Karin Cristina foi uma das “vítimas” da redução de vagas no comércio e agora está por conta própria – Foto: Julio Jacobina/DP
Negócio próprio como saída
A ex-vendedora Karin Cristina dos Santos Bezerra,25, foi demitida em agosto de 2015 de uma loja de eletrodomésticos. Formada em administração, ela estava empregada há cinco anos quando os cortes chegaram à empresa, fechando 30 postos de trabalho. O comércio foi um dos setores mais atingidos pela crise econômica. O desemprego, a queda nos rendimentos e a alta da inadimplência colocou um freio no consumo das famílias. As vendas no varejo despencaram e as lojas começaram a eliminar vagas.
“Eu estava de férias e, quando voltei, fui surpreendida com a justificativa de redução de quadros. Cortaram um funcionário de cada setor. Eu juntei a indenização, o seguro-desemprego e o FGTS para abrir um negócio próprio.” Karin conta que sempre desejou trabalhar por conta própria. Como o mercado de trabalho fechou, ela se dirigiu ao Sebrae-PE para pedir orientação para se tornar empreendedora. Escolheu o ramo de cosméticos.
Aproveitando um prédio que a mãe tem no subúrbio, Karin abriu a loja próxima à sua residência, em Jardim São Paulo. “Mesmo com a crise, o negócio está dando certo. Pelo menos está se pagando. A minha expectativa é expandir o negócio até o final do ano.”