Inauguração da expansão da fábrica da Brasil Kirin. – Foto: Rafael Martins/ Esp. DP/ D. A. P
Estratégias do governo do estado
Qualificar o trabalhador pernambucano e estimular o empreendedorismo. São as estratégias traçadas pelo governo do estado para enfrentar a alta do desemprego e criar oportunidades de ocupação e renda. Programas de capacitação estão sendo desenhados para atender a demanda dos novos empreendimentos que se instalaram no polo de desenvolvimento da Mata Norte. São eles: o Polo Automotivo Jeep e o Polo Vidreiro, em Goiana, as fábricas de bebidas do grupo Petrópolis e Ambev, em Itapissuma, e a ampliação da Brasil Kirin, em Igarassu. Os investimentos somam R$ 2,2 bilhões na região.
O secretário da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação de Pernambuco (Sempetq), Evandro Avelar, diz que o desemprego atingiu mais forte Pernambuco porque o ritmo das contratações foi maior nos últimos anos comparado às demais regiões do país. Ao mesmo tempo, ele cita a alta desmobilização de empreendimentos estruturadores no Porto de Suape e Ipojuca, que provocou maior dispensa de trabalhadores. “O problema do desemprego e da desmobilização de postos de trabalho é fruto da política macroeconômica e do ambiente de crise e de descrédito da economia.”
Em contrapartida, Avelar destaca a chegada de novos projetos aprovados pelo Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic) em 2015, que juntos representam investimentos da ordem de R$ 620 milhões, com a expectativa de geração de 4.317 empregos, sendo 2.079 sediados na Região Metropolitana do Recife e 2.238 empregos no interior.
“Estamos focando nos programas de qualificação e no atendimento de demandas específicas das empresas, como por exemplo, do Polo Vidreiro da Mata Norte, para qualificar o trabalhador da indústria de vidros.” Serão capacitados cerca de 400 profissionais para a cadeia do vidro neste ano. Entre 2011 e 2015, a Sempetq qualificou 79.713 trabalhadores. Avelar acrescenta que, no ano passado, Pernambuco ultrapassou a meta estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para colocações em vagas oferecidas pelas Agências do Trabalho, empregando 14 mil pessoas.
Outra linha de ação é incentivar o negócio próprio como oportunidade de emprego e renda. Segundo Avelar, o pernambucano tem capacidade empreendedora, o que foi confirmado pelas 46 mil formalizações de microempreendedores individuais (MEIs) junto à Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe), além de 40 mil atendimentos empresariais no Expresso Empreendedor. A Agência de Fomento de Pernambuco (Agefepe) também entrou no circuito para atender os microempresários, realizando atendimentos financeiros a 2.500 empreendimentos, com recursos aplicados na ordem de R$ 27 milhões em 2015.