De Marião até a preparação física

Final do Pernambucano de 1981: Sport 2x0 Náutico. Foto: Diario de Pernambuco/divulgação

Faleceu nesta quarta-feira o ex-zagueiro Marião, vítima de infarto, aos 59 anos.

O defensor fez história no Sport, onde foi campeão pernambucano em 1981 e 1982. Sempre foi conhecido pelo porte físico, longe do padrão atlético, como nota-se acima.

A imagem, do arquivo fotográfico do Diario de Pernambuco, foi registrada na final do Estadual de 1981, quando o Leão bateu o Náutico por 2 x 0, na Ilha do Retiro, diante de 37 mil pessoas, com direito ao “voo” de Marião, um jogador incansável, diga-se.

Marião foi ídolo no Sport compensando a estrutura física – semelhante à de Ronaldo Fenômeno em sua despedida – com muita raça. Abaixo, outro registro do zagueirão, no famoso jogo contra o Flamengo na Série A de 1982, na Ilha.

Marião, por sinal, pode ser o tema de uma reflexão em relação à preparação física das equipes de futebol, de alto nível, claro.

Será que hoje, três décadas depois, algum jogador seria titular em um time profissional numa final do Pernambucano com o condicionamento acima? Certamente, não.

Até porque essa preparação já divide o primeiro lugar com a qualificação técnica. Na base, porém, ainda não parece ser uma prioridade.

Enquanto no Brasil a esperança é sempre a da queda de um raio com um talento surgindo em qualquer lugar, em outros países (Espanha, por exemplo), a preparação física acompanha o aprendizado técnico e tático. São caminhos paralelos.

Mesmo sendo tecnicamente capaz, dificilmente Marião seria aproveitado em uma peneira agora. A cada ano, essas fotos impressionam ainda mais… Aquilo também era futebol.

Série A 1982: Sport 2x1 Flamengo. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Amizade mais que renovada até segunda ordem

Convite da FPF à CBF para o amistoso Brasil x Gana. Crédito: FPF/divulgação

Trata-se de uma relação cada vez mais estreita.

Os presidentes da FPF, Carlos Alberto Oliveira, e da CBF, Ricardo Teixeira, passaram 14 anos afastados politicamente. Carlos Alberto chegou a lançar à sua candidatura à CBF.

O longo hiato é simbolizado pela ausência da Seleção Brasileira no Recife, justamente neste período, entre o amistoso com a Polônia em 19 de junho de 1995 e o duelo contra o Paraguai, em 10 de junho de 2009, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

Vitória por 2 x 1 nos dois jogos. Alegria na arquibancada e rompimento fora dela. A punição mais clara ao futebol do estado foi mesmo a distância da Seleção Brasileira.

Aos poucos, o contato não só voltou, como vem ocorrendo de forma pública…

Em junho, Carlos Alberto Oliveira foi convidado pelo mandatário da CBF para chefiar a delegação brasileira durante o 61º Congresso da Fifa, marcado pela eleição presidencial.

Representando o Brasil, Carlos Alberto confirmou o voto em Joseph Blatter.

Agora, novo convite. Desta vez para presidir a delegação nacional no amistoso contra Gana, em 5 de setembro, em Londres.

Destaque para a frase final do ofício encaminhado à sede da FPF.

“Aproveito o ensejo para renovar a vossa senhoria meus protestos de elevada estima e distinta consideração.”

O que representa essa reaproximação de fato? Política, política, política…

Nova dinastia sem coroa

Seleção da Holanda. Foto: Fifa/divulgação

Criado em agosto de 1993, o ranking de seleções elaborado pela Fifa sempre foi marcado por contestações, devido ao complicadíssimo sistema de pontuação com os 206 times.

Só para citar alguns: variação de pontos de acordo com o adversário, o tipo da partida (amistoso, torneio – continental ou mundial), o período do jogo (considerando os últimos oito anos, decrescendo, claro), relação pelo número de partidas com o nível dos confrontos, bônus, por resultados fora de casa etc.

Assim, em agosto de 2011, 18 anos depois, a Holanda torna-se o 7º país a alcançar a liderança. O time laranja chega ao topo do ranking da Fifa sem jamais ter chegado no topo de um Mundial. Os holandeses somam três vices (1974, 1978 e 2010).

Antes, considerando a primeira vez, chegaram lá Alemanha (08/1993), Brasil (09/1993), Itália (11/1993), França (05/2001), Argentina (03/2007, Espanha (07/2008).

A Fúria também chegou ao topo do reinado da bola sem a coroa, mas dois anos depois conseguiu erguer a sua Copa do Mundo, já com sangue azul.

Como curiosidade, confira a pior posição de cada um dos países que já lideraram.

França: 27º (09/2010); Espanha: 25º (03/1998); Holanda: 25º (02/1998); Alemanha: 22º (03/2006); Brasil: 8º (08/1993); Itália: 16º (05/1994); Argentina: 24º (08/1996).

Nota-se que o Brasil é o único Top Ten da história… Resta saber até quando.

Dois campeões mundiais jamais ficaram na liderança do ranking oficial. O máximo que a Inglaterra conseguiu foi repetir, agora, o 4º de dezembro de 1997. A posição mais baixa do English Team foi a 27ª posição em fevereiro de 1996.

Já o Uruguai deu um grande salto após a conquista da Copa América. A Celeste aparece na 5ª posição, sua melhor escalada na história da lista da Fifa. Por outro lado, entre os campeões, apresenta a pior queda com um vexatório 76º lugar em dezembro de 1998.

A Fifa tenta explicar o ranking, em inglês, com duas opções: básica e complexa.

A goleada não veio. A paz? Enfim…

Série B 2011: Sport x Vila Nova. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Vitória tranquila na Ilha do Retiro. Pela primeira vez neste Brasileiro da Série B, o Sport conseguiu dois resultados positivos de forma consecutiva.

Pouco para quem almeja tanto. Porém, pelo contexto do jogo na noite desta terça-feira, foi muito importante e até certo ponto animador que tenha acontecido “agora”.

De forma provisória, o G4 está na mira leonina, ainda mais na estreia do técnico Paulo César Gusmão, o terceiro comandante nesta empreitada para recolocar o clube na elite.

Mesmo com o alívio, vale uma crítica em relação ao 2 x 0 no placar sobre o Vila Nova.

Os gols de Willians (insistente, só conseguiu na terceira tentativa) e Naldinho (solto em campo, foi o melhor da partida) não traduzem as oportunidades criadas.

Foram várias durante os 90 minutos, com pleno domínio ofensivo e defensivo. Sem embargo, a partida poderia ter acabado com uma goleada daquelas para o Rubro-negro.

Quando o time pernambucano parou com a ligação direta com o ataque (bola alta) e passou a tocar bem a bola, o jogo ficou marcado pelas jogadas criadas só por um time.

Marcelinho Paraíba esteve bem, mas perdeu um gol feito. Os alas Thiaguinho e Saci, ambos com muita mobilidade, também desperdiçaram chances cara a cara.

O atacante Júnior Viçosa foi um capítulo à parte. Bem na função de abrir espaços, ele apresentou um rendimento baixo como centroavante. Mas os gols saíram, na raça.

De qualquer forma, fica só aviso pelos gols perdidos. Até porque PC teve apenas um dia de trabalho. Mais observação que orientação. Agora, uma semana completa na agenda.

Até o Icasa, em Juazeiro do Norte, um pouco de paz no pressionado Leão da Ilha.

Série B 2011: Sport 2x0 Vila Nova. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

As várias faces da Cidade da Copa

Evolução escalonada a 19 quilômetros do Marco Zero.

Como se sabe, a Cidade da Copa não ficará pronta em 2014.

No ano do Mundial, serão finalizados apenas a Arena Pernambuco e o complexo que a cerca, como estacionamento com seis mil vagas, centro de imprensa, e, possivelmente, a primeira fase do centro de convenções, um hotel com 300 quartos e a Radial da Copa, a via principal de acesso ao terreno em São Lourenço da Mata.

A escalada de obras deve durar por mais dez anos, dividida em quatro fases. Nos links abaixo, imagens em alta resolução com cada uma dessas etapas.

Esse crescimento paulatino engloba um megaprojeto de R$ 1,59 bilhão, cujo orçamento poderá passar dos R$ 2 bilhões até a sua conclusão.

Etapas: Fase 1 (2014), Fase 2 (2015-2019), Fase 3 (2020-2024) e Fase 4 (2025).

A parceria público-privada entre governo do estado e Odebrecht é a maior aposta local para o início de uma nova centralidade urbana, na zona oeste… Resta esperar.

Futegolfe por Forlán

Unir esportes não é uma novidade, sobretudo em comerciais…

Desta vez é a soma do golfe com o futebol, tendo como astro o meia-atacante uruguaio Diego Forlán, craque da última Copa do Mundo e campeão da Copa América de 2011.

O vídeo foi produzido pela Adidas, patrocinadora do craque.

Na prática, esse “esporte” é meio complicado…

City tour nos Aflitos e no Arruda… Sem parada na Ilha

Estádio dos Aflitos em 360 graus

Tendo o centro do gramado como ponto de partida, um giro em 360 graus.

Uma volta pelas multidões, com a percepção de um jogador de futebol…

Os sites oficiais de Náutico e Santa Cruz contam com o interessante serviço de um passeio virtual nos Aflitos e no Arruda, respectivamente.

A captação das imagens é recente e foi realizada em partidas com públicos generosos.

Nos Aflitos, no Clássico das Emoções desta temporada, no último Pernambucano, o resultado do trabalho realizado por Gilberto Marcelino.

No Arruda, o confronto contra o Guarany de Sobral, diante de 50 mil torcedores. Porém, a imagem foi feita por Alessandro Varela cerca de 40 minutos antes do jogo.

Na versão coral, um plus, com a opção de trilha sonora com os gritos da torcida.

Está faltando algo nesta postagem…? Sim, a Ilha do Retiro.

O estádio do Sport ainda não tem muito espaço gráfico no portal leonino.

Nos rivais, o passeio é completo.

Estádio do Arruda em 360 graus

http://blogs.diariodepernambuco.com.br/esportes/wp-content/uploads/2011/08/23/Estádio-360-Arruda.jpg

A rivalidade entre os sócios-torcedores

Guerreiros da Ilha

Até hoje, a campanha de sócio-torcedor ainda não decolou em Pernambuco.

Enquanto o Internacional de Porto Alegre já passou da incrível marca de 100 mil sócios (arrecadando R$ 3,5 milhões por mês) e projeta chegar a 200 mil em breve, no Nordeste a meta mais ousada ainda é alcançar 10 mil adimplentes…

Na região, o Ceará é o clube com o maior núméro de sócios-torcedores, com 13 mil sócios em dia, após uma maciça campanha há mais de dois anos.

Então, vamos a um breve resumo dos rivais pernambucanos…

No Recife, os Guerreiros da Ilha, do Sport, está sendo reformulado mais uma vez, com o objetivo de finalmente ganhar o “mercado” rubro-negro, com pelo menos 15 mil sócios.

Atualmente, torcedor leonino paga R$ 25 para ter direito à meia entrada e algumas vantagens na compra do bilhete e em lojas numa rede de vantagens. É o mais barato entre os grandes. Também é o único sem ingresso garantido na mensalidade.

Além disso, esse torcedor não pode votar em qualquer pleito no Sport. Nota-se que é um projeto diferente daquele implantado com sucesso nos principais clubes do país.

Guerreiro Fiel

No Santa Cruz, com um nome semelhante, a campanha mais nova, lançada neste ano, após o título pernambucano. Trata-se do Guerreiro Fiel, a mais sortida.

Mais “fiel” aos modelos de sucesso no Brasil, o tricolor tem a opção de pagar R$ 100 por mês para todos os jogos no Arruda (com um acompanhante), além da garantia do voto.

Há mais duas opções (R$ 40 e R$ 20) para a facilitar a compra da meia entrada. Na opção intermediária, com dependentes, ainda há o bônus da participação política.

Somando as três categorias, cerca de oito mil corais pagaram o primeiro boleto.

O Náutico é o clube do estado com o programa mais antigo, com cerca de 4 mil pessoas em dia há dois anos. No Juntos pelo Timbu, a categoria especial “Vermelho de Luta”.

Por R$ 55, o acesso garantido aos jogos nos Aflitos. Por R$ 30, só a meia entrada.

Qual é o melhor modelo de sócio-torcedor no Recife, na sua opinião?

Como curiosidade… Qual é o melhor banner de divulgação entre os três postados aqui?

Juntos pelo Timbu

Acelerando com os uniformes

Carro alvirrubro. Crédito: TimbuShop/divulgação

Entre os vários produtos licenciados dos clubes pernambucanos, é possível encontrar dois modelos curiosos, nos sites de Náutico e Santa Cruz.

A TimbuShop e a Santa Cruz Store vendem carrinhos estilizados com as cores e símbolos dos times. No caso do aristocrático timbu, um carro conversível (acima).

Pelo lado coral, o popular fusca, completamente “tunado” (abaixo).

Apesar da diferença nos modelos dos carros, a peça tricolor é bem cara, R$ 199 x R$ 48. E olhe no site do Santa ainda tem uma mini-kombi, também estilizada, por R$ 219.

E o Sport, onde fica nessa corrida maluca? Por enquanto, é o retardatário, parado nos boxes. Apesar da Espaço Sport ter sido a primeira loja oficial entre os grandes do Recife, o site ainda não dispõe de muitos produtos fora da gama de uniformes oficiais do Leão.

Considerando a lógica das ideias utilizadas por alvirrubros e tricolores para as respectivas miniaturas, qual seria o carrinho rubro-negro?

Fusca coral. Crédito: Santa Cruz Store/divulgação

Caro para quem não pode, barato para quem não quer

Amistoso 2011: Brasil x Gana, em Londres. Preços dos ingressos

No gráfico, todos os preços para o amistoso Brasil x Gana, em 5 de setembro, no acanhado estádio Fullham, em Londres.

São apenas 25.700 lugares.

Teoricamente, com a lei da oferta e da procura, considerando o pequeno número de bilhetes à disposição, os preços deveriam ser altíssimos.

Não é exatamente o que acontece…

Os valores variam entre 15 libras (geral para menores de 16 anos) e 30 libras esterlinas, a tradicional moeda inglesa. Convertendo, respectivamente: R$ 39,50 e R$ 79.

Esse amistoso será o 10º jogo do Brasil em Londres desde 2006. Na maioria deles os estádios não tiveram a sua capacidade máxima ocupada.

Paralelamente a isso…

Nos últimos 16 anos, a Seleção Brasileira só atuou uma vez no Recife, em 2009.

Na ocasião, no duelo contra o Paraguai, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, foram 56 mil ingressos à venda no Arruda. Os preços variaram entre R$ 50 (anel superior) e R$ 250 (cadeiras). Todas as entradas foram vendidas, é bom lembrar.

Neste caso, a lei citada acima pode ser aplicada, pois o Brasil da CBF está sempre perambulando na Inglaterra, em jogos relacionados com seus patrocinadores.

Nessa lógica, fica visível a punição ao torcedor brasileiro… Vê pouco e paga caro.