Um voto de confiança para o trabalho recifense na base

Centros de treinamento de Náutico, Santa Cruz e Sport. Montagem: Cassio Zirpoli

Mesmo sem revelar tantos talentos e com a estrutura geral ainda em formação, as torcidas dos grandes clubes do Recife mantêm o apoio ao trabalho na base.

Somando os votos das três massas, 1.243, eis a opinião geral na enquete que mediu o grau de satisfação sobre o trabalho na base: bom, 43,28%; mediano, 34,27%; ruim, 22,45%. Confira os detalhes da estrutura do Trio de Ferro clicando aqui.

Com uma estrutura quase completa e iniciando um plano para a revelação de talentos no futebol, só o Náutico teve mais da metade dos votos na opção “bom”.

Mesmo sem um centro de treinamento de fato, os corais registraram 47% de aprovação. Talvez por causa da base do time profissional, atual bicampeão do estado.

No caso leonino, apesar dos R$ 6 milhões investidos no CT de Paratibe, a torcida rubro-negra segue reticente. Os votos da opção “mediano” foram maioria. Rescaldo da base encerrada em 2001 e só agora retomada de vez.

O que você acha do trabalho realizado nas categorias de base do seu clube, considerando resultados e estrutura?

Sport – 615 votos
SportBom – 35,28%, 217 votos
Mediano – 36,91%, 227 votos
Ruim – 27,81%, 171 votos

Santa Cruz – 316 votos
Santa CruzBom – 47,47%, 150 votos
Mediano – 29,75%, 94 votos
Ruim – 22,78%, 72 votos

Náutico – 312 votos
NáuticoBom – 54,81%, 171 votos
Mediano – 33,65%, 105 votos
Ruim – 11,54%, 36 votos

A importante numeração do uniforme no futebol

Copa da Inglaterra 1933, final: Everton 3x0 Manchester City. Crédito: Youtube

Demorou setenta anos a partir da criação do futebol até que alguém tivesse a ideia de numerar os uniformes. Colaborou para isso a polêmica nos jogos com atletas semelhantes, súmulas confusas etc. Em 1933, a federação inglesa, bem à frente no profissionalismo do esporte, inovou logo na decisão da tradicional Copa da Inglaterra.

No dia 29 de abril, num Wembley repleto, o Everton venceu o Manchester City por 3 x 0. Curiosamente, os jogadores do Everton atuaram com as camisas do 1 ao 11, enquanto o City jogou do 12 a 22. Acima, a histórica entrada das equipes naquela final em Londres.

Na temporada seguinte, a entidade britânica liberou a utilização dos mesmos números para os dois times em campo. Viu que não confundia no acompanhamento das partidas…

A Fifa demorou um pouco mais a aceitar a novidade nas suas regras gerais. A primeira Copa do Mundo com identificação numérica foi em 1950, no Brasil. Por sinal, os clubes do país já vinham utilizando o novo recurso visual desde 1947.

Até então não havia qualquer preferência por número. Até um tal de Pelé, aos 17 anos, eternizar a camisa 10 em 1958, transformando o número em sinônimo de craque.

Falando nisso, assim como Pelé inovou como a camisa 10, ainda é possível alguém desenvolver um número específico para um craque? Messi com a camisa 1, por exemplo.

À parte disso, a Fifa passou a exigir em 1994 até os nomes dos atletas no Mundial, além da numeração fixa. Contudo, isso ainda não é regra para os clubes.

No Recife, o Sport irá utilizar a numeração fixa pela terceira vez em sua história. Antes, o Leão adotara em 2000 e 2009. Neste ano, destaque para Henrique (7), Gilberto (9), Marquinhos Gabriel (10), Cicinho (12) e Magno Alves (99). Veja a lista completa aqui.

Caso a ideia fosse estendida aos rivias, quais seriam os números fixos dos principais destaques de Náutico e Santa Cruz no Campeonato Brasileiro?

Avalie o trabalho na categoria de base do seu clube

Centros de treinamento de Náutico, Santa Cruz e Sport. Montagem: Cassio Zirpoli

Os três grandes clubes do Recife vêm investindo, enfim, nas categorias de base, que formam a mola propulsora para encarar com personalidade o atual mercado da bola.

Em ritmos completamente distintos, cada um está montando a sua estrutura.

Há mais de uma década com ações gradativas, o Náutico tem a Guabiraba. Alavancando as obras há um ano, o Sport ergue o CT em Paratibe. No mesmo bairro, o Santa Cruz lançou a pedra fudamental e busca parceiros para acelerar o empreendimento.

Some o trabalho efetuado atualmente pelos técnicos profissionais para a revelação de talentos, com as categorias infantil, juvenil e júnior. Hora de avaliar esta mistura.

Os clubes estão conseguindo formar atletas competitivos para o mercado, cada vez mais aquecido? Qual é a sua opinião sobre este tema? Comente e participe da enquete.

Saiba os detalhes de infraestrutura dos três centros de treinamento clicando aqui.

O foco do debate é a dinheirama recebida pelo Porto de Caruaru, que faturou R$ 5 milhões com a negociação do volante Rômulo, cumprindo à risca o trabalho na área…

O que você acha do trabalho realizado nas categorias de base do seu clube, considerando resultados e estrutura?

  • Sport - Mediano (18%, 227 Votes)
  • Sport - Bom (17%, 217 Votes)
  • Náutico - Bom (14%, 171 Votes)
  • Sport - Ruim (14%, 171 Votes)
  • Santa Cruz - Bom (12%, 150 Votes)
  • Náutico - Mediano (8%, 105 Votes)
  • Santa Cruz - Mediano (8%, 94 Votes)
  • Santa Cruz - Ruim (6%, 72 Votes)
  • Náutico - Ruim (3%, 36 Votes)

Total Voters: 1.242

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A 8ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação da Série A de 2012 após 8 rodadas. Crédito: Superesportes

Fim da oitava rodada na divisão de elite do Brasileirão.

No sábado, o Alvirrubro foi bem superior ao Atlético-GO e conquistou a sua primeira vitória longe de casa. O gol de Araújo o colocou no topo da artilharia da Série A, com cinco gols, ao lado do vascaíno Alecsandro. O jogador já virou referência no Timbu.

No domingo, o Rubro-negro teve tudo para conquistar os três pontos. Acabou brecado pelo preciosismo nas finalizações diante do time reserva do Corinthians. Por muito pouco não saiu derrotado, empatando o jogo aos 44 minutos. Dos males, o menor.

A 9ª rodada da Série A para os pernambucanos:

14/07 (18h30) – Corinthians x Náutico
15/07 (18h30) – Sport x Portuguesa

Três pontos na escala Richter no Serra, para o Náutico

Série A 2012: Atlético-GO 0x1 Náutico. Foto: Carlos Costa Oliveira/Futura Press/Náutico (divulgação)

Uma apresentação sólida, dominando as ações mesmo atuando na casa do adversário.

Assim foi o Náutico, vitorioso, na noite deste sábado.

O Atlético Goianiense vinha de cinco derrotas consecutivas no campeonato brasileiro, em crise. Dispensando jogadores e com o técnico balançando. Ao Timbu, era a chance de ouro para pontuar fora de casa, algo que até esta rodada não havia acontecido.

O técnico Alexandre Gallo tinha consciência disso. A postura do time, sem fissuras, deixou isso claro, com a marcação já na saída de bola do Dragão.

A ousadia tática no Serra Dourada deu certo, com a posse de bola pendendo para o lado pernambucano. Com o time nos eixos, o Alvirrubro necessitava, então, que desta vez o setor ofensivo fosse eficiente, “só”.

Pois é. A confiança fora depositada no faro de gol de Araújo, desfalque na apresentação passada por uma cláusula contratual junto ao Flu. Dito e feito.

Autor de quatro gols até então na competição, Araújo, 34 anos, abriu o placar aos 24 minutos, em uma forte cabeçada, após um cruzamento na medida de Lúcio.

Gol para deixar o experiente atacante no topo da artilharia. Que custo benefício!

Por sinal, os dois protagonistas da jogada decisiva já haviam sido o diferencial do time nos primeiros resultados positivos nesta Série A.

Em vantagem, o Náutico tentou evitar o comportamento natural de jogar para manter o resultado na etapa final. Até sofreu alguma pressão do Atlético, mas o rival, tecnicamente limitado, não ofereceu perigo de fato na grande maioria do tempo.

O único susto foi em uma cabeçada de Patric, que Alessandro tirou na linha.

Articulando contragolpes, o Náutico buscou o segundo gol. Não conseguiu, mas, ainda mais importante, prendeu a bola no campo adversário. Segurou o 1 x 0.

Três pontos que abalaram de vez a estrutura do Atlético, rachado, lanterna.

Na equipe de Rosa e Silva, o resultado deixou uma base sólida de confiança. E ajudou bastante a evitar o terremoto no abismo chamado Z4.

Série A 2012: Atlético-GO 0x1 Náutico. Foto: Kaiê Oliveira/Atlético-GO (divulgação)

Trio de Ferro quer acesso de metropolitano e interiorano

Clubes da segunda divisão do campeonato pernambucano em 2012

Arrastada, a segunda divisão pernambucana terá 28 rodadas somente na primeira fase. No entanto, as torcidas de Náutico, Santa e Sport já ensaiaram o discurso no apoio.

Com percentuais semelhantes na opção mais votada, acima de 44%, as três maiores torcidas do estado querem o acesso de um clube metropolitano e outro do interior.

O resultado da enquete condiz de certa forma com a divisão de clubes da segundona desta temporada, espalhada com sete clubes no Grande Recife e outros oito nas demais regiões, Zona da Mata, Agreste e Sertão e São Francisco.

Curiosamente, este ano foram rebaixados da elite um time da capital, o América, e um do outro extremo do estado, o Araripina. Seis por meia dúzia?

Abaixo, os dados da enquete do blog separados por cada clube. Considerando a soma geral, de 781 votos, a opção com uma agremiação de cada região registrou 47,76%.

Dois times do interior também aparece como uma opção “viável”, com 31,11%. Por último, com 21,13%, a escolha com a classificação de duas equipes do Grande Recife.

Indique a sua torcida para os dois clubes que irão se classificar na segunda divisão pernambucana para a elite de 2013

Sport – 452 votos
SportUm do Grande Recife e um do interior – 49,12%, 222 votos
Dois do interior – 32,96%, 149 votos
Dois do Grande Recife – 17,92%, 81 votos

Santa Cruz – 209 votos
Santa CruzUm do Grande Recife e um do interior – 44,02%, 92 votos
Dois do interior – 29,67%, 62 votos
Dois do Grande Recife – 26,31%, 55 votos

Náutico – 120 votos
NáuticoUm do Grande Recife e um do interior – 49,16%, 59 votos
Dois do interior – 26,67%, 32 votos
Dois do Grande Recife – 24,17%, 29 votos

Uniformes limpos, sem deixar de faturar

Camisas sem patrocínio

Uma cobrança antiga da torcida pernambucana começa a se dissipar.

Os uniformes com aspecto de macacão de Fórmula 1 vêm se tornando rotina, até pelo momento vivido no futebol brasileiro, com inúmeras empresas investindo no esporte.

Como nenhum clube está disposto a rasgar dinheiro e nenhuma grande marca vem bancando a exclusividade na camisa, o jeito é ocupar todos os espaços possíveis.

Uma boa verba no caixa, mas que frustra o desejo do torcedor de adquirir a camisa.

Colocar nas lojas uma versão limpa, fiel à tradição, também não é uma tarefa fácil, pois os patrocinadores exigem sob contrato a exposição de sua marca.

Aos dirigentes, uma negociação puxada para viabilizar parte do estoque desta forma.

Nesta temporada, os três clubes do Recife conseguiram isso, enfim.

Nas lojas oficiais, Náutico e Santa Cruz já vinham comercializando as camisas especiais no tom sóbrio por R$ 179 (camisa 12) e R$ 119 (juvenil), respectivamente.

Agora, o Sport irá fazer o mesmo. Em acordo com a Lotto, o Leão vai disponibilizar 30% do lote com camisas sem patrocínio. Entre os modelos do Timbu e da Cobra Coral, uma versão criada por um torcedor rubro-negro, antecipando o produto (veja aqui).

No entanto, a camisa deve chegar por R$ 199, mais cara que a tradicional, de R$ 179.

Um passo foi dado neste segmento do mercado. Resta agora atacar a pirataria, que há tempos reduz bastante o faturamento dos clubes com produtos oficiais.

E aí  não tem jeito… O caminho está no barateamento do preço.

Habemus tecnologia no futebol

Futebol na linha. Foto: Fifa/divulgação

Uma data histórica para o futebol, com o início de uma nova era, sem exagero.

Após muito tempo relutando, a International Football Association Board (Ifab), arcaico órgão que regula as regras do esporte desde 1882, aceitou realizar alguns testes com equipamentos eletrônicos na linha do gol.

O objetivo era tirar aquela dúvida pertinente em lances polêmicos na linha do gol:

“Bola entrou ou não entrou?”

Até porque outros esportes populares no planeta já contam com o recurso há tempos, como basquete, vôlei e tênis, usando até o 3D para evitar marcações equivocadas. No próprio futebol as emissoras de televisão contam com tira-teimas desde 1986!

Pois neste dia 5 de julho de 2012, exatamente 130 anos depois das primeira regras internacionais, a tecnologia foi finalmente adotada no futebol, na reunião da Ifab.

Eis a norma oficial da regra sobre a tecnologia na linha do gol:

Se a bola cruzar a linha, a tecnologia na linha do gol enviará automaticamente, dentro de um segundo, as informações ao árbitro e seus auxiliares. A mensagem é então exibida no relógio do árbitro e de seus auxiliares.

A série de erros em competições importantes, inclusive na Copa do Mundo, fortaleceu o pleito, que ganhou a adesão do próprio mandatário da Fifa, Joseph Blatter.

A tecnologia tem duas vertentes, o Hawk-Eye (câmeras) e o GoalRef (chip e campo magnético), ambos com o aval da Fifa. Será implantada no Mundial de Clubes deste ano.

A notícia traz a certeza de que a Copa do Mundo de 2014 será integralmente inserida no novo contexto tecnológico nos estádios, com o custo de clubes e federações.

Fica a expectativa para saber quando o campeonato pernambucano contará com o recurso eletrônico. Por aqui, será bem necessário…

Saiba mais sobre o assunto clicando aqui.

Tecnologia no futebol. Foto: Fifa/divulfgação

Estádios pernambucanos na terceira idade

Estádio antigo

Os três grandes palcos do futebol pernambucano já apresentam idades avançadas.

A Ilha do Retiro celebrou nesta quarta-feira seus 75 anos de história. Também na terceira idade, os Aflitos completou 73 anos de inauguração em 25 junho.

No mesmo mês, o Arruda chegou a quatro décadas, o mais novo dos três. Porém, o estádio coral não sofre uma grande intervenção desde 1982. Ações paulatinas e só.

O mesmo se aplica à casa alvirrubra, cujo projeto de ampliação de Rapahel Gazzaneo foi concluído há dez anos. No reduto leonino, o último setor erguido foi em 2007.

Um gramado novo aqui, um placar eletrônico mais moderno ali, mais cadeiras e ponto. Para aí o reforço na infraestrutura dos principais estádios do Recife. Defasados.

A partir deste ponto vem a indagação sobre o cenário cada vez mais evidente que se projeta para o futebol brasileiro para os próximos anos.

Com o objetivo de valorizar a milionária Série A, consolidada nos pontos corridos e com 20 clubes, a CBF passaria a exigir dos participantes, após a Copa do Mundo no Brasil, praças esportivas de “última geração”, com o padrão próximo ao europeu.

Não só em Pernambuco, mas em todo o país já existe a especulação de uma pressão natural sobre o campeonato brasileiro, mas que poderá virar uma pressão política.

São doze arenas para o Mundial, com a clara necessidade de operação, e outras já em construção, com destaque para os novos estádios de Grêmio e Palmeiras.

Nessa lógica, algumas cidades tradicionais no esporte nacional também teriam que se adequar rapidamente, como Goiânia, Florianópolis e Belém.

Tanto no conforto dos torcedores no estádio quanto na acessibilidade.

A aposentadoria dos Aflitos e da Ilha está encaminhada. O Arruda precisará se esforçar para se manter no mercado. História à parte, a renovação parece irreversível…

Estádio antigo

 

Publicidade de boca em boca, via camisas especiais

Camisa do Corinthians para a final da Libertadores de 2012, contra o Boca Juniors

Na véspera de uma decisão importantíssima, você a aprovaria a confecção de uma camisa do seu clube provocando o adversário?

No caso acima, não se trata de uma camisa simbolizando a conquista, cuja produção realmente necessita ser anterior ao resultado por uma questão de logística no mercado.

O foco foi baseado na mais pura provocação para a final.

Neste caso do Corinthians, alguns torcedores até usaram a imaginação para cutucar o Boca Juniors, na véspera do desfecho da Taça Libertadores da América deste ano.

Abaixo, três exemplos de modelos produzidos pelos próprios clubes, visando uma verba extra, mas tendo o objetivo alcançado nas respectivas competições como prisma.

Obviamente, nem sempre essa ideia dá certo. Como provocação ou marketing.

Na última Série B, alvirrubros e rubro-negros viajaram com as camisas para os jogos que poderiam render o acesso matemático. No Náutico, em Varginha. No Sport, em Goiânia.

A “Elite de volta à elite” e “Nunca duvide do Sport” acabaram ganhando as lojas.

No lado oposto, um modelo do próprio Corinthians, em 2008, quando o clube paulista não ficou com o troféu da Copa do Brasil. Encalhou…

Camisas especiais de Náutico (acesso 2011), Corinthians (Copa do Brasil 2008) e Sport (acesso 2011)