Foto: Paulo Paiva/DP

Paulo Henrique Oliveira já pressentia o desemprego e começou a dar forma à sua própria microempresa – Foto: Paulo Paiva/DP

O plano B  vira um recomeço

O engenheiro florestal Paulo Henrique Oliveira da Silva,33, entrou na fila do desemprego em janeiro deste ano, no rastro da crise econômica. Ele trabalhava há sete anos em uma empresa especializada em projetos na área da construção. Pressentindo o cenário ruim, Paulo começou a preparar um plano B. Com MBA em gerenciamento de projetos e adepto à “pegada” da sustentabilidade, ele abriu uma microempresa na área de construção sustentável, a Estúdio Pallet. Obteve a inscrição como microempreendedor individual (MEI) para desenvolver projetos em residências e empresas.

É um novo começo para Paulo e a esposa Cíntia. Eles tiveram que ajustar o orçamento e reestruturar a vida para enfrentar os tempos de “vacas magras”. “Minha renda caiu em 80% quando fui demitido. Reduzimos as despesas de casa, vendi o meu carro e estou construindo uma casa no terreno da minha mãe para alugar o nosso apartamento”, conta. Com o aluguel, eles vão pagar o financiamento da casa própria.

Paulo arregaçou as mangas e está trabalhando como ajudante de pedreiro na construção da casa, onde ele usa técnicas sustentáveis. “É um projeto piloto para eu aplicar na minha empresa. Além de aprender o ofício, eu acompanho de perto a obra e consigo reduzir os custos. Sempre gostei da área de meio ambiente. Pensei em ter um negócio que ajude as pessoas se ajustarem à nova realidade.” Os planos: tocar a empresa e conciliar com as atividades de consultoria.