Os troféus oficiais para o centésimo campeão estadual, com regras distintas

Troféus dos Campeonato Pernambucano em 2013 e 2014. Fotos: FPF/assessoria

O topo no pódio do Campeonato Pernambucano de 2014 promete…

Em 2013, a Federação Pernambucana de Futebol instituiu um troféu definitivo no Estadual, como ocorre no Brasileirão, por exemplo. A ideia era que a taça, simbolizando o sol sertanejo e a orla do estado, passasse de mão em mão.

Ao campeão, a posse provisória por apenas um ano. Após o fim do ciclo, o clube receberia da FPF uma réplica definitiva. Caso a ideia não tenha sido abortada – ou mesmo esquecida -, o campeão de 2014 deverá receber dois troféus oficiais.

Isso porque a entidade lançou uma taça especial para a 100ª competição. Segundo a descrição da nova peça, trata-se de um estilo moderno, com a base azul remetendo à bandeira de Pernambuco. No corpo, a marca do “Centenário do Estadual”, cuja história foi iniciada em 1915.

Na sua opinião, qual é o troféu mais bonito? Compare: taça fixa e taça especial.

Resta saber se a taça criada no início de 2013 continuará sendo usada na premiação final, uma vez que a tradição no futebol local sempre foi a de um troféu diferente por ano. Como, ao que parece, deve acontecer em 2014…

O centésimo estadual também terá medalhas exclusivas e troféu do 1º turno.

Pernambuco, o 8º melhor futebol do país

Ranking Oficial da CBF de 2013, para as federações

O futebol pernambucano aparece pelo segundo ano seguido em 8º lugar no ranking da CBF sobre as 27 federações estaduais do país, atrás Santa Catarina e Goiás.

Apesar da maior tradição local, é inegável o melhor momento das duas praças nas últimas competições nacionais, que formam a base de pontos.

Tanto Pernambuco quanto Goiás terão um clube na Série A e dois na Série B em 2014. O Goiás, entretanto, foi o sexto colocado no último Brasileirão, em uma posição ainda não alcançada pelos pernambucanos nos pontos corridos.

Já Santa Catarina será simplesmente o segundo estado com mais representantes na elite. Serão três clubes, Criciúma, Chapecoense e Figueirense. Ultrapassou o Rio de Janeiro.

É possível mudar o cenário da terrinha nos próximos anos…?

No modelo anterior do ranking da CBF, com a soma dos pontos entre 1959 e 2011, o estado era o sexto colocado. O sistema mudou para uma aferição somente com as últimas cinco temporadas, com mais pontos aos anos mais recentes. Ou seja, o título da Copa do Brasil do Sport, em 2008, saiu do somatório no novo ranking, com levantamento entre 2009 e 2013.

Na nova lista, os oito times pernambucanos presentes entre as 221 equipes brasileiras rankeadas somam 21.642 pontos. Em 2012 eram 22.765.

A inédita vitória da oposição no Náutico, de movimento à gestão de fato e de direito

Gláuber Vasconcelos (centro), o presidente do Náutico par ao biênio 2014/2015. Foto: Daniel Leal/DP/D.A Press

O planejamento estratégico do Movimento Transparência Alvirrubra vem sendo articulado há pelo menos quatro anos.

Não se trata apenas de unir as correntes alvirrubras, em exercer a política nos bastidores do clube. A proposta do MTA nesse período foi o de construir um modelo de gestão ao Náutico, independentemente de quem ocupasse a presidência, com direito a fóruns abertos ao público, intercâmbio etc.

No entanto, a falta de espaço em Rosa e Silva, fez com que o próprio movimento ensaiasse a implantação de seu modelo através das urnas.

Em 2011, com a chapa encabeçada por Marcílio Sales, na primeira tentativa, angariou 29% dos votos. Com trabalho nas redes sociais, junto aos novos sócios e, aos poucos, com alguns nomes tradicionais do clube, o MTA cresceu.

Nesta nova eleição, num pleito com quatro candidatos, num sinal claro do péssimo ano do futebol timbu – rebaixado à segundona -, o MTA impôs um cenário improvável no Recife, com a vitória da oposição.

Aprovação diante da maior votação da história do clube, com 2.151 eleitores.

Em toda a história, a oposição nunca havia vencido uma eleição no Náutico. Nos rivais, apenas duas eleições terminaram assim, em 1986, com Homero Lacerda no Sport, e em 2006, com Edson Nogueira no Santa Cruz.

Festa da vitória na eleição do MTA para o biênio 2014-2015. Foto: Daniel Leal/DP/D.A Press

Agora é a vez de Glauber Vasconcelos, engenheiro eletricista, 53 anos. Teve 73% dos votos.

Durante as semanas que antecederam à votação, adversários de renome chegaram a comparar a sua candidatura ao Unináutico, chapa de Márcio Borba em 1996.

A comparação àquela confusa gestão, que durou apenas um ano, não cabe de forma alguma. Apesar do tom oposicionista na época, Borba foi eleito num consenso.

Agora não. Agora coube exclusivamente ao sócio timbu optar pela mudança. Em 2014 e 2015, o clube terá o lastro de um plano trabalhado há tempos, com a confiança da torcida.

Novos gestores surgiram, com novos caminhos para o Náutico. A Glauber Vasconcelos, boa sorte no comando do novo novo biênio nos Aflitos.

A sede de títulos e do retorno à elite nacional precisa caminhar com os avanços administrativos. Futebol é assim.

Para isso, o MTA terá enfim acesso às contas do clube, algo que o grupo sempre tentou esclarecer.

Em sua proposta, aliás, há a promessa de divulgar de forma regular as contas do clube.

Fazendo justiça à alcunha de “Transparência Alvirrubra”.

Não é mais um movimento. E, sim, uma gestão.

Gláuber Vasconcelos (centro), o presidente do Náutico par ao biênio 2014/2015. Foto: José Neto/MTA/Twitter

Ranking da CBF com ordem em 2013 na Aflitos, Ilha do Retiro e Arruda

Ranking Oficial da CBF de 2013

A Confederação Brasileira de Futebol divulgou a nova atualização de seu ranking oficial de clubes, apresentado uma vez a cada ano, sempre em dezembro.

Esta é a segunda versão do formato, contemplando os últimos cinco anos, com pesos diferentes, com vantagem para os mais recentes. Veja o sistema aqui.

O Náutico, apesar do rebaixamento, se beneficiou da pontuação conferida aos vinte participantes da elite nacional e agora é o clube pernambucano com a melhor posição na lista, pela primeira vez na sua história.

O Timbu subiu ao 21º lugar, uma posição acima do ranking passado. Com 7.557 pontos, abriu 817 de vantagem sobre o rival o Sport. O Leão, apesar do acesso na segunda divisão, despencou cinco colocações, agora em 24º, com 6.740.

Campeão da Série C, o Santa ganhou só três lugares, uma vez que a pontuação da terceirona é baixa. Soma 3.091, menos da metade dos rivais. O cenário coral deverá mudar em 2014, com a provável subida de várias posições, na Série B.

Outros pernambucanos na lista: Salgueiro (47º, 2.874 pts), Central (94º, 564 pts), Ypiranga (107º, 459 pts), Petrolina (158º, 204 pts), Porto (182º, 153 pts).

Confira a lista completa da CBF, com 221 equipes, clicando aqui.

Relembre o ranking de 2012.

A nova longa lista de espera da Copa Sul-Americana

Copa Sul-Americana. Crédito: Conmebol

A fórmula está ainda mais complexa, mas enfim habemus definição sobre o novo caminho brasileiro para as oito vagas da Copa Sul-Americana de 2014.

Desta vez, uma vaga será reservada ao campeão da Copa do Nordeste de 2014, cuja competição ocorrerá de janeiro a março, com 16 participantes.

As demais serão distribuídas na já conhecida “fila de espera” da Sul-Americana, com 18 clubes. O critério deve ser mantido pela CBF, que não fez qualquer menção oficial sobre modificações.

Ou seja, as vagas serão preenchidas pelos melhores colocados no último Campeonato Brasileiro entre aqueles que sejam eliminados até a terceira fase da próxima Copa do Brasil – a quarta fase corresponde às oitavas de final.

Vale lembrar que, na composição da fila, os quatro clubes que ascenderam da Série B ficam na frente dos quatro rebaixados na Série A.

Com a derrota da Ponte Preta para o Lanús, na final da Sul-Americana de 2013, e a consequente confirmação do Botafogo na Libertadores, a fila ficou assim:

1) Vitória, 2) Goiás, 3) Santos, 4) São Paulo, 5) Corinthians, 6) Portuguesa, 7) Coritiba, 8) Bahia, 9) Inter, 10) Criciúma, 11) Palmeiras, 12) Chapecoense, 13) Sport, 14) Figueirense, 15) Fluminense, 16) Vasco, 17) Ponte e 18) Náutico.

Portanto, os clubes pernambucanos, que participaram da Sula neste ano pelo mesmo regulamento, têm chances. Ao Leão, será preciso torcer na Copa do Brasil para que ao menos seis times na sua frente cheguem nas oitavas. Já o Timbu, numa conta bem mais complicada, terá que torcer a favor de onze.

Obviamente, os próprios times locais teriam que ser eliminados precocemente para disputar a Sul-Americana, no mais bizarro critério já criado pela CBF.

Vale destacar ainda que o Santa Cruz também está no páreo. Os corais brigam pela oitava vaga, destinada ao campeão nordestino, num outro caminho possível para rubro-negros e alvirrubros, diga-se.

A raiz cultural das viradas de mesa no Campeonato Brasileiro

Revista Placar de 27 de outubro de 1986

O Brasileirão teve inúmeros formatos e nomenclaturas entre 1959 e 1985.

Do sistema eliminatório às fases de grupos, dos convites aos esboços de critérios técnicos para embasar as participações. Na década de 1980 a vaga no Nacional era conquistada através dos campeonatos estaduais – Pernambuco, por exemplo, tinha duas vagas diretas. No entanto, uma competição com 44 clubes, sem organização alguma no calendário, não se mostrava mais atrativa. Patrocinadores e torcedores foram se afastando aos poucos.

Em 1985 a média de público foi de 11.625 pessoas, a menor desde 1979 – quando o torneio teve 94 clubes, num exemplo clássico de falta de organização somada a mais rasteira política. Pois bem. Na temporada seguinte foi decidido que o futebol brasileiro tentaria se adaptar à estrutura europeia, já tradicional, com o campeonato separado por divisões e a implantação do sistema de acesso e descenso ao fim de cada edição. Um lampejo de profissionalismo e o outro maior do jeitinho, como ficaria nítido a cada semana naquele campeonato.

A ideia original era reestruturar o Brasileiro aos poucos, até alcançar o número de 20 participantes. Para isso, obviamente era preciso dar o primeiro passo, de forma criteriosa. No campo. Assim, estipulou-se uma Série A (por sinal, tal expressão nem existia naqueles tempos) com 24 clubes em 1987. Nenhuma vaga seria oriunda dos estaduais. Ou seja, o Brasileiro de 1986 necessariamente classificaria todos esses times. Desta forma,  a CBF oficializou o “acesso” no regulamento com seis vagas para cada um dos quatro grupos na segunda fase do torneio. Mas ainda havia a primeira etapa…

Jornal O Estado de S. Paulo de 20 de outubro de 1986Aí talvez esteja enraizada toda a cultura de “virada de mesa” do futebol nessas bandas. Eram quatro chaves (A, B, C e D), com onze times. Os seis melhores de cada uma passariam à fase seguinte, além dos quatro melhores independentemente dos grupos. A esses ainda se juntariam outros quatro classificados através do Torneio Paralelo – uma disputa à parte, com 36 clubes em quatro grupos, tendo o Central de Caruaru como ganhador de um. Numa conta simples, seriam 32 equipes na 2ª fase, das quais as 24 melhores jogariam a sonhada e inédita primeira divisão no ano seguinte. Apenas os dois últimos dos grupos I, J, K e L seriam “rebaixados” – além de todos os eliminados na etapa anterior e no próprio Torneio Paralelo.

Ainda na primeira fase daquela competição, o primeiro grande baque. O Vasco, campeão brasileiro em 1974 e vice em 1979 e 1984, fora eliminado no grupo C. Logo, fora rebaixado. O motivo foi um tanto insólito. Um atleta do Sergipe, Carlos Alberto, havia sido flagrado no exame antidoping. Naqueles tempos, o julgamento terminava com a transferência dos pontos para a outra equipe. No caso, o Joinville, no grupo B e que ganhou os dois pontos – o sistema de três pontos por triunfo só surgiu em 1995. Foi o suficiente para ultrapassar o Vasco na disputa pela quarta e última vaga da repescagem. Veio a batalha de liminares…

O clube carioca, já sob influência de Eurico Miranda, entrou na justiça alegando “quebra de privacidade no resultado do exame antidoping”, numa clara brecha na lei, e o Joinville retrucou (veja aqui).

De mãos atadas, a CBF encontrou uma solução daquelas. A entidade eliminou a Portuguesa, a vice-líder da chave D, porque a direção havia entrado na Justiça Comum numa polêmica sobre a arrecadação dos jogos, sobre a legalidade dos 5% da bilheteria para a federação – sem relação com a classificação.

O rubroverde do Canindé foi outro a acionar a justiça. Mais. No pleito, contou com o apoio de todos os outros representantes de São Paulo, que ameaçaram se retirar do campeonato caso a decisão fosse mantida. Acuada novamente, a CBF – envolvida na época numa ardilosa disputa política – acabou dando razão a todos e classificou 33 equipes, no mais puro tapetão. Com o número ímpar, inviabilizando a formação da fase seguinte, além da pressão dos demais competidores, a confederação fez o mais fácil – quase um modus operandi -, ao promover a entrada de mais três equipes, apenas por uma questão de simetria. No bolo, entraram Náutico, Santa Cruz e Sobradinho – então eliminados e rebaixados -, totalizando 36 times, distribuídos em quatro chaves de nove. A bagunça foi documentada durante semanas pela revista Placar.

Enfim finalizada a primeira fase – vale ler duas vezes até aqui, pois foi mesmo um ano confuso -, veio a etapa classificatória às oitavas de final. Os jogos país afora começaram em 12 de outubro.

No dia 20, como publicou o jornal O Estado de S. Paulo, a CBF promoveu uma mudança no regulamento, aumentando a primeira divisão de 1987 para 28 clubes. Sustentou a modificação em uma resolução do Conselho Nacional de Desportos (CND), órgão normativo ligado ao governo federal, com a ampliação até a quantidade máxima indicada.

Para se ter uma ideia das paralisações e da falta de uma agenda, a segunda fase do Nacional de 1986 só terminou em 29 de janeiro do ano seguinte. O Vasco, aquele mesmo rebaixado lá no comecinho, se recuperou e chegou até as oitavas. Já Botafogo, Sport – 3º lugar na primeira fase – e Vitória, que avançaram nas vagas originais, foram “rebaixados”. A gritaria, como não poderia deixar de ser, foi enorme, iniciando a bola de neve.

O título de 1986 seria finalmente definido em 25 de fevereiro de 1987, num jogaço entre Guarani e São Paulo, no Brinco de Ouro. Festa tricolor nos pênaltis, após o eletrizante 3 x 3, com direito a prorrogação.

A partida só não teve mais reviravoltas que as reuniões na CBF, no STJD, no CND e na Justiça Comum visando a formação do Campeonato Brasileiro de 1987. O rebaixamento criado na edição do ano anterior perdera a validade jurídica após a mudança dos classificados à segunda fase.

Àquela altura, o número imaginado de 24 clubes para o primeiro ano com divisões – ou até a ampliação de 28 – já havia se tornado irreal. Teríamos novamente um Brasileirão com 44? Não era desejo de ninguém, ao menos isso.

Haveria, sim, o campeonato brasileiro com um critério técnico – mesmo que ali já existissem vários, com mudanças a cada novo debate entre os dirigentes. Entre as opções, esquecer 1986, e seus possíveis entraves jurídicos, e considerar o ranking histórico? Mas qual ranking, pontos ou arrecadação…? Esquecer a frieza dos regulamentos era uma vontade mais forte, desde que para benefício próprio. Durante todo o primeiro semestre, a cartolagem seguiu discutindo, com a CBF chegando a anunciar a falta de recursos e, por isso, a incapacidade de organizar um campeonato naquele momento.

Jornal do Brasil em 11 de setembro de 1987Como se sabe, surgiria justamente ali, em 11 de julho, o Clube dos 13 – que de fato, ao contrário de sua última e implodida versão, só tinha treze componentes, tradicionais.

Veio com uma visão inovadora do mercado esportivo, importante, mas à parte de todo o passado e do direito adquirido. De cara, o Clube dos 13 limpou geral a lista do torneio, definindo apenas 16 participantes, número abaixo até do mínimo estipulado por escrito por Manoel Tubino, presidente do CND, de 20 equipes.

Naturalmente, muita gente em condições de disputa ficou de fora, como, vejam só, o último vice-campeão brasileiro.

O tapetão foi empurrado para o torneio seguinte, iniciado em 11 de setembro de 1987 e ainda em discussão, como registrou o Jornal do Brasil. E aí não é mais preciso dizer mais nada. A confusão segue até hoje…

Eleição alvirrubra ganha as ruas recifenses

A eleição do Náutico para o biênio 2014/2015 terá 3.307 sócios aptos a voto.

São quatro chapas, um recorde entre os grandes clubes pernambucanos, e olhe que a marca seria ainda maior, pois um candidato desistiu.

Além do material amplamente compartilhado nas redes sociais e nas rádios, as três principais chapas investiram na divulgação nas ruas da cidade.

Outdoor, adesivos em carros e ônibus e até vídeos em painéis eletrônicos em pontos estratégicos da cidade, bem além de Rosa e Silva.

A eleição timbu será realizada no dia 15 de dezembro, nos Aflitos. Confira o histórico das eleições nos times da capital clicando aqui.

Movimento Transparência Alvirrubra (Glauber Vasconcelos – chapa 10)

Divulgação da chapa alvirrubra MTA. Crédito: MTA/divulgação

Alvirrubros de Coração (Marcílio Sales – chapa 13)

Divulgação da chapa timbu Alvirrubros de Coração

Renovação (Alexandre Homem de Melo – chapa 14)

Divulgação da chapa alvirrubra Renovação

Ainda há a chapa “Náutico pra frente”, encabeçada por Alberto de Souza, cujo número na disputa será o 12.

Os logotipos especiais para o número 100, do Estadual e os grandes clubes

100ª edição do Campeonato Pernambucano

O tradicional Campeonato Pernambucano chega a 100 edições em 2014.

Na verdade, a comemoração veio até antes, com o início do primeiro turno, apenas com os nove times intermediários, ainda em dezembro de 2013. Entre as várias ações visando a promoção do centésimo Estadual, a criação de um logotipo especial.

De fato, o número alcançado é expressivo. Não por acaso, os centenários dos grandes clubes do estado também mereceram ações de marketing.

Ao completar um século de história, em 2001, o Náutico criou uma marca, além de uma versão especial do escudo, com a borda dourada.

Em 2005 foi a vez do Sport ativar ações no centenário, com imagens exclusivas para aquela temporada. Neste mesmo contexto, visando 2014, está o Santa Cruz, com o lema “100 anos de paixão”.

Marcas dos centenários de Náutico (2001), Santa Cruz (2014) e Sport (2005)

A casta do futebol brasileiro em 2014

Troféus dos Campeonatos Brasileiros das Séries A, B e C

As três principais divisões do Campeonato Brasileiro já têm os seus 20 participantes definidos para 2014. Com o fim das séries A, B e C, e os respectivos os acessos, descensos e permanências, é possível apontar a estrutura do futebol nacional no ano da Copa do Mundo.

Série A (20 times)

Atlético-MG, Atlético-PR, Bahia-BA, Botafogo-RJ, Chapecoense-SC, Corinthians-SP, Coritiba-PR, Criciúma-SC, Cruzeiro-MG, Figueirense-SC, Flamengo-RJ, Goiás-GO, Grêmio-RS, Internacional-RS, Palmeiras-SP, Portuguesa-SP, Santos-SP, São Paulo-SP, Sport-PE e Vitória-BA

Campeão: Cruzeiro
Vice: Grêmio
Caíram em 2013: Fluminense, Vasco, Ponte Preta e Náutico

Série B (20 times)

ABC-RN, América-RN, América-MG, Atlético-GO, Avaí-SC, Boa Esporte-MG, Bragantino-SP, Ceará-CE, Icasa-CE, Fluminense-RJ, Joinville-SC, Luverdense-MT, Náutico-PE, Oeste-SP, Paraná-PR, Ponte Preta-SP, Sampaio Corrêa-MA, Santa Cruz-PE, Vasco-RJ e Vila Nova-GO

Campeão: Palmeiras
Vice: Chapecoense
Subiram em 2013: Palmeiras, Chapecoense, Sport e Figueirense
Caíram em 2013: Guaratinguetá, Paysandu, São Caetano e ASA

Série C (20 times, prováveis grupos)

Grupo A: Águia-PA, ASA-AL, Betim-MG, Botafogo-PB, CRB-AL, Cuiabá-MT, Fortaleza-CE, Paysandu-PA, Salgueiro-PE e Treze-PB

Grupo B: Caxias-RS, Duque de Caxias-RJ, Guarani-SP, Guaratinguetá-SP, Juventude-RS, Macaé-RJ, Madureira-RJ, Mogi Mirim-SP, São Caetano-SP e Tupi-MG

Campeão: Santa Cruz
Vice: Sampaio Corrêa
Subiram em 2013: Santa Cruz, Sampaio Corrêa, Luverdense e Vila Nova
Caíram em 2013: Brasiliense, Crac, Barueri, Baraúnas e Rio Branco

Série D (41 times, com 12 equipes classificadas ainda em 2013)

Baraúnas-RN, Boavista-RJ, Brasiliense-DF, Cene-MS, Crac-GO, Barueri-SP, Interporto-TO, Pelotas-RS, Princesa do Solimões-AM, Rio Branco-AC, Santos-AP e Vitória da Conquista-BA

Campeão Botafogo-PB
Vice: Juventude
Subiram em 2013: Botafogo, Juventude, Tupi e Salgueiro

A frustrante ocupação de apenas 26,9% nas arquibancadas no primeiro ano da Arena

Arena Pernambuco em 2013. Crédito: Consórcio Arena Pernambuco

A gestão público-privada da Arena Pernambuco terá três décadas de duração. Espera-se um faturamento bilionário no período. Entretanto, em seu ano de lançamento, o lado estatal do contrato deverá suprir nas contas a falta de torcida nas arquibancadas e camarotes e, consequentemente, arrecadação no estádio.

Entre 22 de maio e 7 de dezembro, a arena recebeu 25 jogos de futebol, sendo 22 na administração regular do estádio, à parte do esquema especial adotado pela Fifa na Copa das Confederações, com custo, operação e lucro sob a chancela da própria entidade que comanda o futebol.

Portanto, levando em conta só a operação do consórcio, o estádio arrecadou R$ 7,4 milhões com a venda ingressos. Vendo assim até parece muito, mas o número foi baixíssimo. Com cerca de 12,5 mil pessoas por jogo, a frustrante taxa de ocupação sobre os 46.214 lugares não chegou a 27%, num índice abaixo dos jogos nos Aflitos, Ilha do Retiro e Arruda. Preço alto? Distância? Acessibilidade? Os motivos certamente existem e deverão ser estudados.

Diluindo o borderô em todas as partidas, a renda média não passou de R$ 336 mil. E olhe que em 18 partidas o governo do estado disponibilizou os ingressos promocionais do Todos com a Nota com valores turbinados, sendo 15 mil entradas por R$ 25 – valor acima da quantia oferecida aos estádios na capital. Ou seja, esses jogos com a campanha poderiam ter, apenas com os bilhetes subsidiados, uma renda de 375 mil reais. Não chegou nem a isso. Com a má campanha do Náutico no Brasileirão, os dados baixaram de vez.

Na parceria público-privada sobre o empreendimento em São Lourenço da Mata, vale lembrar, o governo do estado terá que contornar qualquer rombo no faturamento anual caso a receita da temporada seja abaixo de 50% da previsão inicial, de R$ 73,2 milhões, segundo aditivo assinado em 21 dezembro de 2010.

A altíssima estimativa foi calculada considerando a presença de Santa Cruz e Sport, como o governo garantiu ao parceiro privado – mesmo sem firmar contratos com os clubes. Em 2013 o Tricolor não disputou uma partida sequer na arena, apesar da enorme pressão do poder público. Já o Leão só atuou como mandante em duas oportunidades.

Supondo que a previsão de faturamento nesta primeira temporada seja a metade, até mesmo porque o início da operação foi no fim de maio, o montante teria de ser R$ 36,6 milhões. Ainda assim, os dados vigentes passam longe.

O consórcio, claro, teve outras fontes de receita, como os R$ 10 milhões anuais do contrato de naming rights com a cervejaria Itaipava, o apurado nos bares e no enorme estacionamento, além do aluguel com o primeiro grande show musical. No entanto, o carro-chefe era – e será nos próximos anos – a comercialização de bilhetes no futebol. E olhe que nesta conta toda não foi feita sequer a divisão das receitas entre clubes e consórcio.

Como já foi dito, se a conta ficar no vermelho, o ônus será sempre do estado…

Copa Sul-Americana (2 jogos)
28/08 – Náutico (1) 2 x 0 (3) Sport – 8.320 pessoas – R$ 217.195
23/10 – Sport 1 x 2 Libertad-PAR – 17.575 pessoas – R$ 375.350
Público: 25.895 torcedores (média de 12.947, com 28% de ocupação)
Renda: R$ 592.545 (média de 296.272 reais)
Gols: 5 (média de 2,5)

Campeonato Brasileiro – Série A (18 jogos)
06/07 – Náutico 1 x 3 Ponte Preta – 20.413 pessoas – R$ 494.102
07/07 – Botafogo 1 x 0 Fluminense – 9.669 pessoas – R$ 368.550*
28/07 – Náutico 3 x 0 Internacional – 19.488 pessoas – R$ 517.290
10/08 – Náutico 0 x 0 Atlético-MG – 19.997 pessoas – R$ 508.430
17/08 – Náutico 0 x 1 Fluminense -16.583 pessoas – R$ 408.615
31/08 – Náutico 1 x 4 Atlético-PR – 11.263 pessoas – R$ 269.450
03/09 – Náutico 0 x 1 São Paulo – 12.217 pessoas – R$ 372.160
05/09 – Náutico 0 x 3 Vasco – 8.153 pessoas – R$ 224.615
11/09 – Náutico 0 x 2 Grêmio – 6.826 pessoas – R$ 159.010
22/09 – Náutico 0 x 0 Flamengo – 15.003 pessoas – R$ 481.815
28/09 – Náutico 3 x 0 Coritiba – 7.065 pessoas – R$ 156.500
06/10 – Náutico 1 x 4 Cruzeiro – 20.661 pessoas – R$ 528.715
09/10 – Náutico 1 x 3 Botafogo – 6.658 pessoas  R$ 148.740
19/10 – Náutico 1 x 5 Santos – 5.452 pessoas – R$ 116.980
27/10 – Náutico 0 x 2 Goiás – 3.558 pessoas – R$ 68.645
10/11 – Náutico 0 x 1 Criciúma – 2.707 pessoas – R$ 50.335
17/11 – Náutico 0 x 1 Bahia – 2.721 pessoas – R$ 50.385
07/12 – Náutico 1 x 0 Corinthians – 9.716 pessoas – R$ 260.185
Público: 198.150 torcedores (média de 11.008, com 23,8% de ocupação)
Renda: R$ 5.184.522 (média de 288.029 reais)
Gols: 43 (média de 2,38)

Campeonato Brasileiro – Série B (1 jogo)
26/10 – Sport 4 x 2 ASA – 23.559 pessoas – R$ 583.075
Taxa de ocupação: 50,9%

Amistoso (1 jogo)
22/05 – Náutico 1 x 1 Sporting-POR – 26.903 pessoas – R$ 1.040.104
Taxa de ocupação: 58,2%

Total comercial (apenas as partidas jogos sob a operação do consórcio)
Jogos: 22
Público: 274.507 torcedores (média de 12.477, com 26,9% de ocupação)
Renda: R$ 7.400.246 (média de 336.374 reais)
Gols: 56 (média de 2,54)

Copa das Confederações (3 jogos)
16/06 – Espanha 2 x 1 Uruguai – 41.705 pessoas
19/06 – Itália 4 x 3 Japão – 40.489 pessoas
23/06 – Uruguai 8 x 0 Taiti – 22.047 pessoas
Público: 104.241 torcedores (média de 34.747, com 75,1% de ocupação)
Gols: 18 (média de 6)

Geral (Copa das Confederações + regular)
Jogos: 25
Público: 378.748 torcedores (média de 15.149, com 32,7% de ocupação)
Gols: 74 (média de 2,96)
Como a Fifa não divulgou a renda nos jogos do evento-teste em junho, não há como divulgar o valor bruto da venda de ingressos.

*No clássico carioca entre Botafogo e Fluminense a divisão da arrecadação foi diferente. O alvinegro bancou o aluguel, de R$ 270 mil, para ficar com todo o borderô. Porém, o clube acabou amargando um prejuízo de R$ 41 mil.