América 20 – Caiu o primeiro elefante

Copa América 2011: Argentina 1x1 Uruguai, com vitória da Celeste nos pênaltis. Foto: AFA/divulgação

Santa Fé –  No mesmo dia em que calou o Maracanã em 1950, o Uruguai voltou destruir um rival fora de casa. Jogando no caldeirão no Cemitério dos Elefantes, a Celeste eliminou a Argentina nos pênaltis por 5 x 4, após empate em 1 x 1 durante 120 minutos.

Assim como em 1987, na última vez em que recebeu a Copa América, a Albiceleste caiu em casa diante do Uruguai, completamente reconstruído através da garra e da técnica.

Sobre a partida, é difícil descrever algo tão épico, ainda mais in loco, com forte carga de adrenalina. Tudo o que eu esperava de um Argentina x Uruguai foi correspondido.

Torcidas ensandecidas, partida batalhada, catimba, grandes jogadas, bolas na trave, gols anulados, expulsões, prorrogação, pênaltis… E craques de ponta em campo.

O melhor do mundo disparado e o melhor da última Copa do Mundo. Tudo isso a menos de 30 metros da cabine de imprensa.

Lionel Messi jogou demais – e ainda vai merecer um post à parte -, assim como Diego Forlán, que empurra o Uruguai, tornando todas as faltas e escanteios em armas mortais.

Nesta noite, ganhou o futebol, em uma das melhores partidas do ano.

Eu vi, eu afirmo. Eu estava lá. Que sábado, que sábado!

Abaixo, a narração da última penalidade, cobrada por Cáceres, com uma narração emocionante de Ricardo Torreiro, da Rádio Vision FM 96.5, de Fray Bentos, interior do Uruguai. O maluco estava na cabine ao lado do blog…

Parabéns, Celeste! Um elefante pode ter sido abatido, mas o outro acordou de vez…

Catimba em ebulição

Estádio Cemitério de Elefantes. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Santa Fé – Molhar o campo um dia antes da partida? Sim.

Uma hora antes do jogo? Também acontece.

Faltando 10 minutos? Essa foi a primeira vez que eu vi… Teria sido um “pedido” do técnico Sergio Batista para a bola “correr” mais no gramado do Cemitério dos Elefantes?

Conhecidos pela catimba, uruguaios e argentinos não esqueceram das velhas artimanhas neste sábado, no Cemitério dos Elefantes. E o que dizer dos padrões?

Os dois times demoraram alguns minutos a mais para subir. Ao entrar no campo, ambos com o uniforme reserva.

Pode até ter sido um fair play voluntário – uma vez que as camisas principais se parecem com o azul celeste – , mas é mais fácil acreditar na catimba mesmo…

Até porque isso acontece desde 1902. Este sábado é a 178ª vez!

Fora o fato de que cada lado já ganhou a Copa do Mundo duas vezes…

Copa América 2011: Argentina x Uruguai. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Cúmbia com som genérico… Ou original?

Xerox

Santa Fé – Como eu esperava, as torcidas rioplatenses são um show à parte.

O povo da Celeste foi remanejado para o anel superior, atrás da meta esquerda das cabines de TV. É claro que os argentinos tomam conta do restante do Cemitério dos Elefantes. Os gritos de guerra, horas antes do clássico pelas quartas de final da Copa América, não param. Dos dois lados.

Quer dizer… Param sim, quando começa alguma música no ritmo da “cúmbia”, um estilo popular nessas bandas. Porém, acho que já escutei música do vídeo abaixo no Brasil, com uma versão em português… Confere?

Atualização às 18h10 – Os (as) internautas confirmaram a dúvida do blog. A música é a sertaneja Chora, me liga, original do Brasil. A cópia foi em espanhol mesmo…

Melhor do mundo x Melhor do Mundial

Lionel Messi x Diego Forlán. Foto: AFA/divulgação

Buenos Aires – Assim como 1987, argentinos e uruguaios voltam a se enfrentar em um mata-mata na Copa América na Argentina. Clássico mudar o rumo do Rio da Prata.

Há 24 anos, em pleno Monumental de Nuñez, com 75 mil pessoas, a Celeste venceu a semifinal por 1 x 0, gol de Alzamendi. O adversário contava com um tal de Maradona…

Agora, pelas quartas de final, no estádio Cemitério de Elefantes, neste sábado, um duelo à parte com dois craques. Lionel Messi, apontado pela Fifa como o melhor do mundo em 2009 e 2010, versus Diego Forlán, craque da última Copa do Mundo.

Cada um já entrou em campo três vezes. Nenhum deles balançou as redes… Apesar disso, Messi já foi escolhido pela organização do torneio como o melhor em dois jogos, enquanto o Forlán ganhou o prêmio em uma partida.

Abaixo, um comparativo com as estatísticas dos dois meias na Copa América de 2011.

Legenda: PC – passes certos; PE – passes errados; CC – cruzamentos certos; CE – cruzamentos errados; LC – lançamentos certos; DC – dribles certos; DC – desarmes certos; DE – desarmes errados – FC – finalizações certas; FE – finalizações erradas

Lionel Messi x Diego Forlán. Foto: AFA/divulgação

Marcação implacável em Forlán

Diego Forlán na zona mista da Copa América após Uruguai 1x0 México. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

La Plata – Após brilhar em campo e ser eleito o melhor da partida pela organização da Copa América, Diego Forlán precisou encarar uma muralha de repórteres.

Na desorganizada zona mista na sequência de Uruguai 1 x 0 México, com jornaistas, voluntários, torcedores e curiosos, os jogadores das duas seleções passaram em um corredor de cerca de 50 metros, com painéis dos patrocinadores no fundo.

A cada passo, uma novas entrevistas. Alguns atletas, ainda desconhecidos, saíram rapidamente para os ônibus oficiais, mas falaram pelo menos uma vez.

Forlán não… O blog acompanhou o trajeto do camisa 10 da Celeste do começo ao fim.

Foram quase 20 minutos para percorrer 50 metros. Ele parou em seis focos diferentes com câmeras de TV e radialistas.

Paciente, o uruguaio procurou atender à imprensa, sobretudo a de seu país, com preferência na hora das respostas, pois eram dez perguntas feitas ao mesmo tempo.

Agora, imagine essa zona mista no estádio Cemitério de Elefantes, no sábado.

Diego Forlán e Lionel Messi no mesmo corredor. Coragem…

Agulha argentina no palheiro

Copa América 2011: Argentina 3x0 Costa Rica, na Fan Fest em Buenos Aires. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – A pauta era assistir ao decisivo jogo da Argentina na Fan Fest. Ver de perto o receio de uma torcida tão fanática, próxima de um fracasso histórico, em casa.

A apreensão era enorme na Plaza San Martin, diante do telão, a 770 km do estádio. Muitos ensaiavam músicas como se estivessem lá, na “cancha”.

Aplausos, “alento”, tudo à distância. As camisas da Albiceleste estavam presentes, assim como as faixas da Adidas nos agasalhos da AFA, quase um sinônimo de Argentina.

Provavelmente, eu não era bem-vindo ali. Então, fiquei caladinho. No máximo, balançava a cabeça a cada boa jogada do time Messi, além de um ou outro vídeo.

O clima foi dissipado pela boa vitória dos hermanos sobre a Costa Rica.

Na volta para o hotel, a cerca de 500 metros, passei numa loja de conveniência na esquina – por sinal, quase toda esquina tem uma por aqui. O vendedor, com fone de ouvido, escutava a resenha pós-jogo. Concentradíssimo.

Com a quantidade de gente se dispensando e comemorando a classificação, o comerciante perdeu a paciência, de forma curiosa. Tirou o fone e soltou a pérola.

“Meu Deus. Isso tudo por que ganhamos da Costa Rica, e jogando em casa? Futebol é muito mais do que isso. Acordem!”

Certamente,  aquele hincha foi o argentino mais consciente da noite…

América 14 – Um dia de Messi para Messi

Copa América 2011: Argentina 3x0 Costa Rica. Foto: AFA/divulgação

Buenos Aires – O jogador mais pressionado desta Copa América chama-se Lionel Messi.

Melhor do mundo nas últimas duas temporadas e jogando em casa, o camisa 10 da Argentina vinha sendo bastante criticado pela torcida e pela imprensa local.

Precisou o dios Maradona intervir e dizer que “bancava” o jogador para a situação se acalmar. Jogando em Córdoba, diante de 54 mil pessoas, a Argentina teria na noite desta segunda-feira o seu epílogo em busca da classificação às quartas de final.

Só o pensamento de uma queda precoce já causava asco nos hermanos.

Mas foi uma jornada tranquila, devido à “presença” de Messi. O craque do Barcelona – autor de 53 gols em 55 partidas na temporada 2010/2011 – cansou entortar a zaga da Costa Rica, de municiar o ataque, de prender bem a bola. Cansou de ser diferenciado…

Messi pode não ter balançado as redes, mas ajudou bastante para que a Albiceleste deslanchasse, com duas assistências. Dois gols de Aguero e um de Di Maria e um justíssimo 3 x 0, no maior placar até aqui no torneio continental.

A vaga na quartas de final está garantida, na 2ª posição. Agora, isso não importa mais. Será “outro” campeonato. O técnico Sergio Batista ganhou fôlego junto aos hinchas.

Messi ganhou confiança, foi ovacionado. A Argentina ganhou cara de time…

Copa América 2011: Argentina 3x0 Costa Rica. Foto: AFA/divulgação

Quem será desmascarado?

Duelo: Messi x Durval. Crédito: Maria Eugênia Nunes/Diario de Pernambuco

Lionel Andrés Messi ou Severino Ramos Durval?

Rosário, na Argentina x Cruz do Espírito Santo, na Paraíba.
Atacante x zagueiro.
1,69m e 24 anos x 1,84m e 31 anos.
Habilidade e técnica x raça e força.
Melhor do mundo x xerife.
Camisa 10 x camisa 6.
Barcelona x Santos.

No Japão, a provável final do Campeonato Mundial de Clubes da Fifa de 2011.

Quem será “desmascarado” do rótulo de gigante nesta decisão em dezembro…?

Um menino que deixou o seu país ainda criança para tentar fazer um tratamento hormonal para o crescimento. A genialidade com a bola nos pés o salvou disso, possibilitando um tratamento caríssimo, bancado pelo clube catalão.

E o que dizer do filho de um humilde agricultor no interior? Antes, literalmente, um beque de usina. Para tirar a família do limbo, precisou tirar, também, muitas bolas da área.

Quem diria… Durante 90 minutos, caso a zebra não apareça novamente na semifinal do Mundial, dois personagens tão antagônicos no futebol ficarão frente a frente.

Durval pelo lado esquerdo da área e Messi no centro do ataque do Barça, ladeado por Pedro e Villa, mas sempre caindo pela direita… O choque será inevitável.

Em tempo: a frase em japonês na imagem feita por @geninhanunes significa “o duelo”.

53 motivos para continuar sendo o melhor

O argentino Lionel Messi caminha forte para conquistar o prêmio de melhor jogador do mundo, segundo a Fifa, pelo terceiro ano seguido. E ele tem apenas 23 anos…

Abaixo, um motivo bem relevante para apontar essa soberania da Pulga: vídeo com os 53 gols marcados na temporada 2010/2011, pelo Barcelona, quando conquistou o título espanhol e a Liga dos Campeões da Uefa. Sempre como o craque.