A nota do craque

Ronaldinho Gaúcho na nota de R$ 100. Crédito: ococotaseco.com

Internautas gremistas aproveitaram o lançamento das novas cédulas do Real para criar um modelo futebolístico pra lá de vingativo (veja AQUI).

Se a nota de R$ 100 foi dedicada a Ronaldinho Gaúcho, agora no Flamengo, certos jogadores de clubes pernambucanos poderiam ser representados com qual nota?

Vale lembrar que, por enquanto, o Banco Central só criou novos modelos para as notas de 100 e 50 reais. Mas vale a imaginação para valores mais “baixos”.

Saiba mais sobre a milionária contratação de Ronaldinho Gaúcho pelo Fla AQUI.

“República dos Mercenários do Brasil”.

A “marca” do futebol pernambucano

Jogo dos 7 erros: "O Senhor dos Pastéis". “Futebol é business”.

Já dizia um dirigente do Corinthians. Não por acaso, o Timão foi o 4º clube do mundo em patrocínios em 2010, segundo o estudo de uma consultoria alemã (veja AQUI). O clube paulista somou 22 milhões de euros em marcas no seu unifome alvinegro. Ou R$ 50 milhões.

Ainda que em uma escala muito, mas muito menor, eis o futebol pernambucano.

O entendimento de que o símbolo do clube é suficiente para mantê-lo  financeiramente parece ficar cada vez mais claro para os gestores locais.

Em entrevista ao blog, o presidente do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto, ponderou de forma interessante sobre o assunto. Para ele, o “produto” clubístico deve ser medido independentemente dos resultados no campo.

“Nós (Pernambuco) estamos um pouco atrás em relação aos contratos, mas nota-se uma evolução. No Santa, evoluímos na gestão passada (com FBC), porque, mesmo sem conquistas, conseguimos patrocínios que viram a marca do clube, e não o status atual. Mostramos os resultados que o produto ‘Santa Cruz’ traz. O nosso futebol tem que fazer o mesmo, porque é a marca mais forte da região. Nós precisamos reconquistar a credibilidade. O trabalho tem que ser independente dos resultados.”

Na sua opinião, como está a “credibilidade” da marca do futebol pernambucano?

Cultura do caranguejo

Caranguejo mangue beat

Rivais no campo e sem entendimento algum fora dele.

Apesar da forma cordial em reuniões na FPF, dirigentes de Santa Cruz, Náutico e Sport não costumam chegar a acordos em bloco para benefícios múltiplos.

O último caso deste tipo foi em julho de 2003!

Afundados em dívidas na época – muito mais do que hoje, acredite -, os três principais clubes do estado se articularam durante um ano com a Justiça do Trabalho. No fim, para voltar a ter crédito na praça, conseguiram um acordo que destinou 20% de todas as receitas nas bilheterias para reduzir as dívidas trabalhistas.

No último dado do passivo, os três agregavam R$ 62 milhões em dívidas trabalhistas.

Aquele desespero resultou em um contexto incomum no futebol pernambucano. Para se ter ideia, o acordo com a justiça segue em vigor, sem data para acabar.

No entanto, a resposta para que o “bloco” não funcionasse mais seria a “cultura do caranguejo”, segundo o presidente timbu, Berillo Júnior, em entrevista ao blog.

“Aqui, os dirigentes pensavam somente de uma forma: o que é bom para os meus rivais, nunca será bom para mim. Isso atrapalhou muitas negociações com empresas, que só topariam um acerto se fosse com os três. É o caranguejo puxando o outro.”

“Algumas vezes no passado foi o próprio Sport, já no Clube dos 13. Um exemplo: uma cota R$ 500 mil para Náutico e para o Santa é muita coisa. Para o Sport, talvez tenha como dar um jeito. Então era melhor que os outros dois não recebessem.”

Em São Paulo já existe o G4, formado por São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos. Eles só negociam contratos de forma conjunta. Se o pensamento local continuar, o nosso futebol só vai montar um “G3” no dia em que o caranguejo andar para frente…

Você é a favor de um bloco de negociações com Sport, Náutico e Santa Cruz?

Renascido pela Copa e pelo Cais

Sol nascente

Quando será que o sol vai brilhar novamente para o futebol pernambucano?

Para muitos, a data já “existe”, numa mistura de fatores.

Pernambuco será uma das 12 subsedes brasileiras na Copa do Mundo de 2014. Para isso, o estado está construindo uma nova arena na região metropolitana.

Um investimento de R$ 532 milhões, através de uma parceria público-privada.

No entanto, vários investimentos de infraestrutura estão inseridos no pacote pró-Copa em Pernambuco. O número passa de R$ 8.000.000.000. Estradas, aeroporto, metrô…

A iniciativa privada também está se mexendo. Em Suape, considerando os últimos cinco anos e os próximos três, uma injeção de R$ 35 bilhões em plantas de grande porte.

Projeções indicam que o nosso PIB deverá dobrar até 2020, chegando a R$ 140 bilhões. Falta dividir as riquezas, pois a nossa renda per capita é a 21ª do país, com 8 mil reais.

Porém, até que ponto tudo isso vai refletir diretamente no crescimento do futebol pernambucano, a curto prazo? Será um motor, uma ação moderada ou nula?

Para os dirigentes locais, essa é uma oportunidade de ouro em relação ao futebol, com o aquecimento das empresas no estado. É preciso estabelecer contatos. Abaixo, a opinião de Gustavo Dubeux, mandatário rubro-negro, em entrevista ao blog.

“Com a Copa do Mundo de 2014, e Pernambucano sendo uma das sedes, os patrocínios dos clubes e do campeonato estadual deverão aumentar bastante nos próximos anos, com muita visibilidade do futebol. É preciso um trabalho forte nos departamentos de marketing para aproveitar esse momento. No Sport, isso é prioridade máxima para aumentar a nossa receita. Vamos vender bem a marca.”

Então, é preciso segurar a “onda” nos próximos três anos. Depois, a bonança…

A curto prazo, o que será mais impactante para o futebol pernambucano: Mundial de 2014 ou Complexo de Suape?