É bom prestar atenção

Curso de justiça desportiva, com Paulo SchmittQuem lembra de Paulo Schmitt? Os alvirrubros devem saber de cara quem é o cidadão. Trata-se de ninguém menos que o procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Pois o próprio estará no Recife nos próximos dias 30 e 31 de outubro para ministrar o curso “Justiça e Legislação Desportiva”, que acontecerá no auditório do Clube Fornecedores de Cana, na Imbiribeira. Schmitt já publicou 5 livros sobre o assunto.

Em 1º de junho deste ano, naquela confusão que o zagueiro botafoguense André Luiz se recusou a deixar o campo e acabou detido pela PM nos Aflitos, Schmitt denunciou o Náutico em 3 artigos do código brasileiro de justiça desportiva (CBJD). O Timbu precisou jogar 2 vezes no Arruda antes mesmo do julgamente.

Pois não é que o Náutico ainda acabou sendo absolvido depois…

Enfim, quem se interessar pelo curso pode entrar em contato pelo telefone 3222-4652. O evento está sendo promovido pelo diretório acadêmico de direito da Universo e pela Associação das Federações de Esportes Amadores de Pernambuco (Afeape).

Preços: R$ 70 (estudante) e R$ 150 (profissional).

Jogos Mortais

Se a briga pelo título está boa, a luta contra a degola está ainda mais emocionante. Tem tetracampeão brasileiro na lanterna (Vasco), atual vice-campeão lutando para escapar (Santos), candidato inicial a saco de pancadas mostrando uma raça incrível e surpreendendo a todos (Ipatinga)…

E no meio disso tudo, o Náutico presente mais uma vez. Não com tanta força quanto na reta final de 2007, mas com boas chances de permanecer na Série A, principalmente se fizer bem o seu dever em casa (serão 4 jogos). Segundo o site Chance de Gol, quem fizer 40 pontos (meta mínima estipulada pelo técnico Roberto Fernandes) ainda terá 36,9% de possibilidade de cair. Com 41, a situação muda bastante, caindo para apenas 13,7%.

Considerando que o Timbu conseguiu um ponto na Ilha (fora de casa), se ganhar os 10 que pretende obter nos Aflitos, a conta estará feita. Serão 8 rodadas mortais até o final do Brasileirão. Falando nisso, o 5º filme da cine-série Jogos Mortais (cartaz abaixo) irá estrear no próximo dia 24 de outubro. Já está ficando no estilo Sexta-Feira 13, “Parte XVI”. Confira abaixo as chances de rebaixamento na Série A.

Jogos Mortais 5Infobola
83% – Vasco (27 pontos)
82% – Ipatinga (28)
74% – Atlético-PR (28)
49% – Fluminense (31)
46% – Portuguesa (31)
39% – Náutico (31)
19% – Figueirense (34)
5% – Santos (36)
3% – Atlético-MG (37)

Chance de gol
94,1% – Ipatinga
79,5% – Atlético-PR
75,3% – Vasco
52,4% – Portuguesa
36,7% – Náutico
28,4% – Fluminense
27,5% – Figueirense
3,3% – Atlético-MG

Menos de 1% – Sport, Vitória, Goiás, Coritiba, Internacional, Botafogo e Flamengo. O mesmo “critério” do post anterior.

Você pode ler mais sobre o filme Jogos Mortais 5 clicando AQUI.

Mancha no futebol

Confusão no setor destinado aos alvirrubrosCerca de 2 mil torcedores do Náutico viram o jogo na Ilha do Retiro, na curva entre a arquibancada frontal e a geral do placar. Após o primeiro gol do Timbu (marcado por Gilmar), uma bomba foi lançada da geral do placar – onde estavam os torcedores do Sport – para o setor alvirrubro.

Paralelamente a esse fato, integrantes da organizada Fanáutico foram até divisa das torcidas para provocar, mas foram contidos pelos PMs. Os policiais, porém, usaram spray de pimenta para dispersar, causando correria. Durante o episódio, mais uma bomba foi arremessada, mas dessa vez no sentido inverso.

Torcedores do Sport detido pela PMHouve um confronto generalizado entre policiais militares e torcedores, e o saldo, como não poderia deixar de ser, foi de vários feridos, muitos deles sem absolutamente nada a ver com a confusão.

Vários torcedores do Náutico foram atendidos na beira do campo (alguns com sagramentos, outros vítimas de desmaios), nas ambulâncias que estavam no estádio.

No final, cinco “torcedores” (3 do Sport e 2 do Náutico) foram detidos. Cinco policiais também saíram feridos e foram encaminhados ao IML, para fazer exame de corpo de delito. Revoltados, os torcedores alvirrubros começaram a chamar a PM de “pior polícia do Brasil”.

Uma confusão que manchou o clássico, infelizmente.

Valeu a pena esperar

Um jogão de bola.

Foram 28.801 torcedores nas arquibancadas da Ilha, no maior público da história do confronto na Série A. Um jogo brigado, corrido, técnico.

O visitante foi quem abriu o placar. Belo gol de Gilmar, que dominou bem e finalizou no cantinho. Festa vermelha e branca no primeiro tempo.

Últimos instantes da primeira metade do clássico. Bola na área. Carlinhos Bala tenta chutar, mas não alcança a bola. Esperto, Durval aproveita a chance e manda um míssil de canhota. Eduardo ainda espalma. Mas não adiantou. Mandante empata, 1 x 1.

Comecinho do segundo tempo. Roger ganha a disputa com Vágner pelo lado esquerdo da área, vira e manda para as redes. Mais um belo gol na Ilha do Retiro.

Vitória na base do vira-vira? Seria, se o endiabrado Willian  – após vacilo da zaga rubro-negra – não tivesse deixado Felipe livre, cara a cara com Magrão. Mortal, o atacante deixou tudo igual mais uma vez, 2 x 2.

Um empate justo em um jogo quente.

Outros aspectos igualaram a partida. Foram 40 faltas durante os 90 minutos, sendo 20 de cada lado. Uma expulsão para cada um também. Mas o Náutico também teve o seu comandante expulso.

Um Roberto Fernandes fora do sério, que acabou saindo de mais cedo de cena.

O Sport fica estacionado na classificação (11º, com 41 pontos), enquanto o Náutico respira na luta para permanecer na elite (15º, com 31).

Pena que um jogo assim acabe tão rápido. Agora, só em 2009, no ano do centenário da rivalidade mais antiga do Nordeste.

Confira abaixo alguns lances do Clássico dos Clássico deste domingo, registrados pelo fotógrafo Helder Tavares, do Diario.

Clássico: enquete equilibrada

Estou indo agora para o plantão da editoria de Esportes, para trabalhar na cobertura do clássico neste domingo. Abaixo, o resultado final da enequete sobre o Clássico dos Clássicos. Apesar da leve vantagem para o Sport (50% x 45%), é fácil perceber que o equilíbrio foi grande.

Qual será o resultado do Clássico dos Clássicos?

  • Vitória do Sport (50%, 57 votos)
  • Vitória do Náutico (45%, 52 votos)
  • Empate (5%, 6 votos)

Total de votos: 115

E aí, qual será o resultado…?

Horário de Verão

Clássico dos Clássicos. Não confunda o horário... Será às 17h10!8h – Hora de acordar.

Papo furado…

9h30 – Agora sim, hora de acordar.

11h – Praia, piscina? Feijoada na casa do tio? Tanto faz.

14h30 – A primeira “lembrança” de que haverá clássico.

15h – Contato com os amigos, para articular a ida ao jogo. Camisa do clube separada, ingresso na mão (melhor comprar antes, para não correr risco), chave do carro (ou passe-fácil), etc.

16h/17h – Um dia todos os caminhos levaram até Roma. Nesta tarde, no Recife, os caminhos levarão até a Ilha do Retiro. Ou então para os bares da cidade, com telas de LCD de 40 polegadas. Ou quem sabe ainda para a casa de parentes e vizinhos. Aqueles que compraram o velho pacote do pay-per-view…

16h50/16h55 – Saberemos, finalmente, as escalações de Sport e Náutico. César ou Wilson? Willian jogará no meio-campo ou no ataque? Uma certeza: 11 x 11, devidamente escalados e numerados.

17h10 – Salvo alguma exceção, o árbitro mineiro Alício Pena Júnior irá autorizar o início do jogão.

17h55 – Final do primeiro tempo. Festa de um lado. Silêncio do outro. Qual lado festeja? Não importa. As gozações da semana já estão 50% garantidas.

19h – Seguindo a mesma regra da exceção, o jogo acaba. Para evitar confusão, a PM irá liberar primeiro a torcida derrotada.

19h15 – Buzinaço na cidade. Fôlego na classificação. A vitória que importa.

Pois é. O Recife, felizmente, não foi contemplado com essa mudança de rotina nos próximos meses.

(PS. Mas se o clássico for empate? Se isso acontecer, que pelo menos seja animado)

Porto e Ypiranga na Copa São Paulo

Copa ("Taça") São Paulo. Famosa no passado. Recheada de empresários hoje em dia...A Federação Paulista de Futebol divulgou a relação completa com os 88 clubes que disputarão a 40ª Copa São Paulo de Futebol Júnior, que será realizada em janeiro de 2009. Os dois representantes pernambucanos na copinha serão os mesmos deste ano. Ambos do interior.

Porto e Ypiranga – que decidiram o Estadual de 2008 da categoria, vencido pelo time de Caruaru – levarão mais uma vez as cores do estado para os estádios paulistas. Serão 22 cidades subsedes espalhadas em toda a região, fazendo valer o nome da Copa São Paulo.

Em 2008, o Figueirense surpreendeu e ficou com o título. Os pernambucanos, no entanto, ficaram na primeira fase. Experiente – e com uma boa base para a formação de atletas -, o Porto irá para a sua 5ª participação, enquanto o representante de Santa Cruz do Capibaribe irá para a sua 2ª. Tomara que seja melhor que a primeira, na qual passou um vexame histórico. Em 12 de janeiro, na estréia do time, a Máquina de Costura levou uma lapada de 12 x 1 do Grêmio. Somente o atacante Rafael Martins (foto abaixo) marcou 7 gols.

Grêmio 12 x 1 Ypiranga. Que estréia, hein...Pernambuco, que sempre foi um celeiro de grandes jogadores, nunca teve uma participação de destaque na Copa SP. Na última década, os melhores resultados foram alcançados em 1992 e 1997, quando Santa Cruz e Sport, respectivamente, foram eliminados nas quartas-de-final.

Como ainda não será dessa vez que Sport, Náutico e Santa estarão lá, os times do Recife vão deixando passar mais uma oportunidade de colocar seus jogadores nessa vitrine de ouro (por mais que atualmente a disputa seja utilizada por empresários com clubes de aluguel).

Ao todo, foram 18 participações de Pernambuco desde 2001. Porém, em apenas 3 um time local conseguiu avançar de fase – mas mesmo assim caiu logo na etapa seguinte (oitavas-de-final). Um fiasco! Veja abaixo as campanhas pífias dos times do estado nos últimos anos.

Participações pernambucanas no século XXI
2001 – Santa Cruz (8as-de-final), Sport e Náutico (ambos na 1ª fase)
2002 – Santa Cruz (1ª fase)
2003 – Santa Cruz (8as-de-final) e Náutico (1ª fase)
2004 – Náutico, Santa Cruz (ambos na 1ª fase)
2005 – Santa Cruz, Sport e Porto (todos na 1ª fase)
2006 – Porto e Santa Cruz (ambos na 1ª fase)
2007 – Porto (8as-de-final)
2008 – Porto e Ypiranga (ambos na 1ª fase)
2009 – Porto e Ypiranga

Contra o relógio

Fila grande para a troca dos 15 mil ingressos da campanha Todos com a NotaFaltam exatamente 24 horas para começar o Clássico dos Clássicos, o último em Pernambuco neste ano.

Para os torcedores de Sport e Náutico parecem, na verdade, que ainda restam 50, 60 horas para o início da partida…

“Vair chegar  segunda-feira mas o relógio não marca 17h10 do domingo”, exageram alguns.

A Ilha do Retiro estará lotada, com certeza. Os rubro-negros serão maioria, exercendo o direito do Sport, o mandante, que terá 90% dos bilhetes disponíveis.

Os alvirrubros, por sua vez, deverão esgotar os 3.200 ingressos cedidos ao clube. Barulho garantido do lado vermelho e branco também.

Alvirrubros confiantes na vitóriaNa sexta-feira, enquanto os leoninos se acotovelavam na Ilha na para a troca dos 15 mil bilhetes promocionais do Todos com a Nota, torcedores do Náutico (foto ao lado) alugaram um ônibus para ir até o centro de treinamento do clube, no bairro da Macaxeira.

Demonstração de apoio, confiança e paixão. Dos dois lados, é claro. Será um jogaço.

Caso você tenha lido rápido, agora faltam 23 horas e 59 minutos para o apito inicial.

Fotos: Ricardo Fernandes/DP

Hexa, um luxo coral

Santa Cruz, hexacampeão pernambucano

Hexa é luxo? Totalmente.

Com uma grande geração nos 60, o Náutico foi primeiro time pernambucano tetracampeão estadual, de 1963 até 1966. Depois, também foi o primeiro penta, em 67. No ano seguinte, alcançou a seqüência máxima, com seis títulos seguidos na categoria profissional. Um feito ainda não igualado em Pernambuco.

Mas isso não é o que parece, ao observar o anel superior do estádio do Arruda.

Lá em cima da arquibancada, após o último degrau, a mensagem é bem clara: “1º hexacampeão pernambucano 59, 60, 61, 62, 63, 64

Mas no final da glória coral, porém, vem a explicação: juvenil

De fato, em nenhuma outra categoria do futebol do estado um clube havia sido hexacampeão antes de 1964.

O experiente tricolor Sylvio Belém ainda exercia a função de diretor de futebol do Santa Cruz, neste ano, quando perguntei a ele se a mensagem pintada era uma provocação aos alvirrubros. Calmo como sempre, Sylvio respondeu de forma curiosa.

“Provocação? Nada disso… Jamais faríamos isso aqui no Arruda. Mas que o Santa foi o primeiro hexa, foi…”