além dos dois empates, perdeu seis vezes. Hoje, é o único time que ainda não venceu na Série B, afundando na zona de rebaixamento, numa situação já difícil de reverter.

Em Varginha, sob comando interino de Levi Gomes, mais um revés. Outra vez de virada. Se contra o Paraná o segundo gol saiu nos descontos, contra o Boa o resultado também veio de forma dura, com dois gols seguidos no finzinho do primeiro tempo. Após o gol de Aislan, escorando o escanteio cobrado por Giovanni, o time pernambucano cometeu falhas grotescas. Como exemplo, o pênalti aos 42, ‘iniciado’ por Joazi e cometido por Tiago Cardoso. Bizarro. Na sequência, aos 44, um golaço de Rodolfo. O 2 x 1 seria definitivo, tamanha fragilidade do visitante, cuja melhor chance saiu dos pés do estreante Gilmar.

Com isso, o timbu volta ao Recife com apenas 8,3% de aproveitamento no Brasileiro, em seu pior início desde que o formato de 38 rodadas foi implantado. Por sinal, num levantamento considerando as oito primeiras rodadas, o quadro já é muito preocupante. Dos onze lanternas anteriores neste recorte, seis seguiram na posição ao fim da competição e apenas dois clubes escaparam do Z4, com Vila Nova e ABC somando 43 e 44 pontos nas trinta rodadas seguintes, respectivamente. Complicado imaginar uma reação semelhante com o alvirrubro. Boa sorte ao novo técnico, Beto Campos.

O lanterna da Série B após 8 rodadas (e a situação após a 38ª)
2006 – 7 pontos, Vila Nova (20º 42 pts)
2007 – 6 pontos, Ituano (20º, 33 pts)
2008 – 5 pontos, CRB (20º, 24 pts)
2009 – 3 pontos, Campinense (19º, 37 pts)
2010 – 3 pontos, Vila Nova (16º, 46 pts)
2011 – 3 pontos, Duque de Caxias (20º, 17 pts)
2012 – 2 pontos, Barueri (20º, 30 pts)
2013 – 2 pontos, ABC (14º, 46 pts)
2014 – 1 ponto, Vila Nova (19º, 32 pts)
2015 – 3 pontos, Mogi Mirim (20º, 23 pts)
2016 – 3 pontos, Tupi (19º, 30 pts)
2017 – 2 pontos, Náutico

Série B 2017, 8ª rodada: Boa 2 x 1 Náutico. Foto: Premiere(reprodução)

Os 100 anos do estádio dos Aflitos

Campo dos Aflitos em 1926. Foto: robertoblogdo.blogsopt.com

O Estádio dos Aflitos completa um século de história em 2017. Trata-se de um ícone do futebol pernambucano, onde foram realizadas mais de 3 mil partidas, segundo dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro. E olhe que 41% dos jogos não teve o Náutico em campo, com os rivais presentes durante muito tempo. Abaixo, um resumo em cada década, com as transformações do local, de campo a estádio, da posse da antiga liga ao claro sinônimo de Náutico.

Desempenho do Náutico nos Aflitos
1.768 jogos*
1.138 vitórias (64,37%)
336 empates (19,00%)
294 derrotas (16,62%)
70,7% de aproveitamento
* Competições oficiais e amistosos

Os clubes que mais atuaram nos Aflitos
1.768  Náutico
540  Santa Cruz
412  Sport

As 15 finais do Campeonato Pernambucano nos Aflitos
7 títulos – Náutico (1950, 1951, 1960, 1963, 1966, 1968 e 1974)
5 títulos – Sport (1917, 1949, 1953, 1955 e 1975)
3 títulos – Santa Cruz (1947, 1959, 1969)

Década de 1910
Em 1917, a Liga Sportiva Pernambucana, atual FPF, arrendou um terreno no bairro dos Aflitos, junto ao empresário Frederico Lundgren, com o objetivo de construir um campo de futebol. Estrutura simples, com a cancha murada e cercada por árvores. A entidade pretendia utilizá-lo nos jogos oficiais do campeonato estadual, com as 29 partidas daquela edição disputadas por lá. A primeira em 8 de abril, Sport 4 x 1 Paulista. Na decisão, um Clássico das Multidões (ainda sem esse apelido), com Sport 3 x 1 Santa. No ano seguinte à inauguração da cancha, a Liga desistiu do terreno e o Náutico prontamente assumiu os custos do arrendamento. Pagou 250 mil réis por quatro anos.

Década de 1920
O Náutico passou a ser o dono definitivo do campo em 1921, dando início às primeiras melhorias, incluindo a entrada da sede. A foto mais antiga data de 1926 (acima), ano do título do Torre, o único clube à parte do Trio de Ferro levantar a taça no local. Num torneio de pontos corridos com oito times, o “Madeira Rubra” sagrou-se campeão ganhando do Náutico na última rodada.

Náutico nos Aflitos: Bizu, final do Estadual de 1968 contra o Sport, final do Estadual de 1974 contra o Santa Cruz e Lala em 1968. Crédito: Arquivo/DP

Década de 1930
De campo a estádio. Começando pela mudança da posição do campo, com as barras saindo do sentido leste/oeste para o norte/sul, mantido até hoje. Surgiram também os primeiros degraus da arquibancada, apenas três, com a reabertura do local, já com status de “estádio”, em 25 de junho de 1939. Na ocasião, goleada alvirrubra por 5 x 2 sobre o Sport. Gols de Wlson (2), Bermudes, Celso e Fernando Carvalheira.

Década de 1940
O estádio dos Aflitos ganhou um sistema de iluminação em 19 de junho de 1941. Curiosamente, em um jogo que não envolveu o Náutico, Great Western 2 x 2 Flamengo do Recife. Na época, começou também a construção das sociais e cadeiras, uma estrutura ainda existente. Um jogo marcante na década ocorreu em 1º de julho de 1945, com a maior goleada da história do futebol local, Náutico 21 x 3 Flamengo. Tará balançou as redes nove vezes.

Década de 1950
O formato clássico dos Aflitos até meados dos anos 1990 foi finalizado na década de 1950, com a conclusão das arquibancadas e do antigo placar, conhecido como “Balança mas não cai” – um símbolo do futebol pernambucano. Além disso, foram construídos os túneis de acesso ao vestiário e colocados os primeiros alambrados. Época marcada por títulos, com o bicampeonato nos Aflitos em 50/51. O tri viria em plena Ilha do Retiro, ganhando os dois turnos. Em 1953, o estádio ganharia o nome de “Eládio de Barros Carvalho”, presidente do clube em 14 oportunidades, a primeira em 1948, quando incentivou a obra.

Década de 1960
A década dourada do Náutico, com o hexacampeonato estadual, boas campanhas na Taça Brasil, chegando à final, e participação na Libertadores. Nos Aflitos, a principal alteração foi construção das cabines de imprensa centrais. De lá, o registro audiovisual do recorde de público. Na decisão de 1968, no hexa, foram 31.061 torcedores espremidos assistindo in loco ao gol de Ramos, Náutico 1 x 0 Sport. O Recife acompanhou ao vivo na televisão.

Década de 1970
Dez anos sem grandes transformações. Com a inauguração do Arruda, em 1972, e a ampliação da Ilha, pouco antes, o Náutico jogou várias de suas principais partidas, no Estadual e no Brasileiro, nos campos rivais. Apesar disso, um jogo em especial aconteceu nos Aflitos, em 11 de dezembro de 1974. Náutico 1 x 0 Santa, com o 15º título pernambucano do timbu evitando o hexa tricolor. Ou seja, lá no Eládio nascia o bordão “Hexa é Luxo”.

Náutico nos Aflitos: Kuki no acesso à Série A em 2006, Acosta em 2007, Kieza no Brasileirão 2012 e acesso à Série A em 2011. Fotos: Ricardo Fernandes (2) e Gil Vicente, ambos do DP/D.A Press

Década de 1980
O Arruda estava novamente em obras, agora para a construção do anel superior. Paralelamente a isso, a direção timbu apresentou o “plano de expansão” dos Aflitos, em 28 de novembro de 1981. O estádio contaria com novas gerais, fosso, camarotes, cabines de imprensa e um novo lance de arquibancada no lugar do velho placar. Com isso, dobraria a capacidade, chegando a 50 mil lugares. “Não faremos dos Aflitos o maior estádio, mas o mais aconchegante”, frisou o então mandatário, Hélio Dias de Assis. Lendo assim, até parecia algo pequeno, mas seria um dos maiores estádios particulares do país. A obra não saiu, com o clube usando parte do recurso obtido no Bandepe para a reforma do calçamento na sede. Já os Aflitos virou praticamente um campo de treino, com apenas 140 partidas em dez anos.

Década de 1990
A segunda grande ampliação foi iniciada em 1996, com o aumento das arquibancadas laterais e central, tendo como consequência a demolição do “Balança mais não cai”. Um trabalho coordenado por Raphael Gazzaneo, que, de forma paulatina, foi arrecadando recursos junto à torcida para a construção de pequenos módulos num primeiro momento. Não por acaso, a obra duraria sete anos! Já em 1997, no quadrangular final da Série B, o estádio recebeu 28 mil torcedores para Náutico 0 x 2 América Mineiro.

Década de 2000
Em 2002, chegou ao fim o primeiro módulo da reforma, com a conclusão do anel inferior, com 22.856 lugares – já com a nova medição da Fifa, com 50 centímetros por pessoa. Anel inferior?! Isso mesmo, pois o projeto original de ampliação e modernização dos Aflitos previa uma capacidade de 34.050. A versão final, prevista até 2007, teria dois tobogãs cobertos e interligados por duas vigas metálicas. Ao todo, seriam 28.950 assentos no cimento, 4.500 cadeiras e 600 lugares nos camarotes, cuja venda dos espaços bancaria parte da obra. No período, o maior público foi na fatídica “Batalha dos Aflitos”.

Década de 2010
Com a Copa do Mundo no Brasil, proliferaram projetos de arenas de norte a sul. Na capital pernambucana foram nada menos que seis, incluindo a Arena Pernambuco, a única erguida. O próprio Náutico chegou a apresentar dois projetos de arena, deixando de lado a ampliação imaginada em 1996. Em 2013, o clube assinou um contrato de 30 anos para atuar na arena em São Lourenço. Com isso, parou até a manutenção dos Aflitos. Três anos depois, a rescisão unilateral do acordo por parte da Odebrecht, com o clube iniciando mais uma reforma em sua verdadeira casa, desta vez para obter os laudos básicos exigidos pela CBF – no último jogo, um amistoso com o Decisão, em 2015. Sonhando com o recomeço da centenária história em 2018…

Estádio dos Aflitos

Podcast – Vitória do Santa, empate do Sport e derrota do Náutico no Brasileiro

Na 7ª rodada das Séries A e B, resultados distintos no Trio de Ferro. Na terça, o primeiro a entrar em campo foi o alvirrubro, derrotado nos descontos. Acabou resultando na saída de Waldemar Lemos do comando técnico. Pouco depois, no Castelão, o tricolor virou o placar com mudanças ofensivas no time. Na quarta-feira, pela elite, o leão voltou a pontuar como mandante, mas ficou num placar em branco, no último jogo sem DS87, devido à Seleção. O podcast 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática, além de análises individuais. Ouça!

13/06 – Náutico 1 x 2 Paraná (41 min)

13/06 – Ceará 1 x 3 Santa Cruz (31 min)

14/06 – Sport 0 x 0 São Paulo (36 min)

Classificação da Série B 2017 – 7ª rodada

A classificação da 7ª rodada da Série A de 2017. Crédito: Superesportes

Em mais uma terça-feira cheia na Série B, uma derrota pernambucana, em casa, e uma vitória pernambucana, como visitante. Na Arena, o Náutico perdeu do Paraná com um gol nos descontos. Segue na lanterna, agora o único clube sem vitória. No Castelão, o Santa superou o Ceará com bela atuação na etapa complementar. Com isso, voltou ao G4, subindo do 7º para o 4º lugar. Tomou o lugar do Internacional, que empatou mais uma – não por acaso, os corais estão na frente pelo número de vitórias, 4 x 3.

Resultados da 7ª rodada
Náutico 1 x 2 Paraná
Guarani 2 x 0 Paysandu
Londrina 1 x 1 Oeste
Figueirense 2 x 2 Criciúma
Goiás 4 x 1 Boa
Juventude 3 x 0 ABC
CRB 1 x 2 Vila Nova
Ceará 1 x 3 Santa Cruz
América 1 x 1 Internacional
Luverdense 4 x 0 Brasil 

Balanço da 7ª rodada
4V dos mandantes (20 GP), 3E e 3V dos visitantes (12 GP)

Agenda da 8ª rodada
16/06 (19h15) – Criciúma x Guarani (Heriberto Hulse)
16/06 (20h30) – Ceará x Luverdense (Castelão)
16/06 (20h30) – Paraná x Figueirense (Durival de Britto)
16/06 (21h30) – Goiás x ABC (Serra Dourada)
17/06 (16h30) – Santa Cruz x Internacional (Arruda)
17/06 (16h30) – Boa x Náutico (Dilzon Melo)
17/06 (16h30) – Paysandu x Juventude (Mangueirão)
17/06 (16h30) – CRB x Londrina (Rei Pelé)
17/06 (19h00) – Brasil x Vila Nova (Bento Freitas)
17/06 (21h00) – Oeste x América (Arena Barueri)

Desarrumado, Náutico leva virada do Paraná nos descontos. Segue lanterna

Série B 2017, 7ª rodada: Náutico 1x2 Paraná. Foto: Peu Ricardo/DP

O calvário do Náutico permanece na Série B, isolado na última posição. De 21 pontos disputados, o time somou apenas dois, em empates como mandante. A vitória vem passando longo do alvirrubro, que parece não evoluir em termos de organização. De volta à Arena Pernambuco, contra o Paraná Clube, equipe até teve mais volume de jogo, mas foi afobada do início ao fim.

Embora tenha aberto o placar logo aos cinco minutos, a vantagem durou pouco, repetindo o cenário contra o Oeste. A dificuldade para marcar gols é imensa. Tanto que o tento pernambucano saiu numa trapalhada do goleiro Richard, que chutou mal, com a bola nos pés de Vinícius. Após a estreia no Beira-Rio, quando balançou as redes, o atacante voltou a marcar. Esse faro de gol talvez seja o único saldo positivo da noite – sobretudo numa comparação com os demais nomes à frente, como Esquerdinha, penteando demais a bola, e Alison, sem intimidade com o gol. De resto, um time que não troca três passes em direção ao gol adversário, abusando basicamente uma jogada: bola para Erick, de fato bem acima da média no elenco.

E mesmo Erick abusou, desperdiçando a melhor chance de desempatar no segundo tempo, já aos 42. Pior. Pouco depois, aos 46, saiu o segundo gol dos visitantes num contragolpe, 1 x 2. Aqui, vale a ressalva sobre Erick, que vive a sua primeira temporada profissional, já carregada de uma responsabilidade causada pelo colapso financeiro (e administrativo) do clube, com limitação em reforços. Uma consequência disso é de Waldemar Lemos. O técnico, que assumiu o time há pouco mais de um mês, não tem um bom histórico de organização tática. Seu papel parece mais associado ao de um bombeiro, trabalhando o psicológico do grupo. Até aqui, insuficiente. Envolto numa eleição antecipada, o Náutico precisa seguir olhando para 2017. Para o time e para o comando técnico. A péssima largada já compromete, desde já, 2018…

Série B 2017, 7ª rodada: Náutico 1x2 Paraná. Foto: Peu Ricardo/DP

Sport e Santa com 10 jogos na Arena PE em 2017. Agenda ainda longe da projeção

Torcidas de Sport, Náutico e Santa. Fotos: Diario de Pernambuco

A Arena Pernambuco foi concebida para receber os “20 principais jogos de Náutico, Santa Cruz e Sport”. Ou seja, 60 partidas por temporada, viabilizando o empreendimento. Ao menos era o que projetava o contrato de licitação para a parceria público-privada (feita e já desfeita). Em operação desde 2013, o estádio recebeu no máximo, em um ano, 43 jogos do Trio de Ferro, com quase 70% do calendário tomado pelos alvirrubros, de menor ocupação em comparação aos rivais (dados abaixo). Colaborou para o cenário adverso a má execução do transporte público, tendo como exemplo o metrô, que inicialmente receberia até 30% do público – estação a 2,5 km!. Não por acaso, entre outros motivos, a arena vem operando sistematicamente no vermelho. Buscando soluções, incluindo até um novo “Recifolia”, o governo do estado conseguiu negociar um pacote de jogos em 2017 com rubro-negros e tricolores, com cinco cada.

O contato foi feito entre o secretário de turismo, esporte e lazer, Felipe Carreras, e os presidentes dos clubes, Arnaldo Barros (Sport) e Alírio Moraes (Santa). A agenda ainda não foi definida, mas as partidas seriam pelas Séries A e B. Entre os corais, restam 16 jogos. Entre os leoninos, restariam 14 partidas (já desconsiderando São Paulo e Vitória), além da 2ª fase da Copa Sul-Americana.

Até hoje, a ocupação em São Lourenço não chega a 1/4 dos 46.214 lugares…

Balanço de jogos na Arena Pernambuco. Arte: Cassio Zirpoli/DP

* Projeção a partir dos jogos oficiais na temporada
** Pacote de jogos negociado em 12 junho

Confira abaixo os dados de público e renda de cada clube na arena.

Em 2016, a Arena Pernambuco registrou a pior média de público, pior taxa de ocupação, pior arrecadação, pior média de renda e pior tíquete médio. Apenas dois dados escaparam: número de jogos e público absoluto.

Balanço de público e renda do Trio de Ferro mandando seus jogos na Arena Pernambuco, de 2013 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Após a baixa em 2015, o Náutico melhorou um pouco em 2016. Para isso, contou a flexibilização no preço dos ingressos – após a saída da Odebrecht. Com setores promocionais, chegou a registrar três jogos com 25 mil torcedores, no embalo da campanha de recuperação, que quase culminou com acesso.

Balanço de público e renda do Náutico mandando seus jogos na Arena Pernambuco, de 2013 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Após mandar dez jogos em 2015, com rendas milionárias, o Sport atuou apenas três vezes em 2016. A primeira delas, contra o Flamengo teve uma renda de R$ 802 mil, a maior do ano entre clubes na arena. Por outro lado, disputou lá o seu primeiro Clássico das Multidões como mandante com apenas 6.570 pessoas.

Balanço de público e renda do Sport mandando seus jogos na Arena Pernambuco, de 2013 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O Santa segue como o grande clube pernambucano mais distante da arena. Em 2016 foram apenas duas partidas, repetindo o dado de 2015. Porém, o público presente foi menor, com 11.490 de diferença. Em seu primeiro Clássico das Multidões como mandante lá, pela Copa Sul-Americana, apenas 5.517 pessoas.

Balanço de público e renda do Santa Cruz mandando seus jogos na Arena Pernambuco, de 2013 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Podcast – Análise da derrotas de Santa, Náutico e Sport na 6ª rodada do Brasileiro

Foi a pior rodada do Campeonato Brasileiro para os clubes pernambucanos, até o momento. Três derrotas para o Trio de Ferro, com consequências. Na sexta-feira, o tricolor perdeu a primeira como mandante – e acabou demitindo o técnico no dia seguinte. No sábado, o alvirrubro foi derrotado no Beira-Rio, num jogo com quatro pênaltis, e voltou à lanterna. Pouco depois, já à noite, pela Série A, os leoninos zeraram outra vez como visitantes – já são três jogos assim. O 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática, além de análises individuais. Ouça!

09/06 – Santa Cruz 1 x 3 Londrina (45 min)

10/06 – Internacional 4 x 2 Náutico (18 min)

10/06 – Vasco 2 x 1 Sport (36 min)

Classificação da Série B 2017 – 6ª rodada

A classificação da 6ª rodada da Série B de 2017. Crédito: Superesportes

Tricolores e alvirrubros perderam nesta sexta rodada do Brasileiro e caíram na tabela de classificação. Na noite de sexta-feira, o Santa Cruz perdeu do Londrina, no primeiro revés no Arruda nesta edição. Com isso, caiu três posições, saindo do G4 para a 7º lugar. Na tarde do sábado, o Náutico foi derrotado pelo Internacional, em Porto Alegre, e voltou à lanterna, devido à primeira vitória do Criciúma. Agora, os times pernambucanos voltam a campo na próxima terça, juntamente aos outros 18 participantes, em mais uma “terça-feira cheia” na segundona.

Na ponta, o Juventude não só manteve a liderança como ampliou a vantagem, de 1 para 2 pontos. E o Inter enfim voltou ao G4. De vez?

Resultados da 6ª rodada
Criciúma 1 x 0 CRB
Vila Nova 2 x 0 América
Santa Cruz 1 x 3 Londrina
Paysandu 0 x 1 Goiás
Inter 4 x 2 Náutico
Boa 0 x 2 Juventude
Brasil 2 x 3 Ceará
Paraná 0 x 1 Guarani
ABC 2 x 2 Figueirense
Oeste 0 x 0 Luverdense 

Balanço da 6ª rodada
3V dos mandantes (12 GP), 2E e 5V dos visitantes (14 GP)

Agenda da 7ª rodada
13/06 (19h15) – Londrina x Oeste (Estádio do Café)
13/06 (19h15) – Guarani x Paysandu (Brinco de Ouro)
13/06 (19h15) – Náutico x Paraná (Arena Pernambuco)
13/06 (20h30) – CRB x Vila Nova (Rei Pelé)
13/06 (20h30) – Juventude x ABC (Alfredo Jaconi)
13/06 (20h30) – Goiás x Boa (Serra Dourada)
13/06 (20h30) – Figueirense x Criciúma (Orlando Scarpelli)
13/06 (21h30) – Ceará x Santa Cruz (Castelão)
13/06 (21h30) – América x Internacional (Independência)
13/06 (21h30) – Luverdense x Brasil (Arena Pantanal)