12 clubes até 2015

Carlos Alberto Oliveira, presidente da FPF. Foto: Jaqueline Maia/Diario de Pernambuco

O número de clubes no Pernambucano foi ampliado de 10 para 12 em 2008.

Assim está e deverá ficar por mais algumas temporadas.

Há dois anos, o presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira, promoveu o acesso de quatro times da Série A2, quando apenas dois deveriam ter subido. Entre os quatro, o Centro Limoeirense, o seu time do coração, que não conseguiu o acesso no campo.

E veio um Estadual inchado, com datas insuficientes no calendário da CBF.

Sempre foi especulada a redução da competição para dez equipes desde então. O Estatuto do Torcedor, que prevê a realização de uma fórmula por pelo menos dois anos, acabou inviabilizando a mudança.

Como em 2011 o formato será o mesmo deste ano, vai abrir, assim, o caminho para a modificação dentro de dois anos. Em tese… Na prática, não deverá sair do papel.

Durante o Conselho Arbitral do Campeonato Pernambucano de 2011, nesta terça-feira, Carlos Alberto deu a seguinte declaração em entrevista ao blog:

“Enquanto eu for presidente  da Federação Pernambucana de Futebol, o número de clubes será 12. Não mudarei nada até 2015.”

Ele alegou que outros Estaduais têm mais clubes, como São Paulo, com 20 equipes. Lá, porém, são utilizadas 23 datas, enquanto aqui gastamos 26.

Em tempo: a gestão do mandatário acaba em 2015. Deveria ser em 2014, mas ele ganhou um ano de bônus para acompanhar o centenário da FPF…

Prendendo a respiração

Série B-2010: Náutico 1 x 1 Ponte Preta. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

É claro que o foco era a vitória na noite desta terça-feira.

Apenas os três pontos afastariam o Náutico da zona de rebaixamento da Série B.

Pelo menos o fôlego seria maior para a reta final do Brasileiro.

Mas a vitória não veio nos Aflitos. E a derrota passou raspando.

No fim, com dez jogadores desde o 1º tempo, o Timbu, que balançou as redes com Bruno Meneghel, segurou o 1 x 1 com a Ponte Preta, mais forte tecnicamente.

A reação da torcida alvirrubra?

Presente em bom número novamente, a galera timbu aplaudiu o time.

Aplaudiu o empenho de uma equipe a apenas dois pontos do terrível Z4.

Faltam três rodadas para o fim da Série B.

O próximo jogo?

Contra o Brasiliense, no Distrito Federal. O adversário, em 17º lugar, tem 40 pontos. O Náutico, em 16ºª, tem 42.

Prenda a respiração, torcedor. O próximo jogo pode decidir o futuro em 2011.

O aplauso pode ocorrer na viagem de volta ao Recife…

Gerações pernambucanas no Brasileirão

Pernambuco destacado no mapa do BrasilO Brasileirão completará 40 anos de história em 7 de agosto de 2011. Nesta data, em 1971, aconteceu a primeira rodada da Série A, batizada na época de “Campeonato Nacional de Clubes”. Fica uma dúvida em âmbito estadual. Como Pernambuco entrará nesta nova década do futebol do país?

Antes, relembre como foi o pontapé inicial do estado nas décadas anteriores.

1971
O futebol local tinha como maior feito o vice na Taça Brasil de 1967, com o Náutico, que disputou a Taça Libertadores em 1968.

Na primeira edição oficial do Campeonato Brasileiro – que substituiu competições como a Taça Brasil (1959-1968) e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970) – , o estado teve dois clubes entre os 20 participantes: Sport e Santa Cruz. O Náutico disputou a Segundona, também debutando no calendário, mas sem apoio algum.

A montagem das duas competições atendeu a critérios políticos e econômicos da época, em plena ditadura militar, além da tradição do futebol nos estados.

1981
O Santa Cruz havia sido o maior expoente nos anos 70, com a construção do Arruda, ainda sem o anel inferior, e as boas campanhas na Série A, como a semifinal em 1975.

A Série A, chamada de Taça de Ouro até então, vivia uma era na qual os estaduais eram classificatórios. Pernambuco teve três times entre os 44 daquele Nacional – os grandes do Recife. O futebol pernambucano teve, ainda, três na segunda divisão. Entre eles, o próprio Náutico, que conseguiu o acesso à elite do mesmo ano.

Também participaram América e Central. Neste ano foi realizada a primeira Terceirona (Taça de Bronze). O Santo Amaro, que teve outros nomes, como Vovozinhas e Recife, foi o vice-campeão brasileiro, mas sem direito ao acesso em 1982.

1991
O Sport começava a se destacar em relação aos rivais em termos nacionais, com a conquista da Série A (87), da Série B (90) e o vice na Copa do Brasil (1989).

Com a implantação do sistema de acesso e descenso em 1988, os estaduais foram 100% dissolvidos da engrenagem do campeonato brasileiro. Permanecer, subir ou cair de divisão se tornou um fundamento exclusivo do Brasileirão, por mais óbvio que isso possa parecer hoje em dia. Naquele ano, o estado teve duas torcidas na elite: rubro-negros e alvirrubros. E por pouco isso não mudou para pior, já que o Sport acabou na 18ª colocação, uma acima da zona de rebaixamento. Dinheiro da TV ainda era escasso.

Na Série B, que agregou todos os times da Série C do ano anterior – já que em 1991 o torneio foi cancelado -, Pernambuco teve quatro clubes: Santa Cruz, Central, América e Estudantes de Timbaúba. O Tricolor do Arruda acabou em 5º lugar e quase subiu – o clube acabou se classificando no ano seguinte, quando ficou em 4º.

2001
A década de 90 foi de amplo do domínio do Sport, que entrou no Clube dos 13 em 1997. Com 8 Estaduais e boas campanhas no Brasileiro, o Leão firmava seu território.

Após a Copa João Havelange no ano anterior, que reuniu 114 times de todas as divisões em um só torneio, em consequência ao “Caso Gama” (veja AQUI), a Série A foi retomada. Lá estavam Sport e Santa Cruz. A competição, iniciada em agosto, foi uma das últimas antes da era dos pontos corridos, implantada em 2003.

Os rivais das multidões ainda se recuperavam do Estadual, vencido pelo Náutico, com uma folha mensal de R$ 250 mil e na Série B. Ambos acabaram sendo rebaixados, deixando o estado pela primeira vez na história sem um representante na elite, já que o Timbu não subiu. Na Série C, o solitário Central acabou longe da briga pelo acesso.

2011
O estado encerra uma década marcada pela constante presença na segunda divisão e em níveis ainda mais obscuros. A Copa do Brasil de 2008 “salvou” o período.

O mapa local ainda está sendo desenhado. Mas já existem algumas certezas neste esboço. Com a criação da famigerada Série D, Pernambuco tem duas vagas. Santa Cruz e Central, outrora em divisões menos encardidas, vão em busca dessas vagas para entrar na 4ª divisão. O ascendente Salgueiro está garantido na Série B.

Sport e Náutico, no entanto, seguem numa luta imprevisível. Os dois ficarão na Segundona? Um sobe e o outro fica? Um fica e o outro cai? Ou um sobe e o outro cai… Faltam quatro rodadas para completar o novo mapa de Pernambuco no futebol brasileiro na abertura da próxima década. Nunca estivemos tão mal…

Década de taças

Torcidas de Santa Cruz, Sport e Náutico

O Campeonato Pernambucano de 2011 abre uma nova década no futebol local. Com a conquista do pentacampeonato neste ano, o Sport “venceu” também a década que está se encerrando. Foram seis títulos ao todo, ultrapassando o Náutico, que chegou a ganhar três Estaduais nos quatro primeiros anos (veja a lista de campeões AQUI).

Aproveitando o gancho do Conselho Arbitral desta terça-feira, na sede FPF, eis abaixo os campeões das décadas desde o primeiro Pernambucano, em 1915. Assim, obviamente, a primeira década, iniciada em 1911, teve apenas seis edições.

1915/1920 – Sport (3)
1921/1930 – Sport (4)
1931/1940 – Santa Cruz (5)
1941/1950 – Sport (5)
1951/1960 – Sport e Náutico (4)
1961/1970 – Náutico (6)
1971/1980 – Santa Cruz (6)
1981/1990 – Santa Cruz (4)
1991/2000 – Sport (8)
2001/2010 – Sport (6)

As décadas de 1931/1940 e 1941/1950 foram os períodos com o maior número de clubes campeões: quatro. Já a década passada (1991/2000) teve apenas dois.

Mais uma década rubro-negra ou os rivais podem retomar a hegemonia?

Primeiro giro em 2011

Confirmada a primeira rodada do Pernambucano de 2011, em 16 de janeiro (veja AQUI).

Federação Pernambucana de Futebol (FPF)Sport x América

Náutico x Petrolina

Vitória x Santa Cruz

Salgueiro x Cabense

Ypiranga x Central

Porto x Araripina

As datas da tabela completa da primeira fase da competição, que terá 22 rodadas, serão divulgadas pela FPF nesta sexta-feira, 12 de novembro. Antes, na terça, o Conselho Arbitral, na sede da entidade.

Como o Diario havia antecipado, o jogo entre rubro-negros e americanos, o “Clássico dos Campeões”, vai mesmo abrir a competição oficialmente, às 16h (veja AQUI).

O último confronto entre os dois clubes – de um total de 286 jogos desde 1916 – aconteceu em 11 de junho de 1995, no Carneirão, quando Leão venceu por 4 x 0.

Pisando no G4 e no Z4

Escada

Já foram realizadas 34 rodadas e o Sport segue tentando entrar no G4 da Série B. O Leão nunca pisou uma rodada sequer no grupo de acesso à elite nacional de 2011. O Náutico, por sua vez, segue numa luta grande para escapar do Z4. O Timbu, que chegou a liderar a Segundona, nunca ficou uma rodada na zona de rebaixamento.

Nesta terça-feira, com rodada cheia, o Rubro-negro também não poderá entrar no G4. Diante do Vila Nova, no Serra Dourada, poderá apenas se aproximar. Já o Alvirrubro precisa voltar a vencer em casa, agora contra a Ponte Preta, para abrir uma margem mínima sobre o Z4, que hoje é de um ponto.

A quatro rodadas do fim, confira abaixo os times que mais “pisaram” no G4 e no Z4 do Campeonato Brasileiro da Série B desta temporada.

Rodadas no G4 (11 clubes)
27 – Coritiba
27 – Figueirense
23 – Bahia
18 – América/MG
11 – Náutico
7 – Paraná
6 – Ponte Preta
6 – São Caetano
5 – Portuguesa
5 – Guaratinguetá
1 – Brasiliense

Coritiba, Figueirense, Bahia e América/MG integram o G4 há 11 rodadas consecutivas.

Rodadas no Z4 (10 clubes)
34 – Ipatinga
30 – América/RN
21 – Santo André
16 – Vila Nova
11 – Brasiliense
10 – Duque de Caxias
6 – Bragantino
4 – Sport
2 – Icasa
2 – Coritiba

Curiosamente, Brasiliense, Santo André, Ipatinga e América/RN também integram o Z4 há 11 rodadas consecutivas.

Pernambucano de 2011 em pauta

Documento da FPF sobre o Conselho Arbitral do Campeonato Pernambucano de 2011A Federação Pernambucana de Futebol publicou o edital de convocação para o Conselho Arbitral do Pernambucano de 2011.

A reunião está marcada para as 16h da próxima terça-feira, 9 de novembro, na sede da FPF, no bairro da Boa Vista (veja AQUI).

Representantes dos 12 clubes da elite vão deliberar sobre possíveis ajustes no próximo Estadual.

A fórmula será a mesma aplicada neste ano: 1ª fase com turno e returno (22 jogos para cada equipe) e fase final com os quatro melhores classificados (semifinal e final).

De antemão, o Náutico já se posicionou contra a mudança na norma de desempate para o mata-mata, que daria vantagem para o time de melhor campanha na primeira etapa.

Qual mudança (ajuste ou “aditivo”) poderia ser implantada na competição? Lembrando que o regulamento terá que ser o mesmo, de acordo com o Estatuto do Torcedor…

Na minha opinião, os dirigentes poderiam começar a discutir a ideia de reduzir o certame de 12 para 10 clubes. No caso, com quatro rebaixados em um torneio. Porém, isso só poderia ocorrer em 2012. Até lá, o velho calendário apertado.

A cinco passos…

Projeções na Série B do Brasileiro de 2010, após 33 rodadas, do Infobola (esquerda) e Chance de Gol (direita)

Estamos a menos de um mês do desfecho do Campeonato Brasileiro da Série B de 2010. Na verdade, a 38ª e última rodada será realizada em 27 de novembro.

Faltam 5 jogos para cada um dos 20 participantes da Segundona.

Sport e Náutico vivem realidades distintas. Ambos a um ponto do limite.

Rubro-negros a um ponto do G4 e alvirrubros a um ponto do Z4.

Acima, as projeções atualizadas após 33 rodadas.

A matemática pode ser exata, mas veja a difereça nos dados de dois dos principais sites de probabilidades no futebol do país, o Infobola e o Chance de Gol.

Para subir, o Leão varia entre 35,2% e 38%. Oficialmente, o Timbu esgotou qualquer “chance” de subir: 0%. Já a possibilidade de queda timbu subiu para 49,6%…

Z4 se aproxima

Série B-2010: Portuguesa 3 x 1 Náutico. Foto: Portuguesa/divulgação

Fim do primeiro tempo no Pacaembu.

Náutico 1 x 0 Portuguesa, diante de 748 testemunhas na noite desta terça-feira. A vitória parcial do time pernambucano era surpreendente e necessária.

O gol de Geilson acabava, até ali, com um hiato de 108 dias sem vitórias longe dos Aflitos. Um resultado para espantar o fantasma do rebaixamento à Terceirona.

Na etapa final, bastaram dois minutos para desmontar todo o esquema do Náutico e para acabar com qualquer esperança do torcedor alvirrubro na partida.

Com gols de Glauber e Héverton, a Lusa virou a partida. Depois, Ademir Sopa ainda marcou o terceiro gol e deixou claro toda a fragilidade do time de Rosa e Silva.

Fragilidade técnica e falta de confiança: vitória da Lusa por 3 x 1.

Foi a 17ª derrota timbu na Segundona. É a equipe que mais perdeu na competição em 2010, ao lado de Ipatinga e América/RN.

Mas é verdade que a situação poderia ter sido ainda pior. O time esteve próximo de entrar na zona de rebaixamento do Brasileiro. Bastava uma vitória do Ipatinga.

Mas não aconteceu. O Figueirense mostrou força no G4 e ganhou por 2 x 0. Mas, de qualquer forma, o lastro acima do famigerado Z4 ficou ainda menor.

Agora, a “vantagem” é de um ponto (38 x 37). Consequência da vitória do Brasiliense, fora de casa. Sobre quem? Sobre o Guaratinguetá. É aquele mesmo, alvirrubro…

Vitória da Lusa por 3 x 1.

Real e surreal

Série B-2010: Náutico 0 x 1 Guaratinguetá. Timbu perde nos Aflitos e torcedor invade o gramado. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

A garra no Clássico dos Clássicos, há uma semana, foi bem animadora.

Apesar das adversidades, o Náutico se desdobrou em campo.

Em plena Ilha do Retiro.

Arrancou um empate e por pouco não saiu com uma vitória no reduto do rival.

Mais do que o ponto, o que ficou mesmo de positivo naquela partida foi o empenho, a entrega dos alvirrubros. O alento para um desfecho mais tranquilo nesta Série B.

Agora, esqueça tudo isso. Isso mesmo.

Pois foi os próprios jogadores de Rosa e Silva esqueceram.

Com um desempenho técnico pífio, além das falhas organizacionais – como chegar aos Aflitos faltando 15 minutos -, o Náutico foi derrotado em casa pelo Guaratinguetá.

No placar, 0 x 1.

Gol do ex-alvirrubro Jhon, aos 21 minutos do segundo tempo, num vacilo daqueles da defesa pernambucana. Depois, nenhum lampejo de reação. Apatia em estado bruto.

No fim, o protesto, com um torcedor invadindo o campo, atletas constrangidos e evitando dar declarações no gramado. E, acima de tudo, um temor na classificação.

A margem em relação à zona de rebaixamento é de apenas 4 pontos e pode piorar até o fim desta 32ª rodada do Brasileiro. O medo da Série C já é real. E surreal.