Santa Cruz vence Náutico na Arena e se aproxima da vaga no Nordestão de 2018

Pernambucano 2017, disputa pelo 3º lugar. Náutico 1x2 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Antes de começar a disputa pelo 3º lugar no campeonato estadual, contra o Náutico, o técnico tricolor, Vinícius Eutrópio, afirmou que a escalação havia sido montada pouco antes, durante o almoço do sábado. Além da questão tática, priorizou os jogadores sem desgaste. Até mesmo porque, embora o cenário na arena fosse pouco animador, valia bastante. Ao vencedor do confronto, a vaga no Nordestão de 2018. Ou seja, calendário e receita. Pesa.

Juntando os cacos da última participação no regional, o Santa encarou o rival alvirrubro mergulhado numa crise político-financeira. No Náutico, Milton Cruz teve que administrar o ambiente dos jogadores, insatisfeitos com os atrasos salariais – com dois deles pedindo pra sair. Em campo, os corais se apresentaram de forma mais organizada na maior parte do clássico. O primeiro tempo foi de poucas emoções, com o visitante abrindo o placar aos 44 minutos. Thomás achou André Luís, caindo pela direita. E o atacante mandou no ângulo de Tiago Cardoso. Por sinal, o desempenho dele melhorou bastante desde que foi reposicionado, de centroavante a ponta.

Pernambucano 2017, disputa pelo 3º lugar. Náutico 1x2 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Na etapa complementar, o Santa voltou montado nos contragolpes, a sua tática mais comum nesta temporada, se aproveitando também da dispersão alvirrubra. Assim saiu o segundo gol, com o lateral Roberto ganhando a bola próximo à área, driblando dois e marcando. O resultado praticamente definia a disputa, ainda mais com o timbu perdendo um gol feito dois minutos depois.

Na reta final, o Náutico conseguiu diminuir num lance polêmico. Inicialmente, o gol de Alison foi anulado, pois Maylson estava à frente. Porém, o auxiliar voltou atrás, uma vez que o finalizador estava em condições – foi o 1º gol de Alison no clube. Na visão do blog, lance legal, pois Maylson não atrapalhou a visão de Júlio César. O gol irritou os tricolores e acordou o mandante, que criou duas boas chances nos minutos finais, mas a reação ficou nisso. Santa Cruz 2 x 1, tendo o empate a favor em 16 de maio, no Arruda, na definição do terceiro e último representante local na próxima edição da Lampions League.

Troféu Gena*
7 pontos – Náutico (2v, 1e, 2d)
7 pontos – Santa (2v, 1e, 2d)
* Em homenagem ao centenário do clássico, somando os duelos em 2017

Pernambucano 2017, disputa pelo 3º lugar. Náutico 1x2 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Com estratégia fatigada, Milton Mendes deixa o Santa. Fato novo para o returno

Milton Mendes, durante a passagem no Santa Cruz. Foto: Paulo Paiva/DP

O planejamento do Santa Cruz para 2016 manteve a maior parte do elenco que conquistou o acesso na Série B. Ainda no Estadual, a acomodação do time, sob comando de Marcelo Martelotte, acabou gerando uma atitude da direção. Em vez de qualificar o elenco, optou por trazer o técnico Milton Mendes. O catarinense, graduado na Uefa e estrategista, foi uma ótima contratação, surpreendente até – imaginava-se um mercado maior naquele momento. E o resultado foi imediato, com o mesmo time, agora aguerrido.

Milton conquistou dois títulos, o estadual e o regional, com um sistema tático claro, eficiente. Na base dos contragolpes, com pouca posse de bola. Tendo dois atacantes abertos (Keno e Arthur), Grafite centralizado (e em boa fase) e João Paulo marcando e organizando. Veio o Brasileirão, após dez anos. Nas quatro primeiras rodadas, o mesmo ritmo, com 8 pontos em 12 possíveis. Depois, com o futebol mapeado pelos rivais, a diferença técnica cobrou a conta. A falta de caixa e a demora nos reforços minou a campanha e a confiança.

A cada derrota na elite (somente no Arruda foram 6), explicações, alfinetadas e blindagem. Milton tentou. Rodou o time, mudou a forma de jogar, hora com 2 atacantes, hora com 4 volantes, hora propondo, hora se defendendo. Não houve reação, encerrando o primeiro turno em penúltimo. Encerrou também a passagem de Milton, que deixa um bom legado, na visão do blog. Um título inédito e um sistema de jogo como há tempos não se via no Arruda. Para o returno, a direção volta a apostar no “fato novo”. Para dar certo outra vez, como em março, a qualificação (em todos os setores) é para ontem.

Milton Mendes no Santa Cruz

Geral: 31 jogos, 11 vitórias, 8 empates, 12 derrotas
44,0% de aproveitamento

Série A: 19 jogos, 5 vitórias, 3 empates, 11 derrotas
31,5% de aproveitamento

Competições: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série A
Títulos: PE e NE

Classificação da Série A 2016 – 19ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 19 rodadas. Crédito: Superesportes

A disputa pela liderança da Série A foi muito acirrada no primeiro turno, com o Palmeiras levando o Troféu Osmar Santos, oferecido pelo jornal Lance!, somente na última rodada. O Galo, que largou muito mal, se recuperou (com Robinho, Fred e Pratto) e alcançou o segundo lugar. O turno acabou sem acabar, pois dois jogos no Rio, Fluminense x Figueirense (03/09) e Botafogo x Grêmio (04/09), foram adiados por causa dos Jogos Olímpicos.

Na 19ª rodada, o Sport empatou com o Figueirense, fora de casa, e chegou a cinco jogos sem derrota, enquanto o Santa perdeu do São Paulo, em casa, somando a quarta partida sem vitória. Cenários bem distintos em relação ao início do Brasileirão, quando o tricolor liderou e o rubro-negro figurou na lanterna.

Sobre a briga contra o descenso, vamos às contas. São duas projeções, uma com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). A segunda deveria considerar a campanha do 16º lugar, mas a tabela tem dois jogos a menos, envolvendo justamente clubes na briga contra o descenso. Por isso, o blog utilizou o 16º aproveitamento, no caso, o do Botafogo (37%). Ao final de 38 rodadas. esse índice (arredondado para cima) resultaria em 43 pontos. Veja o que tricolores e rubro-negros precisam fazer no returno…

Sport – soma 23 pontos em 19 jogos (40,3%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 23 pontos em 19 rodadas
…ou 40,3% de aproveitamento
Simulações: 7v-2e-10d, 6v-5e-8d, 5v-8e-6d

Para chegar a 43 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 20 pontos em 19 rodadas
…ou 35,0% de aproveitamento
Simulações: 6v-2e-11d, 5v-5e-9d, 4v-8e-7d 

Santa Cruz – soma 18 pontos em 19 jogos (31,5%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 28 pontos em 19 rodadas
…ou 49,1% de aproveitamento
Simulações: 9v-1e-9d, 8v-4e-7d, 7v-7e-5d

Para chegar a 43 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 25 pontos em 20 rodadas
…ou 43,8% de aproveitamento
Simulações: 8v-1e-10d, 7v-4e-8d, 6v-7e-6d

A 20ª rodada dos representantes pernambucanos 

13/08 (16h00) – Sport x Flamengo (Arena Pernambuco)
Histórico no Recife na elite: 6 vitórias leoninas, 4 empates e 4 derrotas

14/08 (16h00) – Vitória x Santa Cruz (Barradão)
Histórico em Salvador pela elite: nenhuma vitória coral, 1 empate e 3 derrotas

A avaliação da torcida sobre os técnicos do Trio de Ferro após o primeiro turno

Técnicos de Sport (Oswaldo de Oliveira), Santa Cruz (Milton Mendes) e Náutico (Gallo) no Brasileiro 2016. Fotos: Ricardos Fernandes/DP

Após trinta dias no ar, com 3.194 participações, o blog apresenta o resultado da enquete com a opinião de cada torcida sobre o respectivo treinador. Oswaldo de Oliveira, Milton Mendes e Gallo comandaram Sport, Santa Cruz e Náutico, respectivamente, durante todo o 1º turno do Brasileiro de 2016. A enquete foi liberada a apenas um voto por IP. Ou seja, ao votar em um clube, não era mais possível opinar em outro, numa tentativa para evitar distorções (via rivalidade).

Apesar das oscilações, os três profissionais tiveram a aprovação da maioria. No caso alvirrubro, o único na Segundona, foi por apenas um voto! Milton Mendes é, hoje, o nome na pior situação (em termos de tabela e futebol), mas teve a maior aprovação, possivelmente pelo apelo dos dois títulos conquistados no ano. Já o comandante leonino, que chegou a ser reprovado durante as primeiras semanas, teve uma votação favorável após as três vitórias seguidas.

Enquete: Você está satisfeito com o técnico do seu time?

Sport // Oswaldo de Oliveira – 1.686 votos
Sim – 1.311 (77,7%)
Não – 375 (22,3%)

Campanha na A (12º): 23 pontos (40,4%), 6 vitórias, 5 empates e 8 derrotas

Santa Cruz // Milton Mendes – 1.145 votos
Sim – 953 (83,2%)
Não – 192 (16,8%)

Campanha na A (19º): 18 pontos (31,6%), 5 vitórias, 3 empates e 11 derrotas

Náutico // Gallo – 363 votos
Sim – 182 (50,1%)
Não – 181 (49,9%)

Campanha na B (6º): 28 pontos (49,1%), 8 vitórias, 4 empates e 7 derrotas

Santa encerra o turno perdendo do São Paulo, na 6ª derrota em 10 jogos em casa

Série A 2016, 19ª rodada: Santa Cruz 1 x 2 São Paulo. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O fator mando de campo foi essencial no renascimento do Santa Cruz, com o Arruda tomado de gente nas principais campanhas rumo ao acesso. No Brasileiro, com muitos jogos tendo apenas o anel inferior liberado para a torcida, o caldeirão esfriou. Não só por isso, claro. A diferença técnica (e, cada vez mais, de confiança) vem minando a campanha coral, com seguidos tropeços em casa. No primeiro turno, jogou nove vezes como visitante e dez como mandante. Era a chance de sobressair. Porém, as seis derrotas no Recife deixaram o time (que largou muito bem) na zona de rebaixamento.

Além do marasmo, a real concorrência olímpica (com inúmeros canais transmitindo o evento no Rio), resultando em 12 mil espectadores no Mundão para o confronto diante do São Paulo. Quem foi, tentou ajudar. Em campo, o time coral manteve a postura inconstante. O bom jogo feito em Porto Alegre passou pelo rendimento da defesa, compacta, ligadíssima. Bem diferente deste domingo. O primeiro tempo foi muito ruim, com uma merecida (e sonora) vaia. O ataque foi inoperante, com Keno, o único escape, bem marcado, e Grafite sem ter com quem tabelar. Lá atrás, o time deu bastante espaço ao adversário. Sobretudo pelo lado direito, com Léo Moura (lento) e Jádson (disperso demais, tocando mal). Por lá saiu o primeiro gol são-paulino, numa cabeçada do atacante argentino Chávez. Ali, o placar já era econômico.

No intervalo, Milton Mendes procurou corrigir o posicionamento, além de cobrar mais intensidade, pois o ritmo do jogo era completamente favorável aos paulistas. E a retomada foi até animada. Derley, com Gafite fazendo o pivô (esperou por isso), teve a melhor chance para empatar, mas, na marca do pênalti, bateu pra fora. O Santa seguiu pressionando, mas sem sucesso, até o duro golpe aos 19 minutos, outra vez com Chávez, concluindo o passe do peruano Cueva, já com gol vazio. Como o São Paulo desperdiçando a chance de golear, com Tiago Cardoso espalmando duas boas finalizações, o jogo ainda ficou aberto. A dez minutos do fim, a esperança, num pênalti. Porém, Grafite parou em Dênis. Aos 38, de canhota, Keno enfim marcou, mas sem tempo hábil para concluir mais uma jogada de bem trabalhada, 1 x 2. Ali, já era o Santa desorganizado, recorrente dentro de sua própria casa.

Série A 2016, 19ª rodada: Santa Cruz 1 x 2 São Paulo. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Em jogo com três bolas na trave, Santa empata com o Grêmio em Porto Alegre

Série A 2016, 18ª rodada: Grêmio x Santa Cruz. Foto: Rodrigo Rodrigues/Grêmio FBPA

O Santa atuou bem em Porto Alegre, diante do Grêmio, estancando a série de derrotas. Com uma postura bem mais segura em relação àquela no Independência, sobretudo com a volta de Néris, o campeão nordestino empatou em 0 x 0. Permanece no Z4, mas deu um alento para a campanha, indo à rodada final do primeiro turno em condições de sair. Para isso, em vez de quatro volantes (um 4-4-2 travado), como na rodada anterior, foram três meias de contenção e um apoiador (4-4-2 sem a bola e 4-2-2-2 com a bola). Coube a João Paulo o papel mais avançado, e ele esteve muito bem, tanto na reposição quanto na armação, com o tricolor engatando bons contragolpes.

Naturalmente, o time de Milton Mendes foi pressionado. Até porque qualquer time que vá à Arena do Grêmio passa por isso, mas o tricolor pernambucano acabou ajudado pela má pontaria do tricolor gaúcho, que sentiu a falta de do atacante Luan, servindo à Seleção Olímpica. No segundo tempo, o jogo ficou mais controlado, com os corais povoando a área. Ainda assim o Grêmio acertou a trave duas vezes, com Miller Bolãnos (falta) e Douglas (cabeça). O camisa 10 do Santa respondeu com uma bela cobrança de falta, explodindo no travessão.

Em contragolpes, o Santa ainda teve duas chances com Grafite, parando em Grohe. Após o abafa, o resultado irritou a torcida gaúcha – que já vinha de um empate com o América – , mas ficou ok para os pernambucanos, sobretudo pelo turbulento momento, em busca de uma nova formação e à espera de peças. Ao menos uma foi anunciada, o meia Pisano, argentino emprestado pelo Cruzeiro. Era uma carência enorme no Santa, que precisará bastante de alternativas no returno, e de resultados fora da curva, como nesta noite.

Série A 2016, 18ª rodada: Grêmio x Santa Cruz. Foto: Rodrigo Rodrigues/Grêmio FBPA

Classificação da Série A 2016 – 17ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 17 rodadas. Crédito: Superesportes

O segundo fim de semana seguido, no Brasileirão, com vitória leonina e derrota coral. O Sport venceu o Atlético-PR, na Ilha do Retiro, e chegou a três vitórias seguidas, alcançando a sua melhor colocação na competição em 17 rodadas, 12º. Já o Santa Cruz perdeu do Atlético-MG, em Belo Horizonte, e voltou à zona de rebaixamento, agora a dois pontos do 16º lugar.

Com os torcedores já fazendo contas, o blog tenta ajudar. São duas projeções, uma com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). A segunda considera a atual campanha do 16º lugar, o Vitória, o primeiro acima da zona de descenso. Hoje com 37,3% de aproveitamento. Ao final de 38 rodadas, esse índice resultaria em 43 pontos – na rodada passada a projeção era de 41. Veja o que tricolores e rubro-negros precisam fazer a partir de agora…

Sport – soma 21 pontos em 17 jogos (41,2%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 25 pontos em 21 rodadas
…ou 39,6% de aproveitamento
Simulações: 8v-1e-12d, 7v-4e-10d, 6v-7e-8d

Para chegar a 43 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 22 pontos em 21 rodadas
…ou 34,9% de aproveitamento
Simulações: 7v-1e-13d, 6v-4e-11d, 5v-7e-9d 

Chance de permanência: 79% (Infobola), 84% (UFMG) e 91,3% (Chance de Gol)

Santa Cruz – soma 17 pontos em 17 jogos (33,3%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 29 pontos em 21 rodadas
…ou 46,0% de aproveitamento
Simulações: 9v-2e-10d, 8v-5e-8d, 7v-8e-6d

Para chegar a 43 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 26 pontos em 21 rodadas
…ou 41,2% de aproveitamento
Simulações: 8v-2e-11d, 7v-5e-9d, 6v-8e-7d

Chance de permanência: 50% (UFMG), 50,2% (Chance de Gol) e 55% (Infobola)

A 18ª rodada dos representantes pernambucanos 

03/08 (19h30) – Sport x América-MG (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife na elite: 4 vitórias leoninas, 1 empate e nenhuma derrota

04/08 (19h30) – Grêmio x Santa Cruz (Arena do Grêmio)
Histórico em Porto Alegre pela elite: 3 vitórias corais, 2 empates e 7 derrotas

Podcast – Análise das vitórias de Náutico e Sport e da derrota do Santa Cruz

Como na semana passada, alvirrubros e rubro-negros saíram vitoriosos, com os tricolores amargando mais uma derrota, a 10ª na competição. O 45 minutos analisou os jogos do Trio de Ferro, em gravações exclusivas. Na sexta, o Timbu bateu o vice-lanterna na arena e se reaproximou do G4 da Série B. No sábado, dois jogos à noite, com o Sport e Santa diante dos Atléticos. Enquanto o Leão se distanciou do Z4 da Série A, a Cobra Coral voltou à zona de descenso. O podcast fez um balanço das atuações individuais, das mudanças dos técnicos e da situação na tabela. Ao todo, 75 minutos. Ouça agora ou quando quiser.

29/08 – Náutico 1 x 0 Tupi (20 min)

30/08 – Sport 2 x 0 Atlético-PR (28 min)

30/08 – Atlético-MG 3 x 0 Santa Cruz (27 min)

Atlético-MG impõe diferença técnica e goleia o Santa Cruz, que volta ao Z4

Série A 2016, 17ª rodada: Atlético-MG 3 x 0 Santa Cruz. Foto: Atlético-MG/instagram (atletico)

O Santa Cruz foi ao Independência com a missão de tentar brecar o ascendente time do Atlético Mineiro, apontado com um dos melhores elencos da competição. A linha ofensiva é, na visão do blog, a melhor. Robinho (habilidade), Fred (faro de gols) e Lucas Pratto (força e presença de área), com Luan (velocidade) como opção no banco. É bronca, para qualquer adversário neste Brasileirão. No caso coral, que vinha de um duro golpe em casa, no revés diante do Coxa, até o fator psicológico seria decisivo. Se esperava uma escalação precavida, mas foi além da conta, com quatro volantes, com Jadson sendo a peça mais avançada.

Marcando forte, o campeão nordestino ainda tentou surpreender, mas não haveria como. Em jogada iniciada por Maicosuel (outro nome técnico), Fred recebeu livre e bateu. Tiago Cardoso ensaiou o milagre, mas Robinho, atento, marcou. Na volta do intervalo, o Galo acelerou, envolvendo o Santa. O segundo gol foi uma pintura. Triangulação rápida. De Fred para Robinho, de Robinho para Patric, de Patric (de calcanhar) para Fred, de Fred para o gol. No embalo, o time mineiro transformou a vitória em goleada (3 x 0) com Luan, que acabara entrar, concluindo as pedaladas de Robinho, o dono do jogo.

Ao Tricolor, um resultado normal. Entretanto, empurrou o clube para a zona de rebaixamento. Como a sequência segue indigesta, com Grêmio (fora) e São Paulo (casa), o time se vê obrigado a surpreender. Hoje, soma 17 pontos, abaixo da campanha quando virou o turno em 2006, com 18 pontos. Enquanto a direção coral não confirma as “contratações engatilhadas”, conforme já noticiado e renoticiado, o time vai encarando as pedreiras e encarando o abismo técnico. Hoje, a rapidez de Keno e a inteligência de Grafite não são suficientes.

Série A 2016, 17ª rodada: Atlético-MG 3 x 0 Santa Cruz. Foto: Alexandre Guzanche/EM/D.A Press

Sem poder ofensivo, Santa amarga a 5ª derrota no Arruda, agora para o Coritiba

Série A 2016, 16ª rodada: Santa Cruz 0x1 Coritiba. Crédito: Coritiba/site oficial (coritiba.com.br)

O momento era bem mais favorável ao Santa Cruz, jogando em casa e com duas vitórias seguidas. Enfrentaria um adversário direto na briga contra o descenso, até então no Z4 e sem vitórias como visitante. O Coritiba não vencia há três rodadas. No futebol, essa introdução só serve para comprovar que a lógica, de vez em quando, é revirada. O Coxa ganhou por 1 x 0 no Arruda, saiu da zona e deixou o campeão nordestino numa situação complicada neste final de turno no Brasileirão. Após perder como mandante pela 5ª vez em 9 jogos, vai encarar uma sequência com Galo (fora), Grêmio (fora) e São Paulo (casa).

Teoricamente, não deve avançar muito a sua situação, hoje com 17 pontos. Somente com a lógica revirada outra vez. Para isso, vai precisar jogar bola. Contra o alviverde não chegou nem perto da vitória. Suspenso pelo terceiro amarelo, Grafite foi a principal ausência. O substituto Marion deixou o jogo ainda no primeiro tempo, para a entrada de Bruno Moraes, após o gol paranaense. Ladeado por Keno e Arthur (até a entrada de Danilo Pires), o centroavante pouco fez. Aliás, o sistema ofensivo foi quase inofensivo. 

Apesar do placar magro, o Coritiba poderia ter deixado o Recife com uma vitória mais elástica. Abriu o placar com Kléber Gladiador, batendo colocado após assistência de Kazim. Um lance dentro da área coral ocasionado após um corte errado de Tiago Costa – erraria mais. O time teve uma chance enorme para ampliar com o mesmo Kléber, que desperdiçou uma penalidade na etapa final. Foi lento para a cobrança, esperando a queda de Tiago Cardoso, que se manteve firme até o último instante. Foi o 7º pênalti defendido pelo goleiro no tricolor. Nos descontos – 5 minutos, sem ter mesmo um “abafa” dos corais -, Felipe Amorim ainda mandou na trave depois de encobrir Tiago Cardoso. As vaias dos 10.021 torcedores foram bem além do resultado. Faltou futebol.

Série A 2016, 16ª rodada: Santa Cruz 0x1 Coritiba. Crédito: Ricardo Fernandes/DP