Final com menos torcedores e menos telespectadores

Finais do Campeonato Pernambucano de 2011 e 2012. Fotos: Diario de Pernambuco

No fim das contas, o Campeonato Pernambucano desta temporada não agradou mesmo nem os torcedores nas arquibancadas e nem o público diante da televisão. Os dados da decisão da competição apresentam um resultado curioso.

A final de 2012 registrou um público menor que a decisão anterior, que reuniu os mesmos finalistas. A diferença foi de 16.332 torcedores. Em relação à audiência na TV aberta, medida no estado pelo Ibope Media Workstation, o hiato é muito maior, de 360.738 telespectadores, o que representa 12 pontos no Grande Recife.

As duas edições finais dos Clássicos das Multidões de 2011 somaram quase dois milhões de telespectadores. Para ser exato, foram 1.983.738, segundo o Ibope. Já a disputa que resultou no bi dos corais agregou 1.623.000 pessoas sintonizadas na telinha.

Confira abaixo os dados de audiência, considerando, além de telespectadores e pontos, o share, que é a porcentagem de aparelhos de TV ligados.

Na sua opinião, qual teria sido o motivo (ou motivos) para essa queda na audiência?

A disputa pelo hexa em 2011 e  o nível técnico de 2012 podem ter colaborado…

Audiência das finais do PE em 2011 e 2012, segundo o Ibope

A matemática da bilheteria coral

Pernambucano 2012, final: Santa Cruz 0x0 Sport. Foto: Celso Ishigami/Diario de Pernambuco

Como era esperado, o Santa Cruz chegou a um acordo com o governo do estado e conseguiu um aumento no valor do ingresso para a campanha do Todos com a Nota.

No entanto, o número de ingressos promocionais diminuiu para a Série C.

Vamos às contas.

Anteriormente, seriam 20 mil entradas, ao custo de R$ 8. Agora, a carga passou para 10 mil bilhetes, com o poder público subsidiando R$ 11 por cada entrada.

A renda bruta com o TCN, que seria de R$ 160 mil, passou para R$ 110 mil por jogo.

Ao todo, o Santa Cruz poderia arrecadar R$ 1,44 milhão com as nove partidas da primeira fase do Brasileiro, ou até R$ 1,92 milhão em caso de classificação coral à decisão, com doze partidas realizadas no Arruda.

O faturamento mudou para R$ 990 mil e R$ 1,32 milhão, respectivamente.

Ou seja, o bicampeão pernambucano abriu mão de 31,25% da receita previamente informada. Para recuperar (e avançar), os corais querem tirar proveito dos bilhetes tradicionais, que serão comercializados por R$ 40 (arquibancada) e R$ 20 (geral).

Resta ver como será o comportamento da torcida coral com um ingresso mais caro e um torneio mais longo em relação ao último campeonato brasileiro. Muda um pouco.

O que você achou dessa decisão? Será melhor para o Santa Cruz? Comente.

Pernambucano 2012: Santa Cruz 2x0 Serra Talhada. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Paralisação das divisões menos favorecidas do Brasileiro

Tribunal

Suspenso o início das Séries C e D de 2012.

Com os torneios envoltos em um número enorme de ações na justiça comum, através dos clubes, o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Rubens Aprobatto, optou por adiar a abertura das competições, que começariam neste fim de semana.

Entraram na justiça: Araguaína (TO), Brasil de Pelotas (RS), Rio Branco (AC), Santo André (SP) e Treze (PB). As ações ocorreram nas respectivas cidades dos times.

Todos os juízes aprovaram os pedidos de inclusão, que se relacionam diretamente com o acesso e o descenso das duas séries (veja aqui).

Ou seja, se um clube ganhar a vaga, o outro perde, necessariamente. Bronca sem fim.

A chuva de liminares será informada à Fifa, que não curte muito a ideia…

De cara, a medida afeta os pernambucanos Santa Cruz e Salgueiro, na Terceirona, e Petrolina e Ypiranga, na última divisão nacional, que jogariam neste domingo.

A previsão para o início do Campeonato Brasileiro? Sem previsão…

Ao todo, 60 clubes ficarão sem ação alguma durante o período, com 1.500 jogadores sem atividade. Por mais que a folha de pagamento no fim do mês tenha que ser quitada.

Supondo que todos os atletas recebessem um salário mínimo, o que não é o caso, a despesa mensal seria de aproximadamente R$ 1 milhão…

Mais tempo de preparação para as agremiações ou desorganização pura? Pois é.

Bola de Ouro Sub-20 e Chuteira de Ouro. Não é aposta

Henrique, da Seleção Brasileira, no Mundial Sub 20 de 2011, na Colômbia. Foto: Fifa/divulgação

Se vem mesmo ou se vai dar certo, é outra longa conversa.

Na Ilha do Retiro, o esforço maior da diretoria está concentrado para trazer o atacante Henrique, do São Paulo.

O jogador está emprestado ao Granada, da Espanha, com os direitos econômicos estipulados em R$ 14 milhões (veja aqui).

Henrique foi eleito pela Fifa como o melhor jogador do Mundial Sub-20 de 2011, no qual conquistou o título com a Seleção Brasileira.

Além da Bola de Ouro, também foi o artilheiro, levando para casa a Chuteira de Ouro.

O post vai tratar, na verdade, da “recepção” da torcida rubro-negra com esta informação. Nas redes sociais, nesta quarta, houve quem demonstrasse insatisfação.

“É só uma aposta.”

“O elenco carece é de jogador para o meio-campo.”

Aposta?

Não, não é. Repito: pode até não dar certo, mas o feito de Henrique na Colômbia não pode ser desprezado. Muito pelo contrário. É o respaldo de uma grande contratação.

Vamos, então, lembrar os jogadores que ganharam a Bola de Ouro do Sub-20 nas edições anteriores. Todos eles, campeões mundiais da categoria, e com a Chuteira de Ouro na bagagem. Assim como Henrique. Confira a lista completa aqui.

2009 – Dominic Adiyiah, atacante de Gana
Contratado pelo Milan, mas, sem chances no elenco, acabou emprestado. Irá jogar a sua primeira temporada efetiva em 2013, na Ucrânia. Segue como prioridade no Milan.

2007 – Sergio Agüero, atacante da Argentina
Surgiu no Independiente, com 15 anos e 35 dias (a mais nova estreia do país), e foi negociado com o Atlético de Madri. Foi vendido na temporada passada ao Manchester City, por 35 milhões de euros. Nos dois clubes europeus, marcou 97 gols em 209 jogos.

2005 – Lionel Messi, atacante da Argentina
Tinha atuado pela primeira vez no profissional do Barça um ano antes. Marcou seis gols no Mundial Sub-20 e se credenciou para a sua primeira Copa, em 2006, com 19 anos.

Comparação à parte, o reforço chega a ser surreal…

Obviamente, o São Paulo já se mexe para realizar uma negociação rentável em breve.

Henrique, da Seleção Brasileira, no Mundial Sub 20 de 2011, na Colômbia. Foto: AFP

Cinco feriados em Pernambuco em junho de 2014

Praia de Boa Viagem

Sempre foi algo esperado a oficialização de feriados durante a Copa do Mundo.

Agora, enfim, a palavra de garantia…

A decisão sobre os feriados no Mundial de 2014 havia ficado com os estados, de acordo com a Lei Geral da Copa. Em Pernambuco, a decisão já está tomada.

O governado do estado, Eduardo Campos, confirmou nesta terça-feira que as partidas na Arena Pernambuco acontecerão durante os feriados ocasionais.

Uma medida que, entre outras coisas, atende ao projeto de mobilidade no torneio. Menos gente nas ruas, menos carros nas ruas… Aí, o fluxo desejado.

Vale lembrar que a nova arena terá cinco jogos na disputa. Portanto, confira as datas em junho de 2014: 14 (sábado), 20 (sexta), 23 (segunda), 26 (quinta) e 29 (domingo).

E olhe que a novidade deverá se estender à Copa das Confederações do ano que vem, na qual o estádio em São Lourenço da Mata poderá abrigar de uma a três partidas.

Segundo o governador, todos as subsedes estão se articulando da mesma forma, para apresentar o projeto unificado em breve. Nele, a tendência é que os feriados também ocorram nos jogos da Seleção Brasileira. Neste caso, datas livres em solo nacional!

Confira a tabela completa do Mundial clicando aqui.

Recife confirmado, Recife sempre confirmado no discurso

Copa das Confederações. Foto: Fifa/divulgação

Notícia quente do dia. Vamos lá.

“O Recife está confirmado na Copa das Confederações”.

Eis o comunicado completo da Fifa, no 62º Congresso da entidade (veja aqui):

“Copa das Confederações da Fifa Brasil 2013: Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro, Recife e Salvador foram aprovadas como cidades-sede; no entanto, foram preparados calendários de jogos incluindo quatro, cinco e seis cidades-sedes a fim de garantir flexibilidade em relação à situação no momento oportuno, no mais tardar em meados de novembro.”

Entendi mal ou, na prática, o estado continua na mesma situação? A tabela com quatro ou cinco sedes indica que uma ou duas cidades podem ficar de fora.

A notícia de “hoje” é tão diferente assim do cenário de “ontem”?

Não mesmo…

O prazo da decisão final foi novamente estendido. De junho para novembro.

Ou seja, se a Arena Pernambuco não acelerar – e existe um plano para isso, é verdade -, poderá ser desligada do evento-teste na próxima reunião da Fifa.

A obra do estádio está em 40%. A expectativa é chegar a 50% em junho. O objetivo é alcançar 100% em fevereiro do ano que vem.

A decisão foi mais política do que técnica, como quase tudo relacionado à organização dos eventos da Fifa no Brasil. Obviamente, os integrantes da parceria público-privada em São Lourenço da Mata irão comemorar bastante a “confirmação”.

Tecnicamente, porém, a decisão desta terça-feira não interferiu muito.

A cobrança por resultados no canteiro não diminuiu nada de ontem para hoje. Nada.

Ainda é preciso cumprir um prazo apertadíssimo.

Para que a Fifa não seja obrigada a usar as tabelas com quatro ou cinco sedes…

Das denúncias de suborno no futebol à difícil comprovação

Suborno

Assunto delicado, mas que não pode ser ignorado. O suborno no futebol.

A tentativa de aliciar jogadores adversários, árbitros e auxiliares.

Dinheiro sujo depositado em contas secretas com o objetivo de facilitar a vida em campo, ferindo todos os princípios da desportividade.

Há muitos anos episódios assim mancham o esporte. Não só o futebol, diga-se.

Mas vamos focar o esporte bretão. Mais. Ficaremos aqui na província pernambucana…

“Fulano de tal comprou dois campeonatos, pagando os times menores”.

“Sicrano deu uma dinheirama para o juiz da final”.

“Beltrano aliciou o goleiro rival na véspera do clássico”.

Acima, três situações imaginárias, com personagens fictícios. Para muitos torcedores, porém, é a verdade absoluta. No senso comum, o suborno consumado.

No Recife, acusações deste tipo, gravíssimas, se tornaram corriqueiras nos últimos anos.

A falta de provas segue sem importunar o discurso dos dirigentes, sempre com alguma teoria da conspiração para revelar após algum jogo decisivo, onde parece ser impossível perder na bola. A falta de uma punição é ainda mais venal para o arcaico artifício.

A punição ao suborno existe. Mas e a punição à falsa acusação?. Aí está o xis da questão. Os atos não vem sendo comprovados. Os meios de comunicação vêm sendo utilizados como vetores para a transmissão crua da informação.

Todos os clubes já foram alvo de alguma acusação do tipo, mas vamos a alguns exemplos ocorridos nos últimos anos. Curiosamente, todos tendo o Sport como protagonista. Sem meias palavras, os casos mais recentes na boca do povo:

O Sport teria subornado o árbitro Alicio Pena Júnior na Copa do Brasil de 2008, na semifinal e na final (valor não revelado).

O Sport teria subornado, de novo, o árbitro Alício Pena Júnior na final do campeonato pernambucano de 2010 (valor não revelado).

O Sport teria “comprado” a vaga do Central na semi do PE2011 (valor não revelado).

O Sport teria tentado subornar o meia Eduardo Ramos, então no Náutico, na semifinal do Pernambucano de 2011, por R$ 300 mil.

Na véspera da segunda partida da final do Estadual deste ano, na Ilha, o Leão teria pago R$ 70 mil ao árbitro Sandro Meira Ricci.

Mais uma. O Sport teria acertado um pagamento de R$ 200 mil ao elenco do Vila Nova na última rodada da Série B de 2011, no jogo que valeu o acesso.

Seis acusações contra o mesmo clube em quatro anos? Todas elas sem provas.

De presidentes a ex-presidentes, passando por “fontes anônimas”. Jogam no ventilador e pronto. O “acusado” que se vire para desmentir. Como assim? Que lógica é essa?

Das duas uma. Ou se investiga tudo, punindo severamente o Sport, caso o clube seja desmascarado, ou então o caminho é mesmo o que se apresenta após os seis casos.

No campo jurídico, até hoje, foram denúncias vazias.

Sempre terminando no ostracismo, mas com a imagem do clube duramente manchada. Só fomenta uma base de “certeza absoluta” até o próximo ato supostamente ilícito.

Por sinal, ficar indiferente às denúncias não colabora em nada. Viu, Sport?

Sport, Náutico, Santa e Central na Série A de 1959 a 2011

Campeonato Brasileiro

Há dois anos, a Confederação Brasileira de Futebol unificou todos os dados do Campeonato Brasileiro, criado em 1971, aos torneios nacionais precursores, a Taça Brasil (1959-1968) e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970).

Assim, campanhas das três competições passaram a ter o mesmo peso.

Qual seria, então, o retrospecto absoluto dos grandes do estado?

Além do trio do Recife, Caruaru também já representou Pernambuco na competição, através do Central, em 1979 e 1986, anos em que o estado emplacou quatro times na elite.

Considerando de 1959 a 2011, confira. No fim do ano, a atualização das estatísticas.

Sport
723 jogos (34 participações)
249 vitórias (34,4%)
203 empates (28,1%)
271 derrotas (37,5%)
845 gols marcados (1,16/jogo)
866 gols sofridos (1,19/jogo)
Melhor colocação: 1º lugar, em 1987

Náutico
590 jogos (32 participações)
194 vitórias (32,8%)
142 empates (24,1%)
254 derrotas (43,1%)
711 gols marcados (1,20/jogo)
800 gols sofridos (1,35/jogo)
Melhor colocação: 2º lugar, em 1967

Santa Cruz
481 jogos (23 participações)
144 vitórias (29,9%)
159 empates (33,1%)
178 derrotas (37,0%)
570 gols marcados (1,18/jogo)
672 gols sofridos (1,39/jogo)
Melhor colocação: 4º lugar, em 1960 e 1975

Central
32 jogos (2 participações)
7 vitórias (21,9%)
11 empates (34,4%)
14 derrotas (43,7%)
30 gols marcados (0,93/jogo)
48 gols sofridos (1,50/jogo)
Melhor colocação: 36º lugar, em 1986

O maior e mais caro Mundial de futebol do mundo, virtual

Mundial dp game Fifa Football

Transmissão ao vivo da Copa do Mundo da Fifa. Via streaming, na internet. Exclusivo.

Em vez de 208 seleções nas eliminatórias do maior evento do futebol, um contingente muito maior de postulantes ao título.

Nada de seleções, mas um modelo individual. Futebol jogado com as mãos…

No Playstation 3.

A quase fictícia Dubai será o palco da 8ª edição do Fifa Interactive World Cup, neste mês, com os 24 gamers que restaram da longa eliminatória da competição (veja aqui).

Na plataforma, o game Fifa Football 2012.

O crescimento no número de competidores impressiona. Os dados dos últimos anos proporcionaram seguidos recordes no Guinness Book, como maior competição online.

Não perca as contas sobre os incritos: 28 mil pessoas em 2008, 565 mil em 2009, 775 mil em 2010, 869 mil em 2011 e 1,3 milhao em 2012.

A edição vigente teve seis eliminatórias online e onze etapas presenciais, nas maiores metrópoles. A fase final terá três dias de jogos, com as maiores feras da atualidade.

O jogo produzido pela EA Sports, com a chancela da Fifa, vem sendo utilizado desde o início do Mundial, em 2004. Sempre com a versão mais atualizada.

Ainda neste ano começará a eliminatória oficial para o Mundial de 2013. Com o game Fifa 2013, obviamente, pois o campeonato vem somado ao mercado.

Até porque o regulamento da Fifa é bem direto (veja aqui):

Para participar do maior torneio de futebol virtual do mundo, você só precisa de um Sony PlayStation 3 e do jogo FIFA 12 da EA Sports.

Quando foi lançado, o Fifa 2012 custava R$ 180. Numa conta rápida, os participantes deste ano geraram R$ 180 milhões apenas com os discos.

Caso você se interesse em participar do próximo torneio, será preciso necessariamente adquirir a nova versão do jogo, cujo preço deverá ficar no mesmo patamar.

Ficou claro o maior objetivo de tanta interatividade, né?

Mundial dp game Fifa Football

O moicano de Balotelli

Barbershop da Nike

Campeão inglês com o Manchester City, o polêmico atacante italiano Mario Balotelli colecionou episódios durante a temporada, agradando e muito aos tablóides britânicos.

Agora, com a faixa de campeão, ele estrela uma nova campanha da Nike. No comercial, ele vai em busca de um novo corte de cabelo, uma de suas marcas registradas.

Entre os penteados históricos, Ronaldo (2002) e Valderrama (1990).

No fim, uma interação com público, a nova tendência dos comerciais (veja aqui).